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PPE - PROJETO EDUCAÇÃO INCLUSIVA2

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Pesquisa e Prática em Educação – Projeto
Nome do aluno(a): Ana Caroline Sincré dos Santos
Matrícula: 201902190262
Nome do professor(a): Monica Silva Ferreira
EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO REGULAR
RESUMO:
Palavras-Chave: educação inclusiva, autismo, importância. 
	
INTRODUÇÃO
A Constituição brasileira defende a Educação como um direito de todos. 
As estratégias Inclusivas não podem apenas ser feitas na forma discursiva, mas na realização e efetivação de um direito igualitário, que possibilite a interação entre os estudantes típicos e os estudantes com deficiências. Possibilitando o convívio social entre todos. 
Permitir a convivência é reconhecer as diferenças, respeitando as diversidades e garantindo apoio as potencialidades e necessidades de acordo com cada estudante. 
A inclusão escolar ajuda a combater atitudes segregadoras, buscando o reconhecimento e a valorização das diferenças, com ênfase nas competências, capacidades e potencialidades de cada um. 
A educação inclusiva deve ser um espaço para todos, e assim favorecendo a 
diversidade a todos, na medida que compreendemos que cada um tem suas limitações em algum momento da sua aprendizagem.
A inclusão avança por várias dimensões humanas, sociais e políticas, e vem gradualmente se expandindo na sociedade contemporânea, de forma a auxiliar no desenvolvimento das pessoas em geral de maneira a contribuir para a reestruturação de práticas e ações cada vez mais inclusivas e sem preconceitos.
É só a partir do processo de democratização da educação que a questão da inclusão e exclusão de alunos no sistema de ensino começa a ser debatida. O acesso é universalizado, entretanto, ainda continua existindo grupos que são excluídos das formações hegemônicas da escola. (SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2008).
Desse modo, a partir de um resgate histórico é possível identificar que as formações sociais quando não desenvolvidas visando a integração harmônica humana com respeito a diversidade, não detém sucesso, ou desenvolvimento próspero. O país tem o dever de garantir oportunidade de desenvolvimento a todos os cidadãos em todas as etapas de sua vida, proporcionando uma vida com dignidade, qualidade física, psicológica, social. Portanto, a educação é norteadora, pois é a escola que constitui o espaço que se constrói maior conhecimento acerca de si, dos outros, e onde, se deve favorecer o desenvolvimento de competências para todos. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2004)
Pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB – Lei n. 9.394/1996) presente no Capítulo V, artigo 58, aponta a definição de Educação Especial como a “modalidade escolar para educandos portadores de necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino (...)”. e estrutura também que “os sistemas de ensino deverão assegurar, entre outras coisas, professores especializados ou devidamente capacitados para atuarem com qualquer pessoa com necessidade especial em sala de aula. 
É só a partir do processo de democratização da educação que a questão da inclusão e exclusão de alunos no sistema de ensino começa a ser debatida. O acesso é universalizado, entretanto, ainda continua existindo grupos que são excluídos das formações hegemônicas da escola. (SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2008).
Assim, é necessário proporcionar educação a todas as crianças no mesmo contexto escolar. Compreendendo que não é preciso negar as diferenças e/ou dificuldades de cada aluno, pelo contrário, a partir do conceito de inclusão as diferenças não são mais categorizadas como problemas, sendo estas partes da diversidade do espaço, e dos seres.
Para que uma escola seja de fato inclusiva é preciso alinhar a formação de seus professores, e a gestão educativa, para que seu processo de conhecimento seja contínuo, a fim de ter estrutura, organização, projeto político-pedagógico, recursos didáticos, e práticas avaliativas que possam fornecer acolhimento aos aulos. (GLAT, 2007). A partir desta realidade, o presente estudo visa verificar como a educação inclusiva tem sido trabalhada, sobretudo, em como reverbera nas diferenças sociais que permeiam as escolas, e as práticas pedagógicas do professor. Considerando o questionamento: Qual a importância da escola no desenvolvimento do aluno autista? A escola inclusiva deve ser aquela que implica num sistema educacional que reconhece e atende as diferenças individuais, respeitando as necessidades de todos os alunos. O professor como os demais membros da escola compromissados com uma educação com qualidade deve estar requalificando sua atuação como facilitador do processo ensino aprendizagem para identificar as necessidades educacionais e apoiar os alunos em suas dificuldades. 
O autista sente dificuldade em se relacionar ou se comunicar com outras pessoas, uma vez que ele não usa a fala como um meio de comunicação. Não se comunicando com outras pessoas acaba passando a impressão de que a pessoa autista vive sempre em um mundo próprio, criado por ele e que não interage fora dele. (MENEZES, 2012, p. 25).
Sendo assim, cabe a escola promover a interação social entre o aluno autista e os demais alunos considerados “normais”, para que assim o desenvolvimento de habilidades relacionadas a linguagem sejam desenvolvidas. O professor deve desafiar o aluno autista a participar de atividades interativas, favorecendo a comunicação entre todos os alunos. Quando a criança autista frequenta a escola e é atendida por pessoas preparadas, ela recebe grandes benefícios. O simples fato de ter oportunidade de interagir com outros alunos da mesma idade lhe proporciona momentos de descobertas e aprendizado, embora muitas vezes esse avanço se torne imperceptíveis de compararmos com a padronização. Mas segundo a particularidade, ele tem avanços visíveis sim em curto prazo. Para isto, as instituições escolares precisam estar preparadas estruturalmente e profissionalmente para isto. 
Compete à escola adaptar-se para atender às capacidades e necessidades do estudante na classe comum, mobilizando ações e práticas diversificadas que, além do acesso, propicie condições de permanência exitosa no contexto escolar. (KELMAN, et al, 2010, p. 226). 
Percebe-se que o ambiente escolar, como uma instituição da sociedade tem o dever de adaptar e proporcionar aos alunos autistas a oportunidade de conviver socialmente. E para que isso aconteça é necessário que a comunidade escolar, principalmente os professores tenham conhecimento do que é autismo, mas na maioria dos casos encontramos professores despreparados e alheios ao assunto. Para Correia (2008), com a educação inclusiva surgem maiores exigências e desafios para as escolas e para os professores. É necessário que, os intervenientes educativos programem um currículo que atendam às características dos alunos. 
Capacitar os professores e as escolas a trabalhar com um currículo que responda a estas exigências é, pois, o grande desafio que se coloca à própria escola e aos serviços de apoio”. Planificar a aprendizagem e a participação de todos os alunos sem recorrer a respostas estereotipadas e pré-definidas, procurar as melhores formas de adaptar ou modificar o currículo à diversidade das necessidades dos alunos, trabalhar em articulação com outros profissionais ou serviços, promover a colaboração e partilha de informações e experiências entre professores, dinamizar a 16 produção de materiais curriculares, a observação mútua de aulas, a emergência de parcerias pedagógicas, incentivar a experimentação e inovação pedagógica. (CORREIA, 2008, p. 47).
 O oferecimento de um trabalho interdisciplinar no espaço escolar pode trazer muitos benefícios para os alunos especiais. A escola deve se adequar para atender todos os alunos independente de suas diferenças. Portanto, deve haver a preocupação principalmente com a capacitação de seus docentes, pois estes é que irão mediar o processo educativo na sala de aula.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), no 9.394/96 (Brasil, 1996), no Capítulo III, art. 4º, inciso III, diz que é dever do Estado garantiro “atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino”.
Inclusive, o capítulo 5 da LDB 9.394/96 trata somente de aspectos referentes à Educação Especial. Entre os pontos especificados, o art. 58. § 1º diz que, sempre que for necessário, haverá serviços de apoio especializado para atender às necessidades peculiares de cada aluno portador de necessidades especiais.
A educação inclusiva é importante porque, diferentemente da educação especial, ela não separa o aluno do convívio e aprendizado dos estudantes de uma escola regular, permitindo que ele se desenvolva como parte integrante da sociedade.
Há também a percepção de que a convivência na diversidade contribui para que todos os alunos se desenvolvam sem que haja discriminação entre eles. 
Afinal, é um modelo que promove a diversidade, respeito e o direito ao aprendizado a todos os estudantes, trazendo resultados positivos para a aprendizagem de todos, além de conseguir envolver a comunidade escolar e externa para pensar em soluções, inovações e novos modelos de ensino.
METODOLOGIA
A metodologia foi pesquisada através das leis e estudo do caso. Foi observada em uma sala de aula, de uma criança Autista no 3º ano do Ensino Fundamental I, na Escola Municipal Professora Elicea da Silveira, município de Cabo Frio – Rio de Janeiro.
Transtorno do espectro autista (TEA), foi descrito pela primeira vez em 1943 pelo Dr. LEO KANNER, refere-se a um conjunto de características que podem se reencontradas em pessoas afetadas dentro de uma gama de possibilidades que abrange desde distúrbios sociais leves sem deficiência mental até a deficiência mental severa. Não existem exames laboratoriais ou de imagem que ajudem a identificar o autismo. Em geral, o referido médico considera o histórico do paciente, a observação de seu comportamento assim como os relatos dos pais. 
Os sinais mais óbvios do Transtorno do Espectro Autista tendem a aparecer muito precoce, tipicamente antes dos 3 anos de idade. Em alguns casos, ele pode ser diagnosticado por volta dos 18 meses. 
 As características principais do TEA é Dificuldade em sustentar contato visual enquanto é alimentado; Ausência de respostas claras ao ser chamado pelo nome ( importante descartar hipótese de perda auditiva); Atraso no desenvolvimento verbal e não verbal ( não apontar, não responder a sorrisos, demorar para falar); Desconforto ao ser pego no colo; Aversão ou fixação a algumas texturas, incômodos com alguns determinado sons e barulhos, comportamentos repetitivos ( enfileirar brinquedos, balançar o corpo), entre outros. 
 Aprender a conviver com o paciente diagnosticado com autismo é uma etapa fundamental para que ele e a família tenham qualidade de vida. Um aspecto determinante dessa possibilidade é conhecer as características do autismo e saber que os sintomas do TEA e o convívio com cada pessoa autista podem ser bastante diferentes, e as possibilidades de desenvolvimento é distinta para cada criança.
REFERENCIAL TEÓRICO 
A formação e a aquisição de conhecimento sobre a educação inclusiva são imprescindíveis para fundamentar a prática pedagógica dos professores. Bueno (1993) de fende a importância da atualização de ideia e conceitos em relação às deficiências. 
Mantoan (1997) defende o atendimento educacional especializado. Garcia (1998), em seu estudo destaca a necessidade de rever os cursos de formação de educadores. 
Esses autores discutem essa temática com convicção de que os indivíduos com deficiência devem estar inseridos no contexto escol ar inclusivo e apontam vantagens quando isso acontece.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALONSO, D. Os desafios da educação inclusiva: foco nas redes de apoio. Nova Escola. 2013.
BRASIL. Lei no. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília. 23 dez. 1996. p. 27.833-27.841.
BRASIL. Lei e Diretrizes de Base da Educação. Brasília, Disponível em: 
<https: // www.planalto.gov.br/ccivil_03/lei s/ l9394 .htm>. 
BUENO, J. G. S. Educação especial brasileira: integração/segregação do aluno diferente. São Paulo: Educ. 1993. 
 
TEM Mantoan – Educação ,2003 – li te.unicamp.br 
Neste texto relatamos como temos atua do ao orientar redes de ensino e escolas de educação infantil e de ensino fundamental, visando à eliminação de barreiras que impedem as escolas de se abrirem, incondicionalmente às diferenças.
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