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Diagnóstico por imagem - Aula 8 - RX Segmento abdominal

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1 
Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 8 
Introdução 
Revisão: MÉTODOS DE IMAGEM NA 
INVESTIGAÇÃO DE PATOLOGIAS TORÁCICAS. 
• Raio-X: Investigação inicial; 
• TC: Padrão ouro; 
• Ultrassonografia: Avaliação de derrames 
pleurais, menores que 200mL. Pode avaliar 
também a característica do derrame, para saber 
se é um transudado ou exudado. Se ele tem 
debris em suspensão. Pode servir também 
através do fast ultrassom que avalia não só a 
presença de líquido na cavidade torácica, na 
pleura, no mediastino, como avalia também 
pneumotórax; 
• Ressonância magnética: Método de exceção no 
tórax, para algumas patologias que necessitam do 
meio de contraste, e que não podem ser 
avaliadas pela tomografia por alergia ao meio 
de contraste. Ou, ainda, para algum tipo de 
tumoração que esteja invadindo partes mole. A 
ressonância é o melhor método para partes 
moles (musculoesquelético). 
MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM QUE 
PERMITEM A AVALIAÇÃO DO ABDOMEN: 
❖ Radiologia Convencional; 
❖ Ultrassonografia; 
❖ Tomografia computadorizada; 
❖ Ressonância Magnética. 
 
• Investigação inicial: Ultrassonografia, a grande 
maioria das patologias são investigadas 
inicialmente através da USG. Quando ela não 
consegue definir, faz-se: Tomografia 
computadorizada e/ou ressonância magnética. 
Então a TC e RM no abdome estão num nível 
acima da USG porque tem maior acurácia, 
definem mais. 
• Tomografia: devido à sua rapidez, é usada em 
caso de patologias de urgência e emergência. 
Exemplo: traumas, processos inflamatórios e 
infecciosos. 
• Ressonância Magnética: é um método 
preferencial para definição de processos 
tumorais, porque a RM tem a característica de 
aquisição da imagem (várias sequências) ela tem 
capacidade de definição das substâncias, das 
estruturas, se são processos sólidos, císiticos, 
se é cístico-sólido, se tem sangue, se tem 
gordura. Por isso é muito boa para tumores, 
processos neoplásicos. A exemplo de nódulos 
hepáticos, tumores renais. 
• Raio-x: é bom para onde existem extremos de 
densidade. Por isso é melhor no tórax, já que 
existe ar, líquido/músculo do mediastino. 
Pensando nisso, a grande maioria dos processos 
abdominais são ou abdome agudo inflamatório ou 
um processo tumoral, que geralmente tem a 
densidade de água/músculo das vísceras, 
dificultando a diferenciação. O Raio-x é indicado 
na investigação inicial do abdome agudo 
obstrutivo e de pneumoperitônio. 
Regiões do abdome 
 
• É importante também dividir o abdome em nove 
topografias para uniformizar a nomenclatura. 
• Hipocôndrio direito: fígado e vesícula biliar. USG 
de abdome do hipocôndrio direito → Hipóteses: 
colecistite, colelitíase e hepatite. 
• Região epigástrica: fígado, pâncreas e estômago. 
Hipótese: gastrite, pancreatite e hepatite. 
Anatomia Radiológica do Segmento Abdominal – RX 
 
2 
Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 8 
• Hipocôndrio esquerdo: baço, flexura esplênica 
do cólon. 
• Região lateral direita (flanco direito): rim 
direito. 
• Região umbilical: é onde tem o início clássico da 
dor da apendicite aguda (que começa na região 
umbilical e depois migra para a fossa ilíaca 
direita), onde também se localizam as alças 
intestinais. 
• Região lateral esquerda (flanco esquerdo): rim 
esquerdo. 
• Região inguinal direita (fossa ilíaca direita): 
apêndice, parte de anexos, ovário, trompas. 
Hipótese: apêndicite aguda (apêndice cecal). 
• Região pública ou hipogástrica: útero, próstata, 
bexiga. 
• Região inguinal esquerda (fossa ilíaca esquerda): 
Hipótese: diverticulite, os divertículos colônicos 
podem estar em qualquer topografia no 
intestino grosso, mas são encontrados mais 
comumente na região do sigmoide. 
Então, ao uniformizar a nomenclatura, quando se 
solicita o exame, já se dá a indicação do que o exame 
vai procurar, a depender da queixa do paciente. 
Radiologia convencional 
• O raio-x do abdômen tem uma acurácia muito 
menor que o raio-x do tórax. O Raio-x de tórax 
consegue esclarecer em um percentual grande de 
casos. Já o raio-x do abdômen, nos processos 
inflamatórios infecciosos, não consegue 
esclarecer. 
• Indicado em casos de emergência, sobretudo em 
casos de abdômen agudo, tendo achados bem 
característicos em obstrução intestinal e 
pneumoperitôneo; 
DENSIDADES BÁSICAS 
As densidades básicas do raio-x de abdômen são 
as mesmas densidades do raio-x de tórax 
4 densidades anatômicas (Gás, gordura, partes 
moles/líquido (não consegue diferenciar) e cálcio) e 1 
densidade não anatômica (metal - prótese em coluna, 
prótese em cabeça de fêmur) ... 
 
 
Padrão em moldura/padrão em tela. 
Como analisar um raio-x de abdome 
O raio-x de abdômen deve ser analisado iniciando pela 
distribuição dos gases intestinais-abdominais. O 
gás, assim como no tórax, ele é bem escuro, bem 
hipertransparente ou hipoatenuante. E se costuma 
ver o gás dentro das alças colônicas, e normalmente, 
se não existe um processo obstruindo o trânsito, 
será visto misturado com as fezes/bolo fecal. 
Onde se vê os pontinhos escuros dos gases? Na 
imagem observamos o trajeto do ceco, subindo pelo 
cólon ascendente, vai pelo cólon transverso, sobe até 
a flexura esplênica, desce pelo cólon descendente, 
sigmoide, até a ampola retal. Essa topografia, que 
está em laranja, é onde costuma-se ver os gases 
intestinais. É possível ver alguma coisa também na 
topografia da bolha de ar gástrico, ocupada pelo 
número 3. E, eventualmente, também é possível ver 
algum gás, em pequena quantidade, na região central 
do abdome no raio-x de abdome. 
SE FALA EM 2 PADRÕES: 
• Padrão em moldura (mais externamente): O 
normal é ver os gases abdominais nas alças do 
intestino grosso, periféricas, ou seja, o normal é 
o padrão em moldura, como o da imagem. 
• Padrão em tela (mais central): é quando há o 
predomínio dos gases intestinais em topografia 
central, que é onde ficam as alças do intestino 
delgado. Ou até, quando há um abdome 
obstrutivo no intestino grosso, os gases também 
vão acabar se concentrando em topografia 
central, porque a alça dilata muito, então correm 
 
3 
Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 8 
para o meio do abdome. Esse padrão em tela, 
quando os gases se dispõem centralmente, é 
patológico. 
Então, após avaliar a distribuição dos gases, serão 
analisadas as partes de densidade de 
músculo/partes moles, verificando se há um padrão 
de visceromegalia. Depois, serão avaliadas as 
estruturas ósseas e a parte de tecido celular 
subcutâneo, mais periférico. 
MÚSCULO/PARTES MOLES: 
Uma parte do abdome situada no hipocôndrio direito 
que fica mais branca, que é onde se encontra o fígado. 
O fígado desloca um pouco a flexura hepática do 
cólon, desloca o cólon inferiormente. Por isso que a 
flexura do cólon é vista (número 12) mais baixa; e a 
flexura esplênica está lá em cima (número 4), 
porque o baço é bem menor que o fígado, então não 
desloca a alça, a flexura esplênica do cólon. 
Então já se sabe que na topografia da direita será 
encontrada uma imagem mais branca, não será 
encontrada a alça intestinal. 
E num raio-x com uma boa técnica é possível 
identificar a topografia do rim direito (área 
destacada em vermelho entre os números 1 e 12). O 
rim esquerdo (em laranja) viria também na altura dos 
primeiros corpos vertebrais lombares. Sabe-se 
também a localização aproximada dos ureteres 
(traços saindo da topografia dos rins), da bexiga 
(círculo ao final dos ureteres) e da sombra do psoas. 
ESTRUTURAS ÓSSEAS: 
Não é normal encontrar imagem com densidade 
cálcica fora da topografia dos ossos. No raio-x de 
abdome vemos a 11ª e a 12ª costelas (costelas 
flutuantes, de um lado e do outro), as últimas 
vértebras torácicas (11ª e 12º), as cinco vértebras 
lombares (L1 a L5), o sacro ilíaco, o púbis e a cabeça 
do fêmur. É nessa topografiade osso que se vê 
densidade cálcica. 
Então, se for verificada densidade cálcica na 
topografia de rim, é uma nefrolitíase. Se na 
topografia dos ureteres, pode ser uma 
ureterolitíase. Na topografia da bexiga, é necessário 
diferenciar o tipo da concreção cálcica, se é um 
cálculo ou um flebólito (calcificação venosa), a 
imagem é diferente. 
Se for identificado um cálculo maior na topografia 
do hipocôndrio direito pode ser um cálculo na 
vesícula (Colelítiase). 
O raio X é visto dessa maneira e é bom para avaliar 
os extremos de densidades, no caso do abdômen, gás 
em um processo obstrutivo intestinal ou em um 
pneumoperitônio. Densidades de cálcio relacionadas 
a cálculos no abdômen geralmente é em vias 
urinárias ou na vesícula biliar, pode estar no 
parênquima renal também. Avaliação da densidade de 
um cateter ou algum corpo estranho, como uma 
criança que engole uma moeda. 
Não serve para densidade de visceromegalias, 
nesse caso é uma USG. 
Ao avaliar esse raio X, a densidade gasosa está 
disposta perifericamente. 
Nessa imagem é visto 
gases na ampola retal, 
no sigmoide e vai 
seguindo o desenho, 
com o colón 
descendente, flexura 
esplênica, colón 
transverso, flexura 
hepática e o colón 
ascendente. 
Então vimos uma disposição gasosa perifericamente, 
que é normal. Ausência de compressões cálcicas no 
abdômen, ausência de visceromegalia (caso 
ocorresse uma visceromegalia, poderia deslocar as 
alças intestinais). Percebe-se um desvio de coluna, 
uma escoliose ou um processo degenerativo da 
coluna e hastes e parafusos metálicos, relacionados 
a um processo de correção cirúrgica. 
Setas vermelhas apontadas paras as densidades de 
gorduras, as partes moles. 
Localização, tamanho e 
variações anatômicas: Os 
órgãos não são muito bem 
avaliados, mas dá pra ver que 
na área do fígado vemos uma 
área de maior atenuação, e 
esse fígado desloca a alça 
 
4 
Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 8 
intestinal inferiormente. Em casos de 
hepatomegalia, pode analisar a alça intestinal que 
poderá ser mais deslocada pelo fígado. 
Já o baço, por ser menor, ele não vai deslocar a alça 
intestinal, a não ser uma grande esplenomegalia. A 
flexura esplênica vai se sobrepor a imagem do 
baço. No Raio X normal vai ser visto esse gás na 
pelve, na ampola retal. Nessa imagem, a distribuição 
de gás está periférica (padrão em moldura – normal). 
Imagem vista uma imagem 
de visceromegalia 
(hepática), é visto esse 
aumento de atenuação 
que não será limitado ao 
hipocôndrio direito, ele 
desce para o flanco e vai 
até a fossa ilíaca D, e isso 
desloca as alças intestinais todas para o outro lado. 
Então, precisa descrever. 
Descrevendo: aumento da atenuação acometendo o 
hemiabdomen direito. Solicitar uma tomografia até 
para poder avaliar o parênquima hepático, se é um 
processo expansivo ou um processo inflamatório. 
 
 
 
Imagem: esplenomegalia + 
hepatomegalia. 
 
 
Densidades radiológicas básicas 
Aparelho urinário 
Para ter uma boa avaliação do aparelho urinário, ele 
tem que ser feito com uma técnica adequada, 
paciente com intestino limpo e sem muita 
sobreposição de gases, conseguimos ver até a 
gordura perirenal fazendo uma sombra, e permitindo 
mais ou menos a delimitação do rim. 
Os rins nesse Raio X não estão tão bem 
delimitados. Tem o músculo psoas, que é um músculo 
paravertebral, que também é visto. É visto também a 
sombra da gordura delimitando esse músculo. 
 
Os ureteres passam mais 
ou menos nessa topografia 
marcada (linha em laranja). 
O Raio x de abdômen pode 
ser avaliado para ver a 
presença de cálculos no 
sistema urinário naqueles 
lugares onde não tenham outros métodos. 
Nas queixas de urolitíase, a USG vai ser a avaliação 
inicial, e ela vai conseguir ver os cálculos nos rins. Já 
nos ureteres, por eles terem um curso 
retroperitoneal, a USG não vai conseguir ver o 
cálculo com tanta facilidade. 
Os cálculos que descem para obstruir o ureter vão 
fazer com que dilate acima do cálculo, e vai 
conseguir ver os cálices renais e pelve renal 
dilatada no USG, isso vai abrir uma suspeita grande 
de ureterolitíase (que é a principal causa de 
hidronefrose). A partir daí, será solicitado uma TC, 
que será o padrão ouro para urolitíase, seja a litíase 
no rim, ureteres ou bexiga. TC sem contraste. 
NEFROLITÍASE 
 
 
Imagem: cálculo visto na 
projeção renal, sendo uma 
nefrolitíase. 
 
NEFROCALCINOSE 
 
Cálculos na topografia das 
pirâmides renais, sendo uma 
nefrocalcinose. 
 
Distribuição normal dos gases intestinais 
Na imagem, um Raio X mostrando a 
distribuição normal dos gases 
intestinais, onde estão 
concentrados na topografia 
periférica, que é a topografia dos 
 
5 
Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 8 
cólons do intestino grosso, e com pouco ou nenhum 
gás na topografia central. Raio X normal. 
Obstrução intestinal 
Imagem: obstrução intestinal. 
A diferença desse raio x para 
um normal é a presença de 
nível hidroaéreo, alças 
dilatadas, áreas 
hipertransparentes (devido 
acúmulo de gás), pois todo o 
processo de digestão e de 
fala gera acúmulo de gases. 
A alça, logo após o processo obstrutivo, vai colabar, 
pois todo o conteúdo que está ali pós o processo 
obstrutivo acaba saindo nas fezes até que ela vai 
ficar sem conteúdo, pois tem a região colabada, 
podendo ser visto na TC. Já antes da obstrução 
vimos uma dilatação de alça, devido ao acúmulo de 
liquido, alimentos e gases. 
O quadro de obstrução abdominal é um quadro 
relacionado a dor abdominal, parada na eliminação 
de fezes e flatos, e vômitos (ocorrer nessa ordem). 
ANALISANDO A IMAGENS NO RAIO X NA 
OBSTRUÇÃO: 
1. Níveis hidroaéreos ocorrem quando o paciente 
fica em ortostase para fazer o Raio X, com isso 
o líquido desce e o gás sobe, sendo assim vai 
acabar vendo umas linhas que vão delimitar onde 
é liquido e onde é gás, essas linhas que são os 
níveis hidroaéreos. 
2. Aumento na quantidade de gases: 
principalmente em topografia central (padrão 
em tela - anormal), 
3. Aumento do calibre das alças intestinais, 
4. Ausência de gás na ampola retal: tudo o que 
fica depois da obstrução vai embora, então não 
vai encontrar gás, pois ele está com 
peristaltismo, mandando tudo embora (não passa 
mais, não chega novo). 
Resumo achados de obstrução de um raio x 
• Distribuição anormal dos gases intestinais, com 
predomínio central (padrão em tela); 
• Presença de níveis hidroaéreos; 
• Ausência de ar na ampola retal; 
• Dilatação das alças intestinais, proximais à 
obstrução e colabamento do segmento intestinal 
distal à obstrução; 
• Edema da mucosa intestinal: caracteriza a 
imagem de empilhamento de moedas quando há 
obstrução envolvendo o intestino delgado. 
Imagem: empilhamento de 
moedas, alças dilatadas 
(Intestino Delgado). 
Quando ocorre um processo 
obstrutivo e tem um edema de 
mucosa, esse edema vai 
aparecer branco, vai ser visto 
no raio x como linhas brancas umas próximas as 
outras, isso é a mucosa de intestino delgado 
edemaciada. 
Os níveis hidroaéreos e os pneumoperitônios só 
serão vistos quando o Raio X for feito em ortostase, 
para que o líquido possa descer e o ar subir. 
Volvo intestinal 
Imagem: distribuição 
anormal dos gases, com 
a dilatação de uma alça 
intestinal bem 
acentuada, que é 
compatível com o 
calibre de alça de 
intestino grosso e tem o 
grande SINAL DO 
GRÃO DE CAFÉ, que é 
característico de volvo intestinal. 
Existem sinais que são comuns para obstrução 
tanto de intestino delgado quanto intestino grosso: 
ausência de ar na ampola retal, distribuição 
anormal dos gases com predomínio de ar central, 
hipertransparência, aumento do calibre de alça, 
níveis hidroaéreos. O que pode diferenciar se é 
intestino delgado ou intestino grosso é a topografia 
e o calibre da alça. 
O intestino delgado temo empilhamento de moedas, 
pois a mucosa do intestino delgado é mais próximas 
e com isso consegue formar esse sinal, já a mucosa do 
intestino grosso é mais afastada. 
 
 
6 
Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 8 
Psoas 
 
As linhas são para mostrar a topografia do psoas e os 
desenhos para mostrar outras estruturas, como os 
corpos vertebrais, que podem ser avaliadas no Raio-
x. Temos 5 vértebras lombares. 
Pneumoperitônio 
Densidade de gás, apontada 
pela seta, vista abaixo da 
cúpula frênica direita. 
Abaixo da cúpula frênica 
direita normalmente está o 
fígado, não tem como ter 
alça nessa localização, 
portanto, havendo uma 
imagem bem fina com 
densidade gasosa, é pneumoperitônio. 
Percebam que, no lado esquerdo, eu posso ter uma 
densidade de gás por conta da flexura esplênica 
do cólon (em amarelo) ou pela bolha de ar gástrico 
(em laranja). Mas percebam que são densidades de 
gás com conformações distintas. Então, é preciso 
saber diferenciá-las. A imagem de gás bem 
espalhada, interpondo-se abaixo da cúpula frênica, 
é bem característico de pneumoperitônio. 
Para avaliar pneumoperitônio, o paciente precisa 
estar em ortostase, não pode estar em decúbito. 
Radiologia convencional contrastada 
A avaliação do abdômen pode ser feita também 
através do raio-x contrastado. De um modo geral, a 
radiologia convencional (raio-X), tanto simples quanto 
contrastada, está caindo em desuso, porque agora 
existem outros métodos com melhor acurácia. No 
abdômen, o raio-X é feito muito menos do que no 
tórax, por exemplo. 
Existem dois tipos de contraste que podem ser 
utilizados na radiologia convencional: o sulfato de 
bário (utilizado apenas na radiologia convencional, não 
usa na TC) e o contraste endovenoso iodado 
(utilizado na radiologia convencional e na TC). 
Sulfato de bário 
EREED; trânsito intestinal delgado; enema 
Nunca é utilizado na tomografia. Administrado 
apenas por via oral ou retal em exames de raio-X 
contrastado, NUNCA por via intravenosa. Utilizado 
para opacificação do tubo digestório. 
Atenção: Não utilizar de maneira alguma, nem por 
via oral nem por via retal, se houver suspeita de 
perfuração intestinal/fístula, pois, caso caia no 
mediastino ou na cavidade peritoneal, cria um 
processo irritativo. Portanto, em casos de 
perfuração intestinal/fístula, o sulfato de bário é 
substituído pelo contraste iodado por via oral. 
EREED → Estudo radiológico do estômago, esôfago e 
duodeno: Bastante em desuso. Utilizado em casos 
como o de uma criança com suspeita de DRGE (Dá o 
contraste para a paciente e observa com a 
fluoroscopia. Quando o contraste volta, 
caracterizando o refluxo, bate o raio-X). 
 
Imagem: É possível observar o 
esôfago com a porção normal 
(superior) e a porção que tem um 
processo expansivo (inferior) 
acometendo sua mucosa. 
 
TRÂNSITO INTESTINAL DELGADO → É dado o 
contraste com sulfato de bário por via oral e a 
radiografia é feita quando é chegado o tempo do 
contraste nas alças delgadas. 
 
 
7 
Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 8 
Exame de trânsito intestinal, que é feito com a 
administração do contraste por via oral para 
opacificação do intestino delgado. 
1. Fundo gástrico; 
2. Corpo gástrico; 
3. Grande curvatura gástrica e antro gástrico; 
4. Duodeno; 
5. Alças jejunais; 
6. Alças ileais; 
7. Densidade metálica de artefato. 
 
 
1. Estômago; 
2. Duodeno; 
3. Jejuno; 
4. Íleo; 
 
 
Radiografia para estudo do trânsito intestinal, que 
é feita com sulfato de bário administrado por via 
oral para opacificação das alças intestinais 
delgadas. 
As alças do intestino têm peristaltismo, por isso 
algumas áreas, eventualmente, podem aparecer 
mais afiladas, é o momento em que elas reduzem seu 
calibre por conta do peristaltismo intestinal, 
portanto, na avaliação do trânsito intestinal, são 
feitas várias radiografias ao invés de apenas uma, 
é um exame bem dinâmico, várias radiografias são 
feitas enquanto o contraste vai passando (é atribuído 
ao peristaltismo se a alça estiver mais afilada em 
uma imagem radiográfica e normal na seguinte). 
ENEMA OPACO → Avalia o intestino grosso, feito 
por administração retal do sulfato de bário. 
O enema é feito 
administrando sulfato de 
bário por via retal para o 
estudo das alças do 
intestino grosso. Já foi 
bastante utilizado para 
extensão, para avaliar 
divertículos colônicos, 
diverticulose, ainda é 
usado, mas com bem menos 
frequência pelo advento 
da TC. É contraindicada a injeção de enema na 
diverticulite, porque a mucosa pode ficar mais 
friável, além da possibilidade de rompimento do 
divertículo pelo aumento de pressão ao se injetar 
o contraste por via retal. O padrão ouro para 
diverticulite é a tomografia computadorizada do 
abdômen. 
O enema pode ser: 
• Enema opaco, quando administra apenas sulfato 
de bário por via retal. 
• Enema com duplo contraste (imagem acima), 
quando administra o bário (parte branca – 
radiopaca) e o ar, que é considerado um 
contraste negativo (aumenta o preto). Quando é 
um enema com duplo contraste, a mucosa é mais 
bem avaliada, porque o bário adere bem à 
mucosa, que fica branca, e o restante distendido 
pelo ar, de cor preta, melhorando, assim, a 
avaliação da mucosa. 
Contraste iodado endovenoso 
Em geral, o contrate iodado é feito por via 
endovenosa, mas, caso precise, pode ser feito por 
via oral. Inclusive, ao fazer contraste oral na TC, 
o contraste é sempre o iodado (na TC não faz 
sulfato de bário). 
UROGRAFIA EXCRETORA: Bastante em desuso. O 
contraste iodado é injetado por via intravenosa e, 
quando estiver sendo eliminado, é feita a radiografia 
para delinear o sistema coletor renal. Atualmente, 
o sistema coletor renal é muito bem avaliado pela 
TC, inclusive, sem a necessidade de administrar 
contraste iodado e, mesmo se houver a necessidade 
de contraste, a TC vê com muito mais acurácia do 
que a radiologia convencional (raio-X). 
 
Feita com administração de contraste iodado por via 
intravenosa, a radiografia é feita durante o tempo de 
excreção. Lembre-se, nunca injetar bário por via 
 
8 
Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 8 
intravenosa, é um contraste de administração 
oral/retal. É um contraste que delimita bem a árvore 
excretora, possível avaliar hidronefrose por cálculo, 
por exemplo. No entanto, como dito anteriormente, 
com o surgimento da TC, a urografia excretora caiu 
em desuso. 
Assim como nas alças 
intestinais, na árvore 
excretora existe um 
peristaltismo. Então, por 
exemplo, se uma parte do 
ureter aparece um pouco 
mais afilada em uma 
radiografia, na seguinte, o 
ureter aparece mais 
normal. É um exame 
dinâmico também, feita mais de uma imagem. Tanto o 
afilamento de ureter relacionado ao peristaltismo 
quanto a sobreposição de alça intestinal podem 
aparecer nessas radiografias, mas o exame está 
normal por esses achados (imagem acima). 
HIDRONEFROSE 
 
Imagem esquerda: exame de urografia excretora 
normal, pois as áreas de afilamento na imagem são 
normais (exame dinâmico, comparamos várias 
radiografias). 
Imagem à direita: evidencia-se uma hidronefrose à 
direita (rim D), provavelmente, por um cálculo 
impactado na JUV (junção ureterovesical). 
HÉRNIA DE HIATO ESOFAGIANO 
 
Imagens: é possível observar uma hérnia de hiato 
esofagiano com a subida do estômago para a 
cavidade mediastínica, que foi evidenciada através 
da administração de sulfato de bário por via oral. 
A imagem à esquerda é um raio-X simples, enquanto a 
que esta à direita é um raio-X contrastado com 
sulfato de bário (V.O.). Ambas as imagens são de 
radiologia convencional, ou seja, radiografias. 
Ultrassonografia 
 
• Método amplamente disponível; 
• Barato; 
• Não expõe à radiação ionizante; 
• Não invasivo; 
• Não utiliza meio de contraste iodado; 
• Permitediagnosticar vísceras sólidas (fígado, 
pâncreas, rins e baço); 
• Método de escolha para avaliação da vesícula 
biliar IMPORTANTE! É melhor para avaliar 
colelitíase (cálculo na vesícula) e colecistite 
(inflamação da vesícula), que podem ser causas de 
abdome agudo inflamatório. 
• Permite boa avaliação da bexiga; 
• Acurácia limitada para estômago e intestino: 
não se vê divertículo por USG, conseguindo ver 
pela TC ou colono. 
USG é um método altamente examinador 
dependente, é avaliado no momento em que é 
realizado, diferente do raio-X ou da tomografia. O 
necessário de saber sobre USG é para que ela é boa, 
quando indicá-la, saber identificar líquido na USG, a 
nomenclatura (líquido é anecoico). 
 
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Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 8 
A USG permite uma boa avaliação da bexiga, o líquido 
se deixa atravessar bem pela onda sonora, por isso 
é muito boa para avaliar líquidos. 
 
Imagem → fígado. 
 
USG com Doppler colorido: Permite avaliar 
estruturas vasculares/fluxo sanguíneo. Como 
exemplo de patologias vasculares do abdômen, temos: 
Trombose de veia renal (processo muito comumente 
relacionado a tumores); trombose de veia 
mesentérica superior; aneurisma aórtico. Doppler é 
um tipo de ultrassonografia direcionada para estudar 
vasos. 
 
• Imagem à esquerda – Veia porta; 
• Imagem à direita – Vesícula Biliar. 
 
Pâncreas 
 
• Imagem à esquerda – Rim; 
• Imagem à direita – Baço. 
Reforça que, das imagens acima, não precisa saber. 
 
Importante: Líquido, na ultrassonografia, é preto 
(anecoico), seja o que for (bile na vesícula; urina na 
bexiga). 
 
 
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Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 8 
Urina dentro da bexiga (imagem à direita); 
Sangue dentro da aorta (imagem à esquerda). 
USG-FAST: Avalia a presença de líquido na 
cavidade (coisa preta, espalhada no abdômen, 
anecoica –> Líquido no USG). 
 
Bexiga e próstata, apenas para observar. 
 
Bexiga. 
Material baseado na aula de Dra. Adriana Matos 
– Medicina UniFTC – 7º semestre

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