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NÃO PODE FALTAR
O MERCADO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Anísio Calciolari Júnior
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PRATICAR PARA APRENDER 
Escolas da educação básica, escolas de educação especial, clubes, academias de
musculação e ginástica, clubes recreativos e esportivos, escolas de danças, escolas
de natação, escolinhas esportivas (como futebol, voleibol, basquete, handebol,
futsal, atletismo), projetos sociais, concurso em prefeituras e no estado, clínicas
médicas, hospitais, escolas especiais, pesquisa, ensino, gestão, desenvolvimento de
tecnologias, e por aí em diante: esses são alguns dos exemplos do mercado de
trabalho da Educação Física, em suas mais diversas manifestações, como o esporte,
Fonte: Shutterstock.
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Áudio disponível no material digital.
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a saúde, o lazer, a educação formal e não formal.
Essa amplitude do mercado de trabalho no setor nos deixa, por um lado, uma
sensação de grandes chances de inserção, mas, por outro, também nos coloca
diante da responsabilidade de uma formação acadêmica sólida para poder se
manter no mercado de trabalho. 
A sua atuação dentro da empresa Vida e Saúde vem sendo reconhecida e você
passou a ser sócio da empresa. Com uma atuação já consolidada na área da
atividade física e saúde, você, como empreendedor, busca novos campos de
atuação. Com um trabalho aberto e atento ao mercado, a empresa consegue fechar
uma parceria junto a uma equipe multidisciplinar de uma gigante nacional de
planos de saúde. Com foco na prevenção, educação, preservação e reabilitação na
saúde, essa equipe é formada por diversos pro�ssionais, como médicos de
diferentes especialidades, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, �sioterapeutas e
outros pro�ssionais da saúde que operam tanto no espaço intra-hospitalar quanto
extra-hospitalar. Logo você percebe que o trabalho em equipes multidisciplinares é
realmente um grande desa�o pro�ssional para você e para a empresa e que esse é
um campo de atuação desa�ador para a Educação Física. Mas você ainda apresenta
uma grande vantagem frente aos seus colegas, pois em sua atuação na área escolar
foi possível realizar alguns projetos e trabalho de natureza multidisciplinar com
outros professores de outras disciplinas escolares. Diante desse cenário, a
Educação Física precisa demonstrar sua importância e legitimidade social no campo
da saúde, construindo sua imagem e reconhecimento pro�ssional, conquistando
novos espaços de trabalho. 
O desenvolvimento de competências e a atenção e acompanhamento das
demandas do mercado de trabalho são atitudes necessárias para poder enfrentar
os desa�os. Portanto, ao longo de sua formação, é bom você sempre realizar um
mapeamento não somente dos seus interesses, mas de como está o mercado de
trabalho na sua cidade, na sua região, a �m de realizar sua formação e sua inserção
no mercado.
CONCEITO-CHAVE
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Quando pensamos na relação entre Educação Física e mercado de trabalho, temos
que levar em consideração que essa relação sempre foi mediada por diversos
aspectos presentes no campo econômico e político que, juntamente com os
embates e debates internos na área, vão constituindo os elementos que nos
possibilitam um maior domínio dos conhecimentos interdependentes dentro de
uma rede complexa. Ao olharmos para a contemporaneidade, podemos visualizar
um mercado de trabalho que, em geral, requer diversas competências, habilidades
e comportamentos que proporcionem uma maior empregabilidade e
sustentabilidade da carreira pro�ssional.
Como você pôde perceber ao longo desta unidade, uma área de formação
pro�ssional precisa estar atenta às novas demandas, mudanças e tendências do
mercado, às alterações nas legislações e diretrizes de formação pro�ssional – como
visualizamos na nova diretriz de formação para a Educação Física, aprovada em
2018. Assim, tanto a Educação Física quanto o Estado e o próprio mercado de
trabalho atuam e in�uenciam nas dimensões da formação e preparação para a vida
pro�ssional. 
Não somos uma área alheia e desconexa das relações macro e microeconômicas e
políticas que impactam a sociedade. Também não somos uma área estagnada,
cristalizada. Passamos por diversas mudanças e (re)con�gurações atentos ao
mercado de trabalho e, principalmente, a uma formação pro�ssional de qualidade.
Um cuidado a ser sempre adotado é não ser refém do mercado de trabalho, do
imediatismo, e buscar sempre uma formação pro�ssional que possibilite a
compreensão e a transformação da realidade.
Uma das competências para ler a realidade é a noção de que estamos em uma
sociedade globalizada surgida da integração econômica, mas que impacta os
aspectos políticos, culturais e sociais. Essa necessidade de novas frentes de
expansão do mercado culminou num crescimento sem precedentes,
principalmente a partir da segunda metade do século passado, na disseminação e
expansão culturais. Esse cenário globalizado acaba por impor novos valores e
comportamentos, além de criar mercados de trabalho. 
Portanto, você precisa sempre buscar o desenvolvimento de competências,
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compreender os processos de globalização e empregabilidade, estar atento às
novas demandas e novos mercados potenciais, superando os desa�os e
compreendendo as mais diversas e adversas circunstâncias que permeiam o
mercado de trabalho em Educação Física.
Competência pode ser compreendida como o conjunto de conhecimentos,
técnicas, valores e habilidades necessárias para o desempenho e�ciente e e�caz no
exercício da pro�ssão Educação Física (BARROS, 2006).
O MERCADO MULTIDISCIPLINAR 
Uma das principais competências necessárias para inserção no mercado de
trabalho está relacionada às equipes multidisciplinares. Essa é uma tendência
global em termos de exigência de per�l e qualidade pro�ssional, conforme a
sociedade, o mercado de trabalho, as empresas e os mais diversos campos de
conhecimento e tecnologias buscam agregar valores e saberes advindos de campos
de formação diferentes para atuar, de modo multidisciplinar, nas demandas sociais.
Nesse sentido, reconhecem-se a expertise de cada área de formação pro�ssional
envolvida e suas contribuições na prestação de serviços, no trabalho colaborativo
que compreende a visão do outro pro�ssional, assim como se reconhecem suas
particularidades e di�culdades no processo de trabalho. Cada pro�ssional, dentro
da expertise de seu conhecimento especializado, de modo colaborativo e
compartilhado, dará sua contribuição e saberá unir seu conhecimento aos dos
demais pro�ssionais, valorizando o seu saber e o dos seus colegas. Esse
envolvimento coletivo e colaborativo é fundamental para o trabalho em equipes
multidisciplinares, que terão funções diferentes, partilhando diferentes olhares e
saberes diante de uma intervenção pro�ssional, mobilizando conhecimentos
teóricos e práticos em face de suas realidades de atuação. 
Portanto, dentro da Educação Física e dos seus mais diversos campos de atuação
presentes no mercado de trabalho, há alguns espaços já consolidados para a
atuação em equipe multidisciplinar, como a área da saúde e do esporte. No
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entanto, precisamos compreender que essa dimensão multifacetada é algo cada
mais vez mais presente e abrange outras áreas consolidadas de atuação, como o
lazer e a educação. 
ASSIMILE
Com a inserção da Educação Física na área da saúde e os espaços
conquistados no SUS, como vimos na seção anterior, há uma crescente
produção de conhecimento sobre a formação e atuação na saúde pública,
na saúde coletiva e, principalmente, no âmbito das equipes
multidisciplinares. Essa relação entre formação acadêmica e mercado de
trabalho é fundamental para a consolidação do pro�ssional nessas equipes
e campos de intervenção. O dizer “eu faço parte da área da saúde”, por si só,
não garante nem justi�ca nossa área dentro de um importante programa de
equipe multidisciplinar: precisamossempre buscar o desenvolvimento de
competências e habilidades para desenvolver uma expertise que justi�que
nossa especialidade de conhecimento e intervenção.
A área da saúde é, sem dúvida, a que mais se desponta em termos de atuação em
equipe multidisciplinar no campo da Educação Física. A Constituição Federal de
1988 promoveu um novo reordenamento no campo da saúde. O Sistema Único de
Saúde (SUS) surge, então, em 1990, instituindo a saúde como direito fundamental e
o Estado como responsável por criar as condições necessárias e indispensáveis ao
pleno exercício desse direito pela população. Os princípios doutrinários do SUS são:
universalidade: a garantia do sistema de saúde a toda a população; equidade: a
garantia de serviços de todos os níveis e da igualdade de oportunidade,
principalmente diante das desigualdades sociais; e integralidade: a promoção, a
proteção e a recuperação da saúde. Além disso, em cada esfera do Estado
(municipal, estadual e federal) devem ser construídas ações para sua garantia.
No tocante à inserção e atuação do pro�ssional de educação física nas políticas que
garantem a promoção e prevenção em saúde, percebe-se, claramente, o
reconhecimento e a importância desse pro�ssional nas equipes multidisciplinares.
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O pro�ssional de educação física, a partir de sua atuação no Núcleo de Apoio à
Saúde da Família (NASF), pode contribuir com uma expertise desenvolvida
historicamente pela área no campo da atuação em saúde, relacionada aos aspectos
físicos, emocionais e cognitivos, promovendo a melhoria da qualidade de vida da
população a partir de sua atuação, dando maior amplitude à atenção básica com
ações das atividades físicas e práticas corporais. Pensando a dimensão
multipro�ssional legalmente garantida em sua constituição, a atuação do
pro�ssional de educação física no NASF e sua integração devem ser balizadas por
competências pro�ssionais que vão além do saber especializado, como as ações
compartilhadas, com visão ampla no aspecto da saúde e da prestação de serviço de
forma integral aos cidadãos, objetivando a promoção da saúde e a prevenção de
doenças.
Uma perspectiva fundamental dessa atuação é a sua dimensão educativa. O
conhecimento sobre os aspectos da saúde e da prática da atividade física e a
incorporação de hábitos saudáveis são importantes bases do processo. Assim, a
atuação do pro�ssional não se limita na relação focal da doença, mas em promover
outros aspectos da dimensão humana, como a socialização, a integração social e a
educação para a saúde. 
Como você deve se lembrar, a Resolução nº 391, de 26 de agosto de 2020,
reconhece e de�ne a atuação e as competências do pro�ssional de educação física
em contextos hospitalares (CONFEF, 2020). Assim, para além do âmbito da saúde
pública, mas tendo esse mercado de trabalho como precursor dessa conquista, a
atuação em ambientes hospitalares (incluindo clínicas) também mediada por
equipes multidisciplinares é, necessariamente, um novo mercado de trabalho que
se abre. A atuação em contextos clínicos e hospitalares já existia; o que a resolução
traz, sendo que foi elaborada com a colaboração de pro�ssionais de educação física
que atuam na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e com a
Comissão de Atividade Física e Saúde do Conselho Federal de Educação Física
(CONFEF), em seu art. 3º, é o seguinte: 
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A resolução lista XXII competências e atribuições do pro�ssional de educação física
para atuação em contexto hospitalar e, em seu art. 5º, estabelece que o
“Pro�ssional de Educação Física poderá atuar em toda e qualquer área hospitalar
da atenção à saúde, às quais se reconhecem os benefícios da atividade física e do
exercício físico” (CONFEF, 2020, [s. p.]). Como você pode perceber, a atuação
pro�ssional nos campos da saúde e os mercados que deles derivam são mediados
por regulamentações especí�cas (leis, normativas e resoluções) que orientam como
deve proceder a atuação e a formação do pro�ssional de educação física que queira
operar no campo da saúde.
Porém, por mais que a saúde seja um importante campo de formação e atuação
pro�ssional, as possibilidades pro�ssionais da área são bastante diversas. O campo
do esporte também se con�gura como um importante mercado de trabalho, com a
presença de muitas equipes pro�ssionais, principalmente quando se trata do
esporte de rendimento e pro�ssional. 
Quando delimitamos neste momento o esporte de competição de rendimento, o
campo do treinamento esportivo, destaca-se que a busca pelo melhor desempenho
de um atleta, sua performance, vai depender de diversos fatores, como técnico,
tático, físico, psicológico, que, em suas interações, potencializam a melhora no
desempenho esportivo. Para se alcançar o desempenho desejado é necessária,
então, a atuação de diferentes pro�ssionais especialistas, com formações distintas,
como o médico, o nutricionista, o psicólogo, o �sioterapeuta, o pro�ssional de
educação física, o gestor e o administrador esportivos. Essa atuação também vai
exigir cooperação da equipe multidisciplinar, cada um em seu campo especí�co
busca um resultado construído em conjunto. 
Quando se pensa no campo do esporte, algumas das competências desejadas são
organização e planejamento, pois o treinamento especializado se dá ancorado
Rea�rmar que é prerrogativa do Pro�ssional de Educação Física no contexto da área hospitalar: coordenar,
planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar trabalhos, programas,
planos e projetos, nas áreas de atividades físicas e do exercício físico, destinados a promoção, prevenção,
proteção, educação, intervenção, recuperação, reabilitação, tratamento e cuidados paliativos da saúde física e
mental, na área especí�ca ou de forma multipro�ssional e/ou interdisciplinar. 
— (CONFEF, 2020, [s. p.]).
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nesses princípios, de forma sistematizada, compreendendo desde saberes
anátomo-�siológicos até a ciência do treinamento esportivo e atuando a partir da
autonomia nas relações com outros pro�ssionais a partir da expertise da Educação
Física no campo esportivo. 
Dentro do campo esportivo, mas atuando em outras dimensões do esporte, como a
iniciação esportiva e/ou projetos sociais, a atuação pro�ssional também pode
ocorrer em equipes multidisciplinares. O que você deve levar em consideração é a
dimensão do esporte em que atua e as competências e saberes necessários para
atuação. Muitas empresas e órgãos públicos, principalmente em nível municipal e
estadual, desenvolvem projetos sociais e de iniciação esportiva com objetivos
relacionados mais à formação do cidadão do que necessariamente o desempenho
atlético e esportivo. São demandas locais, problemas sociais, econômicos e culturais
que a atuação conjunta com pro�ssionais de outras áreas (como pedagogos,
psicólogos, assistentes sociais, médicos, dentistas, nutricionistas) busca, através do
esporte, a construção da cidadania e a melhoraria das condições de vida,
principalmente de jovens e crianças em condições de vulnerabilidade social. 
Outro campo de atuação pro�ssional tradicional, que se desenvolveu fortemente,
tanto no aspecto acadêmico quanto no pro�ssional, principalmente a partir dos
anos 1970 no Brasil, é o lazer. Considerado um dos grandes fenômenos da
sociedade moderna, caracteriza-se por ser multifacetado, logo, possui uma grande
potencialidade de trabalho em equipe multidisciplinar devido às mais diversas
manifestações e sentidos das práticas de lazer na contemporaneidade. Pode-se
considerar que a Educação Física conquistou um espaço de hegemonia quando
abarcou a dimensão da atuação no lazer, principalmente nas atividades lúdicas e
recreativas. Portanto, como a�rma Isayama (2003), é necessário compreender o
lazer como um campo de atuação multidisciplinar que pode materializar propostas
de atuação que favoreçam a interdisciplinaridade. 
Importante destacarque a atuação no âmbito do lazer requer, tanto na formação
inicial quanto na formação continuada, a busca por uma formação especí�ca na
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dimensão teórico-prática, na abrangência do que o fenômeno lazer realmente
signi�ca para a vida em sociedade e para a construção de uma sociedade mais
justa. 
REFLITA
Será que conhecer um grande rol de atividades como jogos e brincadeiras é
necessário para a atuação no campo do lazer? Esse fenômeno só pode ser
compreendido em sua complexidade se levarmos em consideração os
aspectos culturais, políticos e sociais. Portanto, para sua apreensão
conceitual, é necessária uma visão ampliada que vá além da execução de
atividades, mas atinja sua dimensão estrutural na sociedade.
O setor privado e o público são os grandes campos de atuação. Este depende quase
que exclusivamente de uma efetiva materialidade de políticas públicas voltadas ao
lazer, como a construção de espaços e equipamentos de esporte e lazer e, de modo
efetivo, programas e projetos para a ocupação e signi�cado social na vida cotidiana
da população. Porém, é no setor privado que o mercado de trabalho do lazer mais
cresce, como hotéis, resorts, empresas na área da recreação, entre outros. 
Destacando a dimensão da especialidade da formação pro�ssional e do
conhecimento para a atuação em espaços de trabalho em equipes
multidisciplinares, não podemos deixar de destacar um campo que por vezes é
relegado por causa da dimensão da especialidade requerida: as atividades físicas e
esportes adaptados para pessoas com de�ciência. De modo especial, podemos
destacar as escolas de educação especial, juntamente com o pro�ssional de terapia
ocupacional, �sioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo, assistente social e o
pro�ssional de educação física, que buscam a inclusão social, o processo de
autonomia e qualidade de vida das pessoas com de�ciência. 
As práticas de educação inclusiva, seja no próprio ensino regular ou no
atendimento em escolas de educação especial, devem ser pensadas e executadas
com equipes multidisciplinares. Assim, tanto a inclusão de alunos com de�ciência
em escolas regulares quanto o atendimento em escolas especiais requerem, do
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pro�ssional de educação física e de seu trabalho com atividades físico-esportivas e
motoras adaptadas, conhecimentos anatômicos, físicos, motores, neurológicos,
psicológicos, comportamentais, bioquímicos e outros que se façam necessários
para ancorar o atendimento das pessoas com de�ciência. 
Pensando ainda na dimensão da inclusão social, esses mesmo princípios agora
estudados se materializam não somente para os alunos com de�ciência, mas
também para alunos que necessitam de atendimento educacional especializado
devido, por exemplo, às altas habilidades, transtornos globais e, ainda, questões
relacionadas à saúde, como problemas cardíacos, respiratórios (como a asma),
diabetes, problemas motores, articulares etc. En�m, a escola regular, em especial, a
educação física adaptada, precisa oferecer todas as condições necessárias para que
os alunos com necessidades educacionais especiais tenham acesso aos conteúdos,
ao currículo escolar, às vivencias pedagógicas, ou seja, deve assegurar o acesso
àquilo que é fundamental a todos os alunos da escola. 
É esse caminho que perpassa a educação inclusiva na busca por autonomia
funcional, sendo as atividades físico-esportivas adaptadas fundamentais para que o
pro�ssional de educação física possa trabalhar a partir da adaptação de materiais,
espaços e processos pedagógicos de acordo com sua realidade e as necessidades
dos alunos.
Ainda nesse contexto, uma outra dimensão da atuação em equipes
multidisciplinares pode ser encontrada na reabilitação. Podemos entender a
reabilitação como um processo relacionado ao desenvolvimento humano e às
capacidades adaptativas nas diferentes fases da vida, abrangendo os aspectos
funcionais, psíquicos, educacionais, sociais e pro�ssionais (BRASIL, 2008). 
A Educação Física, incluída nesse processo, colabora para que seja assegurada à
pessoa com de�ciência, seja qual for a natureza e origem dessa de�ciência, uma
efetiva participação com maior independência possível. As atividades físicas e
esportivas adaptadas também cumprem um signi�cativo papel na reabilitação
social e psicológica das pessoas com de�ciência, uma vez que possibilita, a partir da
intervenção do pro�ssional da área, um redescobrimento do próprio corpo e suas
funções, suas possibilidades, num processo de autoaceitação e conhecimento
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sobre as novas imagens de si que passam a ser reconstruídas, de modo que, aos
poucos, vão reassumindo seus papéis sociais, principalmente quando a pessoa
adquire (e não nasce com) uma de�ciência. 
O trabalho isolado e fragmentado nesse campo tende a dar poucos resultados,
principalmente quando comparado a uma equipe multidisciplinar que busca atuar
em todas as dimensões necessárias para a melhoria da qualidade de vida e busca
da autonomia dos indivíduos.
Para �nalizarmos essa discussão, não podemos deixar de destacar a própria
dimensão da Educação Física escolar. Quando pensamos na estrutura disciplinar e
nos diferentes pro�ssionais com distintas formações disciplinares atuando no
espaço escolar, logo imaginamos que a dimensão multidisciplinar seria uma
dimensão “óbvia”, direta, natural. No entanto, para ela ser concretizada, precisa
justamente superar as barreiras e fronteiras disciplinares que moldam a atuação
tradicional na educação formal. 
A constituição de equipes multidisciplinares de modo permanente e temporária no
âmbito escolar pode contribuir para tornar a educação mais efetiva, de maior
qualidade, buscando a inovação de propostas pedagógicas para o enfrentamento
das di�culdades presentes no cotidiano escolar. É um fator que pode impactar na
qualidade pedagógica da escola. A própria Base Nacional Comum Curricular
estabelece os temas contemporâneos que, para seu tratamento pedagógico em sua
plenitude, precisam ser abordados de forma transdisciplinar (BRASIL, 2018).
Esses temas não estão presentes de modo fragmentado nas disciplinas escolares,
mas cada uma, em sua especi�cidade e no trabalho pedagógico integrado, pode
contribuir para a compreensão, a construção e a apropriação de saberes a elas
relacionados, ou seja, a abordagem transdisciplinar con�gura-se como uma
proposta transformadora, relacionando diversos conhecimentos, linguagens,
signi�cados e representações em torno de uma temática. 
Portanto, como apontam Minelli, Soriano e Fávaro (2009), os problemas com os
quais a sociedade se defronta são tão complexos que nenhuma pro�ssão pode ter
a pretensão de resolvê-los atuando isoladamente. O que é necessário é a constante
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busca pro�ssional por conhecimento, de natureza cientí�ca e técnica, na qual cada
área pode contribuir do modo mais quali�cado possível no enfretamento dos
problemas, apresentando perspectivas diferentes e complementares. 
A VARIAÇÃO DO MERCADO SAZONAL
A Educação Física, entendida no âmbito das pro�ssões liberais, está sujeita às
in�uências sazonais do mercado de trabalho, que podem se dar por diferentes
motivos. Um ponto a ser destacado é que cada realidade cultural apresenta
aspectos diferentes relacionados à sazonalidade. Por exemplo, o período de férias
faz crescer de modo signi�cativo, principalmente nos grandes centros urbanos, a
procura por vivências em hotéis, resorts e até mesmo em condomínios, para suprir
a demanda de ocupação do tempo livre das crianças que con�itua com o tempo de
trabalho dos pais/responsáveis. Nesse sentido, o mercado de trabalho na área do
lazer �ca mais aquecido, oferecendo maior potencial. 
Juntamente com as férias escolares, no período do verão no Brasil cresce a procura
por atividades de academias, de ginásticas, de musculação, sempre voltadas a uma
perspectiva estética, mas de forma imediata e temporal. Assim, os cuidadoscom a
saúde aumentam nesse período. Mas não podemos ver esse fato em especí�co
como um problema, mas como uma oportunidade de conseguir novos
bene�ciários/clientes, que muitas vezes conseguem passar pelo período sensível
inicial da prática da atividade física e acabam por aderir e incorporá-la como um
hábito cotidiano. 
As atividades de academia também buscam sempre novas práticas, novas
modalidades, ou seja, procuram novidades para manter a clientela, uma vez que a
demanda pelo inédito é algo muito presente nessas práticas, pois acabam por ser
maçantes, repetitivas. Deve-se tomar cuidado com os “modismos” que surgem e
passam com a mesma velocidade. Isso requer atenção e muito planejamento por
parte do pro�ssional de educação física. 
Datas e momentos esportivos especiais também devem ser levados em
consideração, como a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas. De modo
especial, as Olimpíadas possuem o potencial de difundir esportes não tão
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conhecidos e praticados e, quando surge nesse evento a �gura do herói, da
conquista, esse esporte acaba sendo mais procurado. Um exemplo claro pode ser
dado com a medalha de ouro do voleibol nos Jogos Olímpicos de Verão em
Barcelona, em 1992. Toda uma geração de novos jogadores e praticantes foi
formada pela difusão das imagens esportivas e disseminação da prática do voleibol
a partir desse marco, dessa conquista. 
TECNOLOGIAS E MERCADO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Como você lida com as questões tecnológicas em seu cotidiano? Que espaço elas
ocupam em sua vida? E que importância e signi�cado elas possuem para você?
Hoje, essas perguntas, mesmo que direcionadas ao âmbito da vida pessoal, podem
ser facilmente transferidas ao campo pro�ssional. 
Cada vez mais há a necessidade de desenvolvimento tecnológico e apropriação
desses recursos como forma de mediar diversas esferas da vida em sociedade. A
revolução tecnológica da informação coloca as pro�ssões atuais em constante
questionamento, uma vez que precisam acompanhar as mudanças e saber utilizá-
las como instrumentos de trabalho. As Tecnologias da Informação e Comunicação
(TICs) estão cada vez mais presentes e incorporadas à vida cotidiana. Tais
tecnologias podem se caracterizar como ferramentas de trabalho. No campo da
docência, as TICs são fundamentais para o desenvolvimento de práticas inovadoras,
agilizando o trabalho do professor, aproximando o professor da realidade do aluno,
principalmente nas tendências do mercado de trabalho. Assim, dentro do campo
escolar, as TICs podem servir de recurso pedagógico com diferentes
intencionalidades para cumprir os objetivos da Educação Física escolar. 
EXEMPLIFICANDO 
Os Exergames são tipos de videogames que utilizam sensores ou consoles
que exigem a realização de movimentos para a execução da ação de jogar.
Muitas experiências vêm sendo desenvolvidas para crianças e adolescentes,
principalmente no combate ao sedentarismo e no trabalho com atividade
física, tanto dentro como fora do contexto escolar. Considerando o
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videogame de modo simplista, ele é um dos vilões na questão dos hábitos
sedentários. Entretanto, podemos utilizar essa linguagem tecnológica
presente na cultura contemporânea como forma de atuação pro�ssional.
Quando pensamos na relação entre Educação Física e mercado de trabalho, temos
que levar em consideração que essa relação sempre foi mediada por diversos
aspectos presentes no campo econômico e político que, juntamente com os
embates e debates internos na área, vão constituindo os elementos que nos
possibilitam um maior domínio dos conhecimentos interdependentes dentro de
uma rede complexa. Ao olharmos para a contemporaneidade, podemos visualizar
um mercado de trabalho que, em geral, requer diversas competências, habilidades
e comportamentos que proporcionem uma maior empregabilidade e
sustentabilidade da carreira pro�ssional.
Como você pôde perceber ao longo desta unidade, uma área de formação
pro�ssional precisa estar atenta às novas demandas, mudanças e tendências do
mercado, às alterações nas legislações e diretrizes de formação pro�ssional – como
visualizamos na nova diretriz de formação para a Educação Física, aprovada em
2018. Assim, tanto a Educação Física quanto o Estado e o próprio mercado de
trabalho atuam e in�uenciam nas dimensões da formação e preparação para a vida
pro�ssional. 
Não somos uma área alheia e desconexa das relações macro e microeconômicas e
políticas que impactam a sociedade. Também não somos uma área estagnada,
cristalizada. Passamos por diversas mudanças e (re)con�gurações atentos ao
mercado de trabalho e, principalmente, a uma formação pro�ssional de qualidade.
Um cuidado a ser sempre adotado é não ser refém do mercado de trabalho, do
imediatismo, e buscar sempre uma formação pro�ssional que possibilite a
compreensão e a transformação da realidade.
Uma das competências para ler a realidade é a noção de que estamos em uma
sociedade globalizada surgida da integração econômica, mas que impacta os
aspectos políticos, culturais e sociais. Essa necessidade de novas frentes de
expansão do mercado culminou num crescimento sem precedentes,
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expansão culturais. Esse cenário globalizado acaba por impor novos valores e
comportamentos, além de criar mercados de trabalho. 
Portanto, você precisa sempre buscar o desenvolvimento de competências,
compreender os processos de globalização e empregabilidade, estar atento às
novas demandas e novos mercados potenciais, superando os desa�os e
compreendendo as mais diversas e adversas circunstâncias que permeiam o
mercado de trabalho em Educação Física.
Competência pode ser compreendida como o conjunto de conhecimentos,
técnicas, valores e habilidades necessárias para o desempenho e�ciente e e�caz no
exercício da pro�ssão Educação Física (BARROS, 2006).
O MERCADO MULTIDISCIPLINAR 
Uma das principais competências necessárias para inserção no mercado de
trabalho está relacionada às equipes multidisciplinares. Essa é uma tendência
global em termos de exigência de per�l e qualidade pro�ssional, conforme a
sociedade, o mercado de trabalho, as empresas e os mais diversos campos de
conhecimento e tecnologias buscam agregar valores e saberes advindos de campos
de formação diferentes para atuar, de modo multidisciplinar, nas demandas sociais.
Nesse sentido, reconhecem-se a expertise de cada área de formação pro�ssional
envolvida e suas contribuições na prestação de serviços, no trabalho colaborativo
que compreende a visão do outro pro�ssional, assim como se reconhecem suas
particularidades e di�culdades no processo de trabalho. Cada pro�ssional, dentro
da expertise de seu conhecimento especializado, de modo colaborativo e
compartilhado, dará sua contribuição e saberá unir seu conhecimento aos dos
demais pro�ssionais, valorizando o seu saber e o dos seus colegas. Esse
envolvimento coletivo e colaborativo é fundamental para o trabalho em equipes
multidisciplinares, que terão funções diferentes, partilhando diferentes olhares e
saberes diante de uma intervenção pro�ssional, mobilizando conhecimentos
teóricos e práticos em face de suas realidades de atuação. 
Portanto, dentro da Educação Física e dos seus mais diversos campos de atuação
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presentes no mercado de trabalho, há alguns espaços já consolidados para a
atuação em equipe multidisciplinar, como a área da saúde e do esporte. No
entanto, precisamos compreender que essa dimensão multifacetada é algo cada
mais vez mais presente e abrange outras áreas consolidadas de atuação, como o
lazer e a educação. 
ASSIMILE
Com a inserção da Educação Física na área da saúde e os espaços
conquistados no SUS, como vimos na seção anterior, há uma crescente
produção de conhecimento sobre a formação e atuação na saúde pública,
na saúde coletiva e, principalmente,no âmbito das equipes
multidisciplinares. Essa relação entre formação acadêmica e mercado de
trabalho é fundamental para a consolidação do pro�ssional nessas equipes
e campos de intervenção. O dizer “eu faço parte da área da saúde”, por si só,
não garante nem justi�ca nossa área dentro de um importante programa de
equipe multidisciplinar: precisamos sempre buscar o desenvolvimento de
competências e habilidades para desenvolver uma expertise que justi�que
nossa especialidade de conhecimento e intervenção.
A área da saúde é, sem dúvida, a que mais se desponta em termos de atuação em
equipe multidisciplinar no campo da Educação Física. A Constituição Federal de
1988 promoveu um novo reordenamento no campo da saúde. O Sistema Único de
Saúde (SUS) surge, então, em 1990, instituindo a saúde como direito fundamental e
o Estado como responsável por criar as condições necessárias e indispensáveis ao
pleno exercício desse direito pela população. Os princípios doutrinários do SUS são:
universalidade: a garantia do sistema de saúde a toda a população; equidade: a
garantia de serviços de todos os níveis e da igualdade de oportunidade,
principalmente diante das desigualdades sociais; e integralidade: a promoção, a
proteção e a recuperação da saúde. Além disso, em cada esfera do Estado
(municipal, estadual e federal) devem ser construídas ações para sua garantia.
No tocante à inserção e atuação do pro�ssional de educação física nas políticas que
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garantem a promoção e prevenção em saúde, percebe-se, claramente, o
reconhecimento e a importância desse pro�ssional nas equipes multidisciplinares.
O pro�ssional de educação física, a partir de sua atuação no Núcleo de Apoio à
Saúde da Família (NASF), pode contribuir com uma expertise desenvolvida
historicamente pela área no campo da atuação em saúde, relacionada aos aspectos
físicos, emocionais e cognitivos, promovendo a melhoria da qualidade de vida da
população a partir de sua atuação, dando maior amplitude à atenção básica com
ações das atividades físicas e práticas corporais. Pensando a dimensão
multipro�ssional legalmente garantida em sua constituição, a atuação do
pro�ssional de educação física no NASF e sua integração devem ser balizadas por
competências pro�ssionais que vão além do saber especializado, como as ações
compartilhadas, com visão ampla no aspecto da saúde e da prestação de serviço de
forma integral aos cidadãos, objetivando a promoção da saúde e a prevenção de
doenças.
Uma perspectiva fundamental dessa atuação é a sua dimensão educativa. O
conhecimento sobre os aspectos da saúde e da prática da atividade física e a
incorporação de hábitos saudáveis são importantes bases do processo. Assim, a
atuação do pro�ssional não se limita na relação focal da doença, mas em promover
outros aspectos da dimensão humana, como a socialização, a integração social e a
educação para a saúde. 
Como você deve se lembrar, a Resolução nº 391, de 26 de agosto de 2020,
reconhece e de�ne a atuação e as competências do pro�ssional de educação física
em contextos hospitalares (CONFEF, 2020). Assim, para além do âmbito da saúde
pública, mas tendo esse mercado de trabalho como precursor dessa conquista, a
atuação em ambientes hospitalares (incluindo clínicas) também mediada por
equipes multidisciplinares é, necessariamente, um novo mercado de trabalho que
se abre. A atuação em contextos clínicos e hospitalares já existia; o que a resolução
traz, sendo que foi elaborada com a colaboração de pro�ssionais de educação física
que atuam na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e com a
Comissão de Atividade Física e Saúde do Conselho Federal de Educação Física
(CONFEF), em seu art. 3º, é o seguinte: 
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A resolução lista XXII competências e atribuições do pro�ssional de educação física
para atuação em contexto hospitalar e, em seu art. 5º, estabelece que o
“Pro�ssional de Educação Física poderá atuar em toda e qualquer área hospitalar
da atenção à saúde, às quais se reconhecem os benefícios da atividade física e do
exercício físico” (CONFEF, 2020, [s. p.]). Como você pode perceber, a atuação
pro�ssional nos campos da saúde e os mercados que deles derivam são mediados
por regulamentações especí�cas (leis, normativas e resoluções) que orientam como
deve proceder a atuação e a formação do pro�ssional de educação física que queira
operar no campo da saúde.
Porém, por mais que a saúde seja um importante campo de formação e atuação
pro�ssional, as possibilidades pro�ssionais da área são bastante diversas. O campo
do esporte também se con�gura como um importante mercado de trabalho, com a
presença de muitas equipes pro�ssionais, principalmente quando se trata do
esporte de rendimento e pro�ssional. 
Quando delimitamos neste momento o esporte de competição de rendimento, o
campo do treinamento esportivo, destaca-se que a busca pelo melhor desempenho
de um atleta, sua performance, vai depender de diversos fatores, como técnico,
tático, físico, psicológico, que, em suas interações, potencializam a melhora no
desempenho esportivo. Para se alcançar o desempenho desejado é necessária,
então, a atuação de diferentes pro�ssionais especialistas, com formações distintas,
como o médico, o nutricionista, o psicólogo, o �sioterapeuta, o pro�ssional de
educação física, o gestor e o administrador esportivos. Essa atuação também vai
exigir cooperação da equipe multidisciplinar, cada um em seu campo especí�co
busca um resultado construído em conjunto. 
Quando se pensa no campo do esporte, algumas das competências desejadas são
organização e planejamento, pois o treinamento especializado se dá ancorado
Rea�rmar que é prerrogativa do Pro�ssional de Educação Física no contexto da área hospitalar: coordenar,
planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar trabalhos, programas,
planos e projetos, nas áreas de atividades físicas e do exercício físico, destinados a promoção, prevenção,
proteção, educação, intervenção, recuperação, reabilitação, tratamento e cuidados paliativos da saúde física e
mental, na área especí�ca ou de forma multipro�ssional e/ou interdisciplinar.  
— (CONFEF, 2020, [s. p.]).
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nesses princípios, de forma sistematizada, compreendendo desde saberes
anátomo-�siológicos até a ciência do treinamento esportivo e atuando a partir da
autonomia nas relações com outros pro�ssionais a partir da expertise da Educação
Física no campo esportivo. 
Dentro do campo esportivo, mas atuando em outras dimensões do esporte, como a
iniciação esportiva e/ou projetos sociais, a atuação pro�ssional também pode
ocorrer em equipes multidisciplinares. O que você deve levar em consideração é a
dimensão do esporte em que atua e as competências e saberes necessários para
atuação. Muitas empresas e órgãos públicos, principalmente em nível municipal e
estadual, desenvolvem projetos sociais e de iniciação esportiva com objetivos
relacionados mais à formação do cidadão do que necessariamente o desempenho
atlético e esportivo. São demandas locais, problemas sociais, econômicos e culturais
que a atuação conjunta com pro�ssionais de outras áreas (como pedagogos,
psicólogos, assistentes sociais, médicos, dentistas, nutricionistas) busca, através do
esporte, a construção da cidadania e a melhoraria das condições de vida,
principalmente de jovens e crianças em condições de vulnerabilidade social. 
Outro campo de atuação pro�ssional tradicional, que se desenvolveu fortemente,
tanto no aspecto acadêmico quanto no pro�ssional, principalmente a partir dos
anos 1970 no Brasil, é o lazer. Considerado um dos grandes fenômenos da
sociedade moderna, caracteriza-se por ser multifacetado, logo, possui uma grande
potencialidade de trabalho em equipe multidisciplinar devido às mais diversas
manifestações e sentidos das práticas de lazer na contemporaneidade. Pode-se
considerar que a EducaçãoFísica conquistou um espaço de hegemonia quando
abarcou a dimensão da atuação no lazer, principalmente nas atividades lúdicas e
recreativas. Portanto, como a�rma Isayama (2003), é necessário compreender o
lazer como um campo de atuação multidisciplinar que pode materializar propostas
de atuação que favoreçam a interdisciplinaridade. 
Importante destacar que a atuação no âmbito do lazer requer, tanto na formação
inicial quanto na formação continuada, a busca por uma formação especí�ca na
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dimensão teórico-prática, na abrangência do que o fenômeno lazer realmente
signi�ca para a vida em sociedade e para a construção de uma sociedade mais
justa. 
REFLITA
Será que conhecer um grande rol de atividades como jogos e brincadeiras é
necessário para a atuação no campo do lazer? Esse fenômeno só pode ser
compreendido em sua complexidade se levarmos em consideração os
aspectos culturais, políticos e sociais. Portanto, para sua apreensão
conceitual, é necessária uma visão ampliada que vá além da execução de
atividades, mas atinja sua dimensão estrutural na sociedade.
O setor privado e o público são os grandes campos de atuação. Este depende quase
que exclusivamente de uma efetiva materialidade de políticas públicas voltadas ao
lazer, como a construção de espaços e equipamentos de esporte e lazer e, de modo
efetivo, programas e projetos para a ocupação e signi�cado social na vida cotidiana
da população. Porém, é no setor privado que o mercado de trabalho do lazer mais
cresce, como hotéis, resorts, empresas na área da recreação, entre outros. 
Destacando a dimensão da especialidade da formação pro�ssional e do
conhecimento para a atuação em espaços de trabalho em equipes
multidisciplinares, não podemos deixar de destacar um campo que por vezes é
relegado por causa da dimensão da especialidade requerida: as atividades físicas e
esportes adaptados para pessoas com de�ciência. De modo especial, podemos
destacar as escolas de educação especial, juntamente com o pro�ssional de terapia
ocupacional, �sioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo, assistente social e o
pro�ssional de educação física, que buscam a inclusão social, o processo de
autonomia e qualidade de vida das pessoas com de�ciência. 
As práticas de educação inclusiva, seja no próprio ensino regular ou no
atendimento em escolas de educação especial, devem ser pensadas e executadas
com equipes multidisciplinares. Assim, tanto a inclusão de alunos com de�ciência
em escolas regulares quanto o atendimento em escolas especiais requerem, do
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pro�ssional de educação física e de seu trabalho com atividades físico-esportivas e
motoras adaptadas, conhecimentos anatômicos, físicos, motores, neurológicos,
psicológicos, comportamentais, bioquímicos e outros que se façam necessários
para ancorar o atendimento das pessoas com de�ciência. 
Pensando ainda na dimensão da inclusão social, esses mesmo princípios agora
estudados se materializam não somente para os alunos com de�ciência, mas
também para alunos que necessitam de atendimento educacional especializado
devido, por exemplo, às altas habilidades, transtornos globais e, ainda, questões
relacionadas à saúde, como problemas cardíacos, respiratórios (como a asma),
diabetes, problemas motores, articulares etc. En�m, a escola regular, em especial, a
educação física adaptada, precisa oferecer todas as condições necessárias para que
os alunos com necessidades educacionais especiais tenham acesso aos conteúdos,
ao currículo escolar, às vivencias pedagógicas, ou seja, deve assegurar o acesso
àquilo que é fundamental a todos os alunos da escola. 
É esse caminho que perpassa a educação inclusiva na busca por autonomia
funcional, sendo as atividades físico-esportivas adaptadas fundamentais para que o
pro�ssional de educação física possa trabalhar a partir da adaptação de materiais,
espaços e processos pedagógicos de acordo com sua realidade e as necessidades
dos alunos.
Ainda nesse contexto, uma outra dimensão da atuação em equipes
multidisciplinares pode ser encontrada na reabilitação. Podemos entender a
reabilitação como um processo relacionado ao desenvolvimento humano e às
capacidades adaptativas nas diferentes fases da vida, abrangendo os aspectos
funcionais, psíquicos, educacionais, sociais e pro�ssionais (BRASIL, 2008). 
A Educação Física, incluída nesse processo, colabora para que seja assegurada à
pessoa com de�ciência, seja qual for a natureza e origem dessa de�ciência, uma
efetiva participação com maior independência possível. As atividades físicas e
esportivas adaptadas também cumprem um signi�cativo papel na reabilitação
social e psicológica das pessoas com de�ciência, uma vez que possibilita, a partir da
intervenção do pro�ssional da área, um redescobrimento do próprio corpo e suas
funções, suas possibilidades, num processo de autoaceitação e conhecimento
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sobre as novas imagens de si que passam a ser reconstruídas, de modo que, aos
poucos, vão reassumindo seus papéis sociais, principalmente quando a pessoa
adquire (e não nasce com) uma de�ciência. 
O trabalho isolado e fragmentado nesse campo tende a dar poucos resultados,
principalmente quando comparado a uma equipe multidisciplinar que busca atuar
em todas as dimensões necessárias para a melhoria da qualidade de vida e busca
da autonomia dos indivíduos.
Para �nalizarmos essa discussão, não podemos deixar de destacar a própria
dimensão da Educação Física escolar. Quando pensamos na estrutura disciplinar e
nos diferentes pro�ssionais com distintas formações disciplinares atuando no
espaço escolar, logo imaginamos que a dimensão multidisciplinar seria uma
dimensão “óbvia”, direta, natural. No entanto, para ela ser concretizada, precisa
justamente superar as barreiras e fronteiras disciplinares que moldam a atuação
tradicional na educação formal. 
A constituição de equipes multidisciplinares de modo permanente e temporária no
âmbito escolar pode contribuir para tornar a educação mais efetiva, de maior
qualidade, buscando a inovação de propostas pedagógicas para o enfrentamento
das di�culdades presentes no cotidiano escolar. É um fator que pode impactar na
qualidade pedagógica da escola. A própria Base Nacional Comum Curricular
estabelece os temas contemporâneos que, para seu tratamento pedagógico em sua
plenitude, precisam ser abordados de forma transdisciplinar (BRASIL, 2018).
Esses temas não estão presentes de modo fragmentado nas disciplinas escolares,
mas cada uma, em sua especi�cidade e no trabalho pedagógico integrado, pode
contribuir para a compreensão, a construção e a apropriação de saberes a elas
relacionados, ou seja, a abordagem transdisciplinar con�gura-se como uma
proposta transformadora, relacionando diversos conhecimentos, linguagens,
signi�cados e representações em torno de uma temática. 
Portanto, como apontam Minelli, Soriano e Fávaro (2009), os problemas com os
quais a sociedade se defronta são tão complexos que nenhuma pro�ssão pode ter
a pretensão de resolvê-los atuando isoladamente. O que é necessário é a constante
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busca pro�ssional por conhecimento, de natureza cientí�ca e técnica, na qual cada
área pode contribuir do modo mais quali�cado possível no enfretamento dos
problemas, apresentando perspectivas diferentes e complementares. 
A VARIAÇÃO DO MERCADO SAZONAL
A Educação Física, entendida no âmbito das pro�ssões liberais, está sujeita às
in�uências sazonais do mercado de trabalho, que podem se dar por diferentes
motivos. Um ponto a ser destacado é que cada realidade cultural apresenta
aspectos diferentes relacionados à sazonalidade. Por exemplo, o período de férias
faz crescer de modo signi�cativo, principalmente nos grandes centros urbanos, a
procura por vivências em hotéis, resorts e até mesmo em condomínios, para suprir
a demanda de ocupação do tempo livre das crianças que con�itua com o tempo de
trabalho dospais/responsáveis. Nesse sentido, o mercado de trabalho na área do
lazer �ca mais aquecido, oferecendo maior potencial. 
Juntamente com as férias escolares, no período do verão no Brasil cresce a procura
por atividades de academias, de ginásticas, de musculação, sempre voltadas a uma
perspectiva estética, mas de forma imediata e temporal. Assim, os cuidados com a
saúde aumentam nesse período. Mas não podemos ver esse fato em especí�co
como um problema, mas como uma oportunidade de conseguir novos
bene�ciários/clientes, que muitas vezes conseguem passar pelo período sensível
inicial da prática da atividade física e acabam por aderir e incorporá-la como um
hábito cotidiano. 
As atividades de academia também buscam sempre novas práticas, novas
modalidades, ou seja, procuram novidades para manter a clientela, uma vez que a
demanda pelo inédito é algo muito presente nessas práticas, pois acabam por ser
maçantes, repetitivas. Deve-se tomar cuidado com os “modismos” que surgem e
passam com a mesma velocidade. Isso requer atenção e muito planejamento por
parte do pro�ssional de educação física. 
Datas e momentos esportivos especiais também devem ser levados em
consideração, como a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas. De modo
especial, as Olimpíadas possuem o potencial de difundir esportes não tão
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conhecidos e praticados e, quando surge nesse evento a �gura do herói, da
conquista, esse esporte acaba sendo mais procurado. Um exemplo claro pode ser
dado com a medalha de ouro do voleibol nos Jogos Olímpicos de Verão em
Barcelona, em 1992. Toda uma geração de novos jogadores e praticantes foi
formada pela difusão das imagens esportivas e disseminação da prática do voleibol
a partir desse marco, dessa conquista.
TECNOLOGIAS E MERCADO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Como você lida com as questões tecnológicas em seu cotidiano? Que espaço elas
ocupam em sua vida? E que importância e signi�cado elas possuem para você?
Hoje, essas perguntas, mesmo que direcionadas ao âmbito da vida pessoal, podem
ser facilmente transferidas ao campo pro�ssional. 
Cada vez mais há a necessidade de desenvolvimento tecnológico e apropriação
desses recursos como forma de mediar diversas esferas da vida em sociedade. A
revolução tecnológica da informação coloca as pro�ssões atuais em constante
questionamento, uma vez que precisam acompanhar as mudanças e saber utilizá-
las como instrumentos de trabalho. As Tecnologias da Informação e Comunicação
(TICs) estão cada vez mais presentes e incorporadas à vida cotidiana. Tais
tecnologias podem se caracterizar como ferramentas de trabalho. No campo da
docência, as TICs são fundamentais para o desenvolvimento de práticas inovadoras,
agilizando o trabalho do professor, aproximando o professor da realidade do aluno,
principalmente nas tendências do mercado de trabalho. Assim, dentro do campo
escolar, as TICs podem servir de recurso pedagógico com diferentes
intencionalidades para cumprir os objetivos da Educação Física escolar. 
EXEMPLIFICANDO
Os Exergames são tipos de videogames que utilizam sensores ou consoles
que exigem a realização de movimentos para a execução da ação de jogar.
Muitas experiências vêm sendo desenvolvidas para crianças e adolescentes,
principalmente no combate ao sedentarismo e no trabalho com atividade
física, tanto dentro como fora do contexto escolar. Considerando o
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videogame de modo simplista, ele é um dos vilões na questão dos hábitos
sedentários. Entretanto, podemos utilizar essa linguagem tecnológica
presente na cultura contemporânea como forma de atuação pro�ssional.
Assim como no exemplo citado, o campo da saúde está cada vez mais imerso nas
novidades e demandas por tecnologias. Equipamentos com diversas funções, como
o frequencímetro, o pedômetro, os mais diversos equipamentos de aferição e
análise de força, análises biomecânicas e �siológicas, análise de movimento, por
exemplo, dão mais subsídios de conhecimento e informação para o
desenvolvimento de um planejamento voltado para a saúde, a reabilitação ou o
desempenho atlético. A atuação no campo do esporte de rendimento, por exemplo,
faz com que o pro�ssional de educação física aprenda técnicas; equipamentos para
coleta e análise de dados podem ser usados para a detecção de lesões ou de seu
potencial acometimento por parte do atleta, a recuperação de atletas e também a
manutenção de seu estado atlético em alto nível. 
Também cabe destacar os mais diversos softwares desenvolvidos para o campo da
atividade física e do exercício físico que podem e devem contar com a contribuição
de pro�ssionais de educação física. Soriano (1998) a�rma que o pro�ssional deve
sempre buscar novas oportunidades, rompendo a estagnação que, muitas vezes, se
instaura no mercado de trabalho. Como exemplo, a autora elenca alguns elementos
que demandam o desenvolvimento e a apropriação de novas tecnologias, como
projetos de ambientes virtuais para a prática de atividades, simulando condições
geográ�cas e climáticas adversas; na construção civil, o estudo e desenvolvimento
de equipamentos e espaços para práticas motoras; na indústria têxtil e calçadista, o
desenvolvimento de produtos que atendam às necessidades e objetivos dos
praticantes; a atuação em equipes multidisciplinares, com o objetivo de construir
materiais pedagógicos e didáticos que auxiliem no processo de ensino-
aprendizagem dos programas de Educação Física em diferentes espaços, tanto
escolares como não escolares. 
Como você pôde perceber ao longo desta unidade e, em especial, desta seção, o
pro�ssional de educação física, em sua atuação no campo da licenciatura ou do
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bacharelado, precisa estar atento e saber compreender a complexidade que
envolve o mercado de trabalho de um modo geral e, de modo especí�co, o mercado
de trabalho em Educação Física, em especial, o mercado de trabalho em que atua
e/ou deseja atuar. O nosso compromisso para com a sociedade é constituir uma
área de formação sólida, que justi�que nossa presença no campo da formação em
nível superior, voltada a atender os mais diversos campos do saber que
historicamente foram constituindo e consolidando a Educação Física, seja no
âmbito escolar, na saúde pública ou privada, no esporte e no lazer.
FAÇA VALER A PENA
Questão 1
A Educação Física, como pro�ssão reconhecida legalmente e cada vez mais
valorizada pela sociedade, está sujeita à sazonalidade típica do mercado de
trabalho. Assim, além dos aspectos especí�cos da área, há outros que impactam no
mercado de trabalho. 
Sobre a relação da Educação Física com o mercado de trabalho, analise as
a�rmativas a seguir e marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) Somos uma área alheia e desconexa das relações macro e microeconômicas e
políticas que impactam a sociedade.
( ) O mercado de trabalho da Educação Física é regido exclusivamente por leis
próprias; é estável e imutável. 
( ) Tanto a Educação Física quanto o Estado e o próprio mercado de trabalho
in�uenciam as dimensões da formação e preparação para a vida pro�ssional.
Agora, assinale a alternativa correta:
a.  F – F – F.
b.  V – F – F.
c.  F – V – F.
d.  F – F – V.
e.  V – F – V.
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Questão 2
As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) estão cada vez mais presentes
na sociedade. Elas ajudam a moldar as relações interpessoais, educacionais e
trabalhistas. Como pro�ssional inserido na sociedade atual, o mercado de trabalho
em Educação Física exigirá de você competências que envolvem o domínio das
TICs. 
Sobre essa temática, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
I. Cada vez mais há a necessidade de desenvolvimento tecnológico e apropriação
tecnológica como forma de mediar diversas esferas da vida em sociedade.
PORQUE
II. A grande revolução tecnológica presente na atualidade coloca as pro�ssões
atuais em constante questionamento,uma vez que precisam dar conta de
acompanhar tal evolução e saber como podem utilizar as tecnologias como
instrumentos de trabalho.
Sobre essas asserções, assinale a alternativa correta:
a.  As duas asserções são falsas.
b.  A primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa.
c.  A primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira.
d.  As duas asserções são verdadeiras, mas a segunda não justi�ca corretamente a primeira.
e.  As duas asserções são verdadeiras, e a segunda justi�ca corretamente a primeira. 
Questão 3
O mercado de trabalho multidisciplinar é um dos que mais cresce no campo da
Educação Física brasileira. Há uma constante demanda por pro�ssionais que atuem
na saúde, no lazer, no esporte ou na educação, seja no setor público, seja no
privado.
Sobre a atuação do pro�ssional da educação física em equipes multidisciplinares,
assinale a alternativa correta:
a.  O pro�ssional da educação física precisa conhecer a fundo a expertise de todas as áreas nas quais ele
vai trabalhar de forma colaborativa.
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REFERÊNCIAS 
BARROS, J. M. C. A preparação pro�ssional continuada em educação física. Fórum
nacional dos Cursos de Formação Pro�ssional em Educação Física no Brasil.
Belo Horizonte, 17 a 19 de agosto de 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF,
2018. Disponível em: https://bit.ly/2QL4Wxn. Acesso em: 16 mar. 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Ações Programáticas Estratégicas. A pessoa com de�ciência e o Sistema Único de
Saúde. 2. ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008.
CONFEF. Resolução nº 391, de 26 de agosto de 2020. De�nir a atuação do
Pro�ssional de Educação Física em contextos hospitalares. Diário O�cial da União:
seção 1, Brasília, DF, ed. 166, 28 ago. 2020. Disponível em: https://bit.ly/3h7dERj.
Acesso em: 21 abr. 2021.
ISAYAMA, H. F. O Pro�ssional de Educação Física como Intelectual: atuação
no âmbito do Lazer. In: MARCELLINO, N. C. (Org). Formação e desenvolvimento
de pessoal em Lazer e Esporte. Campinas: Papirus, 2003.
MINELLI, D. S.; SORIANO, J. B.; FÁVARO, P. E. O educador físico e a intervenção em
equipes multipro�ssionais. Movimento, Porto Alegre, v. 15, n. 4, p. 35-62, 2009.
vai trabalhar de forma colaborativa.
b.  O trabalho deve ocorrer de forma segmentada, isolado em etapas, em que cada um faz a sua parte. 
c.  Os problemas com os quais a sociedade se defronta são simples e apenas uma pro�ssão, de modo
isolado, pode resolvê-los efetivamente.
d.  A área da Educação Física, por sua natureza multidisciplinar, consegue trabalhar de modo isolado todos
os fenômenos da área, como a saúde, o esporte, o lazer e a educação. 
e.  O trabalho se desenvolve de forma colaborativa, relacionando diversos conhecimentos, linguagens,
signi�cados e representações na abordagem de uma temática.
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http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-391-de-26-de-agosto-de-2020-274726255
PRONI, M. W. Universidade, pro�ssão Educação Física e o mercado de trabalho.
Motriz, Rio Claro, v. 16, n. 3, p. 788-798, jul./set. 2010. Disponível em:
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SORIANO, J. B. Educação física: competência pro�ssional e atuação no mercado de trabalho. In: SEMANA DE
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44-59.
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https://www.scielo.br/pdf/motriz/v16n3/a27v16n3.pdf

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