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Aminoácidos & Proteínas Profa Renata Manfrinato Aminoácidos • Moléculas orgânicas composta por um carbono central (alfa) ligado covalentemente com uma carboxila, com um grupo amino , um átomo de H e uma cadeia lateral (R). Aminoácidos Existem 20 aminoácidos principais, sendo denominados aminoácidos primários ou padrão. Além desses, existem alguns aminoácidos especiais, que só aparecem em alguns tipos de proteínas. Dos 20, nove são ditos essenciais: isoleucina (Ile), leucina (Leu), lisina (Lys), metionina (Met), fenilalanina (Phe), treonina (Tre), triptofano (Trp), valina (Val), histidina (Hys) e arginina (Arg). Esses aminoácidos são assim chamados porque o organismo humano não é capaz de produzi-los, e por isso é necessária a sua ingestão através dos alimentos para evitar a sua deficiência no organismo. Aminoácidos Aminoácidos não essenciais: São aqueles que o corpo humano pode sintetizar. São eles: Alanina (Ala), Asparagina (Asp), Ácido Aspártico (aspartato), Ácido glutâmico (Glutamato), Serina (Ser) e outros. Aminoácidos • São monômeros que formam polímeros (peptídeos e proteínas). Uma cadeia de aminoácidos denomina-se de peptídeo, que pode ser composta por dois aminoácidos, os dipeptídeos, três aminoácidos (tripeptídeos), quatro aminoácidos (tetrapeptídeos), ou muitos aminoácidos (polipeptídeos). O termo proteína é dado quando na composição do polipeptídeo entram centenas ou milhares de aminoácidos. Aminoácidos Os aminoácidos no plasma sanguíneo encontra- se na forma zwitteriônica, ou seja, com a carboxila desprotonada e com o grupo amino protonado. COOH vai estar na forma desprotonada: COO- NH2 vai estar na forma protonada: NH3+ Aminoácidos Aminoácido na forma Zwitteriônica ou ionizada: Importância dos Aminoácidos A Arginina é um dos aminoácidos codificados pelo código genético, sendo portanto um dos componentes das proteínas dos seres vivos. Em mamíferos, a arginina pode ou não ser considerada como aminoácido essencial dependendo do estágio do desenvolvimento do indivíduo ou do seu estado de saúde. Importância dos aminoácidos • A Fenilalanina é um dos aminoácidos codificados pelo código genético, sendo portanto um dos componentes das proteínas dos seres vivos. • É um composto natural que está presente em todas as proteínas (vegetais ou animais). O corpo humano necessita da fenilalanina, pois é uma parte integral de todas as proteínas do nosso corpo. Os humanos não conseguem sintetizar a fenilalanina, logo é um componente essencial da nossa dieta diária, sem ela o corpo não consegue funcionar. • A fenilalanina é encontrada no aspartame, um adoçante, substituto do açúcar e muito utilizado em bebidas, principalmente refrigerantes. A hidroxilação da Phe gera o aminoácido tirosina. Defieciência na enzima fenilanina hidroxilase promove uma alteração genética chamada de fenilcetonúria. Fenilcetonúria • É uma mutação genética , sendo, portanto, uma doença autossômica recessiva e afeta aproximadamente um em cada dez mil indivíduos da população caucasiana. As pessoas com PKU (fenilcetonúria) possuem uma mutação no gene da PAH (fenilalanina hidroxilase). Essa mutação pode acontecer em qualquer uma das milhares de bases de DNA dentro do gene e mutações diferentes têm efeitos desiguais na enzima. Algumas mutações fazem com que a enzima não mais reconheça a fenilalanina. Outras mutações não impedem, mas retardam a ação da enzima. • Esta doença pode ser detectada logo após o nascimento através de triagem neonatal (conhecida popularmente por teste do pezinho). • Os bebês com fenilcetonúria não possuem uma enzima chamada fenilalanina hidroxilase, necessária para quebrar fenilalanina, um aminoácido importante, pois é parte integral de todas as proteínas do nosso corpo. Fenilcetonúria • Sem essa enzima, os níveis de fenilalanina e de duas substâncias associadas a ela automaticamente crescem no organismo. Tais substâncias são prejudiciais ao sistema nervoso central e podem causar danos cerebrais, como retardo metal, devido ao fato de formação de amiloide. • O defeito genético ocorre principalmente em pessoas da Europa e nos EUA. A doença é muito menos comum em países asiáticos e latinos. Além disso, a África tem as menores taxas de fenilcetonúria do mundo. Crianças recém-nascidas com fenilcetonúria inicialmente não apresentam sintomas. Sem tratamento, porém, os bebês geralmente desenvolvem sinais da doença dentro de alguns meses. Os sintomas de podem ser leves ou graves e podem incluir: Problemas comportamentais ou sociais,convulsões, tremores ou movimentos espasmódicos nos braços e pernas, hiperatividade, crescimento atrofiado, dermatite atópica, microencefalia, odor de mofo na respiração da criança, pele ou urina, causado pelo excesso de fenilalanina no organismo e outros. IMPORTÂNCIA DOS AMINOÁCIDOS • A Isoleucina é um dos aminoácidos codificados pelo código genético, sendo portanto um dos componentes das proteínas dos seres vivos. • A leucina é um dos aminoácidos codificados pelo código genético, sendo portanto um dos componentes dasproteínas dos seres vivos. • A leucina é um dos 20 aminoácidos que as células do corpo humano utilizam para sintetizar proteínas, porém o mesmo não o produz. Desempenha funções importantes no aumento das proteínas e atua com fonte de energia durante os exercícios físicos, aumentando a resistência e reduzindo a fadiga. É integrante da cadeia ramificada, juntamente com a isoleucina e a valina, é encontrado de maneira abundante em carnes e leguminosas (soja e feijão), IMPORTÂNCIA DOS AMINOÁCIDOS • O triptofano é um dos aminoácidos codificados pelo código genético, sendo portanto um dos componentes das proteínas dos seres vivos. É um aminoácido aromático essencial para a nutrição humana. Ele é um dos vinte aminoácidos no código genético (códonUGG). • O triptofano vem antes da serotonina e é representado pela letra "W". Estudos indicam também que o triptofano é a substância responsável pela promoção da sensação do bem- estar. O triptofano absorve luz ultravioleta. Importância dos Aminoácidos • A tirosina, é um dos aminoácidos codificados pelo código genético, sendo portanto um dos componentes dasproteínas dos seres vivos. • Biossíntese • Não pode ser completamente sintetizada pelos animais, apesar de poder ser gerada por hidroxilação da fenilalanina, se esta última existir em excesso. • Esse aminoácido também é utilizado na síntese de catecolaminas (epinefrina e norepinefrina), do neurotransmissor dopamina e dos hormônios tireoidianos. Classificação dos aminoácidos Ligação Peptídica • As ligações entre aminoácidos denominam-se ligações peptídicas e estabelecem-se entre o grupo amina e o grupo carboxila de dois aminoácidos diferentes, com a perda de uma molécula de água. Estrutura Primária de uma proteína • A partir da formação de ligação peptídica entre os aminoácidos adjacentes, forma-se a estrutura primária, linear de uma proteína. Essa estrutura não promove função biológica para a proteína, mas determina a estrutura final (tridimensional) da proteína. Essa estrutura final da proteína promoverá atividade biológica. Mutações genéticas • Dessa forma, se a alteração na sequência de aminoácidos na proteína não afetar o funcionamento da molécula e não prejudicar o organismo, de modo geral ela passa despercebida, é indiferente. • Outras vezes, a alteração leva a um favorecimento. Imagine, por exemplo, que uma certa célula do seu intestino passe a produzir uma enzima chamada celulase, capaz de digerir a celulose dos vegetais que você come. provavelmente a mutação que levou a esse erro será vantajosa para você, que poderá eventualmente até alimentar-se de papel picado. • Muitas vezes, porém, a mutação pode ser prejudicial. Na anemia falciforme, a substituição do aminoácido ácido glutâmico pelo aminoácido valina, em uma das cadeias de hemoglobina, conduza a uma alteração na forma da proteína toda. Essa alteração muda o formatodo eritrócito, que passa a ser incapaz de transportar oxigênio. Outra consequência, grave, é que hemácias com formato de foice grudam umas nas outras nos capilares sanguíneos, o que pode provocar obstruções no trajeto para os tecidos. • Anemia falciforme • A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, predominante em negros, mas que pode manifestar-se também nos brancos. • As hemácias falciformes contêm um tipo de hemoglobina, a hemoglobina S, que se cristaliza na falta de oxigênio, formando trombos que bloqueiam o fluxo de sangue, porque não têm a maleabilidade da hemácia normal. • Sintomas • São sintomas da anemia falciforme: • * Dor forte provocada pelo bloqueio do fluxo sanguíneo e pela falta de oxigenação nos tecidos; • * Dores articulares; • * Fadiga intensa; • * Palidez e icterícia; • * Atraso no crescimento; • * Feridas nas pernas; • * Tendência a infecções; • * Cálculos biliares; • * Problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais; Proteínas Macromoléculas (polímeros) formados por aminoácidos (20 tipos). Essas moléculas orgânicas realizam virtualmente todas as atividades biológicas do organismo humano. As proteínas são codificadas por genes. Funções: Transporte de moléculas no plasma sanguíneo: Hemoglobina (Hb), transferrina Trnasporte na membrana celular: GLUT, formação de poros (aquaporinas), receptores celulares, canais iônicos, bombas ATPásicas. Funções das proteínas Armazenamento: Mioglobina, Ferritina Estrutural: Colágeno, elastina e quratina Contração: actina e miosina Hormônios: insulina, glucagon, GH, ADH e outros Enzimas (atividade catalítica): acelera uma reação química. Age sobre um substrato para formar um produto. Exemplos: lipase hepática: condensação de glicerol com ácidos graxos com a liberação de água Lipase do tecido adiposo : hidrólise Com a entrada de água, o triglicerídeo é convertido em glicerol e três ácidos graxos. Fenilalanina hidroxilase (Hidroxilação de Phe e Tyr) Proteínas • O tamanho médio de uma proteína e de 375 aminoácidos. • Estruturas das proteínas: Estrutura primária, estrutura secundária, estrutura terciária e estrutura quaternária. Estrutura primária Sequência linear (cadeia polipeptídica)formada pela combinação de aminoácidos a partir dos códons presentes na molécula de RNA m. Os códons são traduzidos em aminoácidos. Estruturas de proteínas A estrutura primária não confere função biológica para a proteína. A partir da sequência de aminoácidos na estrutura primária é determinado o enovelamento para a formação da estrutura secundária da proteína. As estruturas secundárias aproximam os aminoácidos que estão distantes na estrutura primária. Essa estrutura é mantida por ligações fracas, tais como ligações iônicas, ligações hidrofóbicas, pontes de hidrogênio e forças de Van der Waals. Estruturas das proteínas Estrutura secundária As estruturas secundárias podem ser designadas: alfa-hélice e folha-beta. Alfa-hélice: os aminoácidos se aproximam Estrutura secundária • Folha beta é uma estrutura mais distendida (forma de zig-zag) Os aminoácidos não ficam tão mais próximos. Estrutura terciária É o arranjo tridimensional das estruturas secundárias numa cadeia polipeptídica é designado por estrutura terciária. A estrutura terciária de uma proteína é determinada por interações não covalentes entre as cadeias laterais dos aminoácidos constituintes ou, em alguns casos, por interações covalentes designadas por pontes de dissulfeto, através da interação de aminoácidos de cisteína que apresentam enxofre (S) em suas cadeias laterais (menos frequentes). Quando atinge esse arranjo a proteína já apresenta sua função biológica. Formação de pontes dissulfeto Estrutura terciária Estrutura quaternária • A estrutura quaternária é a união de várias estruturas terciárias que assumem formas espaciais bem definidas. A estrutura quaternária é formada quando a proteína apresenta mais de uma cadeia polipeptídica. Na estrutura quaternária cada cadeia polipeptídica é chamada de subunidade. Essas subunidades são mantidas por pontes dissulfeto. Por exemplo, temos um modelo da estrutura quaternária da hemoglobina humana, a proteína nos glóbulos vermelhos que transporta oxigênio pelo organismo. Estrutura quaternária Níveis estruturais de uma proteína Desnaturação proteica A estrutura proteica adquire sua função em meio celular específico. Condições diferentes daquelas presentes no interior da célula podem resultar em variáveis alterações na estrutura das proteínas. Uma perda da estrutura tridimensional suficiente para causar perda de função recebe o nome de desnaturação. O estado desnaturado não necessariamente corresponde à um desenovelamento completo da estrutura proteica e a uma randomização de conformação. Sob a maioria das condições, as proteínas desnaturadas se encontram em um conjunto de estados parcialmente enovelados pouco elucidados. Desnaturação proteica A maioria das proteínas pode ser desnaturada pelo calor, que afeta as interações fracas em uma proteína (especialmente entre as ligações de hidrogênio) de forma complexa. Quando a temperatura se eleva lentamente, uma conformação proteica geralmente permanece intacta até que haja uma perda abrupta de estrutura em uma faixa estrita de temperaturas. Essa alteração repentina indica que o desenovelamento é um processo cooperativo: a perda da estrutura em uma parte da proteína desestabiliza outras partes. Desnaturação proteica A desnaturação protéica se dá não só pelo calor, mas também por extremos de pH, por alguns solventes orgânicos miscíveis com a água (álcool e acetona, por exemplo), por certos solutos como ureia e cloridrato de guanidínio ou por detergentes. Cada um desses agentes desnaturantes representa um tratamento relativamente brando no sentido de que nenhuma ligação covalente (ligação peptídica) na cadeia polipeptídica é rompida. Nessa situação, a proteína perde sua função biológica. Muitas das vezes a desnaturação é visualizada devido a exposição de aminoácidos hidrofóbicos que se precipitam em meio aquoso. Os solventes orgânicos (ureia e detergente) agem principalmente de modo a promover o rompimento de interações hidrofóbicas que estabilizam as proteínas globulares; os extremos de pH alteram a carga líquida da proteína, provocando a repulsão eletrostática e rompimento de algumas ligações de hidrogênio. Desnaturação proteica Enovelamento As proteínas podem se enovelar de duas formas: em proteínas globulares e fibrosas. • As proteínas globulares são as mais diversas e se enovelam de uma forma mais compacta, com suas cadeias polipeptídicas organizadas em formatos mais ou menos esféricos. • Proteínas Fibrosas têm formatos mais alongados e são mais insolúveis. Desempenham papéis estruturais, e são compostas por unidades repetitivas que se associam , permitindo a formação de uma grande estrutura. Proteínas fibrosas • Alfa-queratina: alfa –hélice rica em aminoácidos hidrofóbicos Proteínas fibrosas A queratina se forma da polimeração das alfa- queratinas Proteínas fibrosas Colágeno: formado por três cadeias polipeptídicas em hélice enroladas umas às outras, formando longas fibras.
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