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Descolamento prematuro de placenta e placenta prévia É definido com a separação da placenta da parede uterina prematuramente antes do parto. Incidência/complicações Ocorre em aproximadamente 1 a 2% das gestações; Aumento importante da morbimortalidade materna; Maior incidência de hemorragia; Anemias; Coagulopatias; Cesárea/histerectomia; Óbito materno; Complicações perinatais (principal causa de óbito); Prematuridade; Restrição de crescimento fetal; Baixo peso ao nascer; Sofrimento fetal e óbito perinatal. Classificação Classificada em três graus – Classificação de Sher; Essa separação pode ser parcial ou total; Leva-se em conta os achados clínicos e laboratoriais. Classificação clínica Quadro clínico Dor súbita (hipertonia); Presença de outros fatores de risco; Sangramento de quantidade variável; História de hipertensão; Persistência da dor entre as contrações no TP. Sangramento Pode manifestar-se das seguintes maneiras: hemorragia exteriorizada, hemoâmnio, sangramento retroplacentário. Hemorragia externa (80%) Hemorragia interna – útero de Couvelaire Infiltração do miométrio pelo sangue. Exame físico Aferição dos sinais vitais (observar taquicardia); Vias aéreas pérvias, padrão de respiração e circulação; Palpação: útero lenhoso e doloroso; AU: aumento progressivo; Observar hipertonia uterina; Contrações uterinas tetânicas; TV: sem placenta, BI ou rota; BCF: ausente, aumentado ou diminuído com padrão fetal não tranquilizador; O diagnóstico de DPP é clínico. A ultrassonografia tem um papel muito limitado nessa condição. Exames laboratoriais Os exames que devem ser solicitados para a gestante com diagnóstico são: hemograma com contagem de plaquetas, tipagem sanguínea ABO Rh, coagulograma e exames de rotina para doença hipertensiva se apropriado; O estado de coagulação pode ser avaliado rapidamente pelo teste do coágulo: coleta de 10 ml de sangue em tubo de ensaio seco – este deve ser mantido em temperatura ambiente. Após 7 a 10 minutos, deverá haver a formação de um coágulo firme, se isso não ocorrer, a coagulopatia está instalada. Conduta A placenta é implantada no segmento inferior do útero, próximo ou sobre o ostio cervical interno. Classificacão da placenta prévia O grau pelo qual a abertura cervical interna é coberta pela placenta foi utilizado para classificar quatro tipos de placenta prévia: o Prévia total: a placenta cobre completamente o orifício cervical interno; o Prévia parcial: a placenta cobre parte do orifício cervical interno; o Prévia marginal: a borda da placenta se encontra na margem da abertura cervical interna e pode ser exposta durante a dilatação; o Baixa localização: a placenta é implantada no segmento uterino inferior, mas não atinge o orifício interno do colo do útero. Incidência Ocorre em 1 a cada 200 gestações que chegam ao terceiro trimestre; Achado ultrassonográfico frequente em exames realizados entre 16 e 20 semanas de gestação; 90% desses achados normalizarão até o termo, devido à teoria da “migração” placentária. Fatores predisponentes Cesariana anterior é o principal fator de risco; Miomectomia ou curetagem de sucção para o aborto espontâneo ou induzido; Multiparidade; Idade materna avançada; Gestação múltipla; Gravidezes muito próximas; Isso ocorre devido à combinação entre o crescimento placentário em direção ao fundo uterino, que é mais bem vascularizado, com a degeneração das vilosidades periféricas que receberão menor suprimento sanguíneo, conferindo uma implantação placentária adequada. Placenta prévia anterior. Manifestações clínicas Sangramento vaginal, vermelho vivo, indolor; Ocorre em pequena quantidade e é autolimitado; Início no 2° ou 3° trimestre; Acretismo – sangramento até o parto; Pode haver contrações uterinas, mas sem aumento do tônus; PP totais: sangramento entre 26ª e 28ª semanas – sangramento sentinela. Exame físico Aferição dos sinais vitais; Palpação uterina; o Manobras de Leopold pode encontrar o feto em posição oblíqua, pélvico ou deitado transversal, como resultado do posicionamento anormal da placenta. Altura uterina; Ausculta dos BCFs; Exame especular: realizar de maneira cuidadosa para evidenciar a origem e a quantidade do sangramento. Propedêutica auxiliar Ultrassonografia abdominal: mostra exatamente a localização placentária e a sua posição em relação ao orifício interno do colo do útero; Ultrassonografia via transvaginal: nos casos em que há dúvidas em relação à posição do bordo placentário; Ecodoppler obstétrico: para diagnosticar acretismo placentário, e também nos casos de implantação anterior baixa sobre a área da cicatriz de cesáreas anteriores. Exames laboratoriais Vigência do sangramento: o Hematócrito e hemoglobina; o Tipagem sanguínea ABO Rh; o Coagulograma (a coagulopatia é condição rara na placenta prévia); o Em gestantes Rh-negativo: imunoglobulina anti-D quando sangramento. No sangramento ativo, a gestante deve ser avaliada principalmente em relação à sua condição hemodinâmica. o O sangramento geralmente não é excessivo e não compromete a vitalidade fetal. Conduta de parto O exame de toque NUNCA deve ser realizado na suspeita de inserção baixa de placenta, até que se tenha conhecimento da exata localização placentária. A termo ou próxima a ele e tiver sangramento: o parto deve ser realizado; A via de parto é baseada no julgamento clínico, auxiliado pela informação ultrassonográfica; Borda placentária: <2 cm do orifício cervical interno – chance de parto ser por cesariana aumenta; Os fatores clínicos a serem observados na decisão pela via de parto incluem a altura e o encaixamento da apresentação; PP centro-total a cesariana é indicação absoluta, devendo ser realizada com programação planejada; Em todos casos, seja por via vaginal ou via abdominal, a disponibilidade imediata de sangue deve ser mandatória. DPP X PP
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