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Anemia na gestação

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VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
Anemia na gestação 
 A anemia é a condição na qual o número de células vermelhas do sangue e a sua capacidade de transporte de oxigênio 
são insuficiente para atender às necessidades fisiológicas, que variam de acordo com idade, sexo, altura e gravidez. 
 É uma importante intercorrência clínica da gestação, que pode colocar a mulher em situação de maior risco por 
ocasião do parto e do puerpério, favorecendo a ocorrência de complicações secundárias a perdas sanguíneas 
aumentadas nesse momento. 
 
 Patologia hematológica mais comum  2 principais causas: Deficiência de ferro e Perda aguda de sangue. 
 
 Necessidade de ferro aumenta. 
 Falha em manter nível suficiente de ferro pode resultar em consequências adversas para o binômio mãe-feto. 
 
 
 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 
 
Hipocrômica / Microcítica Normocrômica / Normocítica Macrocíticas 
 Estoques de Fe diminuídos: 
Anemia ferropriva. 
 
 Estoques de Fe normais ou 
aumentados: Talassemias, 
Anemias sideroblásticas e 
Doenças crônicas. 
 Reticulócito aumentado: Anemia 
hemolítica e Sangramento agudo. 
 Reticulócitos normal: Doença 
crônica, IR, hipotireoidismo, 
hepatopatias, aplasia medular, 
síndrome mielodisplásica. 
 Reticulócito aumentado: Anemia 
hemolítica e Sangramento agudo. 
 Reticulócito normal: Deficiência 
de B12 ou folato e Megaloblástica 
 Sem megaloblastos: Aplasia 
medular, hipotireoidismo, 
leucodisplasia 
 
 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 Aumento da necessidade de Fe. 
 Aumento do volume sanguíneo: 40 - 60%. 
 Aumento do total de células sanguíneas em 30%. 
 Diminui Hg e Ht. 
 Total de Fe depende: ingestão, perda e armazenamento. 
 
 Fe funcional: 
- Eritrócitos  80% Fe 
- Mioglobina e enzimas respiratórias  20%. 
 
 
 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
Anemia Ferropriva 
 Aproximadamente 95% das anemias na gestação são secundários à deficiência de ferro. 
 
 A necessidade de ferro está aumentada na segunda metade da gestação devido à necessidade de maior incremento 
da massa eritrocitária e desenvolvimento fetal, sendo a suplementação de ferro em gestantes normais nesse período 
muito importante. 
 
 Definição: 
- Anormal valor nos testes 
- Aumento de Hg > ou = 1 g/dL após tratamento 
- Diminuição da reserva de Fe medular 
 
 Triagem: 
- Hg e Ht  não é específico 
- Microcítica e Hipocrômica 
- Diminuição da reserva de Fe 
- Baixa taxa de ferritina sérica  maior sensibilidade e especificidade < 10-15 mcg/L 
 
 
 
Adaptações fisiológicas da gravidez 
 Na gravidez normal, após 32 a 34 semanas de gestação, o volume sanguíneo da mulher estará aumentado em 40 a 
45%, em comparação ao seu estado pré-gravídico. 
 Esta expansão volumétrica varia entre as mulheres, em algumas o aumento é discreto, em outras o volume quase 
dobra. 
 A gravidez provoca mudanças hematológicas à mãe, em função do aumento do volume sanguíneo (hipervolemia 
gravídica). 
 Na hipervolemia, há um aumento de plasma e de eritrócitos, mas o hematócrito (% de eritrócitos no volume total de 
sangue) estará menor. 
 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
Prevalência, etiologia e fatores de risco 
 São fatores de risco para o aparecimento da anemia ferropriva na gravidez: gestações múltiplas, intervalo interpartal 
inferior a dois anos em gestações sucessivas, patologias ginecológicas ou parasitoses que levem à perda sanguínea 
crônica, com diminuição do ferro corpóreo total. 
 
 Fatores de risco: 
- Dieta deficiente em Fe e/ou rica em alimentos que diminuem a absorção de Fe 
- Perversão do apetite 
- Doenças gastrointestinais 
- Alterações menstruais 
- Curto intervalo inter-gestacional 
- Perda vaginal importante no parto. 
 
 Associação: 
- Aumento do risco de baixo peso, prematuridade, mortalidade perinatal 
- Depressão pós-parto 
- Diminuição do desenvolvimento físico e motor 
 
Quadro clínico materno 
Nem sempre os sintomas e sinais clínicos da anemia ferropriva podem estar presentes, podendo ser inespecíficos e 
vagos. Os principais incluem: cansaço, fadiga, palidez, déficit de concentração, palpitações, taquicardia e dispneia. Em 
casos de anemia na forma grave, estomatites e glossites podem estar presentes. 
 
 Comprometimento do desempenho físico e mental 
 Pré-eclâmpsia e alterações cardiovasculares. 
 Diminuição da função imunológica. 
 Alterações da função da tireoide. 
 Queda de cabelos e enfraquecimento das unhas. 
 Menos tolerância às perda sanguíneas do parto, resultando em maior risco de anemia pós-parto e hematotranfusão. 
 
Quadro clínico fetal 
 Morte (abortamento e óbito intrauterino). 
 Hipoxemia fetal. 
 Prematuridade. 
 Quadro séptico por ruptura prematura de membranas. 
 Restrição de crescimento intrauterino, muitas vezes com alterações irreversíveis do desenvolvimento neurológico da 
criança. 
 
Tratamento 
 A correção da anemia e a restituição de suprimentos de ferro podem ser realizadas com compostos de ferro simples: 
sulfato ferroso, fumarato ou gliconato. 
 Estes compostos fornecem cerca de 200 mg de ferro elementar diariamente. 
 A via oral deve ser a administração de escolha, Nos raros casos em que a mulher não pode ingerir o composto, deve-
se recorrer à terapia parenteral. 
 Transfusões de hemácias ou sanguíneas raramente são indicadas, a menos que coexista hipovolemia decorrente de 
relativa perda sanguínea. 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 
 
 Na falta de suplementação, a concentração de hemoglobina e hematócrito caem claramente à medida que aumenta 
o volume sanguíneo. 
 A quantidade média de ferro ingerida diariamente com a dieta, somada ao que é mobilizado das reservas, não se 
mostra suficiente para corresponder às demandas impostas pela gravidez. 
 Importante: Constituição de hemácias fetais não é prejudicada porque a placenta transfere ferro mesmo quando a 
mãe apresenta anemia ferropriva grave. 
 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 É importante que a gestante seja orientada e incentivada a consumir, diariamente, alimentos de origem animal ricos 
em ferro, mas como carnes em geral e vísceras (fígado, coração e moela). Deve consumir também os alimentos de 
origem vegetal: feijão, lentilha, grão-de-bico, soja, folhas verde-escuras (brócolis, couve, espinafre e rúcula), grãos 
integrais, nozes e castanhas, goiaba, carambola, açaí, entre outros. 
 Prescrição de suplementação de ferro! 
 
 Todas as gestantes devem ser triadas para anemia durante e gravidez. 
 Aquelas com deficiência de Fe devem ser tratadas com suplementação de ferro, em adição à suplementação 
vitamínica pré-natal. 
 Altitude elevada e tabagismo aumentam discretamente Ht e Hg-> fatores de confundimento. 
 
 
 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 
 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 
 
Anemia Macrocítica 
 VCM > 100 fL 
 VCM > 115 fL Deficiência de vitamina B12 ou folato. 
 Não-megaloblática: Alcoolismo, Hepatopatia, Mielodisplasia, Anemia aplásica, Hipotireoidismo. 
 Megaloblática: Deficiência de vitamina B12 ou folato - Anemia perniciosa. 
 
 
 Dosar ácido fólico e vitamina B12 séricos. 
 Gestação: necessidade passa de 50 p/ 400 mcg/dia. 
 Tratamento: dieta balanceada e suplementação de Fe e ácido fólico. 
- 1 mg/dia-> adequada resposta; 
- Vitamina B12-> associada com doenças do TGI; 
- Se gastrectomia total-> 1000 mcg, IM, mensal. 
 
Resumo das recomendações e conclusões 
 Suplementação de ferro diminui a prevalência de anemia materna. 
 Anemia ferropriva está associada com aumento do risco de baixo peso, parto prematuro e mortalidade perinatal. 
 Anemia materna severa (Hg < 6 g/dL) L) está associada com oxigenação fetal deficiente o que ocasiona redução do 
ILA, hiporesponsividade, centralização e/ou morte fetal. Transfusão materna pode ser considerada. 
 Todas as grávidas devem ser triadas para anemia e aquelas com ferropriva devem ser tratadas com suplementaçãode ferro em adição à vitaminas usadas pré-natal. 
 Pacientes com outros tipos de anemia precisam aprofundar a investigação. 
 Falha do tratamento sugere: diagnóstico incorreto, não adesão, patologia associada, mal-absorção do TGI e perda 
sanguínea. 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C

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