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RELATÓRIO DE ESTAGIO OBRIGATÓRIO I - Treinamneto e Iniciação Esportiva em Futebol copia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS 
BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
JOSÉ ADILSON GOMES RÊGO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO I 
Iniciação e Treinamento Desportivo em Futebol 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETROLINA 
2021 
 
 
 
2 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS 
BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
JOSÉ ADILSON GOMES RÊGO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO I 
Iniciação e Treinamento Desportivo em Futebol 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como requisito 
parcial para a atribuição de nota na 
disciplina de Estágio Obrigatório 
Supervisionado I, do curso de 
Bacharelado em Educação Física do 
Centro Universitário São Lucas. 
Orientador: Prof. (a). Valéria Felipe 
Olivato. 
 
 
 
 
 
 
 PETROLINA 
2021 
 
3 
 
 
Coloque aqui o link do microvideo: https://www.youtube.com/watch?v=wz8ei0uOtyg 
 
1. RELATO DE EXPERIÊNCIA 
1.1 PESQUISA: Conhecendo o Projeto Pedagógico da instituição. 
Projeto Político Pedagógico 
O PPP – Projeto Político Pedagógico é um documento que deve ser 
elaborado por todas as escolas com o objetivo de orientar as práticas educacionais 
durante todo o ano letivo com a participação de todos envolvidos na gestão escolar, 
bem como, diversos segmentos e representantes da comunidade onde a escola está 
localizada. 
Dessa forma, devem ser colocados alguns objetivos gerais, não de 
conteúdos e sim de ideais. ... Os objetivos são os alvos a serem alcançados ou as 
situações que a escola pretende atingir num dado período de tempo (2 a 5 anos). 
A elaboração do projeto pedagógico deve ser pautada em estratégias que 
deem voz a todos os atores da comunidade escolar: funcionários, pais, professores 
e alunos, bem como, de estar de acordo com o pensamento e a realidade da 
comunidade onde a instituição educacional se entrar inserida. 
A construção de um projeto político-pedagógico fundamentado no princípio 
democrático coloca a vida da escola em constante inquietação, com participação 
coletiva na busca de alternativas para o enfrentamento de dificuldades e tomada de 
decisões. Este processo é complexo e demanda tempo para obtenção de resultados 
e por isso, ainda em algumas escolas e órgãos diretivos do sistema, convivem-se na 
construção deste com o envolvimento de alguns, desconsiderando a opinião da 
comunidade escolar. Também se encontra a omissão de novas ideias de muitos 
professores, alunos e pais, os quais entendem que a participação nesses espaços 
públicos e coletivos, pouco irá contribuir com a sua vivência (SAWITZKI, 2006). 
Nesse sentido, um Projeto político-pedagógico deve ser composto pelas 
seguintes partes: identificação, diagnóstico do estabelecimento de ensino (marco 
situacional), princípios didático-pedagógicos (marco conceitual) e planejamento das 
ações da escola (marco operacional) e todas as atividades que serão possivelmente 
realizadas pela escola e equipe pedagógica institucional. 
 
 
4 
 
Em algumas situações o projeto político pedagógico (PPP) é elaborado 
somente pela equipe pedagógica da escola, sem a participação efetiva dos pais, 
alunos e professores das mais diversas áreas do conhecimento. Em relação à 
participação do professor de educação física na elaboração e desenvolvimento do 
PPP considera-se a sua participação relevante, pois com isso, teremos a 
possibilidade de rever significativamente questões como por ex., conteúdos 
pedagógicos, currículos, violência na escola, tecnologias educacionais no intuito de 
avançar na produção do conhecimento (LORO; GOLIN, 2010). Dessa forma, 
tentando qualificar as ações pedagógicas no sentido de potencializar melhor 
qualidade no sistema de aprendizagem como um todo. 
Segundo Custódio (2010, p. 84) “Em algumas situações o projeto político 
pedagógico (PPP) é elaborado somente pela equipe pedagógica, sem a participação 
dos profissionais das áreas do conhecimento e sem a intervenção dos segmentos 
escolares”. 
Embora a educação seja um problema antigo, tem-se abordado sempre 
questões problemáticas em sua concepção de estrutura. O que preconiza a Lei de 
Diretrizes Curriculares Nacionais na construção do projeto político pedagógico no 
Art. 20 § 2º é que será assegurada ampla participação dos profissionais da escola, 
da família, dos alunos e da comunidade local na definição das orientações 
imprimidas aos processos educativos e nas formas de implementá-las, tendo como 
apoio um processo contínuo de avaliação das ações, a fim de garantir a distribuição 
social do conhecimento e contribuir para a construção de uma sociedade 
democrática e igualitária. Garantia do acesso e permanência, com sucesso, do aluno 
na escola; Gestão democrática; Valorização dos profissionais da educação; 
Qualidade do ensino; Organização e integração curricular; Integração 
escola/família/comunidade; Autonomia. Assim sendo, a educação física enquanto 
disciplina que hoje faz parte do currículo escolar integral tem participação também 
nas ações e organização do PPP e suas especificidades. 
Pode-se observar que a gestão escolar trata a disciplina de Educação Física 
apenas como uma educação corporal, porém busca-se, mais que isso, pois se tem 
demonstrado que com a participação de professores específicos na construção do 
projeto político pedagógico (PPP) pode-se fazer com que a disciplina se torne 
verdadeiramente um objeto de estudo. A Educação Física tendo o seu apoio no PPP 
terá muito mais ferramentas para que se possa trabalhar junto com outras 
disciplinas. 
 
5 
 
Nesse sentido considera-se que, a Educação Física é um importante 
componente curricular que apesar de seu contexto histórico descaracterizado de 
uma prática educativa de formação integral dos educandos vem buscando seu 
espaço dentro do âmbito educacional. Contudo diante do desafio de reconstruir o 
papel da disciplina na escola e contribuir ativamente com o projeto mais amplo da 
educação escolar, a atuação do professor de Educação Física abarca grande 
responsabilidade, pois sua prática pedagógica deve ser coerente com os objetivos 
da escola, que giram em torno da aprendizagem relevante dos alunos nos seus mais 
variados campos dos saberes do conhecimento (ILHA; KRUG, 2008). 
Desta forma, tendo em vista a história da Educação Física e da função do 
professor desta disciplina desvinculada das funções pedagógicas busca-se analisar, 
a partir deste contexto, a realidade de sua participação na construção do projeto 
político pedagógico, bem como as possíveis contribuições desta participação para a 
sua formação profissional, tendo como subsídio o discurso de profissionais da área. 
Equivocadamente, para uma parcela da sociedade a Educação Física e os 
professores desta disciplina são considerados como educadores à parte do 
processo de formação escolar (ILHA; KRUG, 2008). 
 
Ainda segundo Custódio (2010) destaca que existem professores da área 
que desconhecem o valor significativo do PPP, suas ações pedagógicas, áreas de 
abrangências, fundamentação teórica, e o quão é importante à expressão da 
identidade da disciplina curricular contida no referido projeto, bem como a vinculação 
direta do professor àquele documento. Por razões históricas e culturais, o professor 
de educação física está à margem do processo de elaboração. Este paradigma 
precisa ser superado por meio de leituras, reflexões e tomada de decisões na 
transformação da prática docente no contexto da escola, no que refere as questões 
éticas e políticas, tendo em vista sua contribuição na formação do educando. 
 
Portanto, embasando-se no exposto o presente estudo justifica-se em 
investigações no contexto pedagógico do professor de Educação Física, do qual se 
encontra a margem do processo de elaboração da construção do projeto político 
pedagógico, que se encontra engessado em um paradigma que precisa ser 
quebrado através de pesquisas deleituras, reflexões e tomada de decisão na 
transformação de sua postura e da prática docente perante a gestão da escola. 
 
 
6 
 
A formação do professor Educação Física, sua participação na elaboração 
do Projeto Político Pedagógico a busca por novos conhecimentos, numa sociedade 
complexa, como a que vivemos atualmente, contribuem para que possamos obter 
uma melhor qualidade no ensino, contribuindo para a formação de indivíduos críticos 
e reflexivos, capazes de utilizar as informações passadas por seus professores para 
construir um mundo melhor (RIOS; CÁRIA, 2011). 
 
Assim, o PPP prevê todas as atividades da escola, do pedagógico ao 
administrativo, devendo ser uma das metas da proposta construir uma escola 
democrática, capaz de contemplar vontades da comunidade na qual ele surge tanto 
na sua elaboração quanto na sua operacionalização, desde professores, técnicos, 
pais, representantes de alunos, funcionários e outros membros da comunidade 
escolar. Por razões históricas e culturais, muitas vezes o professor de educação 
física está à margem do processo de elaboração. Há uma forte tendência 
impregnada na formação acadêmica de muitos professores de educação física (EF) 
em atuação: o Tecnicismo (FIGUEIREDO, 2005). Contudo, sua presença em todas 
as fases da elaboração do PPP é fundamental para marcar posição e colocar sua 
visão de mundo, de escola e a importância desta disciplina ainda secundarizada 
pela comunidade (MATIAS, 2011). 
 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo que 
define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem se apropriar na 
educação básica. Sendo assim, todas as escolas devem organizar seu currículo a 
partir desse documento. A Base Nacional Comum Curricular define os direitos de 
aprendizagens de todos os alunos do Brasil. A Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC) é um documento que servirá como guia para a criação dos currículos 
escolares dos sistemas e redes de escolas de todo o Brasil. O Percurso Formativo é 
um material de referência que sugere uma sequência de pautas para organizar e 
desenvolver a formação de professores na implementação da BNCC. A base tem 
caráter normativo e indica as competências e habilidades que todos os estudantes 
devem desenvolver ao longo da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino 
Médio. O MEC (Ministério da Educação) dará um apoio técnico para as instituições 
de todo o Brasil para que os currículos sejam adequados de acordo com o que é 
apresentado pela Base. 
 
 
 
7 
 
Sendo assim, a BNCC busca também contribuir para o alinhamento de 
políticas e ações voltadas para a educação em todas as esferas governamentais. 
Dessa forma, o governo se responsabiliza pela formação continuada de professores, 
pela avaliação e elaboração de conteúdos educacionais, bem como, por todo 
processo de instalação e acessibilidade estrutural da escola. 
 
 
1.2 ENTREVISTA: A realidade durante a Pandemia; 
O professor entrevistado Uelton Almeida Dias, faz parte do quadro de 
funcionários do município, onde realiza trabalhos escolares na iniciação e 
treinamento desportivos e grupos de alunos da terceira idade. Atualmente devido a 
pandemia alguns trabalhos tiveram que ser adaptados, implicando assim na prática 
continuada, bem como, na adaptação de algumas atividades por conta dos decretos 
do governo e das restrições impostas em cada município. 
Professor Uelton Almeida Dias tem formação Bacharelado em Educação 
física pela Faculdade Anhanguera na cidade de Juazeiro – BA. Antes da pandemia 
do COVID-19, o professor realizava treinamento desportivo numa escola municipal, 
bem como um belo trabalho com pessoas da terceira idade através da Secretaria de 
Ação Social do município de Curaçá na região norte do Estado da Bahia. 
Professor Uelton estava atuando em escolas, além de um excelente 
trabalho com as pessoas da terceira idade com o intermédio da Prefeitura Municipal. 
Sua missão era levar a atividade física para esses indivíduos que antes levavam 
uma vida de sedentarismos após aposentadoria. Infelizmente com o estouro da 
pandemia no mês de março de 2020, as atividades foram encerradas por medidas 
de segurança, e no mesmo tempo ocorreu o lockdown no Estado da Bahia. 
Infelizmente a Prefeitura do Município teve que suspender todas as atividades que 
ocorresse algum tipo de aglomerado, desde então a atividade com essas pessoas 
da terceira idade foi suspensa por tempo indeterminado por meio de decreto 
Estadual, bem como o trabalho escolar também sofreu algumas adaptações. 
Conforme palavras do professor Uelton, a pandemia do covid-19 trouxe 
reflexos muito negativos para a população em geral, principalmente no que se refere 
as atividades físicas regulares, escolares e econômicas, além do meio social, onde 
as pessoas tiveram de se isolar umas das outras como forma de prevenção contra a 
contaminação do vírus. Agora estamos no aguardo do controle da doença com o 
processo de vacinação para retornarmos as nossas atividades físicas, porem creio 
que esse ano ainda não será possível. 
8 
 
Para Nunes (2001) Educação Física é uma prática pedagógica, que na 
escola, busca refletir sobre a cultura corporal, que são as expressões corporais 
jogos, esportes, ginástica, dança entre outras buscando assim contribuir para a 
autonomia e criticidade dos educandos. A reflexão sobre a cultura corporal na 
Educação Física Escolar busca também a análise sobre valores morais como: 
solidariedade, cooperação, liberdade. Acredito que esses valores perpassam os 
jogos esportivos, as brincadeiras de roda, enfim, as atividades corporais como um 
todo e devem ser plenamente trabalhados durante as aulas, pois vivemos num 
mundo em que os valores como o individualismo e a competição exacerbada 
imperam, devendo ser combatidos dentro do ambiente escolar. 
 
2. PRÉ-PROJETO 
 
2.1 TEMA 
 
Iniciação e treinamento desportivo em Futebol 
 
Este Estágio Supervisionado Obrigatório I do Bacharel em Educação Física 
aconteceu através de leituras e questionamentos relacionados a esta temática, bem 
como entrevista com um professor de educação física e um micro vídeo seguindo 
todas as restrições e sendo adaptado conforme requisitos solicitados por conta da 
pandemia – Covid 19, ou seja através de pesquisas em artigos, sites e experiência 
do campo de ação. 
 
Diante do exposto e do conhecimento teórico e prático vivenciado no dia a 
dia do fazer profissional pôde-se realizar este relatório de forma abrangente 
relacionando diversos aspectos em relação à Iniciação e Treinamento Desportivo em 
futebol e suas especificidades. 
 
Segundo Weineck (2003), o desempenho esportivo só pode ser atingido, se 
houver uma base necessária durante a infância e a juventude, isso requer um 
 planejamento minucioso e prolongado. O atletismo não foge desta regra se houver 
um bom planejamento, respeitando as fases deste individuo, ele obterá 
resultados a curto,médio e a longo prazo. A partir desta problemática questiona-
se como aconteceu a desenvolvimento de alunos que se submeteram a iniciação 
desportiva por meio da modalidade do futebol, e que hoje alguns são professores e 
9 
 
outros são atletas profissionais de grandes ou pequenos clubes esportivo nesta 
modalidade e suas especificidades. 
 
Wein (2001) afirma que as atividades esportivas e as competições 
formativas em cada esporte de equipe devem ser como os sapatos das crianças, ou 
seja, na sua perfeita medida. Se a estruturação da competição está equivocada (e 
hoje não existem dúvidas sobre isso), também o processo de ensino-aprendizagem 
dos jovens, que se orienta sempre de acordo com o que o técnico observou na 
competição, estará longe de ser ótimo. 
 
A iniciação e o treinamento desportivo proporciona a descoberta de 
potencialidade e habilidades de alunos em fase de crescimento, diante disso o 
profissional de Educação Físicadeve aplicar conhecimentos de áreas específicas na 
prescrição de atividades. Um exemplo são os conhecimentos provenientes das 
áreas de Iniciação Esportiva e Desenvolvimento motor. Um tema muito debatido que 
está relacionado às duas áreas é a maturação. Apesar de estar associada ao 
crescimento, de acordo com o trecho de Haywood e Getchell (2016): “A maturação 
denota o progresso em direção à maturidade física, ao estado de integração 
funcional ideal dos sistemas corporais de um indivíduo e à capacidade de 
reprodução”. 
 
Sendo assim, pode-se obter maior atenção e informação ao que nos foi 
solicitado, e, de forma objetiva, espera-se que este relatório possa suprir todas as 
perspectivas e expectativas relacionadas às atribuições referentes ao entendimento 
e conhecimento desta temática através da especificação orientadas de alguns 
princípios que norteiam o desenvolvimento de atletas para estes fins. 
 
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA 
De acordo com Tubino, “chama-se individualidade biológica o fenômeno que 
explica a variabilidade entre elementos da mesma espécie, o que faz que com que 
não existam pessoas iguais entre si.” (TUBINO, 1984, p. 100). Cada ser humano 
possui uma estrutura e formação física e psíquica própria, neste sentido, o 
treinamento individual tem melhores resultados, pois obedeceria as características e 
necessidades do indivíduo. Sendo assim os treinos devem ser individualizados ou 
reduzidos a pequenos grupos de acordo com a função exercida para o 
desenvolvimento desejado. 
 
10 
 
PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO 
De acordo com Weineck, a adaptação é a lei mais universal e importante da 
vida. Adaptações biológicas apresentam-se como mudanças funcionais e estruturais 
em quase todos os sistemas. Sob “adaptações biológicas no esporte”, entendem-se 
as alterações dos órgãos e sistemas funcionais, que aparecem em decorrência das 
atividades psicofísicas e esportivas (WEINECK, 1991). 
““Capacidade de adaptação” ou “adaptabilidade” é o nome que se dá à 
diferente assimilação dos estímulos, frente à mesma qualidade e quantidade de 
exercícios ou carga de treinamento. Ela pode ser atribuída à correlação 
organismo/ambiente, sob o ponto de vista da predisposição hereditária e sua 
expressão (genética) (Gürtler 1982, 35).” (ibidem, 1991, p. 23). 
1. a. estímulos débeis => não acarretam consequências; 
2. b. estímulos médios => apenas excitam; 
3. c. estímulos médios para fortes => provocam adaptações; 
4. d. estímulos muito fortes => causam danos.” (ibidem, 1984, p. 101). 
Somos seres adaptáveis, por isso, quando somos estimulados seja 
fisicamente, cognitivamente, ou socialmente, respondemos a estes estímulos com 
uma adaptação. Se gostamos ou nos sentimos bem com o estimulo a tendência é 
que aprimoremos o dom que que possuímos para o desenvolvimento de nossas 
habilidades. Em se tratando de treinamento os estímulos que recebemos devem ser 
sempre variados para que estes estímulos ocasionem uma adaptação positiva ao 
organismo. 
 
PRINCÍPIO DA SOBRECARGA 
De acordo com Dantas: “Imediatamente após a aplicação de uma carga de 
trabalho, há uma recuperação do organismo, visando restabelecer a homeostase” 
(DANTAS, 1995, p. 43). 
Tubino (1984) cita algumas indicações de aplicação do Princípio da 
Sobrecarga, referenciado nas variáveis: Volume (Quantidade) e Intensidade 
(Qualidade); em vários Tipos de Treinamento, como: Contínuo, Intervalado, em 
Circuito, de Musculação, de Flexibilidade e Agilidade, e Técnico. 
Sobrecarga, como o próprio nome diz é uma carga imposta ou condicionada 
a uma outra carga que já esta sendo trabalhado no indivíduo durante a periodização 
do treinamento, esta sobrecarga é importante para que o organismo ao se adaptar à 
carga não fique homeostático e gere posteriormente uma resposta positiva do 
organismo gerando resultados de evolução nos treinamentos e competição. 
Podemos citar um exemplo de academia de ginástica, onde um cliente faz supino 
11 
 
reto (uma das atividades mais conhecidas pelos homens em academias de 
ginástica) com 15 Kg de cada lado por um longo período, se este cliente não mudar 
o peso depois de um tempo, seu organismo terá gerado uma adaptação que aquela 
atividade não será benéfica em termos de ganho para o indivíduo. 
 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 
Compartilho com Tubino, a ideia de que a condição atlética só pode ser 
conseguida após alguns anos seguidos de treinamento e, existe uma influência 
bastante significativa das preparações anteriores em qualquer esquema de 
treinamento em andamento. Para Tubino (1984), 
Quando começamos a praticar algo seja no esporte ou mesmo em nossas 
vidas se não damos continuidade a esta prática, ou a esquecemos como se faz ou 
nos tornamos menos habilidosos em tais afazeres. 
 
PRINCÍPIO DA INTERDEPENDÊNCIA VOLUME-INTENSIDADE 
Este princípio está intimamente ligado ao da sobrecarga, pois o aumento das 
cargas de trabalho é um dos fatores que melhora a performance, e este aumento 
ocorrerá por conta do volume e devido à intensidade. 
Para Tubino (1984), pode-se afirmar que os êxitos de atletas de alto 
rendimento, independente da especialização esportiva, estão referenciados a uma 
grande quantidade (volume) e uma alta qualificação (intensidade) no trabalho, sendo 
que, estas duas variáveis (volume e intensidade) deverão sempre estar adequadas 
as fases de treinamento, seguindo uma orientação de interdependência entre si. 
Um dos princípios mais conhecidos no Treinamento Esportivo e corresponde 
aos estímulos de volume e intensidade de treinamento, Estas variáveis devem ser 
muito estudadas, já que, é fundamental que a periodização esportiva esteja muito 
bem embasada para que o volume e intensidade tenham uma harmonia não 
ocasionando o overtrainning ou o burnout. O volume e intensidade de treinamento 
devem ser planejados em todos os âmbitos do treinamento: físico, técnico, tático e 
psicológico. 
 
PRINCIPIO DA ESPECIFICIDADE 
“O princípio da especificidade é aquele que impõe, como ponto essencial, 
que o treinamento deve ser montado sobre os requisitos específicos da performance 
desportiva, em termos de qualidade física interveniente, sistema energético 
preponderante, segmento corporal e coordenações psicomotoras utilizados” 
(Dantas, 1995, p. 50). 
12 
 
“Isto serve, cada vez mais, para firmar na consciência do treinador que o 
treino, principalmente na fase próxima à competição, deve ser estritamente 
específico, e que a realização de atividades diferentes das executadas durante a 
performance com a finalidade de preparação física, se justifica se for feita para evitar 
a inibição reativa (ou saturação de aprendizagem).” (Dantas, 1995, p. 50). 
Então, se a especificidade do movimento, e consequentemente da 
modalidade esportiva, está atrelada à memória do gesto motor, de seu treinamento, 
podemos dizer que o Princípio da Especificidade está ligado diretamente aos gestos 
específicos de uma determinada modalidade e o treinamento utilizado para o 
aprendizado e o desenvolvimentos destes respectivos gestos específicos. 
Princípio da Especificidade, o principio ao qual mais estou me atentando nos 
treinamento que organizo. Um exemplo fora dos esportes seria: como vou pedir para 
um funcionário do banco em hora de expediente "brincar" de banco imobiliário. 
Transferindo para o esporte como vou pedir para meu atleta realizar 
movimentos que não sejam específicos ou tragam benefícios para a especificidade 
do esporte. No caso do futebol como pedir para um atleta fazer um exercício de 
biceps ou outro qualquer de cadeia cinética aberta, sendo que o mesmo não sabe 
sua função entro do campo, ou simploriamente como chutar e executar um passe 
com as duas pernas. O trabalho ou treinamento deve ser específico, os testes 
devem ser específicos para o esporte, não podemos realizar atividades que 
compreendem a movimentos de outros esportes, temos que estudar, pensar e criarmétodos de treinamentos específicos. 
 
PRINCÍPIO DA VARIABILIDADE 
Também denominado de Princípio da Generalidade, encontra-se 
fundamentado na ideia do Treinamento Total, ou seja, no desenvolvimento global, o 
mais completo possível, do indivíduo. Para isso devem-se utilizar as mais variadas 
formas de treinamento (GOMES da COSTA, 1996). Os atletas devem ser 
preparados de maneira geral nos primeiros anos de atividade, vivenciando 
diferentes esportes e posteriormente, caso tenha predisposição para uma 
determinada modalidade esportiva, aperfeiçoar-se fazendo com que toda aquela 
vivência no âmbito motor, psicológico e social vivido anteriormente contribua 
deforma positiva em seu futuro. 
 
 
 
 
13 
 
PRINCÍPIO DA SAÚDE 
Segundo Gomes da Costa (1996), esse princípio encontra-se diretamente 
ligado ao próprio objetivo maior de uma atividade física utilitária que vise à saúde do 
indivíduo. 
Este princípio muitas das vezes não é respeitado devido a resposta imediata 
que o atleta tem que dar para a si mesmo, sociedade, treinador e seus 
patrocinadores. O ganhar a qualquer custo, pode trazer sequelas graves que não 
são pertinentes ser citadas neste momento. Porém a prática esportiva de auto 
rendimento, ou mesmo recreativa traz inúmeros benefícios para a saúde geral do 
indivíduo. 
 
PRINCÍPIO DA INTER-RELAÇÃO DOS PRINCÍPIOS 
De acordo com Gomes da Costa (1996), se faz lógico e transparente que 
essas leis não existem apenas por existir. Cada princípio, considerado 
individualmente, possui seu valor e função próprios, entretanto, a integração entre 
esses princípios adquire inestimável importância. “Aqui acontece aquela “historinha” 
de que o todo é sempre maior do que a soma de suas partes.” 
A integração de todos os princípios ou o máximo deles em um programa de 
treinamento não é certeza de sucesso, já que o esporte envolve outros inúmeros 
fatores externos, aos quais podemos controlá-los para a obtenção do sucesso, 
porém muitas das vezes como envolve duas equipes na grande maioria das vezes 
estes fatores não são palpáveis. 
Observando a relação de todos estes princípios e suas especificidades com 
a vivência do estágio I, percebeu-se que a preparação dos atletas em sua maioria 
está baseada e fundamentada em todos eles, cada um com sua importância e 
função dependendo da necessidade e objetividade do treino e competição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2.2 PROBLEMA 
 
Este projeto tem como proposta relacionar Iniciação e Treinamento 
Desportivo em Futebol, os benefícios trazidos para o processo de iniciação 
esportivas de crianças em fase escolar nesta modalidade, bem como conscientizá-
los para o desenvolvimento dessa prática e seus benefícios, sem deixar de priorizar 
também o rendimento escolar. 
Este projeto Iniciação e Treinamento Desportivo em Futebol têm como 
principal finalidade, trazer as experiências vivenciadas em leituras solicitadas nas 
pesquisas, bem como, um vídeo adaptado conforme restrições devido à pandemia e 
entrevista online com um Professor Bacharelado em Educação Física Uelton 
Almeida Dias que nos atendeu prontamente relatando suas experiências enquanto 
profissional de Educação Física. 
Dessa forma procurou-se abordar essa temática Iniciação e Treinamento 
Desportivo no Futebol, como Estagio Supervisionado Obrigatório I, que traz como 
observação os seguintes questionamentos que norteiam esta problemática 
relacionada à temática em questão: Porque a Iniciação ao Treinamento Desportivo 
deve ser iniciada logo nos primeiros anos do ensino fundamental? Quais os critérios 
exigidos para que essa criança possa participar das seletivas e jogos escolares? 
Como o Professor de Educação Física avalia o desempenho, habilidade e 
potencialidade do aluno para a prática desta modalidade? 
 
2.3 OBJETIVO 
 
Objetivo Geral 
 Investigar a contribuição da Iniciação ao Treinamento Desportivo no Futebol 
para o desempenho dos alunos nas demais disciplinas do currículo escolar. 
 
Objetivos Específicos 
 Analisar a prática do futebol e seus benefícios para as crianças do ensino 
fundamental II; 
 Induzir no aluno o hábito de estudar o futebol tanto na teoria como na prática; 
 Desenvolver no aluno o colaborativismo e o trabalho individualizado e 
coletivo. 
 
 
 
15 
 
2.4 JUSTIFICATIVA 
 
 A partir do Estágio Supervisionado Obrigatório I, pôde-se desenvolver 
através de leituras e pesquisa especifica para a temática Iniciação e Treinamento 
desportivo em Futebol, bem como um Micro-vídeo realizado de acordo restrições 
Covid-19 e entrevista com Uelton Almeida Dias professor de Educação física, que 
contribuíram de forma direta para a realização deste pré-projeto e sua importância 
para o desenvolvimento do aluno enquanto ser social não só na escola, mas em 
qualquer ambiente ao qual se encontrar inserido. 
A relação do profissional de educação física com o campo de atuação da 
iniciação e treinamento desportivo é bastante amplo no quesito relacionado ao 
treinamento e acompanhamento dos atletas e suas especificidades, já que, a 
instituição está funcionando no sistema remoto, cabe ao professor fazer adaptações 
em algumas atividades relacionadas a prática desta modalidade. 
No entanto, espera-se que o resultado deste pré-projeto seja satisfatório e 
que possa proporcionar clareza nas informações relacionadas ao que foi proposto, 
contribuindo assim para a realização e desempenho dessa e de outras modalidades. 
Assim, foi possível realizar de todas as atividades propostas durante todo 
período de estagio, possuindo autonomia para mediar o que foi solicitado dentro do 
conhecimento e aprendizagem nas atividades propostas de Iniciação do 
Treinamento Desportivo e seus impactos no campo de ação do Futebol e suas 
especificidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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São Paulo, v.4, nº 1 dez. http://www.pucsp.br/ecurriculum, 2008. 
 
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. Acesso em: 03 de janeiro de 2007. 
 
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Manole, 1989. 
 
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edição. São Paulo: Ibrasa, 1984. 
 
Sites Consultados: 
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https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2120/como-conhecer-a-realidade-local-pode-
impactar-no-ppp-de-uma-escola Acessado em 10 de junho de 2021. 
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