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Educação popular
A Educação Popular é um movimento pedagógico e político tipicamente latino-americano. No Brasil, Paulo Freire foi um dos principais disseminadores deste método.
Embora o movimento tenha surgido antes, ele ganhou força nos anos 60, no contexto de resistência às ditaduras militares. 
A Educação Popular defende que só pode haver uma sociedade justa e democrática se as classes oprimidas e discriminadas tomarem consciência de
Movimento que surgiu no início dos anos 60, a Educação Popular tem ganhado maior destaque, literatura e adeptos nos últimos anos. Mas o que ele significa? Quais são as suas diferenças da educação denominada tradicional? Quais são os seus objetivos? Continue no texto para descobrir essas e outras respostas, além de indicações sobre o tema.
O que é educação popular?
De forma resumida, podemos dizer que a Educação Popular é um movimento pedagógico e político tipicamente latino-americano que, no Brasil, tem na figura de Paulo Freire um de seus principais pensadores.
Segundo estudos, seu surgimento se deu fora da escola. Isso porque falar sobre ela é, também, falar sobre práxis educativa, é acreditar no poder da participação popular e na construção de um projeto político que tenha como meta uma sociedade mais justa.
Nesse sentido, vale destacar o marco do pensamento de Paulo Freire na trajetória da educação popular, uma vez que suas críticas à educação bancária ou tradicional fomentam grande parte dos debates do movimento até hoje. 
Em Pedagogia do oprimido, por exemplo, o pensador aponta a forma tradicional de se educar como “um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador, o depositante”.
Assim, os princípios da educação popular rondam a busca por transformação e libertação através do conhecimento.
A Educação Popular possui diversas especifi cidades a partir das experiências dos movimentos sociais que buscam a própria produção metodológica, conhecimento e poder. Essas metodologias tem o intuito de transformar as relações de poder e as práticas dominantes na educação. Pode ser compreendida também como um método libertador, que acima de tudo, tem o sujeito como protagonista da educação que lhes compete, educação esta do povo e para o povo.
Para se compreender de fato o conceito de “popular” deve-se levar em consideração o contexto histórico em que a palavra é utilizada, bem como em qual sentido ela é aplicada: senso comum ou de forma crítica. No senso comum, o conceito de popular pode ser entendido como “educação para o pobre” ou “educação de menor valor”. E na concepção crítica, possui seu sentido no rompimento com as relações de mercantilização da vida e de todo o tipo de opressão, então processos de acesso e de permanência à educação. De acordo com esta segunda concepção de Popular, Streck (2014, p. 33) contribui que:
A educação popular, portanto, não pode ser confundida como extensão de democratização da escola; nem todas as políticas de acesso à educação destinada aos populares são, necessariamente espaço da “educação popular” no sentido político que se lhe atribui nos processos emancipatórios. Porém, paradoxalmente, é possível que a educação escolarizada esteja orientada a transformar a ordem social, assim como o próprio sistema educacional.
Deste modo, faz-se necessário, analisar de forma crítica a história desta educação tão rica e importante, que é a educação popular, considerando seus aspectos históricos na América Latina e no Brasil para se construir, assim, um projeto civilizatório contra hegemônico.
Na América Latina, Bolivar (1783- 183), traz um contexto e defesa das ideias, que no tempo giravam em torno de uma educação voltados para os pobres, negros, índios, trazendo a esse contexto como “coração da educação”. A Educação Popular surge nos movimentos de resistência, que tem os próprios sujeitos fi ncados em seus próprios processos educativos. “Popular” nesse contexto da educação está associada ao processo emancipatório do ser. O povo protagonizando sua própria educação. De acordo com Torres Carrillo (2013), a educação popular:
Refere-se a interpretação crítica da realidade e, por essa razão, possui um caráter gnosiológico; posiciona-se diante da realidade e constrói alternativa, portanto possui um caráter político; orienta ações práticas e teóricas para transformação de determinada realidade, logo é tanto individual quanto coletiva. Além disso, os sentidos e os significados das experiências educativas populares encontram nas práticas e nos conhecimentos potencial libertador. Não se trata de aplicação, mas de sua (re)criação e (re)invenção nos contextos e por meio das “possibilidades temáticas” em que estão situados os sujeitos.
Pensar em Educação Popular, é refl etir a palavra “resistência” sempre como principal característica desta prática educativa, no entanto, a concepção de resistência passou a ter mais signifi cado quando se analisa o contexto social em que a educação popular surge no Brasil, isto porque o cenário político da época era um caos no qual o regime militar e a classe elitista buscava oprimir a população, e, principalmente os pobres, negros e indígenas. De fato, as comunidades precisavam sobressair-se à margem da sociedade através da luta e dos movimentos sociais, e a Educação Popular servia como luz no caminho para a autonomia.
Como pensa Paulo Freire, é preciso vivenciar uma Pedagogia de Esperança e uma Educação Popular Libertadora que busque e exercite no cotidiano das vivências e das lutas populares, a construção de outro mundo possível e de outros caminhos para uma sociedade mais justa e digna para todos. É preciso que a solidariedade e valores fundamentais do ser humano se contraponham a este mundo devastador do capitalismo selvagem e dos retrocessos civilizatórios a que estamos submetidos.
Como bem ressalta Streck 
Entende-se como educação popular como um processo de produção de conhecimento, voltado para a liberdade e para a democracia, que se recusa ao autoritarismo manipulação e ideologização reproduzida na lógica da educação de mercado. Constitui, portanto, uma ciência aberta às necessidades e causas populares. Seguramente, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) continua sendo um dos exemplos mais vigorosos da educação popular que associa as letras e as ciências às necessidades e às lutas populares. Sua pedagogia está voltada para novos signifi cados e novas práticas de exercício do poder em vista de uma radical democratização das relações entre o Estado e o movimento pela reforma agrária.
A Educação Popular serve para dar ênfase ao saber popular de determinado povo ou população como consequência trazer uma conscientização social ativa desse povo saindo de uma situação passiva e estática produzindo nele um senso crítico e ativo melhorando assim a autonomia desse sujeito por fi m tornando o ser protagonista da sua vida.

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