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GABRIELA FERRAZ – M4 1 Radiologia do Trato Gastrointestinal A artéria renal não passa na pinça aorta mesentérica mas a veia renal passa. Pinça Aorta Mesentérica (espaço) fica entre a Artéria Aorta e a Artéria Mesentérica Superior. Nesse espaço passa a Veia Renal, a 3ª porção do duodeno. Possui gordura e linfonodo. É um homem. Imagem superior Esquerda: uma ponta do fígado, flexura hepática, jejuno, cólon descendente, veia cava inferior, aorta. Imagem superior Direita: não tem muita novidade comparando com a outra, tem os cólon ascendente e descendente. Imagem inferior Esquerda: A artéria mesentérica superior e a artéria aorta, veia renal esquerda, rim esquerdo e a estrutura embaixo, saindo da veia cava até o rim esquerdo é a Pinça Aorta Mesentérica. Imagem inferior Direita: bexiga e dependendo da altura ou é a vesícula seminal ou é a próstata. GABRIELA FERRAZ – M4 2 Exames Radiologia convencional - Rotina de abdome agudo (Rio X simples) Estudos contrastados (quando o paciente toma contraste ou por via oral ou por via anal) - Esofagografia - Seriografia esôfago, estômago e duodeno - Trânsito do intestino delgado - Clister opaco ou enema opaco para estudar o cólon Esses são exames muito pouco utilizados hoje, porque pode ser feito no lugar da esofagografia e seriografia uma endoscopia digestiva alta (só vai até o duodeno). No lugar do clister uma colonoscopia (só vai até a válvula ileocecal). No lugar do trânsito pode ser feito uma enterografia por ressonância magnética ou tomografia computadorizada ou cápsula endoscópica. A vantagem da endoscopia e da colonoscopia é de além de ver a lesão diretamente, ainda pode biopsiar e tratar. Tomografia computadorizada Ressonância magnética Ultrassonografia Rotina de abdome agudo (Situações de urgência e emergência / é um método não muito sensível) -Radiografia de tórax em PA (Primeira imagem) -Radiografia de abdome em AP em decúbito dorsal (raio X de cima para baixo) (Segunda imagem) -Radiologia de abdome em ortostase em AP (em pé) (terceira imagem) GABRIELA FERRAZ – M4 3 Saber reconhecer qual é a em pé qual é a deitada. Em pé, pela força da gravidade a pelve vai ficar menos transparente porque vai ter uma quantidade maior de tecido na região pélvica. Se está em pé consegue ver nível hidroaéreo já deitado o raio está perpendicular ao nível hidroaéreo portanto não vai ver. Por que e uma radiografia em tórax em PA utiliza uma rotina de abdome agudo? Para flagrar algumas doenças torácicas que podem simular uma doença abdominal. Ex: pneumonia de base, derrame pleural Um pneumoperitônio abaixo do diafragma. Pode ser mais fácil de ser visto em uma radiografia de tórax em PA. Aqui não é por causa de uma doença torácica e sim, pela técnica do exame pode ser mais fácil de flagrar. Consolidação no lobo inferior direito que tem contato com a pleura diafragmática Gás patológico Gás do fundo gástrico GABRIELA FERRAZ – M4 4 Obstrução de delgado - Presença de bolhas de gás na porção central do abdome, dispostas da FID até o hipocôndrio esquerdo. - Bolhas mais largas que altas - Diâmetro das alças distendidas > 3cm - Presença de válvulas coniventes (sinal do empilhamento de moedas) - Sem haustrações Em radiografias do abdome em AP com alças distendidas por ficar com gás e líquido dentro delas. Então, verá bolhas de gás na porção central do abdome ou se estendendo do hipocôndrio esquerdo a fossa ilíaca direita. Esse nível hidroaéreo quando o paciente tiver em pé, vai ser mais largo do que alto. Dá para ver o pregueamento mucoso do intestino delgado que é chamado de válvulas coniventes (sinal do empilhamento de moedas). E lembrar que o intestino delgado não possui haustrações. Em pé: o nível hidroaéreo é mais largo do que alto (geralmente). Deitado: perde o nível hidroaéreo mas continua vendo que essas alças distendidas estão na porção central do abdome. HE FID Deitado Em pé GABRIELA FERRAZ – M4 5 Causas de distensão do intestino delgado: mais comum é brida que é uma cicatriz pós cirúrgica, hérnia inguinal, intussuscepção (mais comum em crianças), tumor. São alças distendidas maior que 3cm dispostas na porção central do abdome com a presença das válvulas coniventes, obstrução de delgado. Alças coniventes (sinal do empilhamento das moedas). Alças centradas no abdome. E uma grande quantidade de alças distendidas. Nessa segunda imagem a bolha está mais alta do que larga, mas, geralmente, as bolhas são mais largas do que altas. (Distensão de delgado) Níveis hidroaéreo: mais larga do que alta. Se o paciente não conseguir ficar em pé, pode pedir para o paciente ficar de lado para conseguir ver os níveis hidroaéreo. Tela que foi usada para fazer uma correção de uma hérnia. Provavelmente, uma obstrução de delgado por uma hérnia que essa tela não foi capaz de conter. Paciente deitado Paciente em decúbito lateral GABRIELA FERRAZ – M4 6 Primeira imagem – setas brancas: alças distendidas maior do que 3cm. Uma grande quantidade e dispostas na região central do abdome. Primeiras imagens – uma radiografia de abdome agudo, distensão de alças segunda imagem – uma tomografia computadorizada, mais fácil de pesquisar a causa. Abdome agudo do tipo obstrutivo é um dos mais difíceis de discutir em uma tomografia computadorizada. Obstrução de cólon - Bolhas de gás na periferia do abdome - Bolhas mais altas que largas - Diâmetro das alças dilatadas > 5cm - Presença de hastrações Não se vê a obstrução em si, apenas a distensão do intestino grosso. A obstrução – fator mecânico- pode conseguir ver na tomografia computadorizada. Alças distendidas com calibre maior, (maior que 5cm), presença de halstrações (não ocupa todo diâmetro da alça), bolhas de gás vão ser mais altas do que largas e as alças intestinais distendidas vão estar mais na periferia do abdome. A causa mais comum de obstrução de cólon é o adenocarcinoma (já é tumor), outras causas de obstrução de cólon, volvo (quando o órgão dá uma volta no seu próprio eixo) e entra em outro fator, os órgãos peritonizados e não peritonizados, qual o volvo mais comum que tem? É o volvo de sigmoide. Existe volvo de transverso, existe. Mas existe volvo de cólon ascendente? Não, porque Hérnia Inguinal Radiografia TC GABRIELA FERRAZ – M4 7 ele é retroperitonieal – está fixo. O do sigmoide está móvel pode virar no seu próprio eixo. Vê as pregas mucosas mas a maioria delas não ocupam todo diâmetro da alça, essas pregas mucosas são as haustrações. E aqui o paciente está deitado, não está vendo o nível hidroaéreo. É importante saber que quando tem obstrução de cólon é que, por exemplo, quando um paciente tem um adenocarcinoma de sigmoide e obstruiu o sigmoide, distendeu o colo descendente, transverso e ascendente. Se a válvula ileocecal for uma válvula competente será uma distensão só do cólon mas se for incompetente, ou seja, deixar acumular gás/líquido, vai ter uma distensão também de delgado. Esse paciente tem as alças distendidas maior do que 5cm, tem haustrações, essas pregas mucosas que não ocupam todo o diâmetro das alça distendida, e ocorre na periferia. A seta aponta que a partir desse ponto não consegue mais ver gás. Ou seja, o fator obstrutivo está até a seta. GABRIELA FERRAZ – M4 8 Não tem as válvulas coniventes. É uma obstrução de cólon. Paciente está todo torto, as articulações sacro- ilíacas estão totalmente assimétricas. Radiografia oblíqua e o paciente está na posição antálgica.Paciente com a cabeça para -> (direita) Setas: Nível hidroaéreo e gás no reto. É uma obstrução incompleta, ainda consegue passar gás. GABRIELA FERRAZ – M4 9 Sinal do Grão de Café Saber reconhecer como o intestino está distendido e, se é do cólon, do delgado ou os dois. E tentar reconhecer o volvo sigmoide. Além das distensões intestinais, a rotina de abdome agudo consegue também identificar algumas calcificações patológicas. A pancreatite tem dois tipos: a aguda e a crônica. A crônica a maior causa é o alcoolismo e ela cursa com uma atrofia do parênquima pancreático com várias calcificações no trajeto do pâncreas no epigástrico e no hipocôndrio esquerdo uma pancreatite crônica. Cálculo na vesícula biliar. A radiografia de abdome não é o método mais acessível para identificar o cálculo biliar. Mas consegue ver a calcificação do cálculo biliar. Outra coisa que consegue ver é a visceromegalia, observar o contorno do baço que está gigante, fácil de palpar. (Esplenomegalia) Calculo Biliar GABRIELA FERRAZ – M4 10 Isso é o principal que precisa saber sobre rotina de abdome agudo. Reconhecer calcificações patológicas como a pancreatite crônica cálculo biliar, cálculo renal. Lembrar que existe calcificações fisiológicas como por exemplo, calcificação costoesternal, se ver muita calcificação do rebordo do esterno provavelmente a calcificação das cartilagens costais. Também é importante reconhecer as visceromegalias, principalmente, a esplenomegalia. E, distensão intestinal. E que da rotina de abdome agudo faz parte uma radiografia de tórax para fazer o diagnóstico de doenças torácicas que podem cursar com dor abdominal como a pneumonia de base, como o derrame pleural. Partindo para a tomografia computadorizada, existe algumas doenças inflamatórias que são necessária esse tipo de exame, como: diverticulite, apendicite, colecistite aguda e a pancreatite. Diverticulite - Espessamento segmentar da parede do intestino - Borramento da gordura pericólica - Perfuração diverticular - Extravasamento de gás e fluido para a pelve e cavidade peritoneal - Formação de abcesso (visto em até 30% dos casos) - Formação de fístula exemplo: gás na bexiga - Visualização direta de um trato fistuloso Para entender diverticulite, é necessário entender o que é divertículo. Divertículo são pequenas protrusões de mucosa do cólon para fora das haustrações, ou seja, o paciente que possui uma dieta pobre em fibras, ela pode ter uma constipação, ter dificuldade de evacuar e ela pode ter que fazer muita força, aumentando uma pressão dentro do cólon e forçando a mucosa do cólon por causa do aumento da pressão intraintestinal e, então, essa mucosa irá ficar protruída para fora das haustrações. Os divertículos são as bolsinhas. Mas nessa imagem não está inflamado. A diverticulite é a inflamação desse divertículo. O Divertículo sem nenhuma inflamação ele é assintomático não precisando de tratamento nenhum. Porém, o divertículo inflamado precisa de um tratamento. Como reconhecer uma diverticulite em um exame de imagem? Irá ver um espessamento da parede do GABRIELA FERRAZ – M4 11 intestino, um borramento da gordura, dordura toda densa, pode ver também gás fora da alça porque a diverticulite a maior parte das vezes vai cursar com a perfuração daquele divertículo por causa da inflamação. Então, pode ter gás ou líquido fora da alça. Porque vai ter inflamação então, pode ter um abcesso peridiverticular. Na primeira dá para ver um pouco do fígado, do rim, a veia renal, a artéria mesentérica superior, a aorta, a veia renal, um pouco da veia cava. Isso teve contraste oral então tem contraste dentro do intestino. Dá para ver o cólon descendente, a parede dele está espessa. Fazer comparação de um lado e de outro. Observar a gordura da região que está espessa, dá para ver o reflexo do peritônio, uma fáscia retroperitoneal. Apendicite Aguda (falta o slide) É uma doença obstrutiva que por algum motivo o apêndice obstruiu, distendeu, diminuiu o retorno venoso por causa da distensão e do aumento da pressão intra- apendicular, e inflamou. Uma diverticulite no ultrassom é muito difícil de ver. Mas uma apendicite aguda consegue ver no ultrassom, principalmente em criança por ter o polículo adiposo menor do que o adulto o ultrassom consegue ver adequadamente. É claro que no adulto a Essa alça está mais espessa. Divertículo com espessamento segmentar da parede intestinal. E borramento da gordura perintestinal. 1 GABRIELA FERRAZ – M4 12 quantidade de gordura vai ser maior e pode ter mais distensão abdominal associada sendo assim, mais complicada. Colecistite aguda - Colelitíase - Sobredistensão da vesícula biliar - Espessamento da parede da vesícula biliar - Líquido pericolecístico Para pesquisar colecistite aguda é a ultrassonografia e exame mais sensível para fazer o diagnóstico é exame de medicina nuclear mas não se utiliza ele, utiliza a ultrassonografia porque é um método muito mais fácil de fazer do que a medicina nuclear. O Céssar falou na aula dele de ultrassom, o ultrassom só através de uma foto não dá para ter certeza do que está vendo. É o exame dinâmico que vai dar o diagnóstico. O que se vê em uma colecistite aguda em um ultrassom, existe alguns tipos, existe a litiásica que tem o cálculo e existe a colecistite alitiásica (sem cálculo). No caso de uma colecistite aguda por cálculo, vai ver o cálculo no interior da vesícula biliar. Na maior parte das vezes, uma colecistite aguda por cálculo, esse cálculo vai ficar impactado, principalmente, no infundíbulo da vesícula, ou seja, vai mexer o paciente e esse cálculo não vai se mover. A vesícula biliar vai estar sobredistendida com a parede espessada e pode ver também, um pouco de líquido ao redor da vesícula. Estrutura hiper-homogênica com sombra acústica posterior GABRIELA FERRAZ – M4 13 É uma aguda sem complicação, e ela acontece em paciente diabéticos. Pancreatite aguda É uma inflamação aguda do pâncreas. Existem dois subtipos de pancreatite aguda: - pancreatite edematosa intersticial – a grande maioria (90-95%). Mais frequentemente referida simplesmente como “pancreatite aguda” ou “pancreatite não complicada”. - pancreatite necrosante – necrose se desenvolve dentro do pâncreas e/ ou tecido peripancreático. Causas: - passagem / implantação do cálculo biliar - abuso de álcool - idiopática - anormalidades congênitas do ducto pancreático - induzida por hipertrigliceridemia - auto-imune Objetivos da imagem Fornecer o diagnóstico etiológico Avaliação anatômica do pâncreas Avaliação da extensão da doença Diagnóstico das complicações – coleções líquidas pancreáticas e peripancreáticas GABRIELA FERRAZ – M4 14 Sinais na TC de pancreatite aguda Aumento focal ou difuso do volume pancreático Identificação do contorno pancreático Densificação da gordura peripancreática Espessamento das fáscias de gerota e latero-conal Sinal do halo renal Sinais de complicações – coleções líquidas peripancreáticas, necrose pancreáticas ou peripancreáticas, pseudocisto pancreático, necrose compartimentalizada Sinal do Cut-off do cólon transverso.
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