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DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E IMPLICACOES SOBRE A APRENDIZAGEM - ESTUDO DE CASO No caso apresentado, conhecemos a psicopedagoga Andréia, que atua em uma escola de ensino fundamental I e percebeu que alguns dos alunos necessitam um atendimento específico, porque apresentam atrasos cognitivos no processo de aprendizagem e desenvolvimento. Andréia então iniciou a avaliação psicopedagógica e, posteriormente, o atendimento psicopedagógico com estes alunos, sendo solicitada a desenvolver procedimentos que possam resultar na elaboração de metodologias especializadas que atendam suas necessidades individuais e facilitem sua aprendizagem. A primeira etapa do processo seria realizar entrevistas com as crianças, com a família e também com a escola, para entender o contexto no qual elas estão inseridas. Muitas vezes dificuldades sociais afetam o desenvolvimento integral da criança, então é preciso assegurar que os direitos da comunidade escolar estejam sendo garantidos e que não haja impedimentos nesse quesito. Como pontua Galvão (2003, p. 84), Ao questionar o lugar de subalternidade que a afetividade costuma ocupar nas visões tradicionais de ensino, que opõe as emoções à qualidade cognitiva e racional, a visão walloniana permite reconhecer as expressividades posturais dos alunos como sinais daquilo que pode estar produzindo efeito no desempenho da aprendizagem, não para eliminar tais sinais, mas para encontrar as pistas que possibilitem uma melhor compreensão e a definição de estratégias mais condizentes com a singularidade de cada aluno, “supondo que o ‘destravamento’ das inteligências depende do ‘saneamento’ da atmosfera emocional. Dessa forma, fica evidente a importância de se estabelecer vínculos com os alunos e estimular a conexão entre eles, as famílias e os professores; uma vez que isso incentiva a construção da autoestima e a confiança em si mesmos e na relação com o outro, abrindo margem para que eles desenvolvam sua capacidade cognitiva juntos e de forma mais prazerosa e adequada. Para Vygotsky, os adultos, ou os colegas mais desenvolvidos, devem ajudar a direcionar e organizar a aprendizagem da criança antes que essa possa dominá-la e internalizá-la. Essa orientação é muito eficaz para ajudar a criança a atravessar a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), a distância entre o que ela já é capaz de fazer sozinha e o que pode realizar com assistência. (PAPALIA; FELDMAN, 2013). Andréia pode aproveitar a questão da afetividade e encorajar, em comunhão com a escola, a aproximação dos alunos em atividades que trabalhe a cooperação e assim garantir que todos estejam no mesmo nível de desenvolvimento cognitivo. Durante o trabalho psicopedagógico, é recomendado também que Andréia fique em contato com a professora, a fim de registrar as mudanças na aprendizagem dos alunos com tais dificuldades cognitivas e avaliar seus avanços. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GALVÃO, I. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Vozes, 1999. MARCHESONI, Ma. L. B. Desenvolvimento Cognitivo e Implicações Sobre a Aprendizagem. Roteiro de Estudos apresentado na plataforma ULife do curso de pós-graduação de Psicopedagogia pela Universidade Anhembi Morumbi. Acesso em: 03 dez. 2021. MARIANO, Me. E. F. Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem. Roteiro de Estudos apresentado na plataforma Blackboard do curso de pós-graduação de Psicopedagogia pela Universidade Anhembi Morumbi. Acesso em: 12 dez. 2021. DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E IMPLICACOES SOBRE A APRENDIZAGEM - ESTUDO DE CASO