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trabalho fitoterapia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
nutrição 
Fitoterapia 
Juiz de Fora - MG
2020
Nomes 
	
	Trabalho de introdução a nutrição apresentado no curso de Nutrição da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Prof.(a): Eliane
Juiz de Fora - MG
2020
Introdução
A fitoterapia é um método de tratamento que utiliza plantas medicinais em sua preparação, sem a utilização de substancias ativas isoladas, sob orientação de um profissional habilitado. O fitoterápico é um produto obtido de planta medicinal com finalidade profilática, curativa ou paliativa. Para regulamentar o uso de fitoterápicos dentro do mundo nutricional há alguns critérios estabelecidos por resoluções do conselho nacional de nutrição.
 Em 2007, a Resolução 402 do CFN foi aprovada, autorizando a prescrição de fitoterápicos pelo nutricionista. No entanto, tal pratica demanda reflexão pois, a matriz curricular dos cursos de graduação de nutricionistas, abordam de forma superficial ou não abordam sobre esse vasto mundo da fitoterapia.
 O melhor profissional para se prescrever uma alimentação é o nutricionista. O conceito ampliado de alimentação dá-se o nome de “dietética”, que estuda e aplica os princípios e processos básicos da Ciência da Nutrição no organismo humano, permitindo o planejamento, a execução e a avaliação de dietas adequadas as características do homem enquanto individuo ou reunido em sociedade. A expressão “dietética” “corresponde à alimentação, constitui hoje parte da Nutrição Humana. 
 Contudo, a incorporação da fitoterapia na prática do nutricionista, ainda que recomendada por organismos internacionais e regulamentada pelo Ministério da Saúde, significa um novo momento na qualificação desse profissional, uma vez que se trata de prática que tem base teórica própria, e reconhecidos efeitos adversos e interação com outras plantas, medicamentos e alimentos.
Resolução 
De acordo com a Resolução CFN N° 525/2013 o nutricionista pode adotar a fitoterapia na complementação da sua prescrição dietética exclusivamente quando os produtos prescritos tiverem indicações de uso ligadas com o seu campo de atuação e que sejam embasadas em estudos científicos ou em uso tradicional reconhecido. E deve se basear em evidências científicas para ter critérios de eficácia e segurança ao usar a Fitoterapia, também deve considerar as contra indicações e oferecer orientações técnicas necessárias para minimizar os efeitos colaterais e adversos das interações com outras plantas, com drogas vegetais, com medicamentos e com os alimentos, assim como saber os riscos da potencial toxicidade dos produtos prescritos.
A resolução fala sobre as competências para prescrição, diferenciando a prescrição de plantas medicinais e de fitoterápicos. Sendo este exclusivo para profissionais de nutrição especializados com título para tal, ou com certificação fornecido por pós-graduação Lato-sensu nessa área. Já aquele sendo liberado para prescrição por profissional de nutrição sem especialização. Os cursos de Graduação em Nutrição devem incluir na sua matriz curricular conteúdos com carga horária necessária para capacitar o profissional para a prescrição de plantas medicinais e drogas vegetais. Em seu artigo 4 a resolução alerta para a competência do nutricionista de forma a não atuar prescrevendo medicações de competência aos médicos. E ao longo dos seus artigos 5 e 6 ela apresenta a descrição de um modelo de prescrição a ser seguido pelo nutricionista, além de indicar a forma da prescrição, bem como também indicar como não deve ser feita. O artigo 7 vem reforçar a que não é permitido prescrever o uso de substâncias ativas isoladas. Já o 8 prevê como competência de o nutricionista recomendar que a rotulagem do produto deve ser de acordo com as previstas na Anvisa- Agencia nacional de Vigilância Sanitária. Cabe ao nutricionista responsabilidade ética, civil e criminal quanto aos efeitos da sua prescrição na saúde do paciente, de acordo com o artigo 9 deve considerar as reações adversas, os efeitos colaterais e as interações com outras plantas, medicamentos e alimentos assim como os riscos do potencial toxicidade dos produtos prescritos. Há também na resolução o anexo 1, que identifica o significado de umas palavras e temos utilizados na fitoterapia. 
A resolução CFN N° 556 de 2015 altera as resoluções nº 416, de 2008, e nº 525, de 2013 e acrescenta disposições à regulamentação da prática da Fitoterapia para o nutricionista como complemento da prescrição dietética.
 A primeira alteração diz respeito às competências do nutricionista para a prática da Fitoterapia como complemento da prescrição dietética sendo, portanto, editada de maneira mais descritiva e com algumas diferenças. “A prescrição de medicamentos fitoterápicos, de produtos tradicionais fitoterápicos e de preparações magistrais de fitoterápicos, como complemento de prescrição dietética, é permitida ao nutricionista desde que seja portador do título de especialista em Fitoterapia” , o que muda é que agora há um parágrafo 4 que determina que “para a outorga do título de especialista em Fitoterapia, a Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN), adotará regulamentação própria, a ser amplamente divulgada aos interessados, prevendo os critérios que serão utilizados para essa titulação.” Já no parágrafo 5 estabelece parâmetros, como componentes curriculares mínimos da base teórica, da teoria aplicada e da
prática, além da experiência profissional na área, que capacitem o nutricionista para o exercício de competências como: “identificar indicações terapêuticas da fitoterapia na prevenção de agravos nutricionais; identificar o processo produtivo das plantas medicinais, chás medicinais, medicamentos
fitoterápicos, produtos tradicionais fitoterápicos e preparações magistrais de fitoterápicos; reconhecer e indicar processos extrativos e formas farmacêuticas adequadas à prática da fitoterapia aplicada à nutrição humana; reconhecer e adotar condutas que permitam minimizar os riscos sanitários e a toxicidade
potencial da fitoterapia e potencializem os efeitos terapêuticos dessa prática, 
considerando as interações entre os fitoterápicos e entre estes e os alimentos e os medicamentos; cumprir de maneira plena e ética o que determinam os artigos 5º a 7º da Resolução do CFN nº 525, de 2013; cumprir a legislação e, sempre que houver, os protocolos adotados em serviços de saúde que oferecem a fitoterapia; inserir o componente de sua especialidade na proposta terapêutica individual ou coletiva, adotada por equipes multiprofissionais de atendimento à saúde; valorizar as práticas sustentáveis adotadas nos processos produtivos e nas pesquisas; identificar fontes de informações científicas e tradicionais que permitam atualização contínua e promovam práticas seguras da fitoterapia em nutrição humana; e acompanhar e promover o desenvolvimento de pesquisa na área da fitoterapia, analisando criticamente a produção científica dessa área.”

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