Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Rogers e a aborgagem centrada na pessoa 1 Mudança de paradigma: a confiança na autonomia “Espontaneamente” olhamos para um problema e procuramos uma solução objetiva Autonomia: capacidade que o ser humano tem de orientar a sua própria vida para si mesmo e para a coletividade. Há um poder sobre como as determinações da vida afetam aquele indivíduo. O trabalho psicológico oferecer espaço para que a liberação deste poder seja garantida. Aconselhamento X psicoterapia “A profundidade de um processo psicológico, na verdade, depende muito mais da disposição interior do sujeito na sua relação com o profissional” ACP é “um modo de ser, uma atitude diante da vida ou diante das relações que construímos” Aplicada em “qualquer atividade, enfim, que envolva o ser humano relacionando-se” O que estas pessoas procuram? Liberdade para escolher Caminhos: Tendência a fachadas: temor de mostrar-se, ser alguém que não é. Impostor. Ser o que devia ser: conflito entre quem se é e o que esperam desta pessoa, ou o que ela acha que esperam. Culpa. Ser para além daquilo que esperam: quando os pacientes se sentem livres para falar, tem uma tendência a se irritar com o que é proposto/organizado no status impessoal. Ser para além de agradar os outros: fazer o que quer, e não o que tinha que fazer O caminho da autodireção: tornar-se, como de fato sempre foi, responsável por si mesmo. Só eu posso viver a vida que é a minha. Ser responsavelmente autodirigido implica em escolhas e consequências. Tomar consciência disso não é fácil. O caminho de ser um processo: “É uma aventura” – surpesa, mas não perturbação com a mudança A caminho de ser e abertura para a experiência: tendência de viver uma relação aberta, amigável e estreita com a própria experiência. Coragem de descobrir/desvelar as coisas mais terríveis. Segundo Maslow, pessoas autorrealizadas tem como característica “Sua facilidade de penetração na realidade, sua maior aproximação da uma aceitação parecida com a do animal ou com a da criança, e sua espontaneidade implicam uma consciência superior dos seus próprios impulsos, dos seus próprios desejos, opiniões e reações subjetivas em geral” (4, p. 210). O que implica também em um caminho de aceitação dos outros como são, eu não mudo pelos outros, mas mudo o modo como me relaciono com eles. “Depois que eu e minha mãe começamos a fazer terapia quem mais mudou foi o meu pai” Alguns mal-entendidos Seria isso fixidez? “Ser quem se é” Seria isso maldade? “ouvir os próprios julgamentos” Tripé da psicoterapia Acolher com simpatia Compreender com empatia Eventualmente, dizer uma palavra que faça pensar acolher “O primeiro esforço do psicólogo será, certamente, o de criar as condições para que a pessoa se sinta à vontade para falar livremente com ele, e ele também se sinta à vontade com aquela pessoa.” O terapeuta também precisa se sentir à vontade com a pessoa COmpreensão Parte-se sempre de: um lugar/ponto de vista prévio Valores Propósito compreender O que essa pessoa veio dizer? Ou seja, o que ela quis dizer além do que ela disse. Ex: aula de piano “saída da atitude cotidiana (...) estar aberto ao novo, ao diferente, ao que não se encaixa em nossos esquemas” “abrir para possibilidades novas de significado vivido” RECIPROCIDADE: “Cabe ao terapeuta compreender profundamente e dizer sua compreensão à pessoa que o procura, passo a passo, em todo decorrer do encontro” Princípio do não-julgamento Dizer uma palavra que faça pensar “palavra instigadora da autocompreensão em um nível mais profundo (...) fundada no acolhimento e na compreensão” Saída do impessoal / técnica-instrumental “é no contexto pessoal que se facilita o processo da pessoa” Pré-disposição do terapeuta de ser autêntico e aberto, sem máscaras e sem a arrogância de guru, “aquele que sabe” Qualidade humana “A atitude está em um plano mais recuado que o ato. (...) a qualidade humana do terapeuta (...) é mais importante que seus atos específicos.” A “qualidade humana da relação oferecida por ele [psicólogo]” é terapêutica “E essa qualidade depende das predisposições das pessoas no encontro.” Ser de relação... ‘em com outro’ A linguagem rogeriana ACOLHER CONSIDERAÇÃO POSITIVA INCONDICIONAL COMPREENDER EMPATIA UMA PALAVRA QUE FAÇA PENSAR CONGRUÊNCIA E AUTENTICIDADE OUTRAS MODALIDADES EM ACP Plantão psicológico Ludoterapia Trabalhos em grupo e comunidade Plantão psicológico Encontro único A diferença está no enquadre externo que procura tirar proveito do momento motivacional da pessoa. Recolhimento Atendimento no dia. Enquadramento sem a perspectiva, salvo necessário, de outros encontros – apoio de supervisão. Ludoterapia infantil Aproximação dos sentimentos através do mundo vivido “uma vez que ele consiga entrar no mundo da brincadeira, as atitudes serão as mesmas. O que mudou foi apenas a forma de comunicação” É preciso entrar no mundo da criança, tirar os olhos de adulto. Ex: “nossa, que professora brava” - reflexão LIMITES: nem eu nem você vamos nos machucar Prática dos grupos “’alarga’ as funções do terapeuta. Ele será também um facilitador da comunicação interna no grupo” Oficina “se constituem como experimentos relativamente à parte da vida corrente da pessoa” Promover, convidar e prover Basear-se na necessidade do grupo “dissolução do poder baseado em papéis, e uma concentração no poder da pessoa.” “também cabe a ele olhar com um certo recuo o que está ocorrendo no desenrolar da relação com a pessoa que o procura, não para analisar essa relação, mas para se incluir nela com senso crítico.” Caso glória Vocês conseguiram ver, na prática, como Rogers atuou com o tripé? Questão da transparência no modo de ser, da escuta autêntica Como Glória chegou? E como ela saiu? Algo mudou? Próximo encontro: MENDONÇA, M. “A psicologia humanista e a abordagem gestáltica”, In: FRAZÃO, L. M. & FUKUMITSU, K. O. Gestalt-terapia, p. 76 – 98.
Compartilhar