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PRODUÇÃO ANIMAL PEQUENOS RUMINANTES - DOENÇAS

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PRODUÇÃO ANIMAL: PEQUENOS RUMINANTES.
CONTROLE e PREVENÇÃO DE BACTÉRIAS EM CAPRINOS E OVINOS.
O que são Bactérias?
Seres unicelulares e procariontes, pertencentes ao Reino Monera.
Há milhares de espécies conhecidas, de formas, habitats e metabolismo diferentes.
Alguns desses microrganismos são causadores de doenças, mas também há bactérias com grande importância ecológica e econômica.
Infecções Bacterianas de maior prevalência:
Linfadenite Caseosa
Tétano
Botulismo
Enterotoxemia
Gangrena Gasosa
Pneumonia por pasteurela
Aborto*
Podermatite
Dermatofitose
Mastite*
Metrite
Ceratoconjuntivite
Quais tipos de bactérias acometem os Caprinos e Ovinos? 
Quais prejuízos causam? 
 
Linfadenite Caseosa
A linfadenite caseosa ou mal-do-carroço é uma doença infecto-contagiosa de caráter crônico que acomete, principalmente, ovinos e caprinos e é causada pelo agente bacteriano Corynebacterium pseudotuberculosis. Em caprinos geralmente ocorre somente o aumento dos linfonodos superficiais, sem acometimento dos órgãos internos.  A forma disseminada visceral é uma das causas da síndrome da ovelha magra, levando a prejuízos pela intensa redução da produção e morte do animal.
Epididimite Infecciosa Ovina (Brucelose Ovina)
São bactérias causadoras de epididimite, tais como, Actinobacillus seminis, Histophilus ovis.
É uma doença venérea crônica ds carneiros, caracterizada pelo aumento de volume e consistência do epidídimo e atrofia dos testículos.
Estão associados à diminuição da fertilidade e da vida reprodutiva de carneiros, períodos de parição prolongados e abortos em matrizes. 
A transmissão se dá através do semen, leite, colostro e materiais usados para abortos. 
Pododermatite ou Foot-Rot
 É causada pelas bactérias dos gêneros Bacteroides (Dichelobacter nodosus) (Liu & Yong, 1997) e Fusiformis necrophorus que produzem inflamação nas extremidades (pele e cascos) dos animais ocasionando claudicação, podendo levar os animais a óbito por inanição. Causa grandes prejuízos aos rebanhos, principalmente nos períodos de alta umidade e calor, é quando há uma maior incidência. 
Mastite
 Os principais agentes etiológicos são bactérias, vírus e fungos. A mastite é a inflamação da glândula mamária que ocorre como resposta a uma infecção causada por microorganismos.
Nos rebanhos leiteiros as fêmeas acometidas tem seu produto condenado por causa da contaminação do leite. Nos rebanhos de corte a mastite pode ser responsável pela morte de cordeiros por inanição.
Inúmeros prejuízos:
Gastos com abordagem de tratamento;
Redução da produtividade;
Redução da eficiência reprodutiva;
Aumento da mortalidade;
Profilaxia e Higiene Veterinária.
Deve ser um conjunto de procedimentos cuja finalidade é impedir ou diminuir o risco de transmissão de uma doença em nível populacional.
A gestão sanitária dos rebanhos caprino e ovino deve priorizar a promoção à saúde, a prevenção das doenças, a segurança e a qualidade dos produtos e derivados, ao invés das ações curativas.
Rotinas de manejo e nutrição devem ser bem estruturadas.
Anotações Zootécnicas são extremamente importantes.
Limpeza das instalações: Varrição, raspagem, lavagem.
Desinfecção das instalações - cal, iodóforos, hipoclorito de sódio, amônia quaternária, óxido de cálcio, cresois, vassoura de fogo.
Destinação adequada dos resíduos
Boas práticas de manejo na ordenha
Isolamento e quarentena de animais doentes ou recém-adquiridos:
Emprego de pedilúvio
Abordagens curativas.
Calendário profilático adaptado para a região/ Vacinação:
Quais sinais clínicos e controle das bactérias?
Linfadenite
A linfadenite caseosa é uma doença infectocontagiosa de caráter crônico que acomete principalmente ovinos e caprinos. 
Sinais clínicos: Os sintomas clínicos se manifestam de duas formas: superficial e visceral
• Manifesta-se, clinicamente, pelo aparecimento de abscessos juntos aos gânglios superficiais.
• Os abscessos localizam-se, com mais freqüência, nos gânglios pré-escapulares (espátula) e parotídeos (pré-auricular), seguidos pelos gânglios pré-curais (flanco).
• Visceral: afeta os órgãos e/ou linfonodos internos.
Brucelose Ovina
O primeiro sinal clínico nos machos é a deterioração da qualidade do sêmen. São também observados: reação inflamatória na bolsa escrotal e reações sistêmicas como febre, taquipnéia e depressão. Quando a síndrome desaparece, é possível verificar através da palpação, alterações no epidídimo, testículos com tamanhos diferenciados e aumento do tamanho da bolsa escrotal.
Nas ovelhas, observa-se: aumento do período da estação de monta com repetição de cios (superior a 45 dias), aumento do número de abortos, aumento do número de nascimentos de cordeiros fracos/débeis e nos cordeiros, mortalidade perinatal.
É uma doença venérea crônica dos carneiros, caracterizada pelo aumento de volume e consistência do epidídimo e atrofia dos testículos. Chamada de epididimite ovina, a enfermidade é causada pela Brucella ovis, e está presente em algumas regiões do Brasil, conforme inquéritos sorológicos.
Mastite Caprina
Mamite aguda:
Os principais sintomas da mamite aguda em cabras são dor nas glândulas mamárias e inchaço, que pode se estender do abdome aos membros anteriores da cabra. Além disso, o animal pode apresentar febre entre 40 e 42°C, falta de apetite, perda de peso, desidratação e prostração. Como a infecção avança rapidamente (4 a 72 horas), se não devidamente tratada, a cabra pode até mesmo morrer.
Mamite clínica:
Um dos sinais de que a cabra apresenta mamite clínica é a alteração no leite, que passa a apresentar grumos e/ou pus. Além disso, a cabra apresenta dor e inchaço nas glândulas mamárias. Normalmente, esse tipo de mamite ocorre, unilateralmente, com vermelhidão na região do úbere.
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Mamite subclínica:
Já na mamite subclínica, o leite da cabra continua normal, sem grumos nem purulência. Entretanto, a produção é significativamente reduzida. Além disso, quando uma amostra do leite passa por exame laboratorial, o número de células somáticas está acima do normal.
Pododermatite Ovina
Os animais apresentam como sinais clínicos a claudicaçãoe (Dor,geralmente nas pernas, causada por pouco fluxo de sangue, geralmente durante o exercício. Muitas vezes, indica doença arterial periférica) e diminuição na produção. O diagnóstico é feito a partir da observação dos sinais clínicos e realização de exames laboratoriais, tais como: a coloração de gram, isolamento por meio de cultura, teste de proteases, ELISA e PCR. 
Profilaxia e Controle
Não existe ainda tratamento eficaz para a cura da linfadenite caseosa. Porém, a profilaxia e o controle têm papel importante na disseminação da doença no rebanho e, dessa forma, algumas medidas são necessárias e eficazes, como:
Isolar os animais doentes que apresentam lesão supurada e remover os abscessos;
Descartar os animais positivos do rebanho, já que são fontes de infecção para o este;
Incinerar todo material caseoso, pois o contato desse material no ambiente pode permanecer como fonte de infecção para o rebanho;
Desinfectar as instalações com vassoura de fogo;
Impedir que fêmeas positivas amamentem seus filhotes, haja vista o risco de transmissão pelo leite.
Protocolo de Controle Recomendado
Linfadenite Caseosa (LC):
Controle:
Diagnóstico sorológico precoce e seriado:
Cada 6 meses em rebanhos soropositivos
Cada 12 ou 24 meses em rebanhos soronegativos
Isolamento dos animais suspeitos.
De forma temporal, descarte dos animais confirmados com sinais clínicos. 
Recomenda-se drenagem precoce e cauterização química dos abscessos maduros, isolamento dos animais até a completa cicatrização da ferida, descarte adequado do material contaminado utilizado no tratamento, limpeza e desinfecção das instalações e, em alguns casos, vacinação (conforme orientação do fabricante). 
Aconselha-se ainda o acompanhamento rigoroso da saúde dos reprodutores introduzidos no rebanho, devendo permanecer em quarentenacom testes clínicos e sorológicos negativos no início e final do período de isolamento.
No Brasil:
Existem três vacinas licenciadas, que ainda não são usadas amplamente nos rebanhos. 
Ferramentas para controle da doença são limitadas, nenhum kit diagnóstico comercial está disponível a custo acessível.
Brucelose Ovina (B. ovis)
Controle:
Identificação.
Isolamento.
Eliminação de animais soropositivos.
Recomenda-se como prevenção e controle a criação isolada de carneiros jovens e adultos.
Exames clínico e sorológico periódicos, antes do período de monta.
Entrada no rebanho de carneiros com exames clínico e sorológico negativos.
Mastite caprina
Controle:
Adotar programas voltados para o controle, uma vez que sua erradicação completa não é possível. 
Adoção de medidas higiênicas durante a ordenha.
Desinfecção pós-ordenha adequada.
Manutenção adequada do equipamento de ordenha.
Monitoramento dos casos de mastite clinica e o nível de mastite subclínica periodicamente.
Diagnóstico e tratamento precoce dos casos clínicos.
Reduzir as infecções pré-existentes.
Tratamento de mastite subclínica na interrupção da lactação.
Pododermatite ovina
Controle:
Práticas de manejo que diminuem os fatores predisponentes.
Casqueamento.
Pedilúvio.
Quarentena.
Manejo de pastagens.
Terapia oral (suplementação de zinco).
Vacinas específicas tem acelerado a erradicação em situações de difícil condição ambiental.
Seleção genética, na tentativa de obter animais resistentes. 
Descarte.
Erradicação da Pododermatite Ovina 
O agente não permanece viável no meio ambiente por mais de uma semana.
O agente é um parasita estrito e a remoção de todos os casos clínicos do rebanho leva à erradicação. 
A erradicação da pododermatite é possível, porém frequentemente difícil, principalmente em locais que permanecem úmidos durante a maior parte do ano.
Em casos de pequenos rebanhos intensamente infectados com pododermatite crônica, pode ser aconselhado o descarte de todos os animais e aguardar um período de sete dias antes de introduzir novos animais livres da doença.
Referências Bibliográficas
https://www.todamateria.com.br/bacterias/
https://www.embrapa.br/cim-inteligencia-e-mercado-de-caprinos-e-ovinos/zoossanitario-linfadenite#:~:text=A Linfadenite Caseosa é uma,superficiais, internos e em órgãos.
https://www.aged.ma.gov.br/sanidade-de-caprinos-e-ovinos-pnsco/#:~:text=A linfadenite caseosa é uma,pelo agente bacteriano Corynebacterium pseudotuberculosis.&text=Manifesta-se, clinicamente, pelo,abscessos juntos aos gânglios superficiais.
http://www.higieneanimal.ufc.br/anais/anais1/anais1-05.pdf
https://www.embrapa.br/cim-inteligencia-e-mercado-de-caprinos-e-ovinos/zoossanitario-linfadenite
https://www.embrapa.br/cim-inteligencia-e-mercado-de-caprinos-e-ovinos/zoossanitario-brucelose
https://esbam.edu.br/wp-content/uploads/2020/01/Tcc-pronto-France-Final_FORMATADO-RAQUEL.pdf
http://www.infobibos.com/Artigos/2009_2/Linfadenite/Index.htm#:~:text=Incinerar todo material caseoso, pois,de infecção para o rebanho;&text=Desinfectar as instalações com vassoura de fogo;&text=Impedir que fêmeas positivas amamentem,risco de transmissão pelo leite.

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