Buscar

Protocolo Anestésico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Introdução a Anestesiologia:
As primeiras tentativas de anestesia, o objetivo 
era abolir a dor do homem e acreditavam que os 
animais não sentiam dor, porque animais não 
falavam que sentia dor. Sabiam que existe 2 
vasos que levam sangue para a cabeça (carótida 
interna e externa), logo asfixiava a pessoa (não 
tinha função). Tentaram álcool (irrelevante), 
narcóticos (tarja preta). 
Paracelsus (1540) começou a observar que o éter 
causava sonolência em galinhas. 
Humphry Davy começou a utilizar o oxido nitroso 
(gás hilariante- tinha efeitos agradáveis) em 
animais e em si mesmo, com propriedades de 
alívio da dor e começou a fazer o uso em 
procedimentos cirúrgicos. 
Willian Thomas Green (1846) começou a utilizar o 
éter para excisão de uma neoplasia. 
Na veterinária começou com Edward Mayhew em 
cães e gatos com inalação de éter, em 1847 
fizeram amputação em bovinos, em 1848 tiveram 
os primeiros inaladores. 
A cocaína foi o primeiro anestésico local, 
descoberto por Albert Niemann (1860). Em 1884 
Karl Kölhler fiz anestesia tópica do globo ocular. 
Em 1885 Willian Halstead fez o bloqueio nervo de 
periférico. 
Protocolo anestésico: 
Depende do estado físico e temperamento do 
animal, qual o tipo de procedimento, se o 
paciente já tem dor antes da cirurgia, qual a 
especialidade do profissional (anestésicos x 
anestesista x anestesiologista), tipos de 
instalações para anestesia, os equipamentos 
disponíveis, a equipe e o custo. 
Não existe um método melhor para anestesiar, 
nenhuma anestesia é 100% segura. 
• Mastocitoma: libera histamina, se der 
morfina o animal pode morrer, visto que o 
mastocitoma libera a histamina e a 
morfina degrada mastócito que libera 
histamina. 
➔ Avaliação pré-anestésica: deve-se fazer 
uma boa avaliação pré-cirurgica. Fazer um 
planejamento para diminuir a mortalidade 
e morbidade. Prever problemas e planejar 
tratamento. Antes deve-se ter o 
consentimento e esclarecimento do tutor, 
determinar a condição física do paciente e 
estimar o risco anestésico cirúrgico, para 
assim escolher o protocolo anestésico 
adequado. Na avaliação pré-anestésica 
deve-se fazer a identificação, anamnese, 
saber o temperamento do animal, fazer o 
exame físico e exames complementares e 
saber os riscos anestésicos cirúrgicos. 
• Identificação: dados do paciente, a 
espécie animal (gatos são mais difíceis de 
conter; animais de grande porte são mais 
fortes); as raças com risco maiores ou 
menores- braquicefálicos (palato mole 
maior); idade- menores de 8 semanas tem 
o metabolismo menor, assim como 
idosos, tem alteração pressão arterial 
frequência cardíaca e temperatura, 
pacientes idosos tem problema na 
metabolização e excreção; o sexo do 
animal não influencia na anestesia, no 
entanto, fêmeas gravídicas (fetos vivos ou 
mortos) ou no cio (sangra mais- leva a 
hemorragia ) – emergência foge todas as 
regras. 
• Anamnese: a anestesia deve ser feita em 
jejum, porque quando anestesia, o 
esfíncter do cárdia abre, piloro, perde 
reflexo de deglutição (as aritenoides não 
fecham mais), o anus e uretra relaxam; se 
o estômago tá cheio tem refluxo para a 
cavidade oral, como a aritenoide e a 
epiglote não fecham vão para traqueia, 
levando 
a uma 
pneumonia aspirativa. Em relação a 
sistema respiratório avaliar a presença de 
tosse, dispneia, secreções. No sistema 
endócrino, avaliar se o paciente é 
diabético (difícil anestesiar- curva 
glicêmica, qualquer resposta de liberação 
de cortisol afeta a glicemia), 
hipotireoidismo, hipertireoidismo. A nível 
de sistema nervoso central saber se o 
paciente tem quadros de convulsões, 
epilepsias. No sistema gastrointestinal, 
saber se tem vômito e diarreia persistente 
(pode levar a desidratação, desequilíbrio 
eletrolítico). No sistema cardiovascular, 
avaliar tosse, cansaço fácil, ascite, 
síncopes. No sistema hematológico, saber 
histórico se tem transfusões recentes, 
anemias. 
• Temperamento: segurança do paciente e 
da equipe; instintos comportamentais, 
recuperação anestésica- delírios 
anestésicos. 
• Exame físico: peso do animal para 
calcular a quantidade de fármaco. 
Saber 
o 
estado nutricional do paciente, por 
exemplo, se ele apresentar 
hipoproteinemia tem que diminuir a dose 
do medicamento, visto que as partículas 
do remédio parte delas se ligam a 
proteína plasmática e outras livres, com a 
diminuição da ligação em proteínas 
plasmáticas, há mais partículas livres, 
consequentemente um efeito maior. 
° No sistema cardiovascular deve-se 
avaliar sopro (qual tipo), arritmias, 
propagação de bulha, frequência cardíaca, 
qualidade de pulso. 
° No sistema respiratório avaliar sibilos, 
estertores, amplitude torácica, frequência 
respiratória. 
 
• Exames complementares: hemograma, 
bioquímico, radiograma, 
eletrocardiograma, ecocardiograma, 
tomografia 
• Risco anestésico-cirúrgico depende de 3 
fatores: paciente, anestesia e cirurgia. 
° Paciente: depende do estado físico, das 
condições gerais e da possibilidade de 
exposição a anestesia 
° Anestesia: presença de um profissional 
habilitado, técnicas e agentes indevidos, 
tempo de duração e grau de monitoração. 
° Cirurgia: extensão, órgãos vitais, 
emergências, habilidade da equipe, 
instalações. 
➔ Recuperação pós-anestésica: o paciente 
recebeu anestesia geral, infiltrativa ou 
medulares, se há alterações circulatórias 
(hipotensão), grande perda sanguínea, 
acidente grave no ato cirúrgico, cirurgias 
longas. Deve-se realizar atividades de 
monitoração, o tratamento adequado, 
para menor incidência de complicações. A 
descontinuação da administração do 
anestésico e o tempo em que o paciente 
recupera a consciência, normaliza os 
reflexos e os sinais vitais. 
• Fase I: descontinuação do anestésico até o 
retorno dos reflexos protetores e função 
motora. Objetivo é restabelecer atividade 
e função respiratória, estabilidade 
cardiovascular e força muscular. 
• Fase II: paciente observado clinicamente, 
com monitores de função cardiovascular e 
respiratória, avaliação do nível de 
consciência, alcance de critérios para 
altas. Observar efeitos adversos (ao 
contrário do esperado) como vômitos, 
náuseas, tremores, retenção urinária e 
sangramentos anormais. 
• Fase III: paciente recupera o estado 
fisiológico pré-operatório pode durar dias. 
! Saber débito urinário, visto que o animal 
pode perder líquido durante a cirurgia e 
apresentar desidratação. A cada 1mL de 
sangue perdido repõe 5mL de soro. 
➔ Dificuldade de despertar causas: 
eliminação prolongada de fármaco- 
administração excessiva, diminuição do 
débito cardíaco, hipoventilação, doença 
hepática, doença renal, hipotermia, 
acidose, interação fármacos; potencia dos 
anestésicos sobre o SNC- depressão SNC 
preexistentes, hipotermia, 
hipotireoidismo, hipoglicemia, azotemia, 
encefalopatia hepática; dano cerebral 
ocorrido durante a anestesia- hipotensão 
devido à hipóxia, hipoglicemia, aumento 
da pressão intracranial, embolia; fraqueza 
muscular (não tem perfusão vascular)- 
fármacos de bloqueio neuromuscular, 
doença neurológica, choque circulatório, 
hemorragia hipovolemia, sepse 
(vasodilatação responsiva).

Continue navegando