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Ruminantes Febre Aftosa Situação Epidemiológica Doença ausente no rebanho brasileiro, ultimo caso foi em 2006 em Mato Grosso do Sul e Paraná. · 4 zonas livres sem vacinação 1-Santa Catarina 2- Paraná 3-Rio Grande do Sul 4-Acre, Rondônia e parte do Amazonas e do Mato Grosso Agente Etiológico Picornavírus ( não envelopado) Sorotipos: O, A, C, SAT 1, SAT 2, SAT 3 e Ásia 1. No Brasil, foram detectados os sorotipos O, A e C.O vírus C não é detectado no mundo desde 2004. Espécies Susceptíveis Ruminantes e Artiodátilos Animais domésticos: bovinos, búfalos, ovinos e caprinos. Sinais Clínicos · Vesículas (Aftas) não são somente na boca, elas se rompem e formam ulceras. · Manqueira · Prostração · Cialorreia · Febre alta · Claudicação Em animais jovens pode causar mortalidade devido à miocardite. A maioria dos adultos se recupera em 2 a 3 semanas, porém infecções secundárias podem retardar a recuperação. Ovinos e caprinos: apresentam sinais leves da doença. Transmissão O vírus é encontrado em todas as secreções e excreções (Saliva, liquido das aftas, leite e fezes). Via direta: Contato entre animais infectados, aerossóis, secreções e excreções, sangue e sêmen. Via indireta: Água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas, equipamentos, matérias, veículos, vestuários e produtos de origem animal contaminados Período de Incubação O período de incubação pode variar de acordo com a espécie animal, a dose infectante, a cepa viral e a via de infecção. Bovinos e Bubalinos 2 a 14 dias Pequenos Ruminantes 2 a 8 dias Critério de Notificação Notificação imediata obrigatória de qualquer caso suspeito. O veterinário responsável pela propriedade deve isolar o animal e deve comunicar imediatamente a ADAF, onde fará a inspeção dos animais e tomará as providências necessárias. Diagnostico Laboratorial · Elisa · PCR Diagnostico Diferencial · Varíola Bovina · Estomatite · Intoxicações · Traumas · Ectima Contagioso · Piodermites E se o caso for confirmado? Se confirmada a doença será estabelecido uma zona de proteção com um raio mínimo estabelecido pela ADAF em volta das áreas com o animal infectado e uma zona de vigilância também com um raio mínimo. A ocorrência será comunicada a toda comunidade nacional e internacional, a movimentação de animais e pessoas das propriedades será controlada. Animais das áreas atingidas deverão ser avaliados, sacrificados e suas carcaças devidamente destruídas. Vacinação utilizada somente em bovinos e bubalinos de forma sistemática e massiva para conferir melhor imunidade de rebanho. É proibida a vacinação de outras espécies suscetíveis à doença. Recomenda a vacinação logo após o nascimento, ela tem como objetivo preparar os animais para uma resposta mais intensa e de maior duração quando da revacinação. A vacinação de bovinos e bubalinos com idade abaixo de 24 meses deve ser semestral, uma vez que os animais jovens são mais suscetíveis à doença. Animais adultos, com histórico de pelo menos quatro vacinações, são vacinados uma vez ao ano. Esquemas de vacinação · Vacinação estratificada por faixa etária, em etapas de 30 dias, onde a imunização é dirigida principalmente aos animais jovens (menores de 24 meses de idade), cuja vacinação é semestral, e aos animais adultos (mais de 24 meses de idade) com vacinação anual; · Vacinação anual de todo o rebanho, em etapas de 45 a 60 dias, realizada em regiões do país onde as condições geográficas predominantes limitam o manejo dos animais à determinada época do ano (Estado do Amapá, região do pantanal mato-grossense, Ilha do Bananal e Arquipélago do Marajó). Brucelose Situação Epidemiológica Doença presente no país Agente Etiológico Brucella abortus Espécies Susceptíveis Animais domésticos: bovinos e bubalinos Vigilância Objetivos da vigilância: o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) tem como objetivo reduzir a prevalência e a incidência da brucelose e da tuberculose, visando a erradicação. Estratégias: Incluem realização de vigilância, eliminação de casos, controle ou erradicação de focos, estudos epidemiológicos de prevalência e certificação voluntária de propriedades livres. Sinais Clínicos Fêmeas · Aborto tipicamente no terço final da gestação · Retenção de placenta · Metrite · Após o primeiro aborto é comum a presença de natimortos · Nascimento de bezerros fracos Macho · Orquite uni ou bilateral, transitória ou permanente · Epididimite seminal · Vesiculite · Abscessos testiculares Nos machos existe uma fase inflamatória aguda, seguida de cronificação assintomática. Levando a infertilidade. Em muitos casos, o rebanho permanece infectado por anos ou indefinidamente, sem manifestação de quaisquer sinais clínicos. Transmissão uma zoonose, altamente patogênica para humanos, podendo ser transmitida pelo contato com restos placentários, fluidos fetais e carcaças de animais. O grande risco para a saúde pública decorre da ingestão de leite cru ou de produtos lácteos não submetidos a tratamento térmico oriundos de animais infectados. Direta: via oral, sendo a principal fonte de infecção a vaca prenhe que elimina grandes quantidades do agente no aborto ou parto (placenta, feto e fluidos fetais) e em todo o período puerperal. O agente é eliminado no leite, sendo essa uma importante fonte de transmissão para humanos. Indireta: água, pastagens, alimentos e fômites contaminados. Período de Incubação Varia de semanas a anos Critério de Notificação O médico veterinário habilitado e os laboratórios credenciados devem notificar a ADAF imediatamente em caso de resultados de teste de diagnóstico positivos ou inconclusivos em até um dia útil. Diagnostico O Medico Veterinário precisa ser habilitado Teste de rotina: teste de antígeno acidificado tamponado (AAT). Testes confirmatório: · Fixação de Complemento (FC), · Teste de Polarização Fluorescente (FPA) · Teste do 2-Mercaptoetanol (2-ME) Caso o animal teste positivo os outros animais deverão ser testados. Tratamento Abate Os casos confirmados deverão ser eliminados sempre sob a supervisão da ADAF (abate sanitário em matadouros com inspeção ou eutanásia na propriedade). Vacinação Vacinação obrigatória apenas para fêmeas bovinas e bubalinas na faixa etária de 3 a 8 meses. Tuberculose Situação Epidemiológica Doença presente no país Agente Etiológico Mycobacterium bovis Espécies Susceptíveis Mamíferos domésticos (bovinos são os hospedeiros verdadeiros) Vigilância Objetivos da vigilância: o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) tem como objetivo reduzir a prevalência e a incidência da brucelose e da tuberculose, visando a erradicação. Estratégias: Incluem realização de vigilância, eliminação de casos, controle ou erradicação de focos, estudos epidemiológicos de prevalência e certificação voluntária de propriedades livres. Sinais Clínicos A tuberculose é uma doença crônica debilitante em bovinos e bubalinos, normalmente assintomática em sua fase inicial. A detecção de casos clínicos não é muito comum, havendo predomínio de manifestações pouco específicas. Sinais clínicos: · fraqueza, · perda de apetite e peso, · febre · dispneia · tosse intermitente, · pneumonia de baixo grau, · diarreia · linfonodos aumentados e, em alguns casos, supurados. Lesões Post-Mortem: como granuloma (caseoso ou calcificado) nos linfonodos da cabeça e tórax, no pulmão, fígado, baço e nas superfícies (serosas) das cavidades do corpo. Transmissão Direta: Via aérea e oral, através de aerossóis Indireta: Leite, água, alimentos e fômites contaminados. Observação: É uma zoonose. O grande risco para a saúde pública decorre da ingestão de leite cru ou de produtos lácteos não submetidos a tratamento térmico oriundos de animais infectados. Período de Incubação Os sinais clínicos da tuberculose geralmente levam meses para se desenvolver. Critério de Notificação O médico veterinário habilitado e os laboratórios credenciados devem notificar a ADAF imediatamente em caso de resultadosde teste de diagnóstico positivos ou inconclusivos em até um dia útil. Diagnostico O Médico Veterinário precisa ser habilitado · Teste cervical simples (TCS)Rotina · Teste prega caudal (TPC)Confirmatorio · Teste cervical comparativo (TCC) Tratamento Os casos confirmados devem ser devidamente identificados com marcação específica na face, isolados, retirados da produção leiteira e, em no máximo 30 dias do diagnóstico, ser submetidos à eutanásia na propriedade ou abate em estabelecimento de inspeção. Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) Situação Epidemiológica Doença Ausente Casos em maio de 2019 e fevereiro de 2023 foram casos atípicos (faz com que não mude o ausente) Agente Etiológico Príon Espécies Susceptíveis Principalmente bovinos Vigilância Bubalino entra no plano de vigilância · Prevenção da introdução · Detecção precoce e eliminação de casos para evitar entrada do agente na cadeia alimentar Sinais Clínicos EEB clássica: · Ataxia · Mioclonia · Hipersensibilidade · Agressividade · Movimentos oculares assimétricos · Bruxismo · Bradicardia · Baixa produção EEB atípica: Normalmente assintomática · Apatia · Decúbito Lesões Post-mortem: · Vascularização neuronal · Astrocitose Transmissão EEB clássica: transmissão direta, via oral, por ingestão de subprodutos de origem de ruminantes (principalmente farinha de carne e ossos) contaminados com o príon. EEB atípica: ocorrência esporádica e espontânea. Período de Incubação EEB clássica: de 2 anos a 10 anos EEB atípica: tempo indeterminado Critério de Notificação Notificação imediata de qualquer caso suspeito Diagnostico Diferencial Os sinais clínicos neurológicos compatíveis podem ser apresentados por várias doenças, como raiva, infecção por herpesvírus, encefalites, doença de Aujeszky, febre catarral maligna ou agravos não infecciosos como hipocalcemia, intoxicações, tumores, traumatismos, poliencefalomalácia, entre outros. Diagnostico Não há método de detecção da infecção em animais vivos tem que ser post-mortem, porque coleta material do encéfalo. · ELISA (triagem de casos suspeitos) · Imunohistoquímica (confirmação) · Western Blot (confirmação e tipificação do príon PrPsc) Tem que ser conservado e resfriado, tem que chegar em menos de 24 horas. Laboratório em Pernambuco Em caso positivo vai ser feito interdição da propriedade, e vai haver fiscalização dos animais e alimento dos animais. Será liberado somente após resultado negativo. Raiva Situação Epidemiológica Doença presente no país Agente Etiológico Lyssavirus Espécies Susceptíveis Todos os mamíferos Vigilância · Descrição da frequência e distribuição da raiva dos herbívoros · Detecção, prevenção e controle da raiva dos herbívoros · Detecção de encefalopatias espongiformes transmissíveis (EEB e scrapie) · População-alvo: bovinos, bubalinos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos e morcegos (reservatório). Sinais Clínicos
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