Análises Antropométrica, Biomecânica e de Ambiência da

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Intervenção Ergonomizadora 
Análises Antropométrica, Biomecânica e de Ambiência da tarefa
Profª.: Ma. Graziele amorim
Intervenção Ergonomizadora (IE),
Esse instrumento é baseado no conceito de sistema homem-tarefa-máquina (SHTM), e é amplamente recomendado no processo de interpretação e observação do profissional de ergonomia.
Teoria de sistemas,
Com base na teoria de sistemas, a ergonomia consiste em um “conjunto de elementos e/ou subsistemas que interagem entre si, com um objetivo comum e que evoluem no tempo”
Entre as interações, estão os componentes do sistema homem-máquina-ambiente, 
Exemplo de uma fábrica, entradas (inputs) de matérias-primas, as quais passam por transformações (processamento, em diferentes operações) e subsistemas, resultando no produto final (saída ou output):
Os ambientes da fábrica são divididos em: ambiente interno – iluminação, temperatura e ruídos; e o ambiente externo – ruído da rua, o clima seco ou chuvoso, a luz solar e assim por diante. 
As fronteiras desse sistema são as paredes da própria fábrica (p. 26).
As variáveis visualizadas nesses componentes envolvem, entre outros fatores;
[...] antropometria e biomecânica, os índices fisiológicos, percepção e cognição, o nível tecnológico empregado no processamento, os displays, controles, arranjos, ambiente físico, psicossocial e organização do trabalho, subsistemas, postos de trabalho, produção, confiabilidade (IIDA, 2005, p. 40).
Intervenção Ergonomizadora (IE),
Elas devem ser analisadas e incluídas no planejamento da Intervenção Ergonomizadora (IE);
O ergonomista deve estar atento à relação entre elas e suas variáveis independentes, relacionadas ao ser humano, à máquina, ao ambiente ou ao sistema.
É necessário haver clareza no planejamento, descrição e medição, pois, assim, no final da análise e estabelecimento das metas e objetivos, o ergonomista visualizará as variáveis que influenciam positivamente ou negativamente o sistema.
Intervenção Ergonomizadora (IE),
Em continuidade com o exemplo da fábrica, o ergonomista que realiza uma IE em uma fábrica deve conhecer e analisar as variáveis dependentes e independentes para entender quais delas influenciam o sistema, ou seja: será que diferentes níveis de iluminação ou layouts diferentes de equipamentos eletrônicos influenciam as atividades dos trabalhadores?
Intervenção Ergonomizadora (IE),
ETAPAS DO MÉTODO - Intervenção Ergonomizadora  
É dividida em cinco etapas:
1. Apreciação ergonômica
“Compreende a fase exploratória da pesquisa, constando de fases: a problematização e a sistematização do sistema-alvo” 
1.1 Problematização: Nesse momento inicial, podem ser necessários registros fotográficos para embasar a priorização dos postos em que foram encontradas situações de problemas, por exemplo. 
O Quadro 1 traz a categorização de alguns problemas ergonômicos desse sistema.
1. Apreciação ergonômica
1.2 Sistematização desses problemas ergonômicos pode ser feita por meio de registros de imagens e documentos, como entrevistas dos empregados e empregadores, de acordo com o sistema-alvo que está sendo analisado.
Isso está relacionado ao planejamento do pensamento sistêmico, no qual é necessário compreender o que acontece; como ocorre a operação do sistema, ou seja, o processo de concepção; e, na sequência, como isso ocorre, ou seja, a construção da máquina; como se dá esse processo de planejamento; e, finalmente, o que acontece nesse sistema quando em funcionamento, ou seja, o processo de controle
ETAPAS DO MÉTODO - Intervenção Ergonomizadora  
1. Apreciação ergonômica
apreciação ergonômica envolve as informações requeridas, cita suas fontes e as dificuldades de ação voltadas para a interface operador-sistema, que, por sua vez, pode fornecer informações sobre problemas, prováveis suportes e soluções. De acordo com Silva (2005), a etapa é concluída com o parecer ergonômico, responsável pelo fim da apreciação e início da diagnose.
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2. Diagnose ergonômica - Os problemas pontuados na fase de apreciação são priorizados e testados.
A diagnose ergonômica envolve as fases de:
2.1 Análise macroergonômica: análise dos níveis gerenciais hierárquicos, de comunicação na empresa; 
2.2 Análise comportamental da tarefa: estudo das atividades realizadas, comunicação, postura, tomadas de decisão e posição de segmentos corporais;
2.3 Perfil e voz dos operadores: opiniões, queixas, avaliações, escalas de avaliação etc.;
2.4 Análise da ambiência da tarefa: implica levantamento dos dados, dependendo das prioridades definidas em contrato e dos recursos financeiros disponíveis.
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2. Após realizadas as recomendações, a diagnose é concluída com o diagnóstico ergonômico.
O diagnóstico ergonômico é “a etapa final que consiste na confirmação ou refutação de predições ou hipóteses, das recomendações ergonômicas em relação ao ambiente, como os instrumentos, postos de trabalho, programação da tarefa, períodos de pausas”, entre outras constatações necessárias. 
A partir desse diagnóstico, é possível apontar mudanças para melhorias e melhor adaptação dos postos do trabalho, como níveis de ruído, de temperatura, de luminosidade, entre outros elementos.
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Diagnóstico Ergonômico
Segundo Moraes & Mont’Alvão (2003), a diagnose termina com o Diagnóstico Ergonômico onde se formulam as recomendações ergonômicas com o intuito de solucionar os problemas investigados;
Segundo a Norma Regulamentadora NR 17, a Análise Ergonômica do Trabalho (AET), tem como objetivo:
rastrear, observar e avaliar as relações existentes entre demandas de doenças, acidentes e produtividade com as condições de trabalho, com as interfaces, com os sistemas e a organização do trabalho (BRASIL, ABNT, 1990). 
3. A projetação ergonômica “trata de adaptar as estações de trabalho, equipamentos e ferramentas às características físicas, psíquicas e cognitivas do trabalhador”.
Assim, o conceito de projeto, sua configuração, conformação, perfil e dimensionamento, sejam de postos de trabalho, sejam de organização do trabalho ou operacionalização da tarefa, são elaborados nessa fase.
O projeto do posto de trabalho requer dos profissionais muito “conhecimento sobre a natureza da tarefa, o equipamento, as posturas e o ambiente, diminuindo os estresses musculares” (IIDA, 2005, p. 194).
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Nessa etapa, são feitos importantes detalhamentos do arranjo e conformação das interfaces e componentes dos requisitos dos projetos.
 
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ETAPAS DO MÉTODO - Intervenção Ergonomizadora  
4. Avaliação ergonômica, validação ergonômica e/ou testes ergonômicos
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Nessa etapa, ocorre o retorno aos usuários dos argumentos, propostas e alternativas do projeto, por meio de simulações, avaliações e modelos de testes, que podem ser feitos com variáveis controladas (SILVA, 2005).
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5. Detalhamento ergonômico e otimização - revisão do projeto após avaliação pelo contratante e validação pelos operadores. 
Será feita uma espécie de balanço das opções do decisor, conforme as restrições de custos e capacidade de resolução ergonômica; 
por exemplo, uma otimização ergonômica comum, em muitos casos, é voltada para os “elementos da máquina”, que “relacionam o sistema humano-máquina como uma relação recíproca” em que o humano assume a liderança nas decisões e tem capacidade de produtividade quando suas qualidades são usadas corretamente; para isso, é interessante que esses sistemas sejam “ergonomicamente concebidos”.
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Antropometria
É a ciência que, baseando-se nas estruturas anatômicas, fornece as medidas do corpo humano.
Utiliza diversas técnicas para medir cada uma das partes do corpo, fornecendo informações preciosas para atletas e indivíduos sedentários sobre a sua condição física e biológica.
Características físicas do trabalhador  Integração com atividade executada (tipos de trabalho): 
AntropometriaEstática – parado
Antropometria Dinâmica – Em movimento
Antropometria estática refere-se ao “corpo parado ou com poucos movimentos”, no qual as medições a serem feitas serão por meio de pontos anatômicos claramente identificados. 
Antropometria dinâmica “mede os alcances dos movimentos; aqui são analisados os movimentos ainda que o trabalhador esteja em postura estática”, apenas com os ombros ou mãos em movimento de pinça, por exemplo
Antropometria
Dimensões recomendadas para a maioria das tarefas em sentada
Dimensões recomendadas para a maioria das tarefas em pé
Antropometria e Ergonomia
Ergonomia (ergo = trabalho; nomo = ciência), é o estudo da adaptação dos membros do corpo humano ao ambiente a sua volta.
A ergonomia utiliza técnicas da antropometria para adaptar o ambiente de trabalho ao ser humano, por exemplo: 
Criando cadeiras, mesas, tesouras e demais objetos que sejam mais fáceis e confortáveis de se manusear; criando objetos que se adaptem ao corpo humano.
A tarefa é descrita como “o elemento prescrito pela empresa, uma forma de apreensão real do trabalho que é imposto para ser executado a fim de cumprir um objetivo”.
Para essa finalidade, são utilizadas metodologias, instruções e intervenções.
Ao descrever a tarefa, considere os elementos implícitos, como sistema de produção, índices de acidentes, variáveis de saúde ocupacional, tensões e conflitos.
Análise da biomecânica da tarefa
A análise de tarefa “é a primeira etapa do posto de trabalho, tem o intuito de promover subsídios necessários à execução do trabalho” (CORRÊA; BOLETTI, 2015, p. 117). Para isso, ela pode ocorrer em três níveis:
Descrição da tarefa, em nível global; 
Descrição das ações, em nível mais detalhado;
Revisão crítica para reparar os eventuais problemas.
Análise da biomecânica da tarefa
Quadro 2
A descrição da tarefa “abrange os aspectos gerais da tarefa e as condições em que ela é executada”. 
Geralmente, envolve os tópicos descritos no Quadro 2. No entanto, lembre-se de que nem toda tarefa necessita de todos os tópicos
Análise da biomecânica da tarefa
2. Descrição das ações, em nível mais detalhado; 
As ações a serem analisadas são as informações e controles. 
Quanto às informações, deve-se considerar o canal sensorial envolvido (auditivo, visual, cinestésico); tipos e características dos sinais (intensidade, forma, frequência, duração); e tipos e características dos dispositivos de informação, som, mostradores digitais e/ou analógicos. 
Quanto ao controle, eles envolvem o tipo de movimento corporal exigido; membros acionados no movimento; alcances manuais; características dos movimentos (velocidade, força, precisão, duração); e tipos e características dos instrumentos de controle (botões, alavancas, volantes, pedais).
3. Revisão crítica para reparar os eventuais problemas.
Análise da biomecânica da tarefa
Análise da biomecânica da tarefa
Analisa basicamente as posturas no trabalho e a aplicação de força, estudando os movimentos musculoesqueléticos resultantes da interação entre o trabalho e o trabalhador com suas consequências corporais.
Isso porque cada tarefa exige momentos físicos diferentes;
É útil no desenvolvimento de novos conhecimentos que podem amenizar problemas como a má postura, um dos principais fatores de geração de doenças e dores nos trabalhadores.
Análise da biomecânica da tarefa
Importância 
Redução do esforço físico necessário; 
Diminuição da fadiga excessiva.
Fadiga
Consequências 
• fatores fisiológicos: 
– ↓ força; 
– ↓velocidade;
– ↓ precisão dos movimentos; 
– ↑ dos erros; 
– ↓ do tempo de resposta;
Consequências 
fatores psicológicos: 
– disperso; 
– cansaço geral; 
– ↑ irritabilidade; 
– desinteresse; 
– sensibilidade a certos estímulos; 
Quando aplicada corretamente, a biomecânica auxilia os trabalhadores a serem mais eficientes, saudáveis e bem-dispostos em seu cotidiano. 
E isso acontece porque esse estudo não só conscientiza a não fazer movimentos errados como ainda estimula o uso de todos os músculos da maneira correta.
Análise da biomecânica da tarefa
O estudo da biomecânica na ergonomia é ainda definido por termos como:
fatores humanos
medidas de antropometria
fatores de risco individuais (idade, sexo, características genéticas herdadas)
fatores de risco no local de trabalho (métodos, materiais, máquinas, ambiente e estressores físicos).
Análise da biomecânica da tarefa
Análise da biomecânica da tarefa
Qual a postura adotada?
Há adoção de compensações?
Sugestões de medidas preventivas contra o trabalho estático:
Alternância de postura; 
Melhorar posição de peças e ferramentas; 
Apoios para as partes do corpo que estão sujeitas ao trabalho estático; 
Pausas durante a jornada de trabalho.
fisiológico
olho-tela, olho-teclado e olho documento devem ser aproximadamente iguais
Análise instrumental das condições de trabalho e dos fatores de risco. 
Seus resultados destinam-se a mapear os problemas de natureza físico-química e as condições de trabalho em si. 
ANÁLISE DA AMBIÊNCIA DA TAREFA
	Conteúdo do trabalho 	Seus objetivos, regras e normas;
	Organização do trabalho	Constituição de equipes, horários, turnos;
	Meios técnicos	Máquinas, equipamentos, arranjo e dimensionamento do posto de trabalho, iluminação, ambiente térmico.
Na análise referente ao ser humano, são observadas as características da população, como idade, sexo e remuneração; regras de tarefa; a quantidade de trabalhadores em cada posto de trabalho e horários de trabalho; pausas; e hora extra. 
Na análise referente à máquina, são observados os mecanismos das máquinas, dimensões e características; botões e controles elétricos, mecânicos, hidráulicos ou eletrônicos; seus níveis críticos; registros de manutenção; e pontos críticos.
A análise de atividade, por sua vez, é influenciada por fatores internos, como formação, experiência, sexo, idade, motivação, sono e fadiga; e externos, como as condições de execução do trabalho. 
ANÁLISE DA AMBIÊNCIA DA TAREFA
Análise de comportamento, também conhecida como análise quantitativa do trabalho, podem ser usadas técnicas como gravação em vídeo; protocolo para mensuração das posturas assumidas; análise para caracterização das tarefas; análise das atividades com utilização de fluxogramas e cronometragens.
Espera-se, com isso, identificar as disfunções da tarefa
ANÁLISE DA AMBIÊNCIA DA TAREFA
ANÁLISE DA AMBIÊNCIA DA TAREFA
Controles do ambiente
Favorecimento ou não da atividade
Materiais de Suporte
Os principais parâmetros adotados pela ergonomia para proporcionar o conforto no ambiente de trabalho são: térmico, acústico e lumínico
Materiais de suporte