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Resumo das aulas - Jogos de Empresa

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Resumo das aulas
Jogos de Empresa
AULA 1
GOOGLE: O QUE SÃO JOGOS DE EMPRESA?
Jogos de empresas nada mais é que um exercício sequencial de tomada de decisões,
estruturado dentro de um modelo de conhecimento empresarial, em que os participantes
assumem o papel de administradores de empresas.
Diferença entre jogos de empresa e simulações.
Tema 01 - Conceitos, objetivos e benefícios dos jogos de empresas
1.1 Resumo As organizações fazem parte de um universo dinâmico em que as transformações
acontecem a cada instante. Diante disso é importante capacitar gestores de forma que estejam
preparados a tomar decisões rápidas, mas com responsabilidade. Para auxiliar nesse propósito,
os Jogos de Empresas foram incorporados por inúmeras instituições de ensino e treinamento
visando preparar o estudante para esse universo empresarial. Este tema apresentará os
conceitos iniciais pertinentes a Jogos de Empresas, os objetivos esperados e os benefícios que
o estudante terá ao participar de uma experiência como essa.
1.2 Descrição e contextualização
Na atualidade, a disciplina Jogos de Empresas tem sido utilizada como elemento crucial no
aprendizado, principalmente em cursos da área de gestão, nos quais os estudantes estão se
capacitando para atuar nos mais diversos ambientes organizacionais. Um dos objetivos do jogo
é propiciar que profissionais em formação tenham experiências mais próximas da realidade.
Veja o que diz um renomado autor brasileiro dessa área: Conceitualmente, segundo Sauaia
(2013, XXI, Apresentação), “O jogo de empresas (elemento intangível) constitui um processo de
tomada de decisão em que grupos criteriosamente formados tomam decisões e competem por
resultados positivos”
É preciso compreender que, nas organizações reais, gestores enfrentam diariamente inúmeras
situações que não podem ser previstas – as chamadas externalidades. Isso exige que o gestor
atue em cenários nos quais as informações não estão tão claras e, para isso, é preciso ter uma
certa vivência na tomada de decisões. Muitas dessas externalidades podem ser reproduzidas
dentro de um ambiente de Jogos de Empresas fazendo que o estudante seja testado em
diversos aspectos, tais como liderança, tomada de decisões, raciocínio lógico, análise crítica,
formulações e implementações de estratégias, entre outras competências.
Jogos de Empresas geralmente são realizados em equipes que utilizam softwares de simulação,
nos quais as decisões tomadas são inseridas em ambientes virtuais, e os resultados dessas
decisões são disponibilizados por meio de de relatórios gerenciais. São definidas previamente
quantas rodadas/jogadas terá o exercício. Isso é bem importante para que as empresas do
mundo simulado saibam exatamente quando começa e quando termina o jogo. Essa é uma
metodologia mais comumente utilizada, entretanto, não há restrições para realizar jogos
empresariais de forma mais manual utilizando formulários e relatórios impressos. Jogos de
Empresas devem ter objetivos bem definidos, e os estudantes devem conhecê-los previamente
para definir aonde pretendem chegar e como pretendem fazê-lo. Para isso é preciso definir
qual o foco do jogo, ou seja, o que se pretende com isso? É uma tomada de decisão?
Desenvolvimento de um novo produto? Uma campanha de Marketing? Geração de ideias?
Solução de um problema? Alguma outra coisa?
Entre os benefícios da utilização dos Jogos de Empresas como disciplina acadêmica, é possível
citar:
· desenvolvimento de Capacidades, Habilidades e Atitudes (CHA);
· possibilidade do participante (estudante ou treinando) tomar decisões em ambiente de
simulação;
· estímulo à liderança, análise e identificação de estilos de liderança que surgem durante a
realização do jogo;
· exercício da atividade em equipe;
· divisão de tarefas e de responsabilidades;
· aplicação de ferramentas e técnicas aprendidas em sala de aula
Ao participar de Jogos de Empresas, o aluno compreende que está sendo exposto a situações
que simulam a realidade organizacional, e que a sobrevivência da empresa fictícia no mundo
simulado depende do desempenho da equipe.
Tema 02 – Conhecendo os atores interagentes no jogo de empresa
2.1 Resumo No mundo dos negócios no qual estão inseridas, as empresas interagem
diariamente com inúmeros atores (também chamados de stakeholders). São relações
comerciais com fornecedores e clientes, relações financeiras com bancos, impactos das ações
do governo nos negócios, negociações com sindicatos e representantes de classes e interações
com a comunidade, entre outros. Pois bem, no mundo simulado dos Jogos de Empresas, isso
também acontece. Este tema apresentará os principais atores que interagem com as empresas
no jogo.
2.2 Descrição e contextualização
Antes de efetivamente iniciar um Jogo de Empresa, é comum que gestores/professores
apresentem às equipes informações essenciais ao funcionamento do jogo, bem como os
recursos disponíveis, além de realizar algumas jogadas-teste. Isso é importante por dois
motivos:
1. Vence a inércia. Tira o estudante da zona de conforto, na qual está habituado a receber
respostas provenientes dos professores sem se preocupar em buscar por conta própria as
respostas para suas dúvidas. Nos Jogos de Empresas, o professor tem como papel principal ser
um facilitador e, em hipótese alguma, pode fazer com que a equipe tome decisões com base
em seu próprio ponto de vista.
2. Evita a resistência. As pessoas tendem a não gostar daquilo que não conhecem. Então, no
caso dos Jogos de Empresas, se os estudantes não compreenderem o objetivo do jogo, bem
como sua aplicação, podem não demonstrar muito entusiasmo para a participação na
atividade. Além disso, podem não levar a sério a disciplina pelo fato de ser um jogo. Nesse
momento, é de suma importância evidenciar os benefícios que os alunos terão ao participarem
da atividade.
Dentre essas informações, a identificação dos stakeholders que interagem no jogo auxilia no
processo de conexão com a realidade. Por mais que cada simulador tenha suas próprias regras,
ferramentas e maneiras de simular as jogadas, a maioria deles apresenta os seguintes
stakeholders:
· Fornecedor. Indiferentemente se a empresa é uma indústria, um varejista ou prestador de
serviço, ela sempre terá um ou mais fornecedores. O papel do fornecedor é ofertar insumos,
máquinas e equipamentos necessários para que a equipe possa suprir as necessidades da
empresa. É comum o simulador apresentar mais de um fornecedor com condições de preço,
alternativas de pagamento, prazo de entrega, custo do frete e tributação diferenciados. Nesse
caso a equipe precisará ter uma noção de como calcular os impostos e do que considerar como
custo de produção para fazer a escolha mais assertiva para o negócio.
· Governo. No universo corporativo o governo determina as regras econômicas, taxas de juros,
taxas cambiais e mudanças tributárias, entre outros. No mundo simulado, isso também
acontece, e a equipe precisa estar atenta aos movimentos realizados pelo Governo para
entender o impacto de suas ações no negócio que está gerenciando.
· Sindicato. Nos Jogos de Empresas é comum o sindicato da categoria surgir com suas
reinvindicações. Isso lembra a equipe de que as negociações trabalhistas da vida real são bem
mais complexas do que parecem. Os sindicatos se envolvem na negociação do custo hora do
operador, na melhoria dos benefícios, no indicativo de greve e outras situações pertinentes.
Com isso, a equipe precisa analisar quais serão os impactos no negócio caso o sindicato faça
determinadas exigências.
· Instituições financeiras. Bancos representam o mesmo papel que na vida real. Fazem
empréstimos caso a empresa necessite, remuneram as aplicações financeiras e oferecem taxas
de juros atrativas em determinados momentos. Nesse caso, a equipe deve estar atenta à
maneira com que os bancos estão agindo no mercado.
· Concorrentes. O mundo simulado sempre terá concorrentes para o negócio, ou seja, a
empresa não é monopólio e dividirá o mercado com outras. Isso faz com que a equipe se
preocupe com seumarket share, com o preço praticado no mercado e, ainda, com seu preço.
Essas variáveis farão com que a empresa se destaque ou não durante as jogadas.
· Empresas de publicidade e propaganda. Para que as empresas possam promover o seu
produto e torná-lo conhecido, é preciso mostrá-lo ao mercado. E isso é realizado por meio das
compras de publicidade realizadas junto às empresas especializadas. Isso esclarece à equipe,
que, no mundo simulado, a empresa terceiriza esse tipo de trabalho e foca em seu core
business. No início do negócio, é comum as empresas investirem mais em aparições na mídia e
outros recursos para que o consumidor conheça o produto, e isso faz com que venda mais. No
entanto, depois de certo tempo, a empresa e o produto já são conhecidos no mercado, então é
preciso analisar melhor o valor investido em propagandas pois pode não fazer mais tanta
diferença assim.
· Clientes. No mundo simulado existe demanda para todas as empresas, o que as diferenciará
serão as estratégias adotadas por cada uma delas. No entanto, assim como na vida real, o
cliente valoriza: preço baixo, condição de pagamento e frete gratuito. Utilizar bem esses três
elementos não significa que a equipe será a vencedora do jogo, mas que, ao menos, estará
ofertando o que o cliente procura.
Segundo Sauaia (2013, p. 4), “tanto a apresentação das regras quanto sua simples leitura não
bastam para assimilar os aspectos críticos do modelo, tampouco para compreender a dinâmica
organizacional associada”. Devido a isso, também é importante realizar uma ou duas
jogadas-teste para que os estudantes possam visualizar na prática os impactos de suas decisões
iniciais.
Tema 03 – Fontes de informações para as estratégias
3.1 Resumo Para que um gestor possa tomar uma decisão assertiva, ele precisa ter
informações e, para isso, é preciso acessar os canais certos. As empresas possuem diversas
fontes de informações internas e externas as quais devem ser utilizadas para acompanhar o
mercado, analisar as tendências e traçar novas estratégias. Neste tema serão apresentadas
algumas fontes responsáveis por fornecer informações úteis para o negócio para uma empresa
real e também para o mundo simulado.
3.2 Descrição e contextualização
O gerenciamento eficaz de uma organização depende de decisões assertivas de seus dirigentes
e, para isso, eles necessitam estar atentos aos movimentos do mercado e ter acesso à
informação. Na vida real, gestores podem acessar informações de mercado por meio de
diversas fontes, tais como:
· Jornais. Em diversos deles, são disponibilizadas informações diárias que permitem ao gestor
captar sinais de mudança, normalmente no curto e médio prazo. Gestores precisam criar o
hábito de ler jornais diariamente, principalmente aqueles de suas regiões de atuação, para
acompanhar as tendências de seu público-alvo. Dependendo do alcance do produto da
empresa, é necessário acessar diversos jornais de outros estados para compreender o que está
acontecendo com o mercado.
· Redes sociais. Atualmente, redes sociais são as preferidas das empresas para monitorar seu
mercado consumidor e também para observar a concorrência. É uma fonte fácil de utilizar e de
baixo custo para empresa. Por meio do monitoramento da rede, é possível identificar se os
produtos que a empresa vende ainda estão no gosto do consumidor auxiliando na criação de
novas estratégias de comunicação com o cliente. Além disso, é possível acompanhar os
movimentos que a concorrência tem feito e analisar o resultado que têm atingido.
· Sites de instituições do segmento. As empresas sempre fazem parte de um segmento, então é
possível acessar os sites das instituições que organizam seu mercado. Por exemplo, os sites: do
Senai, Sebrae, Fiep, Sesc, Fecomércio, Abiq, Abimaq, Abras, Apras e Apas, entre outros, para
analisar dados e números que frequentemente são disponibilizados e transformá-los em
informação que embase uma tomada de decisão estratégica.
· Periódicos do segmento. Outra possibilidade para acessar informações pertinentes ao
segmento da empresa é assinando periódicos que estudam o setor que empresa atua, tais
como: indústria calçadista, confecções, fixadores, linha branca, automobilístico e construção
civil, entre outros. Dessa forma, é prudente acessar os periódicos gerados para entender quais
tendências estão regendo o mercado.
· Revistas técnicas do segmento. Gestores devem conhecer as revistas técnicas de seu
segmento de atuação porque elas trazem informações preciosas para a tomada de decisões.
Nesse canal de informação, são apresentados estudos sobre o segmento, novas matérias
primas, novos fornecedores e até mesmo os novos concorrentes entrando no mercado.
· Relatórios e demonstrativos financeiros. Uma ferramenta altamente útil para embasar
tomadas de decisões, a análise dos relatórios e demonstrativos financeiros mostram ao gestor
se a estratégia vigente tem trazido os resultados esperados. Na prática, as empresas investem
em infraestrutura, publicidade e propaganda, processos produtivos eficientes, tecnologia da
informação e comunicação, entre outros, visando um retorno financeiro.
· Relatórios gerenciais. As informações geradas por eles são de curto prazo e auxiliam o gestor
a visualizar rapidamente a condição da empresa. Esses relatórios podem contemplar apenas
uma grande área, por exemplo: o relatório gerencial do processo produtivo, o relatório
gerencial financeiro e o relatório gerencial de produtividade, entre outros. Normalmente, eles
trazem gráficos, quadros comparativos, tabelas e outros recursos visuais que apresentam as
informações já formatadas para que sejam rapidamente compreendidas.
· Visão da área Comercial e de Marketing. Uma fonte de informação muito importante para sua
organização é a opinião dos vendedores e do setor de Marketing, pois são eles que têm
contato com o mercado consumidor. Essas pessoas podem sinalizar um cenário mais positivo
ou negativo, dependendo da época do ano e, até mesmo, das condições econômicas vigentes.
· Pesquisas de mercado. Para tomada de decisões eficientes, é preciso ouvir a voz do cliente, e
isso é possível quando a empresa realiza (ou encomenda) uma pesquisa de mercado. Nesse
caso em específico, é necessário fazer um processo profissional para captar realmente o que o
cliente deseja, pois os dados levantados serão traduzidos em previsão de demanda e em
volumes de produção. Portanto, deve ser um trabalho sério e bem feito para que os números
sejam os mais reais possíveis.
Na vida real, as empresas podem utilizar essas e outras fontes de informações. Já no mundo
simulado, as fontes de informações costumam ser concatenadas em um número menor de
fontes, tais como os jornais informativos e os relatórios gerenciais, os quais podem ter custos
para as empresas participantes. Porém, mesmo no mundo simulado, a equipe deve ficar atenta
a tudo o que acontece com fornecedores, clientes, sindicatos, bancos e mundo externo, entre
outros, para transformar tudo isso em informações úteis para tomada de decisão.
Tema 04 – Compreendendo o mundo simulado
4.1 Resumo No mundo real onde as organizações estão alocadas, ocorrem inúmeras situações
simultaneamente que impactam no comportamento das empresas. Gestores devem estar
sempre atentos para corrigir o rumo da empresa, não perder oportunidades e evitar colapsos.
Como a quantidade de variáveis é muito grande, não há possibilidade de reproduzir em cem
por cento o mundo real no mundo simulado devido a complexidade que os Jogos de Empresas
teriam. Dessa forma, as empresas desenvolvedoras de Jogos de Empresas simplificam e unem
determinadas variáveis para que estudantes com diferentes graus de conhecimento possam
participar da atividade. Este tema explicará de forma simples como atuar no mundo simulado.
4.2 Descrição e contextualização
Em Jogos de Empresas, busca-se criar um espelho do mundo real para que a equipe possa
vivenciar uma situação como se estivesse dentro de uma empresa autêntica. Segundo Gray et
al. (2012, p. 1), o que diferencia um jogo de outro sãoos seguintes elementos: espaço do jogo,
limites, regras para interação, artefatos e metas. Ele continua e explica que: “Entrar em um
jogo é entrar em outro tipo de espaço no qual as regras da vida simples são temporariamente
suspensas e substituídas pelas regras do jogo. Com efeito, um jogo cria um mundo alternativo,
um modelo de mundo. Para entrar em um espaço do jogo, os jogadores devem concordar em
se ater às regras daquele espaço e devem entrar voluntariamente”.
Os desenvolvedores de jogos levantam as informações sobre o mundo real e modelam o jogo
dentro da mesma perspectiva. Uma das informações mais importantes para modelar o jogo é a
definição da meta que o jogo buscará atingir. Ainda segundo Gray et al. (2012, p. 4), os Jogos
dos Negócios (é o mesmo que Jogos de Empresa) devem ser reduzidos aos componentes mais
básicos:
figura 1 – Componentes dos Jogos de Empresas
Compreendendo os pontos no mundo simulado, temos as seguintes considerações:
Ponto A – condições iniciais: todas as empresas começam exatamente iguais. Isso é necessário
para que as empresas tenham as mesmas condições ao entrar no mercado. A todas elas é
atribuído o mesmo número de colaboradores, investimento inicial, empréstimos, estoque, fatia
de mercado, infraestrutura, custos – enfim, tudo o que uma empresa tem, sua concorrente
também tem.
Espaço do desafio: é o mundo simulado no qual as regras estão estabelecidas. Nesse espaço,
as empresas disputarão o mercado e tentarão sobreviver aos imprevistos que ocorrerão com o
passar das jogadas. Na maioria dos Jogos de Empresas em simulador computadorizado, o
espaço do desafio é dividido em regiões, e cada uma delas tem uma empresa. Além disso, é
comum os simuladores apresentarem também uma região maior onde não há concorrente
estabelecido, o qual todas as empresas disputando o jogo podem acessar. Essa região costuma
ser o “mercado exterior”, uma região para a qual as empresas podem exportar seus produtos
com uma rentabilidade melhor que no mercado interno. Para isso, a estratégia de atendimento
do mercado interno deve ser satisfatória, ou seja, não se pode exportar se não está atendendo
nem o mercado local. É necessário esclarecer que, no mundo simulado, não haverá a
possibilidade de os estudantes aplicarem conceitos aprendidos nas disciplinas exatamente
conforme aprenderam academicamente. Os simuladores naturalmente apresentam restrições,
ou seja, não conseguem reproduzir exatamente um mercado tal qual ele é na realidade, uma
vez que o número de variáveis é bastante grande, pois todos os stakeholders interagem
simultaneamente. Então, para o mundo simulado, são criadas regras e convenções que valem
para todas as equipes (empresas) participantes do jogo para facilitar o entendimento de como
atuar nesse ambiente. As regras que regem o mundo simulado são estabelecidas previamente,
e todas as equipes devem conhecê-las. Por exemplo: se, em algum canal de comunicação do
mundo simulado, surgir a informação de que não há mão-de-obra para ser contratada naquele
período, a regra servirá para todos
Ponto B – estado-alvo (meta): Jogos de Empresas precisam de uma meta para que as equipes
se sintam desafiadas a desenvolver as atividades. No entanto, essa meta precisa ser claramente
compreendida por todos os componentes. Na maioria dos casos, o mais adequado é trabalhar
com indicadores de performance. Independentemente do indicador escolhido para determinar
a equipe vencedora do jogo (rentabilidade do ativo imobilizado, giro do ativo, índice de
rentabilidade, retorno sobre o investimento, grau de endividamento, ou outro), todos devem
compreender tal indicador, saber como atingi-lo e interpretá-lo em relação aos concorrentes.
Nos primeiros acessos ao mundo simulado, as informações parecerão confusas, as telas do
simulador parecerão complexas de serem acessadas e os gráficos gerados parecerão não dizer
muita coisa. Muitas equipes se questionam: se não é possível inserir as informações
exatamente como se aprende na disciplina, como saber exatamente o que a equipe está
fazendo? Tais questionamentos são normais e até saudáveis, mas é fato que, depois das
rodadas de teste, as equipes começam a entender o funcionamento do jogo, compreendem
melhor as regras e restrições, e a competição avança. As equipes que se sobressairão serão
aquelas que conseguirem traduzir os conceitos aprendidos nas disciplinas em estratégias. Por
exemplo, na disciplina de Marketing, aprende-se sobre os Ps (preço, praça, produto, promoção
e pessoas). No simulador, na maioria dos casos a equipe terá apenas que escolher se fará ou
não publicidade e propaganda e quanto gastará com isso. Os simuladores mais simples não
trazem a possibilidade para a equipe informar qual percentual do montante aplicado em
propaganda será utilizado em mídia televisa, rádio, internet, jornais, revistas técnicas ou outro.
Isso significa dizer que o estudante compreende a importância do investimento para promover
o produto (porque aprendeu nas aulas de Marketing sobre essa importância) e toma a decisão
de investir nisso. Possivelmente, em Jogos de Empresas no formato eletrônico mais elaborado,
as equipes terão mais fontes de informações e mais possibilidades de inserção de informação
para formatar suas estratégias de atuação.
Tema 05 – Preparação para iniciar o jogo de empresas
5.1 Resumo Para que seja possível realizar com sucesso uma atividade de Jogos de Empresas, é
preciso preparar as equipes que participarão. Algumas informações imprescindíveis para o
entendimento da dinâmica do jogo devem ser apresentadas antes de iniciá-lo. Este tema
apresentará os primeiros passos necessários para que as equipes estejam aptas a iniciar a
competição de Jogos de Empresas.
5.2 Descrição e contextualização
Os Jogos de Empresas no formato eletrônico via web podem ser desenvolvidos nos
laboratórios das Instituições de Ensino que o ofertam ou podem ser montados um quartel
general (QG) onde as equipes organizarão suas empresas e utilizarão recursos próprios, tais
como notebooks. O fato é que, para iniciar uma atividade dessa envergadura, recomenda-se
criar um ambiente neutro e propício para os estudantes se sentirem estimulados a participar.
Deve ser vista e organizada como uma tarefa fora da sala de aula, portanto, é ideal que seja
realizado em outro ambiente para que se crie uma atmosfera mais leve e criativa. Antes de
levar as equipes para os laboratórios, é pertinente fazer uma breve revisão de conceitos das
disciplinas que os alunos necessitarão para “rodar” o jogo. Tais conteúdos serão apresentados
nas próximas aulas desta disciplina Jogos de Empresas.
A fase de preparação das equipes é muito importante para que os participantes cheguem aos
laboratórios com mais segurança. Então, é pertinente também apresentar o cenário inicial em
que as equipes começarão os trabalhos, e isso é tarefa que compete ao mediador. O mediador
explicará os pormenores para que as equipes saibam como agir ao acessar o simulador.
Certamente, aparecerão as dúvidas nas jogadasteste, pois os estudantes ainda não estão
familiarizados com as telas do simulador. Então, na fase de preparação, compete ao mediador
mostrar onde as equipes conseguem determinadas informações que os auxiliarão a dar
continuidade ao jogo. É comum os softwares de Jogos de Empresas possuírem inúmeras telas
com dados para os tomadores de decisão. O mediador deve auxiliar a equipe no primeiro
momento a navegar pelas telas para que encontrem as informações. O papel do mediador (na
maioria dos casos, o professor da disciplina) não é influenciar as equipes ou dar informações
privilegiadas para uma ou outra. Seu papel é fazer com que todos compreendam o que devem
fazer e como começar. Quanto mais informações sobre o funcionamento do jogo as equipes
tiverem, maior será o envolvimento e maiores serão as chances do jogo ser um sucesso.
Algumas Instituições de Ensino possuem seu Jogos de Empresas próprios, outras fazem
parcerias com empresas especializadas nesses jogos. Seja o jogo próprio ou terceirizado,
haverá uma empresaou uma equipe de suporte nos bastidores do jogo para fazer os ajustes
necessários e inclusive inserir mudanças de cenários. Para iniciar o jogo, será necessário que
todos os componentes das equipes estejam devidamente cadastrados, o que acontece na fase
de preparação. Normalmente, esse cadastro é realizado através da inserção de email e criação
de login e senha, e também é determinado qual integrante da equipe será o gerenciador do
software. Alguns simuladores permitem que vários integrantes acessem o sistema juntos a
partir de vários computadores ao mesmo tempo, mas apenas o gerenciador (computador em
que o gerenciador estiver “logado”) tome as decisões. Depois disso, também será necessário
criar as empresas dentro do ambiente do simulador. As equipes criarão um nome fictício para
sua empresa e os participantes se associarão a ela. A criação do nome da empresa é uma tarefa
prazerosa que começa a criar um sentimento de pertencimento. Outra atividade bem
importante na fase de preparação é a divisão das tarefas e criação de cargos de cada
componente do grupo. É comum associar cada componente da equipe a um cargo de direção,
tais como: Diretor Financeiro, Diretor de Produção, Diretor de Gestão de Pessoas e Diretor de
Marketing, entre outros. Em alguns casos, além dos diretores, a equipe cria um cargo de CEO
(Chief Executive Officer ou Diretor Executivo, aquele que responde pela empresa), o qual pode
ser um dos diretores que assume mais essa função. Cada diretor será responsável por
determinadas tarefas, e as decisões relativas a elas. Por mais que as equipes façam essas
divisões, é indicado que as decisões sejam tomadas em conjunto por todos os componentes
para que compartilhem a responsabilidade pelas decisões tomadas e não procurem culpados
depois. Como essas tarefas iniciais são importantes, deve-se investir um pouco de tempo para
que as equipes possam fazer isso. Compete ao mediador dar o suporte necessário para que as
equipes consigam se organizar, se cadastrar e acessar o software de simulação antes que as
jogadas iniciem.
AULA 2
Tema 01 – Conceitos de estratégia no jogo de empresas
O sucesso de uma empresa está intrinsecamente ligado à estratégia que ela utiliza para atuar
no mercado, e isso é verdadeiro também para uma empresa atuante em um jogo de empresa.
Formular uma estratégia é o primeiro passo para que a empresa avance na competitividade e
consiga resultados mais perenes, uma vez que significa o plano integrador das metas,
objetivos, valores, missão e visão da empresa. Logo, para que as equipes possam atuar em jogo
de empresa, necessitarão utilizar uma estratégia, o que justifica o estudo deste tema nesse
momento da construção do conhecimento.
1.1 Descrição e contextualização Entender o conceito de estratégia é o primeiro passo para
que o gestor consiga formular uma estratégia consistente para o negócio da empresa. Para isso,
será apresentado o conceito de Mintzberg et al (2009, p. 29), o qual é um autor muito
conhecido nessa área e traz a seguinte definição:
Uma estratégia é o padrão ou plano que integra as principais metas, políticas e sequências de
ação da organização em um todo coeso. Uma estratégia bem formulada ajuda a organizar e
alocar os recursos de uma organização em uma postura única e viável, baseada em suas
competências e deficiências internas relativas, mudanças antecipadas no ambiente e
movimentos contingentes por parte dos oponentes inteligentes.
Em outras palavras, é possível compreender o conceito da estratégia como o caminho para se
chegar a um objetivo. A empresa determina aonde quer chegar e, por meio do planejamento
dos recursos, das definições das datas, das análises das restrições e do acompanhamento dos
movimentos da concorrência, traça um plano. Tudo isso é pensado antecipadamente,
considerando as possibilidades do que pode dar certo ou errado. Diante desse contexto,
entendese também que existe uma curva de aprendizagem natural, em que os gestores
aprendem com os erros e acertos e devem estar prontos para modificar a estratégia conforme
a necessidade. O estudo das estratégias tem várias vertentes, mas neste material o foco será
conhecer as estratégias competitivas de Michael Porter e compreender como podem ser
utilizadas no contexto de um jogo de empresas. As estratégias competitivas propostas por
Michael Porter são: liderança no custo total, diferenciação e enfoque, as quais serão
apresentadas a seguir com base no próprio Porter (2004, p. 36-48).
Estratégia 1 – liderança no custo total. Quando uma organização decide que quer competir no
mercado por meio dessa estratégia, significa dizer que todos os esforços serão direcionados
para a redução de custo. Para isso, diversas decisões são tomadas, as quais embasam esse
posicionamento tais como:
· Negociação de preços menores com os fornecedores: uma empresa adquire matérias-primas,
insumos, componentes e serviços de fornecedores, os quais praticam os preços de mercado.
Para reduzir esse tipo de custo, as organizações podem reduzir o número de fornecedores para
negociar volumes maiores, fechar contratos de exclusividade e até mesmo trazer o fornecedor
para fazer parte do desenvolvimento do produto ou serviço, o que auxilia, e muito, a fecharem
preços adequados para ambos os lados;
· Redução do custo de estoque: o estoque sempre foi um vilão para as organizações, no
entanto, apenas nas últimas décadas é que efetivamente foi reconhecido dessa forma. Se no
passado era interessante para a empresa ter um depósito abarrotado de estoques para se
proteger da inflação, hoje isso não se justifica nem é economicamente viável. A empresa que
utiliza a estratégia de liderança em custo certamente buscará trabalhar com estoques enxutos,
principalmente de produtos para venda;
· Redução dos custos produtivos ou de atendimento: uma empresa referência em baixo custo
revê seus processos produtivos e busca encontrar formas de aumentar a produtividade,
simplificando processos, otimizando o uso dos recursos e automatizando parte da operação;
· Redução dos custos operacionais: quando uma empresa quer ser líder em custo, faz uma boa
análise de seus processos, dos fluxos que ocorrem internamente e busca todo e qualquer fator
que possa causar desperdício. Diante dessa perspectiva, tudo aquilo que não agrega valor ao
produto ou serviço deve ser eliminado. Além disso, uma empresa que apresenta grandes
estruturas corporativas tem quadro funcional gigante e gasta valores expressivos em eventos
que não trazem retorno, não está aderente com a estratégia de baixo custo.
Estratégia 2 – diferenciação: quando uma empresa decide se destacar em seu mercado por
diferenciação, significa dizer que ela investirá em pesquisa e desenvolvimento, buscará
identificar o que é importante para seu cliente e ofertará produtos e serviços diferenciados no
mercado. Essa diferenciação pode ter as abordagens a seguir. Marca diferenciada: muitas
empresas são tão fortes em suas marcas que o cliente confia plenamente na qualidade do seu
produto e serviço. Exemplos desse tipo de produto: Jeans Levis, Camisaria Dudalina, Boutique
Daslu, Móveis e Decorações Ikea, Cristais Swarovski. Podemos também citar serviços como Itaú
Personnalité, Cartão de Crédito American Express, Consultoria McKinsey, Harward Business
School, Fundação Dom Cabral, entre outros. A empresa pode se diferenciar também devido à
qualidade imputada em seus produtos e serviços; a tecnologia embarcada em seus processos
de produção ou atendimento; a rede de assistência técnica disponível e a excelência de seu
atendimento. Mesmo implementando essa estratégia, a empresa não descuida de seu custo,
mas compreende que seu cliente valoriza outros aspectos, como os que foram citados.
Estratégia 3 – enfoque: a empresa que utiliza essa estratégia canaliza suas energias em um
segmento em particular. Esse enfoque pode ser concebido por meio da oferta de produtos para
um público específico como um produto de qualidade inquestionável: Um Audi V8, uma
Ferrari, um iate de luxo, entre outros. Todas as decisõesda empresa levam em conta esse perfil
de cliente a ser atendido. Mas a estratégia de enfoque, se bem aplicada, também pode
representar o melhor custo apresentado no mercado para esse seleto grupo de clientes. Dessa
forma percebe-se que a estratégia de enfoque se movimenta pelas duas outras (liderança em
custo total e diferenciação), atingindo um pequeno público que valoriza um ou outro
elemento.
As três estratégias apresentadas apresentam pontos fortes e pontos fracos, então compete ao
gestor compreender qual delas faz mais sentido para o foco da organização e que apresenta o
trade-off menor, ou seja, do que a empresa abre mão para ter o menor custo? Do que a
empresa abre mão por ofertar produtos de alta qualidade? Do que a empresa abre mão para
ofertar um produto único, exclusivo, diferenciado no mercado? Ao responder a esses
questionamentos, a equipe conseguirá formular uma estratégia que atenda às premissas
determinadas pela organização.
Tema 02 – O marketing e os 4Ps
O marketing é um departamento crucial nas organizações modernas que querem atuar de
forma diferenciada no mercado. Compete a este a formulação das estratégias referentes ao
lançamento do produto ou serviço no mercado, bem como o acompanhamento do
comportamento do consumidor para identificar as necessidades que surgem constantemente.
Sai na frente a empresa que tem um departamento de marketing atento aos movimentos do
mercado e atuante, trazendo para a empresa oportunidades de desenvolvimentos de novos
produtos e serviços. Como ferramenta para correta implementação de estratégias de
marketing, utiliza-se o composto de marketing representado pelos 4Ps (produto, preço, praça e
promoção), os quais serão apresentados nesta aula.
2.1 Descrição e contextualização
Um departamento considerado fundamental em uma organização é o marketing, que, segundo
Andrade (2012, p. 17 apud Kotler, 1998), é uma função organizacional e um conjunto de
processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem
como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu
público interessado
Com base na colocação do autor, percebe-se que o marketing é considerado um setor
estratégico nas organizações e é responsável por monitorar as tendências do mercado,
identificar as necessidades dos consumidores e traduzir tudo isso em números factíveis de
vendas para as organizações. Tais números servirão para planejar a compra dos recursos de
manufatura, programar a produção, checar a capacidade produtiva e prever lançamentos de
novos produtos no mercado.
Observe o que Kotler e Keller (2006, p. 2) explanam:
O bom marketing não é acidental. Ele resulta de planejamento e execução cuidadosos. Em
quase todos os setores, as práticas de marketing estão sendo continuamente refinadas e
reformuladas para aumentar as chances de sucesso. Mas a excelência em marketing é rara e
difícil de obter. O marketing é ao mesmo tempo uma “arte” e uma “ciência” – há uma tensão
constante entre seu lado formal e seu lado criativo
É o setor de marketing que faz o importante trabalho de “conhecer” efetivamente o cliente,
identificar suas necessidades e traduzir isso em produtos e serviços que possam ser produzidos
e comercializados no mercado. O marketing é um usuário intenso das informações sobre o
cliente, pois compete a ele traçar o perfil do consumidor da empresa. E faz isso mapeando os
hábitos de compras e identificando o comportamento de classes, faixas etárias e gostos por
regiões.
De posse de tais informações, o marketing realiza seu planejamento estratégico e decide como
investir sua verba para fazer com que o produto chegue ao público-alvo, garantindo o market
share da empresa. No entanto, identificar essas necessidades não é tão simples quanto parece.
Isso depende do uso adequado das ferramentas como um SIM (Sistema Integrado de
Marketing) e do feeling dos colaboradores envolvidos no processo e do correto gerenciamento
do composto de marketing (os 4Ps).
O composto de marketing é frequentemente utilizado pelos mercadólogos (colaboradores da
área de marketing), em que estes colocam o mercado-alvo como driver das decisões e
trabalham os aspectos inerentes à colocação do produto no mercado. Os elementos
fundamentais do composto de marketing que determinarão a estratégia mercadológica da
empresa são: produto, preço, praça e promoção, os quais serão apresentados na sequência.
O marketing trabalha em sintonia com os demais departamentos da organização como as
áreas: comercial e vendas, produção, programação de materiais, financeiro e de logística. E isso
se faz imprescindível, pois uma vez que o marketing decida por realizar uma ação promocional
para determinado produto, compete a esses departamentos garantirem o volume de produtos
e serviços suficientes para atender a demanda criada.
Tema 03 – O conceito de produto e preço
Para formular uma estratégia utilizando o composto de marketing (4Ps), é valioso conhecer
cada um dos elementos e compreender o impacto das decisões no curto, médio e longo prazo.
Para iniciar a compreensão desse composto, serão apresentados inicialmente o produto e o
preço com suas principais características. O primeiro assunto será o produto, para que a equipe
que participará de um jogo de empresa conheça os conceitos principais envolvidos no principal
elemento do composto de marketing (mais importante porque sem produto/serviço para
vender nada mais acontece). Depois serão apresentados os conceitos sobre a precificação do
produto e seus fatores de impacto, reforçando que o preço representará a remuneração do
produto ou serviço.
3.1 Descrição e contextualização Um produto pode ser tangível ou intangível, então quando
uma empresa é uma manufatura, o produto é tangível como um móvel, um veículo, um livro,
um bloco de concreto, uma confecção, uma escada portátil, entre outros. Já para uma
prestadora de serviços, o produto que ela oferece ao mercado é intangível, tais como uma
consulta com um médico, uma consultoria empresarial, acompanhamento de um coaching,
serviços de um psicólogo, assistência técnica, entre outros. Compreender esses aspectos é
importante porque impacta diretamente na operacionalização da estratégia que a empresa
pretende utilizar.
Kotler (2006, p. 368-369) traz uma classificação mais ampla conforme a seguir:
· Bens físicos: geladeiras, livros;
· Serviços: pintura de parede, consertos;
· Pessoas: Obama, Madonna, Ronaldo Fenômeno;
· Locais: Fernando de Noronha, Cataratas do Iguaçu;
· Organizações: Instituto do Coração, Associação de Escoteiros;
· Ideias: planejamento familiar, segurança no trabalho, sustentabilidade
A classificação abrange diversos contextos em termos de produtos que as empresas oferecem
ao mercado. Cada elemento desses necessita de um cuidado especial na formatação da
estratégia de como produzi-los, apresentálos, promovê-los no mercado e distribuí-los.
O mercado consumidor está cada vez mais exigente e com novas demandas e, para atendê-las,
as empresas lançam constantemente novos produtos, os quais se apresentam cada vez mais
complexos, modernos e tecnológicos. Uma empresa pode ter um portfólio de produtos ou
serviços, ou seja, produzir e vender produtos variados, mas quanto maior for esse número,
mais variáveis devem ser consideradas na estratégia empresarial. Isso acontece porque
certamente terão mais fornecedores, clientes, distribuidores intermediários, processos
envolvidos, entre outros.
No mundo simulado dos jogos empresariais, por questões de complexidade, é comum ter um
único produto ou serviço, ou uma família de produtos e serviços, para que os participantes do
jogo consigam aplicar melhor o conhecimento sobre o assunto. Entendido o conceito de
produto, um próximo assunto a ser discutido no composto de marketing é o preço.
Definir o preço de um produto ou serviço é uma decisão importante, pois, ao entrar no
mercado com preços não condizentes com o posicionamento da empresa, as perdas podem ser
irreversíveis. Observe a definição de Andrade (2012,p. 76):
O preço é um processo meticuloso de cálculos, o qual envolve aspectos ligados às finanças ou
aos valores monetários despendidos e almejados como retorno pelas organizações. Ou seja, é o
cálculo de custos versus lucros e a filosofia de mercado da empresa (seu posicionamento).
Para definir corretamente o preço, não basta apenas conhecer seus custos, e sim analisar os
dados de mercado que influenciam no seu produto. Dentre tais fatores, podem-se destacar:
· os custos de produção, custos de vendas e de distribuição;
· preço de mercado, ou seja, o que o cliente já está habituado a pagar por esse tipo de produto;
· preço da concorrência;
· ciclo de vida do produto (CVP);
· que necessidade do cliente o produto atende;
· condição de pagamento que se pretende praticar, entre outros aspectos.
Kotler (2006, p. 434) determina que a empresa tem cinco objetivos a atingir com a função
“preço”.
1. Questão de sobrevivência: é a venda do produto que trará caixa para empresa, por meio do
preço de venda praticado. Uma empresa deve saber como precificar seu produto para trazer o
retorno financeiro almejado e suficiente para mantê-la saudável financeiramente no mercado.
2. Maximização do lucro atual: é uma decisão que a empresa pode assumir em determinado
momento para equilibrar o fluxo de caixa da empresa, para amortizar investimentos realizados
no próprio produto, como atualizações, novas versões e inclusões de diferenciais, melhorar sua
rentabilidade, entre outros. A maximização do lucro pode ocorrer por meio do aumento de
preço, como nos casos citados ou na redução do preço para alavancar as vendas e eliminar
estoques.
3. Maximização da participação de mercado: a prática de um preço menor de entrada pode
auxiliar no ganho de market share e melhorar os lucros no longo prazo.
4. Desnatação do mercado (skimming máximo): essa estratégia de preços visa entrar no
mercado com um preço premium que atenderá a uma parcela menor de mercado, mas que
trará maior rentabilidade. É comum as empresas praticarem a desnatação inicialmente e
quando esse público-alvo (classe A e B, por exemplo) está saturado, baixam o preço para
atender a outras camadas de clientes.
5. Liderança na qualidade do produto: essa é uma estratégia que atrela o preço alto com a
ideia de qualidade do produto ou serviço. A empresa que opta por essa estratégia inova
constantemente, trazendo melhorias perceptivas ao produto para que o cliente continue a
sentir-se especial ao consumi-lo.
Como metodologias de precificação dos produtos e serviços, segundo Kotler (1998) pode-se
utilizar: preço de markup, preço de retorno-alvo, preço de valor percebido, preço de valor,
preço de mercado, preço psicológico e preço de licitação.
Na prática o gestor de marketing define os preços dos produtos juntamente com os
colaboradores dos setores de produção, vendas e financeiro, buscando um equilíbrio que
contemple as necessidades das operações e não fuja das estratégias de mercado. Já no mundo
simulado de um jogo de empresa, a equipe considera os aspectos dos custos, dos preços da
concorrência, do custo do frete e também das questões econômicas informadas no período
vigente. Mas é fato que no mundo simulado o cliente é sensível a questõeschave, como preço e
prazo de pagamento
Tema 04 – O conceito de praça
Dentro do composto de marketing, a praça representa a maneira como a empresa distribuirá o
produto/serviço no mercado. Para isso, será necessário conhecimento do mercado de atuação,
das localizações geográficas dos clientes e intermediários. A empresa pode optar por
distribuição direta, em que responsabiliza pela entrega do produto ao seu consumidor final ou
efetiva parcerias com empresas especializadas como atacadistas, distribuidores, varejistas,
franqueadores, entre outros, conhecidos como canais de distribuição. A empresa certamente
escolherá as formas mais econômicas e mais efetivas de colocar seu produto no mercado. Mas,
independentemente da maneira como isso acontece, ocorrerão custos para empresa e, se esse
valor for muito alto, poderá prejudicar a venda. Isso também será traduzido para a realidade
dos jogos de empresas, em que as equipes entenderão como é importante fazer com que o
produto chegue até o cliente.
4.1 Descrição e contextualização No composto de marketing, o conceito de praça representa a
distribuição do produto, ou seja, onde e como ele será entregue, então em algumas
bibliografias o P de praça significa também ponto de venda. Segundo Paixão (2012, p. 118)
a distribuição, ou ponto de venda, trata da disponibilidade de estoque, armazenagem e
logística interna necessária, bem como da escolha dos melhores pontos de venda, dos canais de
distribuição, do transporte e do relacionamento com esses canais.
Com base na definição da autora, é possível compreender a praça como as questões logísticas
do produto e, para isso, é preciso também ter uma estratégia compatível com o
posicionamento da empresa.
O marketing, em conjunto com o departamento de estratégia, da logística, de custos e do
financeiro, decidirá a melhor forma de distribuir o produto. E por que esses setores? Porque o
marketing é responsável por identificar quem é o cliente e onde ele está geograficamente. O
departamento de estratégia é responsável por decidir como e onde a empresa vai se posicionar
no mercado. A logística é responsável pelos canais de distribuição e sua estrutura como venda
direta ou uso de intermediários. O setor de custos é responsável por identificar e validar os
custos que ocorrerão com a operação, e o setor financeiro é responsável por garantir capital
para suportar todas essas decisões.
Como na prática a praça cuida das questões logísticas da distribuição, então serão
apresentadas as principais decisões tomadas nessa seara.
Forma de distribuição direta: quando a indústria é responsável pela venda direta ao
consumidor final, o que não acontece com frequência para bens de grandes volumes
comercializados. O mais comum é a distribuição indireta, na qual as indústrias utilizam canais
de distribuição especializados (parceiros comerciais) para colocar seus produtos no mercado, o
que é mais vantajoso para indústria, sem dúvida. Por meio dos canais de distribuição, é
possível chegar mais longe com o produto, além de a indústria focar seus esforços em seu core
business. São eles: representantes, brokers, franqueados, representantes, concessionários,
atacadistas, distribuidores, varejistas, atacarejos e market places para e-commerce, entre
outros.
A largura do canal também é uma decisão importante, porque impacta diretamente no custo
de distribuição e também no preço que será praticado no mercado. Quanto mais
intermediários houver entre a indústria e o consumidor final, maiores serão os preços
praticados, uma vez que cada canal precisa ter sua remuneração pela operação.
Exemplo com quatro intermediários:
indústria –
(1) representante –
(2) distribuidor –
(3) atacadista –
(4) varejista –
consumidor final.
Outra decisão que faz parte dessa parte do composto de marketing é o modal de transporte
disponível em cada região, o que pode auxiliar a reduzir os custos da distribuição. Os modais de
transporte são: aéreo, ferroviário, dutoviário, aquaviário e o rodoviário, sendo este último o
mais utilizado no Brasil, principalmente por ser o único capaz de realizar as operações “porta a
porta” (door to door), ou seja, consegue retirar a mercadoria no fabricante e entregar na casa
do consumidor, se for o caso. Embora cada modal apresente seus pontos positivos e negativos,
principalmente em relação à função custo da operação, na prática o importante para o gestor é
saber se ele é disponibilizado na região que pretende atuar.
Por mais que os modais tenham diferença de custo, de frequência e confiabilidade, o que
impacta na escolha é a disponibilidade. Certamente que um gestor optaria sempre pelo modal
de menor custo, mas nem sempre isso é possível, uma vez que a política de transportes no
Brasil priorizou o fortalecimento da matriz rodoviária, mesmo não sendo a operação demenor
custo.
Além disso, outras preocupações fazem parte do dia a dia das operações logística de
distribuição, sendo uma delas a logística urbana, também conhecida como logística de última
milha. Esse é um desafio real e atual para os gestores das áreas de logística que reside em
como entregar os produtos nos pontos de vendas que se situam nos grandes centros urbanos.
Existe um movimento mundial (city logistics), em que grandes corporações de todas as áreas
de logística têm discutido sobre os desafios do abastecimento dos grandes centros em meio às
restrições de horário, tamanho de veículos, rodízio de placas, controles de poluentes, poluições
ambiental, sonora e visual, grandes congestionamentos, entre outros. Essas situações têm sido
discutidas entre as empresas, o poder público e as organizações não governamentais
interessadas em melhorar as condições tanto logísticas, quanto de qualidade de vida da
população dos grandes centros.
Tema 05 – O conceito de promoção
Um dos elementos vitais do composto de marketing (a promoção) será apresentada nesta aula
como elemento crucial para acelerar a entrada do produto no mercado e alavancar as vendas
por meio da comunicação com o cliente. Esse tema será abordado visando esclarecer a
importância em investir em publicidade e propaganda, mas também alertando aos cuidados
necessários para que a estratégia de promoção resulte positivamente, ressaltando que as
empresas precisam cuidar também da sua imagem e reputação no mercado.
5.1 Descrição e contextualização O P de promoção (pode ser chamada também de
propaganda) no composto de marketing é uma das atividades mais relevantes para os
estrategistas e muito gratificante para o departamento de Marketing, pois é o momento de
promover o produto junto aos consumidores. Reichelt (2013, p. 92) conceitua que
a promoção se refere a todas as formas de comunicação da empresa com o mercado. Ela é o
último dos 4 Ps, pois só depois que a empresa desenvolve suas estratégias de preço, produto e
distribuição é que ela poderá comunicá-las ao mercado.
Em se tratando de comunicação com o mercado, a empresa precisa ser mais assertiva possível
desde o primeiro contato para não criar situações conflituosas com seu público-alvo,
formadores de opinião na sociedade e também com órgãos reguladores das propagandas, por
exemplo. Atualmente, existe grande preocupação com relação à imagem da empresa, então
uma propaganda mal formulada e apresentada em qualquer mídia, seja de pequeno ou grande
alcance, pode causar danos irreparáveis.
Para que a propaganda alcance seu público-alvo e o cative, as agências de publicidade não
medem esforços e criam campanhas para todos os orçamentos, mas é o gestor estrategista que
dará a palavra final. De nada adianta uma campanha publicitária fantástica e milionária se não
atingir o público-alvo que a empresa pretende. Para ampliar as chances de acerto, é
importante um trabalho conjunto entre o setor de estratégia da empresa, do marketing e da
agência contratada. Um bom estudo de mercado para avaliar assertivamente o que é
importante para o consumidor e qual mídia este costuma acompanhar auxilia nesse processo.
É preciso também tomar cuidado com propagandas que sejam consideradas como
inadequadas para o público-alvo (infantil, por exemplo) ou que façam menção a questões
consideradas delicadas para a sociedade (separatistas, homofóbicas, machistas, feministas, que
incentivem bullying, alcoolismo, tabagismo, entre outros temas) e que impactam
negativamente na imagem que a empresa deseja passar ao mercado. Outras decisões que
impactam no sucesso da promoção do produto relacionam-se à escolha dos canais de
comunicação que também deve seguir alguns cuidados. Os principais canais são: televisão,
rádio, jornal, revistas especializadas, outdoors, busdoor, redes sociais, e-mail, chat online,
0800, SAC, call center, entre outros.
Os custos das propagandas costumam ser altos para as empresas, então se esperam resultados
positivos traduzidos em vendas e lucros. Mas é preciso estar atento ao seu cliente e ter bom
senso na hora dos investimentos que normalmente são escassos, então devem ser bem
aproveitados. Por exemplo, se a indústria produz um bem intermediário, ou seja, é apenas um
componente para outra empresa na cadeia produtiva, certamente a mídia televisiva não é
promissora, pois o telespectador não saberá para que serve tal produto, como fixadores, cabos
elétricos, plástico bolha, concreto usinado, colas para madeira, entre outros. Para esses tipos
de produtos recomenda-se a exposição em feiras do segmento, propaganda em revistas
técnicas especializadas e displays que apresentem o produto nas lojas parceiras. Já para
produtos de consumo como confecções, calçados, veículos, motos, bebidas, alimentos, joias,
eletroeletrônicos, entre outros, para estes sim são recomendadas as mídias mais expositivas,
em que mais consumidores finais terão acesso à informação. Isso não quer dizer que a
criatividade deve ser ceifada, e sim que, por princípios éticos, morais e também de imagem, o
estrategista da empresa precisa ficar atento a esses aspectos.
Um bom plano de promoção do produto traz retornos favoráveis para a empresa, então não é
preciso ter medo de se expor, pois a velha máxima “quem não é visto não é lembrado” faz todo
o sentido em várias fases do ciclo de vida do produto. É importante reforçar que, se o produto
(em alguns casos até mesmo a empresa for nova entrante) estiver entrando no mercado, serão
as propagandas e promoções que o apresentarão. Então é preciso investir para se tornar
conhecido. Com o passar do tempo, a empresa precisa rever sua comunicação com o mercado
e mudar a mensagem que se quer transmitir do seu produto. Observe:
No primeiro momento: “Experimente!” No segundo momento: “Indique-me!”. Num terceiro
momento: “Já faço parte da cultura da família!”. E assim sucessivamente, criando uma imagem
sólida no mercado e transmitindo confiabilidade.
Nem sempre as propagandas precisam ser caras, mas sempre precisam ser criativas e passar a
mensagem correta ao público-alvo, pois uma campanha mal vinculada pode trazer prejuízos
para a empresa e não haver chance para retratação, pois o cliente está cada vez mais exigente
e atento aos seus direitos.
AULA 3
Tema 01 – A finalidade da gestão da produção no jogo de empresas
1.1 Descrição e contextualização Produzir um bem ou serviço é o foco da organização, pois é
preciso ter o que ofertar ao mercado. Essa produção pode ser: totalmente realizada
internamente ou parcial, uma vez que parte do processo produtivo pode ser terceirizado, o que
é uma prática comum na atualidade. Para iniciar um processo produtivo de um bem
manufaturado ou a prestação de um serviço, é preciso ter uma planta, ou seja, um local onde
instalar sua fábrica. Na vida real as empresas fazem vários estudos de viabilidade e aplicam
técnicas qualitativas e quantitativas antes de decidir pelo local A, B ou C. Essa escolha
considera importantes elementos em detrimento ao tipo de empresa: uma indústria, um
varejo, uma prestadora de serviço que o cliente frequenta, uma prestadora de serviço que o
cliente não frequenta, um espaço para armazenagem (armazém, depósito, centro de
distribuição) ou outro.
Elementos importantes para uma indústria: local de fácil acesso para os fornecedores
entregarem mercadoria e também para as coletas das transportadoras; oferta de mão de obra
qualificada nas proximidades; transporte urbano acessível; custo do terreno; benefícios locais;
redes de água, luz, esgoto, telefonia e internet; fontes de matérias-primas; disponibilidade de
modais de transporte; custos operacionais; hospital, restaurantes próximos.
Elementos importantes para um varejo: terreno espaçoso; custo do terreno; facilidades
logísticas para os fornecedores (acesso a rodovias, facilidade de entrada e saída dos
caminhões) que não tenham restrições para carga e descarga; espaço para estacionamento;
facilidade de acesso para os clientes (evitar ruas movimentadas e de difícil retorno); redes de
água,luz, esgoto, sinal de telefonia celular e internet; benefícios locais e oferta de mão de obra
e segurança para os clientes.
Prestadora de serviço que o cliente frequenta: para escolher uma boa localização para uma
empresa prestadora de serviço a qual o cliente participará do processo, tais como: clínicas de
estética, de saúde, estilistas e alfaiates customizados, espaços fitness em geral, assistência
técnica de bens tangíveis e outros, é necessário se preocupar exatamente com o cliente. Para
isso, é preciso analisar se a localização escolhida oferece as facilidades para que esse cliente
seja bem atendido e sinta-se acolhido. Por exemplo: o local é acessível para cadeirantes ou
pessoas com mobilidade reduzida ou baixa visão? Há vagas de estacionamento na empresa ou
nas proximidades? A via de acesso é fácil ou é uma rua movimentada onde o cliente corre o
risco de se envolver em algum acidente de trânsito? As condições do ambiente são boas?
Construção nova ou reformada? Boa conexão com a internet? Recepção e sala de espera
confortável e aconchegante? O local (bairro, centro comercial, shopping) é seguro? O gestor
estrategista deve se atentar também se o local é próximo do seu público-alvo, pois os clientes
optam por utilizar serviços nas proximidades de suas residências ou trabalho. Dificilmente os
clientes atravessam a cidade para utilizar um serviço, a não ser que seja muito especializado ou
único, pois optam por comodidade.
Prestadora de serviço que o cliente não frequenta: neste caso o foco da escolha da localização
é a operação, e não o cliente, uma vez que nesses casos o cliente receberá o serviço em sua
empresa, residência ou por meio de mídia eletrônica (por e-mail, por exemplo). Dependendo
do tipo de serviço prestado, não há necessidade de uma planta física, tais como consultorias,
tradding companies, vendas pela internet, cursos de capacitações online, entre outros. Mas se
houver necessidade de um local físico para que a equipe comercial se encontre, faça reuniões
esporádicas ou outro, podem-se utilizar espaços coworking, os quais são temporários e
reduzem custos operacionais. Ou ainda escolher um local de fácil acesso para que todos
consigam chegar em tempo hábil.
Localização para espaço para armazenagem: escolher onde armazenar os produtos, mesmo
que temporariamente, requer alguns cuidados, tais como: facilidades logísticas de acesso,
coleta e distribuição, segurança dos armazéns, redes de energia, água, esgoto, telefonia móvel,
internet, estacionamento, estrutura física robusta que comporte o volume de estoque
pretendido, entre outros.
Depois de conhecer os elementos de impacto na escolha da localização, pode-se pensar na
capacidade produtiva da planta. Segundo Moreira (2008, p. 137),
chamamos de capacidade a quantidade máxima de produtos e serviços que podem ser
produzidos em uma unidade produtiva, em um dado intervalo de tempo. Por unidade produtiva
entendemos tanto uma fábrica como um departamento, um armazém, uma loja, um posto de
atendimento médico, uma simples máquina ou posto de trabalho
Com base na colocação de Moreira, é possível afirmar que independente o tipo de empresa, a
definição da capacidade é a mesma. De maneira simplista, é possível definir a capacidade
produtiva considerando os seguintes elementos:
· Tempo disponível: é o tempo que a empresa disponibiliza para fabricar ou montar
determinado produto ou atender determinado serviço. Pode ser expresso em hora/homem ou
de hora/máquina, ou os dois.
· Tempo necessário: é o tempo que leva para produzir ou montar determinado produto ou
atender determinado serviço. No caso de fabricação e montagem de bens físicos, o tempo
necessário é sempre o mesmo, já para a prestação de um serviço não, pois alguns clientes
demandam mais tempo que outros. Sendo assim, pode-se dizer que o tempo necessário para
fabricar ou montar a peça “A” é de 5 minutos. Já o serviço “A” leva em média 45 minutos para
ser concluído, o que significa dizer que alguns serviços utilizarão mais que 45 minutos e outros
utilizarão menos, mas pela média assume-se 45 minutos.
É possível determinar a capacidade total da empresa pelo número de produtos prontos ou
serviços atendidos no final do dia, ou parcial, quando se expressa a capacidade por
departamento, como: o setor de corte tem capacidade para cortar 2.000 peças de calças jeans
por dia, mas o setor de costura consegue costurar 1.400 peças por dia.
Observe um exemplo do autor Moreira (2008, p. 137):
um determinado departamento de montagem de uma empresa tem 5 empregados, cada qual
trabalhando 8horas diárias, realizando a montagem de um componente à razão de 20
montagens por hora e por empregado, a capacidade do departamento, expressa em número de
montagens do componente por dia, será: 5 empregados x 8horas/dia x 20 montagens por hora
e por empregado = 800 montagens por dia A capacidade de produção não necessariamente é a
mesma capacidade de venda da empresa, por isso em alguns casos, faltam produtos (gargalo
ou falta de capacidade) e em outros casos, sobram produtos (capacidade ociosa). O desafio
está em equilibrar essas capacidades para oferecer nível de serviço adequado ao mercado
consumidor.
Tema 02 – Conceito de input – processo – output no jogo de empresa
Depois de ter uma planta e conhecer sua capacidade produtiva, pode-se pensar no modelo de
transformação chamado: input – processo – output. Esse modelo pode ser utilizado em
qualquer tipo de empresa, projeto ou atividade, pois remete à importância de pensar nos
recursos necessários para uma produção. É útil para que a equipe do jogo de empresa
identifique quais são os itens críticos e que não podem faltar de forma alguma.
Observe a imagem a seguir, adaptado do Slack (2009, p. 36):
Compreendendo o modelo com base na teoria de Slack: input para o modelo de transformação
– são todos os recursos de entrada necessários para que a empresa possa existir e conseguir
executar seus processos e operações.
· Materiais: são as matérias-primas, insumos, componentes e peças que após processados se
tornarão o produto de venda da empresa. É mais visível em uma indústria de transformação,
em que o predomínio será o processamento de materiais. Estes serão adquiridos de terceiros
(fornecedores) e, ao chegarem à empresa, irão direto para linha de produção ou montagem, ou
para a área de estoque, aguardar o momento do processamento.
· Informações: processar informações é tarefa importante em todas as organizações, mas em
algumas essa é a atividade principal da empresa. Por exemplo: uma empresa de auditoria, de
consultoria, de arquitetura, de contabilidade, de pesquisa, designer gráfico ou de interiores,
entre outros. Com base em uma necessidade de uma empresa ou de um consumidor final, tais
empresas levantam os dados pertinentes ao serviço que prestará, compilam e os processam,
transformando-os em informações que embasarão importantes decisões.Observe como tais
recursos de entrada podem ser divididos
· Consumidores: os consumidores são processados em empresas que prestam serviços de
diversas naturezas, tais como: bancos que prestam consultorias de investimentos e
empréstimos, clínicas de estética, de saúde, salões de beleza, hotéis, spas, teatros, estádios,
cinemas, transporte público de massa, entre outros. Embora hospitais processem importantes
informações, sua operação é predominantemente processadora de consumidores.
· Recursos que serão utilizados para transformação: para processar os itens citados
anteriormente, as empresas necessitam de alguns recursos, tais como:
¬ Instalações: nesse quesito a empresa necessita de variados tipos de instalações, dependendo
de seu processo produtivo, se será com informações, materiais ou pessoas. Recursos
comumente necessários: prédios, máquinas, equipamentos industriais, equipamentos
médicos, terrenos, laboratórios, parque fabril, área de vendas, área de atendimento, entre
outros.
¬ Capital humano: para processar materiais, informações e consumidores, será necessário
também que a empresa tenha uma equipe capacitada paratodas as suas atividades, seja na
linha de produção, na linha de frente de atendimento, no marketing, na área comercial, no
financeiro, entre outros.
Output para o modelo de transformação: é considerado o resultado do processo, em que se
tem: produto produzido, serviço prestado ou cliente atendido, preferencialmente com
qualidade. Slack apresenta algumas diferenciações do output, dependendo se o produto é
tangível ou intangível. Observe a tabela comparativa a seguir:
Tabela 1 – Output para o modelo de transformação
É importante observar na tabela a questão da qualidade, a qual foi citada em ambos os casos:
produto ou serviço. No caso do produto, a qualidade é mensurável e pode ser percebida nas
características visuais, estéticas e de funcionalidades do produto, além de sua durabilidade e
tangibilidade. Já no serviço é mais complexo mensurar a qualidade, porque depende muito da
necessidade e da perspectiva do cliente que o contratou. É comum um profissional atender
dois clientes com necessidades similares e entregar o mesmo resultado para ambos, mas ter
“notas ou feedback” diferentes dos dois clientes. Talvez o profissional tenha atendido a
necessidade dos dois, mas a expectativa apenas do primeiro.
Em um jogo de empresa, a equipe participante deve ficar atenta a qual é o foco do negócio:
uma indústria de transformação (produz bens), uma prestadora de serviços, como uma clínica
de estética que atende clientes, um varejista que compra e vende mercadorias ou uma
empresa de consultoria que só processa informações. O tipo do negócio determinará quais
inputs a empresa necessitará, que tipo de processo ocorrerá e qual será o output provável.
Elementos importantes para a tomada de decisões de alocação de variados recursos, como:
humanos, tecnológicos, know-how, tecnologia embarcada e financeiros.
Input: Entrada
Output: Saída
GOOGLE: Vamos explicar melhor sobre, Output e Input. 
Input, significa: Contribuir, Entrada, Inserir e etc. Já no caso de Output o seu significado é:
Saída, Produção, Potência, enviar
Tema 03 – Sistemas de produção
Depois de decidir onde localizar a empresa, definir a capacidade produtiva e conhecer o
modelo de transformação: input – processo – output, é chegado o momento de conhecer quais
sistemas de produção são comumente utilizados pelas organizações, sejam de manufatura ou
prestadora de serviços. Conhecer esses aspectos auxiliará no momento da aquisição das
máquinas e equipamentos necessários para o processo produtivo. Normalmente esses
sistemas são divididos em duas grandes categorias: discretos (produção por projeto, jobbing,
lote, massa) ou contínuos, os quais serão apresentados com base no volume de produção que
cada processo consegue fazer e a variedade de produtos que produz.
· Produção por projeto (pouco volume, alta variedade): são produtos customizados que
atendem necessidades específicas. Um projeto geralmente tem um prazo de entrega maior que
os demais porque a fase de planejamento e as definições das características do produto são
realizadas junto com o cliente. A produção só inicia efetivamente depois de todos os detalhes
acertados e, na maioria das vezes, contratos firmados e parte do pagamento realizado. Em
relação ao volume de produção, é pequeno, mas oferece uma variedade alta, o que significa
que cada produto produzido pode ser diferente. Exemplos clássicos de produtos produzidos
nesse tipo de processo: navios, turbinas, aviões, residências, viadutos, rodovias, máquinas e
equipamentos de grande porte, entre outros. Normalmente são produtos de alto valor
agregado, custam valores expressivos e necessitam de mão de obra altamente especializada
· Produção por jobbing (pouco volume, média variedade): é um sistema produtivo similar ao
projeto, no entanto produz produtos menores, como máquinas e equipamentos de pequeno e
médio porte e, por isso, consegue produzir um volume um pouco maior. Mesmo assim, a
variedade da produção é alta e os produtos também são customizados, atendendo a
necessidades bem específicas. A mão de obra deve ser bem especializada, para que o produto
tenha as características solicitadas pelo cliente e os recursos produtivos são compartilhados
com outros produtos que estão sendo produzidos ao mesmo tempo na mesma fábrica.
Exemplos clássicos de produtos desse tipo de processo: gráficas, fabricação e montagem de
máquinas e equipamentos como esteiras rolantes, escadas rolantes, câmaras frias, construção
de protótipos e outros.
· Produção em lote (médio volume, média variedade): a produção em lote é parecida com o
processo de jobbing, porque também compartilha os recursos produtivos com outros
produtos, mas, normalmente, como são produtos menores, o volume de produção aumenta. A
empresa pode produzir em determinado momento um lote grande de determinado produto e,
em seguida, preparar as máquinas (fazer o setup) e produzir um pequeno lote de outro
produto. A mão de obra deve ser relativamente qualificada e as operações seguem uma
sequência lógica (ex.: cortar – lixar – pintar – embalar) e pode ser flexível e ter volumes
diferentes em cada uma dessas fases. Exemplos clássicos de produtos: lotes de medicamentos,
confecções, alimentos congelados, pães, biscoitos, vacinas, entre outros.
· Produção em massa (alto volume, pequena variedade): nesse sistema, uma empresa pode
produzir bens em grande quantidade e trabalhar com previsibilidade. Não oferece flexibilidade
para a fábrica, mas reduz os custos de produção devido à alta capacidade de produção. A mão
de obra não precisa ser especializada, porque invariavelmente aprenderá a tarefa em pouco
tempo, uma vez que os processos básicos se repetem continuamente. Além disso, é um
processo que favorece a automatização da maioria das operações. Exemplos clássicos de
produtos: montagem de veículos, eletroeletrônicos, linha branca, linha marrom, refrigerantes,
indústria alimentícia e outros.
· Produção contínua (ato volume, pouquíssima ou nenhuma variedade): esse sistema de
produção é utilizado na produção com fluxo ininterrupto, o que fornece alta capacidade
produtiva, mas não oferece flexibilidade. O ambiente de produção é praticamente todo
automatizado e a mão de obra basicamente monitora os equipamentos. Exemplos clássicos:
refinarias de petróleo, usinas de álcool, indústria química, indústria de papel, indústria do aço,
entre outros.
Na prestação de serviços também é possível utilizar sistemas produtivos, que, de acordo com
Slack (2009, p. 136-137), são: serviços profissionais; lojas de serviços; serviços de massa, os
quais também serão apresentados a partir do volume de atendimento:
· Serviços profissionais: nesse sistema o cliente participa do processo e é atendido por um
profissional especializado e apto a atender às necessidades individuais desse. O profissional
pode se deslocar até o local onde o ciente está, sem necessidade de o cliente vir até um
escritório-padrão. Podem-se citar como exemplos: serviços de consultoria, arquitetura,
auditoria, engenharia, atendimento de advogados, cirurgias, entre outros.
· Lojas de serviços: nesse sistema o cliente também faz parte do processo e normalmente ele
se desloca até o local da prestação do serviço. Então nesse caso é necessário ter um espaço
físico. Conta com um processo de linha de frente (que atende ao cliente) e retaguarda
(colaboradores que ficam nos bastidores e prestam suporte ao profissional). Exemplos típicos:
hotéis, restaurantes, agências bancárias, locadoras de veículos, agências de viagens,
imobiliárias, entre outros.
· Serviços de massa: no sistema de serviço de massa não há customização no atendimento ao
cliente, porque as empresas precisam de volume de atendimento. O contato com o cliente é
restrito e tem como foco disponibilizar produtos e serviços padrões para todos os tipos de
clientes. São exemplos típicos: supermercados, metrô, aeroportos, transporte coletivo de
massa, jornais, revistas, livrarias, cartões de crédito, SAC, entre outros.
Compreendendo os sistemas de produção que as empresas podem utilizar para produçãode
bens ou prestação de serviços, ficará mais fácil de formular uma estratégia para a produção da
organização. Isso é útil para empresas reais que estão no mercado e também para empresas
que farão parte do mundo simulado de um jogo de empresa, pois os recursos são alocados
com base nessas escolhas realizadas pelo gestor estrategista das mesmas. Ademais, após
compreender tais conceitos, é possível escolher o mais adequado para o negócio ou formatar
um sistema próprio e híbrido que atenda à necessidade da empresa em específico.
GOOGLE: A produção puxada e empurrada são métodos de trabalho para indústrias onde
na produção puxada a fábrica primeiro identifica a demanda e depois puxa a produção. E
na empurrada a empresa produz para o estoque, iniciando o processo produtivo com a
chegada dos materiais.
PUXADA: Primeiro realiza as vendas, e depois realiza a produção ( Ou seja, sem estoque ) – Just
time
EMPURRADA: Mantem estoques e depois realiza a venda ( Ou seja, muito estoque ) – Just in
case
Tema 04 – Gestão do estoque no jogo (matérias-primas, componentes e gastos gerais de
fabricação)
Já compreendido que, para produzir um bem ou prestar um serviço, as empresas necessitam
de infraestrutura como a planta fabril ou local de atendimento, capacidade produtiva,
conhecimento de seu modelo de transformação e os sistemas produtivos disponíveis, é preciso
ter com o que produzir. Esse “com o que”, são as matérias-primas, componentes e gastos gerais
de fabricação, os quais são adquiridos para estoque ou direto para linha de produção. Tais
conceitos serão apresentados a seguir.
· Matérias-primas: são os recursos que as empresas utilizam para produzir seu produto.
Normalmente é comprada em grande quantidade ou para atender lotes específicos,
geralmente de poucos fornecedores devido às especificações técnicas que as indústrias
procuram preservar. Ao ser utilizada, a matéria-prima será suficiente para produzir
determinada quantidade de bens. É considerada um custo direto da produção e não pode
faltar sob risco de parar a linha de produção, aumentando os custos da empresa e atrasando a
entrega para o cliente. Exemplo: algodão para fazer tecido, a cana-de-açúcar para produzir
etanol, soja para fazer óleo, laranjas para fazer sucos concentrados, rolos de tecido para
produzir confecções, bobinas de aço para fabricar geladeiras, lotes de tinta em pó para pintar
veículos,
· Componentes: muitas vezes os componentes também são considerados matérias-primas,
mas o conceito é um pouco diferente. A matéria-prima será processada para se tornar um
produto, já o componente será inserido no produto e geralmente é adquirido pronto de um
terceiro (fornecedor). Também é considerado um custo direto porque será agregado ao
produto e também não pode faltar. A ausência de um componente pode não parar uma linha
de produção, mas pode interromper um processo e gerar estoques intermediários entre as
linhas. Exemplos típicos: botões, zíperes, parafusos, porcas, arruelas, cartuchos plásticos,
confeitos e chocolates granulados para fazer decoração de bolos, entre outros.
· Gastos gerais de fabricação (GGF): são todos os produtos que a indústria utiliza para produzir
um bem, mas que não é matéria-prima, componente ou mão de obra direta e é difícil de ratear
o custo entre os produtos. Geralmente é fechado o valor mensal de GGF. Quando um cliente
adquire um produto, ele consegue visualizar que, para produzi-lo, foram utilizadas
matérias-primas e componentes, como na produção de uma mala de couro. O cliente consegue
perceber a diferença entre a matéria-prima da mala (couro, linha para costura) e o
componente (zíper, taxas, ilhós e outros), mas não consegue identificar o gasto geral de
fabricação que ocorreu, por exemplo: o óleo utilizado para lubrificar a máquina de costura que
é utilizada a cada início de um novo lote. Exemplos de gastos gerais de fabricação: óleos e
graxas lubrificantes para máquinas e equipamentos (que não fazem parte da manutenção
preventiva ou corretiva), aluguéis e arrendamentos, energia e água utilizada em determinado
setor produtivo, entre outros.
Em se tratando dos produtos citados anteriormente, é possível compreender que as empresas
(principalmente indústrias) precisam se programar para tê-los disponíveis no momento da
produção. Como nem todos podem ser adquiridos apenas no momento em que se precisa, as
empresas utilizam estoques. Embora no mundo simulado do jogo de empresas os estoques
mais comuns são as matérias-primas e os produtos acabados, os principais tipos de estoques
serão apresentados a seguir.
GOOGLE: O jogo de empresas ou simulador de gestão de negócios é utilizado como uma
ferramenta que proporciona aos participantes, normalmente alunos de graduação, pós e
cursos técnicos ou treinamentos in-company, a prática da gestão de um negócio.
· Estoques de matérias-primas (insumos e GGF): as matérias-primas (MP) são estoques
importantes e considerados os reguladores dos negócios. O desafio está em encontrar o
equilíbrio da quantidade que proteja as linhas de produção contra paradas por falta de
estoques e que não onere o fluxo de caixa. No mundo simulado do jogo de empresa, assim
como nas empresas reais, quem planeja a produção e programa antecipadamente as compras
paga menos. É preciso programar as compras sempre no período anterior para produzir com
custos menores no período. Caso falte matéria-prima para a produção do período, é possível
comprar no “mercado” (sempre há um fornecedor que entrega imediato), mas os custos são
maiores.
· Estoques de produtos acabados: os estoques de produtos acabados (PA) se formam quando
há descompasso entre a produção e a venda. É preciso cuidar das quantidades produzidas e a
demanda prevista. Se produzir muito o gestor terá que utilizar uma estratégia que incremente
as vendas. No mundo simulado do jogo de empresa, essas estratégias envolvem: investir em
marketing, baixar o preço e ampliar as condições de pagamento ao cliente. É importante avaliar
constantemente a demanda apresentada para o período para identificar se está crescendo,
decrescendo ou está estabilizada. As informações disponibilizadas pelos canais de informação
do mercado sempre trazem alguns detalhes que, se bem observados, mostram as tendências
do que está ocorrendo no mercado.
· Estoques de materiais em processo (wip – work in process): o estoque em processo significa
dizer que o processo produtivo da empresa é realizado em etapas e é possível retirar a
matéria-prima do almoxarifado, levar para linha de produção, executar parte do
processamento e guardar o produto para finalização posterior. Esse estoque é chamado
também de estoque de semiacabado. Nas empresas reais, sempre que possível, isso é utilizado
de forma estratégica: caso não tenha pedido colocado pelo cliente, os colaboradores
processam uma ou outra fase no produto e os guardam até o cliente comprá-lo. Quando isso
acontece, o produto é retirado do seu “estoque de semiacabado”, finalizado e entregue ao
cliente. É considerado estratégico porque a mão de obra não fica parada.
· Estoques de materiais em trânsito: quando a empresa coloca pedido de compra com o
fornecedor e este já o expediu, o pedido está a caminho da empresa cliente. Para fins de
programação, ele já é considerado. Ou seja, se o programador das compras analisar o estoque
da empresa, a quantidade em trânsito já é descontada da quantidade líquida a ser comprada.
· Estoques de materiais em consignação: esse estoque pertence ao produtor até sua venda,
mesmo estando a venda em diversos lugares distintos. É característico quando empresas
produtoras deixam seus produtos para prospecção de mercado, para vendas em domicílio, ou
outro. Exemplos: vendas de cosméticos, confecções, bijuterias, jornais, revistas.
· Estoques de materiais de MRO (manutenção, reparo e operações): esse estoque acontece
quando a empresa precisa manter peças de reposição para máquinas e equipamentos e
também para manutenção predial, tais como: torneiras, lâmpadas, parafusos, porcas, pregos,
lixas, óleos protetivos

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