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Semiologia e Exame Clínico

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Maria Eduarda de Alencar – Odontologia 2019.2 
Semiologia e Exame Clínico 
Introdução 
- A semiologia é dividida didaticamente em duas, 
a semiotécnica e a propedêutica; 
→ Semiotécnica 
- Técnica da pesquisa dos sinais e sintomas e 
se resolve na arte de explorar – coleta de dados 
básicos; 
→ Propedêutica 
- Demanda o grupamento dos dados recolhidos 
pela semiotécnica que criticado no seu âmago – 
interpretado baseado nos conhecimentos do 
profissional – serve para explicar o diagnóstico 
e presumir o prognóstico; 
- Para se explicar o diagnóstico e presumir o 
prognóstico é preciso classificar os sintomas; 
→ Classificação dos Sintomas 
- Sintoma Comum – que é comum a várias 
doenças, um exemplo é a dor 
- Sintoma Patognomônico – sintoma específico, 
ao aparecer, muitas vezes ele é o dado que se 
precisa para fechar um diagnóstico clínico, um 
exemplo são as vesículas coalescidas no herpes; 
OBS.: Também há sinais patognomônicos. 
Sinal – aquilo que está claro na anatomia do 
paciente, é visível – sintoma – aquilo que o 
paciente sente, mas nem sempre o clínico 
consegue perceber. 
- Sintoma Anatômico – quando uma doença gera 
uma modificação anatômica no órgão, muitas 
vezes comprometendo seu funcionamento. 
Alguns tumores impedem a movimentação da 
língua, por exemplo; 
- Sintoma/sinal Prodrômico – aquele que vem 
antes da eclosão clínica da doença. Antes da 
erupção das vesículas, o paciente com herpes tem 
uma sensação de prurido e adormecimento, por 
exemplo; 
→ Diagnóstico 
- É uma atividade unitemporal – realizada no 
momento do exame clínico, podendo mudar com 
o tempo – realizada em determinado instante do 
processo clínico e representa o nome ou a 
identificação do processo mórbido presente; 
!!! Tipos de Diagnóstico 
- Direto: Quando se tem um sinal ou sintoma 
patognomônico envolvido; 
- Presuntivo: É o que se faz na maioria das vezes, 
trata-se de uma hipótese diagnóstica; 
- Diferencial: Doenças possíveis do paciente, que 
possam explicar seus sinais e sintomas, além do 
diagnóstico principal; 
→ Prognóstico 
- É multitemporal – é o estudo da marcha, duração 
e térmico da doença, a antecipação teórica do 
desenrolar e do finalizar de um estado mórbido – 
devendo o clínico prever, baseado nos dados 
obtidos, a evolução do caso ao longo do tempo; 
!!! Tipos de Prognóstico 
- Ótimo – exemplo, candidíase 
- Bom – exemplo, processos proliferativos não 
neoplásicos; 
- Regular – fibroma ossificante periférico, por 
exemplo, que embora seja um PPNN pode gerar 
uma perda óssea da crista alveolar, gerando uma 
retração gengival ou aumentando a chance de ter 
doença periodontal; 
- Ruim – tem um prognóstico pior, exemplo, 
neoplasias que demandam remoção óssea; 
- Péssimo – quando há um grande risco, 
normalmente relacionado a metástases; 
- Sombrio – quando não se sabe bem como o 
paciente vai reagir ao tratamento, pois isso varia 
muito de paciente para paciente; 
OBS.: As neoplasias malignas normalmente se 
encontram nesses três últimos tipos. 
!!! Dependência do Prognóstico 
- Tipo da doença; 
- Dano funcional; 
- Efetividade na terapêutica; 
- Condições gerais e psíquicas do paciente. 
Plano de Tratamento 
- Obedece, segundo Gregori, a critérios de: 
→ Necessidade 
→ Oportunidade 
!!! Terapêutica 
- Efetiva: Aquela que permite a eliminação do 
processo mórbido; 
- Sintomática: Aquela que permite a resolução/ 
mitigação dos sinais e sintomas da doença; 
- De Suporte: Aquela que dá suporte/ apoio ao 
organismo, para que ele suporte a terapêutica 
efetiva. 
Proservação 
- É o acompanhamento clínico, e eventualmente 
laboratorial, periódico do paciente ao longo do 
tempo. O resultado final da preservação poderá 
ser a cura completa da doença, com ou sem 
sequelas; 
- A proservação poderá determinar o controle 
clínico do doente ou a permanência do mesmo 
sobre terapia de manutenção. 
Etapas da Metodologia Clínica 
1° Coleta de Dados Básicos 
- Subjetivos: Anamnese; 
- Objetivos: Exames físicos; 
... Acolhimento → É importante chegar ao 
paciente com humanidade, respeito e atenção... 
2° Abordagem do Paciente 
- Estabelecer uma comunicação honesta e uma 
relação de confiança para se ter um paciente 
cooperador; 
3° Exame Clínico 
!!! Anamnese 
- Ampla: Investiga todos os sistemas, hábitos, 
histórico médico; 
- Direcionada: Perguntas relacionadas com o 
procedimento que será realizado, ou com a área 
do profissional; 
!!! Exame Físico 
- Extraoral: Exame dos linfonodos, lábios, ATM, 
glândulas salivares, coloração e textura da pele, 
aspecto e movimentação dos olhos, entre outros; 
- Intraoral: Exame da mucosa jugal, lábios, língua 
– 2/3 anteriores, dorso, ventre e bordas laterais – 
gengiva, palato duro – às vezes se analisa palato 
mole também, pois a lesão pode se estender até 
essa área – assoalho da boca e área retromolar; 
→ Métodos de Interrogar 
- Questinonário Completo: Fornece mais 
informações sobre o paciente – vantagem – é 
mais longo, portanto, demanda mais tempo – 
desvantagem; 
- Questinonário Orientado: É mais curto, 
portanto, demanda menos tempo – vantagem – 
não fornece tantas informações – desvantagem; 
→ Itens da Anamnese 
- Identificação do Paciente: Nome completo, 
estado civil, idade, sexo, documentos, se tem 
filhos ou não, qual o trabalho, dados para contato, 
nome dos pais, endereço; 
- Queixa Principal: Motivo pelo qual ele procurou 
o serviço; 
- História da Doença: História da queixa, tempo 
de evolução, se sente dor, se cresceu ou diminuiu, 
se usou alguma medicação; 
- História Médica e Odontológica: Se passou/ 
está sendo submetido por/a cuidados médicos, se 
utiliza alguma medicação; 
- Revisão dos Sistemas; 
 
→ Exame Físico 
- Sinais Vitais: Checagem da respiração, pulso, 
pressão arterial e temperatura corporal; 
- Pele da Face: Coloração, textura, presença de 
lesões; 
- Glândulas Salivares Maiores; 
- Linfonodos: É normal que eles sejam palpáveis 
– mas não endurecido/enrijecido – mas seu 
tamanho não deve passar o de um caroço de 
feijão – maior pode ser relacionado a processos 
infecciosos locais – devem ser móveis – quando 
imóveis podem ser relacionados com uma 
neoplasia ou metástase – e assintomáticos. Os 
de interesse do Cirurgião-Dentista são → 
parotídeos, jugulo-digástrico – quando se tem 
uma metástase regional ele é o primeiro linfonodo 
a ser afetado, sendo chamado de linfonodo 
sentinela – submentonianos, submandibulares, 
julgulo-omo-hioideo e cervicais superficiais e 
profundos; 
 
... Além desses, faz-se também a palpação dos 
linfonodos pré-auriculares, pós-auriculares e da 
cadeia occipital; 
 
- Tecidos Moles da Boca; 
- Dentes; 
- Exame Periodontal; 
- ATM; 
!!! Manobras Semiotécnicas 
- Inspeção; 
- Palpação – todo movimento de palpação deve 
ser feito bilateralmente; 
- Percussão; 
- Olfação; 
- Auscultação. 
Exame Intraoral 
- Vai avaliar lábios – parte externa e interna, 
devendo observar/palpar o sulco labial – mucosa 
jugal, língua e palato duro; 
→ Língua 
- Feito com o auxílio de uma gaze, para que se 
possa segurar o ápice lingual e fazer movimentos 
para esquerda e direita e observar as bordas 
laterais, além dessas áreas, deve-se apalpar a 
superfície lingual – dorso e ventre – à procura de 
massas ou nódulos; 
- O que você pode observar? Fissuras dorsais – 
língua escrotal – glossite migratória benigna – 
língua geográfica – varicosidades – ou varizes, 
são veias dilatadas e tortuosas – margens laterais 
com endentações e glossite romboidal mediana; 
- Com o que você deve se preocupar? 
Macroglossia, microglossia, carcinoma lingual, 
leucoplasia pilosa – associada a situações de 
imunossupressões, como HIV e transplantes – 
leucoplasia, paralisia do 12° par de nervos 
cranianos – hipoglosso; 
→ Lábios 
- O que você deve encontrar? Superfície rósea 
e brilhante, lubrificada com saliva e, em direção 
ao vermelhão do lábio, superfície mais firme e 
avermelhada; 
- O que você deve observar? Simetria labial,modificação de coloração, áreas de atrofia – 
indicativo de queilite – e ceratoses; 
- Com o que você deve se preocupar? 
Ulcerações – suspeitas de malignidade – fissuras 
– queilite angular – vesículas e bolhas – herpes 
simples e mucocele – alterações de pigmentação 
– síndrome de Peutz Jeghres – tumefação – 
angioedema; 
→ Mucosa Jugal 
- O que você deve encontrar? Mucosa de 
coloração rosa, superfície lisa e brilhante, 
lubrificada pela saliva; 
- O que você pode encontrar? Grânulos de 
Fordyce – glândulas sebáceas ectópicas – 
leucoedema, linha alba, papila do ducto excretor 
da glândula parótida – altura do 2° molar superior; 
- Com o que você deve se preocupar? Líquen 
plano e leucoplasia; 
→ Gengiva 
- O que você deve encontrar? Gengiva inserida, 
com aspecto de casca de laranja, gengiva 
marginal – um pouco mais rósea – e papila 
gengival. 
- O que você pode encontrar? Gengivite – 
gengiva marginal vermelha e edemaciada – 
hiperplasia gengival – pode ser causada por 
drogas, como fenitoína e bloqueadores de cálcio, 
puberdade, gestação, discrasias sanguíneas e 
leucemia – periodontite – gengivite associada 
com perda óssea e mobilidade dentária – e GUN 
(gengivite ulcerativa necrosante) – inversão 
papilar, pseudomembrana e odor fétido; 
→ Palato Duro 
- O que você deve encontrar? Mucosa 
revestindo osso, com superfície lisa e brilhante, de 
coloração rosa pálido; 
- O que você pode encontrar? Torus palatino, 
estomatite nicotínica e candidíase eritematosa; 
- Com o que você deve se preocupar? 
Hiperplasia papilar, fibrose, hiperplasia fibrosa, 
ulcerações, leucoplasias, eritroplasias; 
→ Palato Mole 
- Como proceder durante o exame? Não palpar 
– pois isso gera ânsia de vômito – observar a 
simetria – enquanto o paciente diz “eeee”; 
- O que você deve observar? Lesões brancas 
persistentes e lesões vermelhas; 
- Indicações para biópsia: Lesões que duram 
mais que duas semanas – geralmente estão 
ligadas ao tabagismo e/ou etilismo – e com história 
de tabagismo; 
→ Assoalho de Boca 
- O que você deve encontrar? Mucosa de 
coloração rósea lubrificada pela saliva, com área 
de transparência de vasos sanguíneos; 
- O que você pode encontrar? Varicosidades; 
- Com o que você deve se preocupar? 
Ulcerações profundas e de bordas elevadas, 
edemas e tumefações, obstrução dos ductos 
excretores de glândulas salivares maiores – 
submandibular e submentoniana – e menores. 
Lesões Fundamentais 
→ Mácula 
- Área localizada com alteração de cor que não se 
encontra levada nem deprimida em relação aos 
tecidos circunjacentes. Pode aparecer em vários 
locais da cavidade oral, um exemplo é a mácula 
melanótica; 
 
→ Úlcera 
- Lesão caracterizada pela perda da superfície 
do epitélio e, frequentemente, de parte do tecido 
conjuntivo adjacente. Na maioria das vezes, 
apresenta-se deprimida ou escavada; 
 
→ Pápula 
- Lesão sólida, elevada, com menos de 5 mm de 
diâmetro. Ex.: Grânulos de Fordyce, hiperplasia 
fibrosa inflamatória; 
 
→ Nódulo 
- Lesão sólida, elevada, com mais de 5 mm de 
diâmetro. Ex.: fibroma ossificante periférico; 
 
→ Erosão 
- Lesão superficial, originando-se, muitas vezes, 
secundariamente da ruptura de uma vesícula ou 
de uma bolha, sendo caracterizada pela perda 
parcial ou total da superfície epitelial. Ex.: Líquen 
plano erosivo, candidíase; 
 
→ Cisto 
- Cavidade patológica revestida por epitélio, 
preenchida, muitas vezes, por conteúdo líquido ou 
semissólido. Pode ser unilocular – lesão 
radiotransparente com um único compartimento – 
ou multilocular – lesão radiotransparente com 
diversos compartimentos; 
→ Vesícula 
- Bolha superficial com 5 mm ou menos de 
diâmetro, preenchida frequentemente com líquido 
claro. Ex.: Herpes simples; 
 
→ Bolha 
- Trata-se de uma vesícula grande com mais de 5 
mm de diâmetro. Quando esta é preenchida por 
exsudato purulento, chama-se pústula. Ex.: 
Pênfigo vulgar e rânula; 
 
→ Fissura 
- Ulceração estreita semelhante a uma fenda ou 
sulco; 
→ Placa 
- Lesão ligeiramente elevada e com superfície 
plana. Ex.: Leucoplasia, queratose friccional, 
candidíase pseudomembranosa; 
→ Petéquia 
- Área de hemorragia puntiforme e circular. 
Quando é mais larga que uma petéquia chama-se 
equimose; 
→ Tipos de Crescimento 
!!! Séssil: Descreve um crescimento ou um 
tumor em que a base é a porção mais larga da 
lesão; 
!!! Pedunculado: Descreve um crescimento ou 
tumor no qual a base é mais estreita que o restante 
da lesão; 
!!! Papilar: Descreve um crescimento ao tumor 
exibindo numerosas projeções na superfície; 
!!! Verrucoso: Descreve um crescimento ou um 
tumor apresentando em uma superfície áspera 
verrucóide.

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