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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA JOSÉ ADILSON GOMES RÊGO ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO I Iniciação e Treinamento Desportivo em Futebol PETROLINA 2021 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA JOSÉ ADILSON GOMES RÊGO ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO I Iniciação e Treinamento Desportivo em Futebol Trabalho apresentado como requisito parcial para a atribuição de nota na disciplina de Estágio Obrigatório Supervisionado I, do curso de Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário São Lucas. Orientador: Prof. (a). Valéria Felipe Olivato. PETROLINA 2021 3 Coloque aqui o link do microvideo: https://www.youtube.com/watch?v=wz8ei0uOtyg 1. RELATO DE EXPERIÊNCIA 1.1 PESQUISA: Conhecendo o Projeto Pedagógico da instituição. Projeto Político Pedagógico O PPP – Projeto Político Pedagógico é um documento que deve ser elaborado por todas as escolas com o objetivo de orientar as práticas educacionais durante todo o ano letivo com a participação de todos envolvidos na gestão escolar, bem como, diversos segmentos e representantes da comunidade onde a escola está localizada. Dessa forma, devem ser colocados alguns objetivos gerais, não de conteúdos e sim de ideais. ... Os objetivos são os alvos a serem alcançados ou as situações que a escola pretende atingir num dado período de tempo (2 a 5 anos). A elaboração do projeto pedagógico deve ser pautada em estratégias que deem voz a todos os atores da comunidade escolar: funcionários, pais, professores e alunos, bem como, de estar de acordo com o pensamento e a realidade da comunidade onde a instituição educacional se entrar inserida. A construção de um projeto político-pedagógico fundamentado no princípio democrático coloca a vida da escola em constante inquietação, com participação coletiva na busca de alternativas para o enfrentamento de dificuldades e tomada de decisões. Este processo é complexo e demanda tempo para obtenção de resultados e por isso, ainda em algumas escolas e órgãos diretivos do sistema, convivem-se na construção deste com o envolvimento de alguns, desconsiderando a opinião da comunidade escolar. Também se encontra a omissão de novas ideias de muitos professores, alunos e pais, os quais entendem que a participação nesses espaços públicos e coletivos, pouco irá contribuir com a sua vivência (SAWITZKI, 2006). Nesse sentido, um Projeto político-pedagógico deve ser composto pelas seguintes partes: identificação, diagnóstico do estabelecimento de ensino (marco situacional), princípios didático-pedagógicos (marco conceitual) e planejamento das ações da escola (marco operacional) e todas as atividades que serão possivelmente realizadas pela escola e equipe pedagógica institucional. 4 Em algumas situações o projeto político pedagógico (PPP) é elaborado somente pela equipe pedagógica da escola, sem a participação efetiva dos pais, alunos e professores das mais diversas áreas do conhecimento. Em relação à participação do professor de educação física na elaboração e desenvolvimento do PPP considera-se a sua participação relevante, pois com isso, teremos a possibilidade de rever significativamente questões como por ex., conteúdos pedagógicos, currículos, violência na escola, tecnologias educacionais no intuito de avançar na produção do conhecimento (LORO; GOLIN, 2010). Dessa forma, tentando qualificar as ações pedagógicas no sentido de potencializar melhor qualidade no sistema de aprendizagem como um todo. Segundo Custódio (2010, p. 84) “Em algumas situações o projeto político pedagógico (PPP) é elaborado somente pela equipe pedagógica, sem a participação dos profissionais das áreas do conhecimento e sem a intervenção dos segmentos escolares”. Embora a educação seja um problema antigo, tem-se abordado sempre questões problemáticas em sua concepção de estrutura. O que preconiza a Lei de Diretrizes Curriculares Nacionais na construção do projeto político pedagógico no Art. 20 § 2º é que será assegurada ampla participação dos profissionais da escola, da família, dos alunos e da comunidade local na definição das orientações imprimidas aos processos educativos e nas formas de implementá-las, tendo como apoio um processo contínuo de avaliação das ações, a fim de garantir a distribuição social do conhecimento e contribuir para a construção de uma sociedade democrática e igualitária. Garantia do acesso e permanência, com sucesso, do aluno na escola; Gestão democrática; Valorização dos profissionais da educação; Qualidade do ensino; Organização e integração curricular; Integração escola/família/comunidade; Autonomia. Assim sendo, a educação física enquanto disciplina que hoje faz parte do currículo escolar integral tem participação também nas ações e organização do PPP e suas especificidades. Pode-se observar que a gestão escolar trata a disciplina de Educação Física apenas como uma educação corporal, porém busca-se, mais que isso, pois se tem demonstrado que com a participação de professores específicos na construção do projeto político pedagógico (PPP) pode-se fazer com que a disciplina se torne verdadeiramente um objeto de estudo. A Educação Física tendo o seu apoio no PPP terá muito mais ferramentas para que se possa trabalhar junto com outras disciplinas. 5 Nesse sentido considera-se que, a Educação Física é um importante componente curricular que apesar de seu contexto histórico descaracterizado de uma prática educativa de formação integral dos educandos vem buscando seu espaço dentro do âmbito educacional. Contudo diante do desafio de reconstruir o papel da disciplina na escola e contribuir ativamente com o projeto mais amplo da educação escolar, a atuação do professor de Educação Física abarca grande responsabilidade, pois sua prática pedagógica deve ser coerente com os objetivos da escola, que giram em torno da aprendizagem relevante dos alunos nos seus mais variados campos dos saberes do conhecimento (ILHA; KRUG, 2008). Desta forma, tendo em vista a história da Educação Física e da função do professor desta disciplina desvinculada das funções pedagógicas busca-se analisar, a partir deste contexto, a realidade de sua participação na construção do projeto político pedagógico, bem como as possíveis contribuições desta participação para a sua formação profissional, tendo como subsídio o discurso de profissionais da área. Equivocadamente, para uma parcela da sociedade a Educação Física e os professores desta disciplina são considerados como educadores à parte do processo de formação escolar (ILHA; KRUG, 2008). Ainda segundo Custódio (2010) destaca que existem professores da área que desconhecem o valor significativo do PPP, suas ações pedagógicas, áreas de abrangências, fundamentação teórica, e o quão é importante à expressão da identidade da disciplina curricular contida no referido projeto, bem como a vinculação direta do professor àquele documento. Por razões históricas e culturais, o professor de educação física está à margem do processo de elaboração. Este paradigma precisa ser superado por meio de leituras, reflexões e tomada de decisões na transformação da prática docente no contexto da escola, no que refere as questões éticas e políticas, tendo em vista sua contribuição na formação do educando. Portanto, embasando-se no exposto o presente estudo justifica-se em investigações no contexto pedagógico do professor de Educação Física, do qual se encontra a margem do processo de elaboração da construção do projeto político pedagógico, que se encontra engessado em um paradigma que precisa ser quebrado através de pesquisas deleituras, reflexões e tomada de decisão na transformação de sua postura e da prática docente perante a gestão da escola. 6 A formação do professor Educação Física, sua participação na elaboração do Projeto Político Pedagógico a busca por novos conhecimentos, numa sociedade complexa, como a que vivemos atualmente, contribuem para que possamos obter uma melhor qualidade no ensino, contribuindo para a formação de indivíduos críticos e reflexivos, capazes de utilizar as informações passadas por seus professores para construir um mundo melhor (RIOS; CÁRIA, 2011). Assim, o PPP prevê todas as atividades da escola, do pedagógico ao administrativo, devendo ser uma das metas da proposta construir uma escola democrática, capaz de contemplar vontades da comunidade na qual ele surge tanto na sua elaboração quanto na sua operacionalização, desde professores, técnicos, pais, representantes de alunos, funcionários e outros membros da comunidade escolar. Por razões históricas e culturais, muitas vezes o professor de educação física está à margem do processo de elaboração. Há uma forte tendência impregnada na formação acadêmica de muitos professores de educação física (EF) em atuação: o Tecnicismo (FIGUEIREDO, 2005). Contudo, sua presença em todas as fases da elaboração do PPP é fundamental para marcar posição e colocar sua visão de mundo, de escola e a importância desta disciplina ainda secundarizada pela comunidade (MATIAS, 2011). A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo que define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem se apropriar na educação básica. Sendo assim, todas as escolas devem organizar seu currículo a partir desse documento. A Base Nacional Comum Curricular define os direitos de aprendizagens de todos os alunos do Brasil. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que servirá como guia para a criação dos currículos escolares dos sistemas e redes de escolas de todo o Brasil. O Percurso Formativo é um material de referência que sugere uma sequência de pautas para organizar e desenvolver a formação de professores na implementação da BNCC. A base tem caráter normativo e indica as competências e habilidades que todos os estudantes devem desenvolver ao longo da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. O MEC (Ministério da Educação) dará um apoio técnico para as instituições de todo o Brasil para que os currículos sejam adequados de acordo com o que é apresentado pela Base. 7 Sendo assim, a BNCC busca também contribuir para o alinhamento de políticas e ações voltadas para a educação em todas as esferas governamentais. Dessa forma, o governo se responsabiliza pela formação continuada de professores, pela avaliação e elaboração de conteúdos educacionais, bem como, por todo processo de instalação e acessibilidade estrutural da escola. 1.2 ENTREVISTA: A realidade durante a Pandemia; O professor entrevistado Uelton Almeida Dias, faz parte do quadro de funcionários do município, onde realiza trabalhos escolares na iniciação e treinamento desportivos e grupos de alunos da terceira idade. Atualmente devido a pandemia alguns trabalhos tiveram que ser adaptados, implicando assim na prática continuada, bem como, na adaptação de algumas atividades por conta dos decretos do governo e das restrições impostas em cada município. Professor Uelton Almeida Dias tem formação Bacharelado em Educação física pela Faculdade Anhanguera na cidade de Juazeiro – BA. Antes da pandemia do COVID-19, o professor realizava treinamento desportivo numa escola municipal, bem como um belo trabalho com pessoas da terceira idade através da Secretaria de Ação Social do município de Curaçá na região norte do Estado da Bahia. Professor Uelton estava atuando em escolas, além de um excelente trabalho com as pessoas da terceira idade com o intermédio da Prefeitura Municipal. Sua missão era levar a atividade física para esses indivíduos que antes levavam uma vida de sedentarismos após aposentadoria. Infelizmente com o estouro da pandemia no mês de março de 2020, as atividades foram encerradas por medidas de segurança, e no mesmo tempo ocorreu o lockdown no Estado da Bahia. Infelizmente a Prefeitura do Município teve que suspender todas as atividades que ocorresse algum tipo de aglomerado, desde então a atividade com essas pessoas da terceira idade foi suspensa por tempo indeterminado por meio de decreto Estadual, bem como o trabalho escolar também sofreu algumas adaptações. Conforme palavras do professor Uelton, a pandemia do covid-19 trouxe reflexos muito negativos para a população em geral, principalmente no que se refere as atividades físicas regulares, escolares e econômicas, além do meio social, onde as pessoas tiveram de se isolar umas das outras como forma de prevenção contra a contaminação do vírus. Agora estamos no aguardo do controle da doença com o processo de vacinação para retornarmos as nossas atividades físicas, porem creio que esse ano ainda não será possível. 8 Para Nunes (2001) Educação Física é uma prática pedagógica, que na escola, busca refletir sobre a cultura corporal, que são as expressões corporais jogos, esportes, ginástica, dança entre outras buscando assim contribuir para a autonomia e criticidade dos educandos. A reflexão sobre a cultura corporal na Educação Física Escolar busca também a análise sobre valores morais como: solidariedade, cooperação, liberdade. Acredito que esses valores perpassam os jogos esportivos, as brincadeiras de roda, enfim, as atividades corporais como um todo e devem ser plenamente trabalhados durante as aulas, pois vivemos num mundo em que os valores como o individualismo e a competição exacerbada imperam, devendo ser combatidos dentro do ambiente escolar. 2. PRÉ-PROJETO 2.1 TEMA Iniciação e treinamento desportivo em Futebol Este Estágio Supervisionado Obrigatório I do Bacharel em Educação Física aconteceu através de leituras e questionamentos relacionados a esta temática, bem como entrevista com um professor de educação física e um micro vídeo seguindo todas as restrições e sendo adaptado conforme requisitos solicitados por conta da pandemia – Covid 19, ou seja através de pesquisas em artigos, sites e experiência do campo de ação. Diante do exposto e do conhecimento teórico e prático vivenciado no dia a dia do fazer profissional pôde-se realizar este relatório de forma abrangente relacionando diversos aspectos em relação à Iniciação e Treinamento Desportivo em futebol e suas especificidades. Segundo Weineck (2003), o desempenho esportivo só pode ser atingido, se houver uma base necessária durante a infância e a juventude, isso requer um planejamento minucioso e prolongado. O atletismo não foge desta regra se houver um bom planejamento, respeitando as fases deste individuo, ele obterá resultados a curto,médio e a longo prazo. A partir desta problemática questiona- se como aconteceu a desenvolvimento de alunos que se submeteram a iniciação desportiva por meio da modalidade do futebol, e que hoje alguns são professores e 9 outros são atletas profissionais de grandes ou pequenos clubes esportivo nesta modalidade e suas especificidades. Wein (2001) afirma que as atividades esportivas e as competições formativas em cada esporte de equipe devem ser como os sapatos das crianças, ou seja, na sua perfeita medida. Se a estruturação da competição está equivocada (e hoje não existem dúvidas sobre isso), também o processo de ensino-aprendizagem dos jovens, que se orienta sempre de acordo com o que o técnico observou na competição, estará longe de ser ótimo. A iniciação e o treinamento desportivo proporciona a descoberta de potencialidade e habilidades de alunos em fase de crescimento, diante disso o profissional de Educação Físicadeve aplicar conhecimentos de áreas específicas na prescrição de atividades. Um exemplo são os conhecimentos provenientes das áreas de Iniciação Esportiva e Desenvolvimento motor. Um tema muito debatido que está relacionado às duas áreas é a maturação. Apesar de estar associada ao crescimento, de acordo com o trecho de Haywood e Getchell (2016): “A maturação denota o progresso em direção à maturidade física, ao estado de integração funcional ideal dos sistemas corporais de um indivíduo e à capacidade de reprodução”. Sendo assim, pode-se obter maior atenção e informação ao que nos foi solicitado, e, de forma objetiva, espera-se que este relatório possa suprir todas as perspectivas e expectativas relacionadas às atribuições referentes ao entendimento e conhecimento desta temática através da especificação orientadas de alguns princípios que norteiam o desenvolvimento de atletas para estes fins. PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA De acordo com Tubino, “chama-se individualidade biológica o fenômeno que explica a variabilidade entre elementos da mesma espécie, o que faz que com que não existam pessoas iguais entre si.” (TUBINO, 1984, p. 100). Cada ser humano possui uma estrutura e formação física e psíquica própria, neste sentido, o treinamento individual tem melhores resultados, pois obedeceria as características e necessidades do indivíduo. Sendo assim os treinos devem ser individualizados ou reduzidos a pequenos grupos de acordo com a função exercida para o desenvolvimento desejado. 10 PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO De acordo com Weineck, a adaptação é a lei mais universal e importante da vida. Adaptações biológicas apresentam-se como mudanças funcionais e estruturais em quase todos os sistemas. Sob “adaptações biológicas no esporte”, entendem-se as alterações dos órgãos e sistemas funcionais, que aparecem em decorrência das atividades psicofísicas e esportivas (WEINECK, 1991). ““Capacidade de adaptação” ou “adaptabilidade” é o nome que se dá à diferente assimilação dos estímulos, frente à mesma qualidade e quantidade de exercícios ou carga de treinamento. Ela pode ser atribuída à correlação organismo/ambiente, sob o ponto de vista da predisposição hereditária e sua expressão (genética) (Gürtler 1982, 35).” (ibidem, 1991, p. 23). 1. a. estímulos débeis => não acarretam consequências; 2. b. estímulos médios => apenas excitam; 3. c. estímulos médios para fortes => provocam adaptações; 4. d. estímulos muito fortes => causam danos.” (ibidem, 1984, p. 101). Somos seres adaptáveis, por isso, quando somos estimulados seja fisicamente, cognitivamente, ou socialmente, respondemos a estes estímulos com uma adaptação. Se gostamos ou nos sentimos bem com o estimulo a tendência é que aprimoremos o dom que que possuímos para o desenvolvimento de nossas habilidades. Em se tratando de treinamento os estímulos que recebemos devem ser sempre variados para que estes estímulos ocasionem uma adaptação positiva ao organismo. PRINCÍPIO DA SOBRECARGA De acordo com Dantas: “Imediatamente após a aplicação de uma carga de trabalho, há uma recuperação do organismo, visando restabelecer a homeostase” (DANTAS, 1995, p. 43). Tubino (1984) cita algumas indicações de aplicação do Princípio da Sobrecarga, referenciado nas variáveis: Volume (Quantidade) e Intensidade (Qualidade); em vários Tipos de Treinamento, como: Contínuo, Intervalado, em Circuito, de Musculação, de Flexibilidade e Agilidade, e Técnico. Sobrecarga, como o próprio nome diz é uma carga imposta ou condicionada a uma outra carga que já esta sendo trabalhado no indivíduo durante a periodização do treinamento, esta sobrecarga é importante para que o organismo ao se adaptar à carga não fique homeostático e gere posteriormente uma resposta positiva do organismo gerando resultados de evolução nos treinamentos e competição. Podemos citar um exemplo de academia de ginástica, onde um cliente faz supino 11 reto (uma das atividades mais conhecidas pelos homens em academias de ginástica) com 15 Kg de cada lado por um longo período, se este cliente não mudar o peso depois de um tempo, seu organismo terá gerado uma adaptação que aquela atividade não será benéfica em termos de ganho para o indivíduo. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE Compartilho com Tubino, a ideia de que a condição atlética só pode ser conseguida após alguns anos seguidos de treinamento e, existe uma influência bastante significativa das preparações anteriores em qualquer esquema de treinamento em andamento. Para Tubino (1984), Quando começamos a praticar algo seja no esporte ou mesmo em nossas vidas se não damos continuidade a esta prática, ou a esquecemos como se faz ou nos tornamos menos habilidosos em tais afazeres. PRINCÍPIO DA INTERDEPENDÊNCIA VOLUME-INTENSIDADE Este princípio está intimamente ligado ao da sobrecarga, pois o aumento das cargas de trabalho é um dos fatores que melhora a performance, e este aumento ocorrerá por conta do volume e devido à intensidade. Para Tubino (1984), pode-se afirmar que os êxitos de atletas de alto rendimento, independente da especialização esportiva, estão referenciados a uma grande quantidade (volume) e uma alta qualificação (intensidade) no trabalho, sendo que, estas duas variáveis (volume e intensidade) deverão sempre estar adequadas as fases de treinamento, seguindo uma orientação de interdependência entre si. Um dos princípios mais conhecidos no Treinamento Esportivo e corresponde aos estímulos de volume e intensidade de treinamento, Estas variáveis devem ser muito estudadas, já que, é fundamental que a periodização esportiva esteja muito bem embasada para que o volume e intensidade tenham uma harmonia não ocasionando o overtrainning ou o burnout. O volume e intensidade de treinamento devem ser planejados em todos os âmbitos do treinamento: físico, técnico, tático e psicológico. PRINCIPIO DA ESPECIFICIDADE “O princípio da especificidade é aquele que impõe, como ponto essencial, que o treinamento deve ser montado sobre os requisitos específicos da performance desportiva, em termos de qualidade física interveniente, sistema energético preponderante, segmento corporal e coordenações psicomotoras utilizados” (Dantas, 1995, p. 50). 12 “Isto serve, cada vez mais, para firmar na consciência do treinador que o treino, principalmente na fase próxima à competição, deve ser estritamente específico, e que a realização de atividades diferentes das executadas durante a performance com a finalidade de preparação física, se justifica se for feita para evitar a inibição reativa (ou saturação de aprendizagem).” (Dantas, 1995, p. 50). Então, se a especificidade do movimento, e consequentemente da modalidade esportiva, está atrelada à memória do gesto motor, de seu treinamento, podemos dizer que o Princípio da Especificidade está ligado diretamente aos gestos específicos de uma determinada modalidade e o treinamento utilizado para o aprendizado e o desenvolvimentos destes respectivos gestos específicos. Princípio da Especificidade, o principio ao qual mais estou me atentando nos treinamento que organizo. Um exemplo fora dos esportes seria: como vou pedir para um funcionário do banco em hora de expediente "brincar" de banco imobiliário. Transferindo para o esporte como vou pedir para meu atleta realizar movimentos que não sejam específicos ou tragam benefícios para a especificidade do esporte. No caso do futebol como pedir para um atleta fazer um exercício de biceps ou outro qualquer de cadeia cinética aberta, sendo que o mesmo não sabe sua função entro do campo, ou simploriamente como chutar e executar um passe com as duas pernas. O trabalho ou treinamento deve ser específico, os testes devem ser específicos para o esporte, não podemos realizar atividades que compreendem a movimentos de outros esportes, temos que estudar, pensar e criarmétodos de treinamentos específicos. PRINCÍPIO DA VARIABILIDADE Também denominado de Princípio da Generalidade, encontra-se fundamentado na ideia do Treinamento Total, ou seja, no desenvolvimento global, o mais completo possível, do indivíduo. Para isso devem-se utilizar as mais variadas formas de treinamento (GOMES da COSTA, 1996). Os atletas devem ser preparados de maneira geral nos primeiros anos de atividade, vivenciando diferentes esportes e posteriormente, caso tenha predisposição para uma determinada modalidade esportiva, aperfeiçoar-se fazendo com que toda aquela vivência no âmbito motor, psicológico e social vivido anteriormente contribua deforma positiva em seu futuro. 13 PRINCÍPIO DA SAÚDE Segundo Gomes da Costa (1996), esse princípio encontra-se diretamente ligado ao próprio objetivo maior de uma atividade física utilitária que vise à saúde do indivíduo. Este princípio muitas das vezes não é respeitado devido a resposta imediata que o atleta tem que dar para a si mesmo, sociedade, treinador e seus patrocinadores. O ganhar a qualquer custo, pode trazer sequelas graves que não são pertinentes ser citadas neste momento. Porém a prática esportiva de auto rendimento, ou mesmo recreativa traz inúmeros benefícios para a saúde geral do indivíduo. PRINCÍPIO DA INTER-RELAÇÃO DOS PRINCÍPIOS De acordo com Gomes da Costa (1996), se faz lógico e transparente que essas leis não existem apenas por existir. Cada princípio, considerado individualmente, possui seu valor e função próprios, entretanto, a integração entre esses princípios adquire inestimável importância. “Aqui acontece aquela “historinha” de que o todo é sempre maior do que a soma de suas partes.” A integração de todos os princípios ou o máximo deles em um programa de treinamento não é certeza de sucesso, já que o esporte envolve outros inúmeros fatores externos, aos quais podemos controlá-los para a obtenção do sucesso, porém muitas das vezes como envolve duas equipes na grande maioria das vezes estes fatores não são palpáveis. Observando a relação de todos estes princípios e suas especificidades com a vivência do estágio I, percebeu-se que a preparação dos atletas em sua maioria está baseada e fundamentada em todos eles, cada um com sua importância e função dependendo da necessidade e objetividade do treino e competição. 14 2.2 PROBLEMA Este projeto tem como proposta relacionar Iniciação e Treinamento Desportivo em Futebol, os benefícios trazidos para o processo de iniciação esportivas de crianças em fase escolar nesta modalidade, bem como conscientizá- los para o desenvolvimento dessa prática e seus benefícios, sem deixar de priorizar também o rendimento escolar. Este projeto Iniciação e Treinamento Desportivo em Futebol têm como principal finalidade, trazer as experiências vivenciadas em leituras solicitadas nas pesquisas, bem como, um vídeo adaptado conforme restrições devido à pandemia e entrevista online com um Professor Bacharelado em Educação Física Uelton Almeida Dias que nos atendeu prontamente relatando suas experiências enquanto profissional de Educação Física. Dessa forma procurou-se abordar essa temática Iniciação e Treinamento Desportivo no Futebol, como Estagio Supervisionado Obrigatório I, que traz como observação os seguintes questionamentos que norteiam esta problemática relacionada à temática em questão: Porque a Iniciação ao Treinamento Desportivo deve ser iniciada logo nos primeiros anos do ensino fundamental? Quais os critérios exigidos para que essa criança possa participar das seletivas e jogos escolares? Como o Professor de Educação Física avalia o desempenho, habilidade e potencialidade do aluno para a prática desta modalidade? 2.3 OBJETIVO Objetivo Geral Investigar a contribuição da Iniciação ao Treinamento Desportivo no Futebol para o desempenho dos alunos nas demais disciplinas do currículo escolar. Objetivos Específicos Analisar a prática do futebol e seus benefícios para as crianças do ensino fundamental II; Induzir no aluno o hábito de estudar o futebol tanto na teoria como na prática; Desenvolver no aluno o colaborativismo e o trabalho individualizado e coletivo. 15 2.4 JUSTIFICATIVA A partir do Estágio Supervisionado Obrigatório I, pôde-se desenvolver através de leituras e pesquisa especifica para a temática Iniciação e Treinamento desportivo em Futebol, bem como um Micro-vídeo realizado de acordo restrições Covid-19 e entrevista com Uelton Almeida Dias professor de Educação física, que contribuíram de forma direta para a realização deste pré-projeto e sua importância para o desenvolvimento do aluno enquanto ser social não só na escola, mas em qualquer ambiente ao qual se encontrar inserido. A relação do profissional de educação física com o campo de atuação da iniciação e treinamento desportivo é bastante amplo no quesito relacionado ao treinamento e acompanhamento dos atletas e suas especificidades, já que, a instituição está funcionando no sistema remoto, cabe ao professor fazer adaptações em algumas atividades relacionadas a prática desta modalidade. No entanto, espera-se que o resultado deste pré-projeto seja satisfatório e que possa proporcionar clareza nas informações relacionadas ao que foi proposto, contribuindo assim para a realização e desempenho dessa e de outras modalidades. Assim, foi possível realizar de todas as atividades propostas durante todo período de estagio, possuindo autonomia para mediar o que foi solicitado dentro do conhecimento e aprendizagem nas atividades propostas de Iniciação do Treinamento Desportivo e seus impactos no campo de ação do Futebol e suas especificidades. 16 REFERÊNCIAS CUSTÓDIO, F.A.C. Projeto político pedagógico, educação física e o professor: mediações na perspectiva de uma educação transformadora, www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/312-4.pdf, 2010. DANTAS, Estélio H. M. A Prática da Preparação Física. 3ª edição. Rio de Janeiro: Shape, 1995. GOMES DA COSTA, Marcelo. Ginástica Localizada. Rio de Janeiro: Editora Sprint, 1996. ILHA, F.R.S; KRUG, H.N. O Professor de educação física e sua participação na gestão escolar: contribuições para a formação profissional, Revista E-Curriculum, São Paulo, v.4, nº 1 dez. http://www.pucsp.br/ecurriculum, 2008. LORO, P.A.; GOLIN,C.H. Projeto pedagógico e educação física: uma relação necessária, IV Congresso Centro-Oeste de Ciência do Esporte, 22 a 25 de setembro – Brasilia/DF, 2010. MATIAS, W.B. Projeto político pedagógico e a educação física escolar, EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 152, Enero, http://www.efdeportes.com/, 2011. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. A educação no Brasil, www.dc.mre.gov.br/imagens- e-textos/revista1- mat4.pdf, 2005. NUNES, F.S. Educação física escolar frente ao processo de terceirização, www.grupomel.ufba.br/textos/download/monografias/educacao_fisica_escolar. 2001. RIOS, D.M.; CÁRIA, N.P. O professor e o projeto político pedagógico da escola, 2011. SAWITZKI, L.R. Regime de colaboração, projeto político pedagógico e desporto escolar, UNIrevista-vol.1, nº 2, abril, 2006. http://www.dc.mre.gov.br/imagens-e-textos/revista1- http://www.dc.mre.gov.br/imagens-e-textos/revista1- 17 WEIN, H. Hacen falta de competiciones más formativas el deporte base. EFDeportes.com, Año 7, n.34, 2001. Disponível em: < http://www.efdeportes.com/ > . Acesso em: 03 de janeiro de 2007. WEINECK, Jürgen. Manual de Treinamento Esportivo. 2ª edição. São Paulo: Editora Manole, 1989. TUBINO, Manoel José Gomes. Metodologia científica do treinamento desportivo. 3ª edição. São Paulo: Ibrasa, 1984. Sites Consultados: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/cotidiano/projeto-politico-pedagogico-objetivos/32450 Acessado em 10 de junho de 2021. https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2120/como-conhecer-a-realidade-local-pode- impactar-no-ppp-de-uma-escola Acessado em 10 de junho de 2021. https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/cotidiano/projeto-politico-pedagogico-objetivos/32450 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/cotidiano/projeto-politico-pedagogico-objetivos/32450 https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2120/como-conhecer-a-realidade-local-pode-impactar-no-ppp-de-uma-escola https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2120/como-conhecer-a-realidade-local-pode-impactar-no-ppp-de-uma-escola
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