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SP2 MEDLAB - Exsudato e transudato

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Medicina Laboratorial | UC XIX | SP 2
Análise de líquido pleural
Transudato e exsudato - líquidos cavitários
Líquido seroso - similar ao soro; provém de cavidade serosas; ficam entre membrana visceral e parietal
Principais funções:
- proteção mecânica dos órgãos
- fornecimento de nutrientes
- eliminação de catabólitos
Exemplos de líquidos cavitários:
- Derrame: aumento de líquido proveniente de alguma condição patológica ou inflamatória, que causou
aumento do líquido acima das quantidades normais
- A membrana visceral, está em contato com vísceras, está em equilíbrio, então não tenho formação de líquidos;
já as membranas parietais estão em contato com vasos sanguíneos, linfáticos, etc
- Pressões importantes: pressão osmótica ou oncótica (proteínas dentro dos capilares); pressão hidrostática (pressão de
líquidos); pressão coloidosmótica, pressão hidrostática tissular
- Nossa pressão é decorrente de um equilíbrio hídrico e osmótico; a pressão osmótica vem de proteínas
- Albumina exerce a maior pressão oncótica
→ Entendendo como o ultrafiltrado é formado:
- Pleura visceral fica em equilíbrio osmótico, hidrostático e coloidosmótico com o pulmão;
- Desequilíbrio das pressões; mais pressão de água para entrar, então entra água; forma o líquido pleural (15mL) →
isso é positivo, nessa quantidade
- Na pleura parietal a pressão hidrostática é maior → forma o ultrafiltrado
Derrame → acúmulo de líquido devido a alguma alteração das pressões (coloidosmóticas ou hidrostáticas) que gera
perda de equilíbrio, ou resposta a processos infecciosos e inflamatórios
→ EXSUDATO: derrame causado por eventos inflamatórios ou malignos e que geralmente apresenta níveis altos de
proteínas e de desidrogenase láctica (LDH)
Tenho perda de arquitetura e a proteína consegue sair do vaso; “líquido sujo”
→ TRANSUDATO: derrame causado (*) por diminuição de pressão oncótica ou aumento de pressão hidrostática,
geralmente com níveis baixos de proteínas e de LDH; não está associado com células; pensar em um “líquido limpo”
IC: aumenta volume → aumenta pressão hidrostática
Cirrose hepática: tenho problema na produção de proteínas
→ diminui pressão osmótica
Gabriela de Oliveira | T3 | 7º período
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- Edema é interstício → espaço intersticial
Diferenciação para líquido pleural
→ Exsudato não é infecção!!! Não necessariamente vai ser uma bactéria; pode ser qualquer causa; mas vale lembrar que
pelo tipo de exsudato conseguimos diferenciar em bacteriano e não
- Os critérios de uso mais amplo para distinção entre transudato e exsudato são os de Light - descritos em 1997
- Enzima lactato desidrogenase (LDH) é
uma enzima intracelular e seu aumento pode
indicar um dano tissular e consequente
liberação da enzima à circulação → indica
também um metabolismo anaeróbico
- LDH em líquidos cavitários em maior
concentração do que os níveis sorológicos são
encontrados em exsudatos, o que sugere a
presença de doença inflamatória/infecciosa ou
neoplásica
- Diagnóstico diferencial entre transudatos e exsudatos
- Níveis de LDH acima de 1000 U/L são encontrados em neoplasias e empiema
- Níveis muito elevados de LDH são características do exsudato
- LDH acima de 1000: relacionado com bactérias, pus
Gabriela de Oliveira | T3 | 7º período
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Testes feitos a partir do líquido colhido:
- avaliação macroscópica do aspecto do fluido
- avaliação microscópica de contagem e tipos celulares
- análise química (bioquímica)
- culturas microbiológicas
- análises imunológicas e moleculares
Exame macroscópico
- volume
- aspecto: límpido, opalescente, turvo, seroso, serofibrinoso, sero-purulento, hemorrágico, lactescente, quiloso
- cor: incolor, tons citrino, amarelo, avermelhado
- cheiro: pútrido ou fétido
Mais comum:
Outros tipos:
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Rotina de líquido pleural:
- Inclue: glicose, LDH, proteínas
- Posso pedir a mais: amônia, fosfatase alcalina, dosagem de lipídio, etc
Exames microscópicos
- Contagem celulares e diferenciais
- viral: linfócitos (pensar também tumor e TB)
- bacteriano: neutrófilos
- parasitário: eosinófilos
- Presença de cristais
- Hemácias
- Células malignas - neoplasias
- Mandar para patologia
→ Derrame parapneumônico
- Pneumonia bacteriana, que não tratada ou não respondeu adequadamente vai gerar um derrame ali
- Pode ter bactéria (complicado) ou não (não complicado)
- Acúmulo de fluido pleural exsudativo, associado à pneumonia
- Produção do líquido pleural excede a capacidade de drenagem linfática da pleura parietal
- Esse aumento da produção se deve ao dano endotelial dos vasos do parênquima e da pleura
É neutrófilo porque temos uma resposta às custas de
polimorfonucleares devido a resposta imune inata; quando é
bacteriana preciso de fagocitose;
→ Derrame pleural
Caso Clínico
Resumindo o quadro ao lado:
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