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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO 
HOSPITALAR UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
Edilelson Batista de Sena 
RA: 0587333 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HOSPITAL SÃO CAMILO E SÃO LUÍS DE MACAPÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macapá- AP 
2022 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO 
HOSPITALAR UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
Edilelson Batista de Sena 
RA: 0587333 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HOSPITAL SÃO CAMILO E SÃO LUÍS DE MACAPÁ 
 
 
 
 
 
Projeto Integrado Multidisciplinar 
X para obtenção do título de 
Tecnólogo em Gestão Hospitalar, 
apresentado a Universidade 
Paulista– UNIP 
Orientador (a): Valdice Polvora 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macapá- AP 
 2022 
RESUMO 
 
Hospital São Camilo e São Luís foi construído em 1960 pelo Dr. Marcello Cândia, 
rico industrial de Milão, na Itália, que se desfez de suas propriedades para aplicar 
o resultado em uma obra missionária em Macapá-AP. A inauguração ocorreu em 
07 de fevereiro de 1969 e seu funcionamento se deu a partir de 1970. O 
Proposito deste trabalho acadêmico é a realização de um diagnostico na 
instituição privada (Pessoa Jurídica), a identificação de práticas executadas na 
organização estabelecendo relações com as disciplinas praticadas no curso de 
Gestão Hospitalar, com base nas matérias Gestão da Qualidade e Acreditação 
Hospitalar, Legislação Hospitalar, Gestão Hospitalar Interdisciplinar, pois, 
objetiva-se compreender a satisfação dos usuários com acesso e acolhimento, 
direitos e deveres destes, fazendo uso das ferramentas disponibilizadas pela 
UNIP, para apresentação de técnicas que favoreçam excelência na tomada de 
decisão. 
 
Palavras chave: Hospitalar, privado, Macapá. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Hospital São Camilo e São Luís was built in 1960 by Dr. Marcello Cândia, a 
wealthy industrialist from Milan, Italy, who got rid of his properties to apply the 
result in a missionary work in Macapá-AP. The inauguration took place on 
February 7, 1969 and its operation started in 1970. The purpose of this academic 
work is to carry out a diagnosis in the private institution (Pessoa Jurídica), the 
identification of practices performed in the organization, establishing relationships 
with the disciplines practiced in the Hospital Management course, based on the 
subjects Quality Management and Hospital Accreditation, Hospital Legislation, 
Interdisciplinary Hospital Management, since the objective is to understand the 
satisfaction of users with access and reception, their rights and duties, making 
use of the tools available by UNIP, for the presentation of techniques that favor 
excellence in decision making. 
 
Keywords: Hospital, Private, Macapá 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................00 
2. GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR....................00 
2.1GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE.00 
2.2 ACREDITAÇÃO...........................................................................................00 
3. LEGISLAÇÃO HOSPITALAR.......................................................................00 
3.1 RESPONSABILIDADE MÉDICA..................................................................00 
3.2 CÓDIGO PENAL E CIVIL BRASILEIRO......................................................00 
4. GESTÃO HOSPITALAR INTERDISCIPLINAR............................................00 
4.1 MODELOS DE FINANCIAMENTO DA SAÚDE...........................................00 
4.2 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE SAÚDE 
PÚBLICO...........................................................................................................00 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................00 
6.REFERÊNCIAS..............................................................................................00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Neste Projeto Integrado Multidisciplinar-PIM X, referente ao 1º semestre 
de 2021, do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Hospitalar, apresento um 
diagnóstico do Hospital São Camilo e São Luís de Macapá, identificando suas 
práticas de gestão baseadas nas disciplinas de Gestão da Qualidade e 
Acreditação Hospitalar, Legislação Hospitalar, Gestão Hospitalar Interdisciplinar. 
Através de pesquisa e coleta de dados realizados em visita presencial na 
empresa, conhecendo os setores, as informações foram colhidas com o 
responsável técnico e funcionários da instituição. 
O Hospital São Camilo e São Luís de Macapá é a porta de entrada dos 
atendimentos na comunidade que atua 24 horas, estruturada por construído em 
1960 pelo Dr. Marcello Cândia, rico industrial de Milão, na Itália, que se desfez 
de suas propriedades para aplicar o resultado em uma obra missionária em 
Macapá-AP. 
Atualmente Hospital São Camilo e São Luís de Macapá conta com uma 
equipe de profissionais por turno, dentre os funcionários estão: médicos, 
enfermeiros, fisioterapeutas, Biomédicos, Psicólogos, Farmacêuticos, 
Assistente Social, Técnicos em Enfermagem, Técnicos em Laboratório, 
Condutores de veículo de emergência, assistentes administrativos e serviços 
gerais. 
O Hospital São Camilo e São Luís é classificado como hospital de grande 
porte, com 192 leitos ativos atualmente, atendendo baixa, média e alta 
complexidade nas especialidades: ginecologia/obstetrícia, pediatria, neurologia, 
cardiologia, neonatologia, clínica cirúrgica, clínica médica, urgência e 
emergência, hemodinâmica, terapia intensiva adulto e neonatal. Com suporte 
diagnóstico laboratorial, ultrassom, raios-x, endoscopia, mamografia com 
estereotaxia, densitometria óssea, tomografia computadorizada, ressonância 
magnética. Seu atendimento é destinado a pacientes do SUS, Planos de Saúde 
e Particulares. 
 
 
2. GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR 
Antes de falarmos sobre a gestão de qualidade em saúde, é 
necessário entendermos o conceito da expressão crua. A gestão da 
qualidade pode ser definida como qualquer atividade coordenada para 
dirigir e controlar uma organização, no sentido de possibilitar a melhoria 
de produtos e/ou serviços. (SOARES, 2018). 
Ela tem como objetivo garantir a completa satisfação das 
necessidades dos clientes relacionadas ao que é oferecido, ou ainda, à 
superação de suas expectativas. O modelo de gestão de qualidade 
começou a ser implantado no Brasil a partir da década de 90. (SOARES, 
2018). 
A qualidade em saúde é o conjunto de práticas relacionadas aos cuidados 
globais comum em todos os âmbitos, desde a prevenção de doenças até a 
manutenção da qualidade. Para atingir a qualidade em saúde costumam ser 
necessárias algumas ferramentas de gestão que irão auxiliar a instituição de 
saúde a conquistar esse objetivo. (SOARES, 2018). 
Desde as primeiras civilizações sempre se buscou o aperfeiçoamento das 
tarefas tentando melhorá-las de todas as formas, ou seja, com qualidade. Por 
isso, pode-se dizer que o conceito de qualidade é bastante antigo, surgiu há 
milênios e é tão antigo quanto à história do homem. (GARVIN, 1997). 
Ao longo dos anos, o conceito de qualidade passou por uma série de 
mudanças. Essas mudanças foram definidas por Garvin (1997) como “eras da 
qualidade”. As eras foram divididas em quatro períodos: 
a) Era da inspeção: a era da inspeção surgiu pouco antes da Revolução 
Industrial com a necessidade da produção em massa e tinha como principal 
interesse a verificação do produto, com ênfase na uniformidade. 
https://blog.cmtecnologia.com.br/qualidade-em-saude-como-alcancar/
b) Era do controle estatístico da qualidade: surgiu na década de 30, 
implementada por Shewhart, que permitia monitorar o processo produtivo e 
identificar a necessidade de fazer ações de melhoria. 
c)Era da gestão estratégica da qualidade: na era da garantia da 
qualidade, a prevenção de problemas continuava sendo o foco principal, mas 
passaram a utilizar outros instrumentos de controle além da estatística, como: a 
quantificação de custos da qualidade. 
d) Era da gestão total da qualidade: na era da gestão da qualidade, o foco 
principal é o impacto estratégico. O controle da qualidade significa uma 
oportunidade de diferenciação da concorrência. A ênfase nesta era está no 
cliente e nas suas necessidades. 
2.1 GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE 
 A gestão de riscos é uma forma de conciliar as diversas perspectivas dos 
diferentes atores envolvidos nesses eventos; tratam da identificação, avaliação 
e priorização das ações para evitá‑los ou minimizar os efeitos de eventos 
adversos; pressupõe aplicação coordenada de recursos para monitorar e 
controlar a probabilidade desses eventos. (CASTRO E TELES, 2016). 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define incidente que 
compromete a segurança como um evento que poderia resultar, ou resultou, em 
dano desnecessário para o paciente, e esses eventos podem acontecer em 
virtude de atos intencionais ou não. Um efeito adverso é um incidente que resulta 
em dano para o paciente (BRASIL, 2014). 
 O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC, 2007) classifica 
os riscos possíveis em qualquer organização como: 
 • Do negócio ou setorial: relacionados com o setor saúde como um todo, 
que podem estar ligados a mudanças de tecnologia, formação da mão de obra, 
entre outros. 
• Políticos, legais ou regulatórios ou ligados a fatores externos às 
organizações e que dependem do Estado e de suas instituições, como Anvisa, 
ANS (no caso da saúde) e outras. 
• Estratégicos: aqueles associados às escolhas estratégicas feitas pelas 
organizações. 
• Financeiros ou riscos de mercado e aqueles ligados à liquidez das 
operações: por exemplo, organizações de saúde que abrem seu capital podem 
ter dificuldades em manter o valor de suas ações. 
• Operacionais: os relacionados a falhas operacionais por problemas de 
sistemas, de gerenciamento, de segurança, erros humanos, fraudes, catástrofes 
ambientais e outros. São aqueles inerentes aos procedimentos, resultados 
imprevistos ou indesejáveis etc. Lembre‑se de que as organizações de saúde 
operam em um negócio dito de meios sem garantia de resultados, o que 
complica o entendimento deste item. 
Além desses, uma classificação possível de riscos, especificamente na 
assistência hospitalar, deve envolver os seguintes: 
 • Assistenciais: são situações, ações, condutas e procedimentos 
ocorridos durante os cuidados prestados ao paciente no período de permanência 
no hospital. Exemplos: cadastro preenchido de forma incompleta ou 
incorretamente, resultado de exame trocado etc. 
• Profissionais: são ações e procedimentos realizados diretamente no 
paciente. Exemplos: cirurgia em paciente e/ou local errado, injeção administrada 
em dose/local/horário incorretos, instrumental, gaze ou compressa esquecida 
em cavidade de paciente etc. 
• Ambientais: são situações e procedimentos inadequados e incorretos 
gerados por agentes físicos, químicos, mecânicos e biológicos com impacto 
negativo na comunidade e no meio ambiente. Exemplos: incêndios em hospitais 
(que, aliás, devem ser evitados a todo custo), material perfurocortante em saco 
plástico comum etc. 
 • Clínicos: possibilidade de ocorrência de danos durante o processo 
terapêutico e/ou agravos de saúde em decorrência da fisiopatologia, ou de não 
seguimento de protocolos definidos. Exemplo: drenagem de tórax que leva a 
pneumotórax etc. 
• Institucionais: deriva de situações decorrentes de comunicação ineficaz 
ou inadequada. Podem resultar de restrições de cobertura de plano de saúde ou 
limitações de atendimento e exames por parte dos pagadores ou da própria 
instituição. 
• Conflitos que prejudicam a imagem do hospital, por negligência, 
imprudência e imperícia. Exemplos: agressão ou brigas entre pessoas que 
trabalham no hospital, visitantes, familiares, fuga e/ou rapto de criança etc. 
A gestão de riscos intangíveis se ocupa de um novo tipo de risco, 
que tem 100% de probabilidade de ocorrência, mas é 
frequentemente ignorado pela maioria das organizações em 
função da falta de capacidade dessas organizações para 
identificá‑los. Por exemplo, quando alguém na organização tenta 
resolver uma situação qualquer sem estar preparado para 
fazê‑lo, o risco do desconhecimento se materializa; aparece o 
risco de relacionamento quando não existem esforços 
colaborativos entre as pessoas ou setores de organização; 
podem ocorrer riscos dos processos ao paciente quando 
procedimentos operacionais são usados de maneira não 
padronizada. Esses riscos influem diretamente na produtividade 
das pessoas que trabalham na organização, diminuindo a 
relação custo‑efetividade, a lucratividade, a qualidade do 
serviço, a reputação, o valor da marca e a receita. A gestão de 
riscos intangíveis permite a criação de valor imediato pela ação 
gerencial para a identificação e redução desses riscos que 
diminuem a produtividade. (CASTRO E TESLES, 2016). 
 
 
 
2.2 ACREDITAÇÃO 
 Na história da acreditação no século IV a.C., Hipócrates deixa explícito 
em seu juramento, utilizado até hoje como embasamento para a prática médica, 
uma frase importante: “abster‑se de fazer mal”. Isso significa que o princípio de 
não praticar nenhum ato que possa causar algum mal ao outro está vetado. 
 Em 1910, o professor e doutor Ernest Amony Codman, cirurgião do 
Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, iniciou os primeiros 
pensamentos sobre a necessidade de acreditação nos serviços de Saúde. Ele 
foi responsável pelo desenvolvimento de um modelo chamado End Result 
Systems, que tinha por objetivo principal monitorar e avaliar os resultados dos 
tratamentos e procedimentos cirúrgicos realizados no hospital, pois era preciso 
identificar quais eram as principais falhas na assistência realizada aos pacientes. 
Esse modelo foi responsável pelo desenvolvimento posterior da Teoria de 
Gerenciamento dos Resultados. (CASTRO E TESLES, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 LEGISLAÇÃO HOSPITALAR 
 
A legislação faz-se presente em todos os setores de trabalho, de maneira 
que o profissional deve ter o conhecimento das leis que regem sua profissão. 
Desse modo, a interação do profissional com as leis do país torna-se de grande 
relevância, incluindo desde o conhecimento da legislação já existente até suas 
atualizações, possíveis a cada ano. (CAPUTO, 2016). 
Podemos destacar que o Conselho Nacional de Saúde (CNS), por meio 
da Resolução nº 287, de 8 de outubro de 1998, que completa a Resolução nº 
218, de 6 de março de 1997, relaciona 14 categorias profissionais de saúde de 
nível superior: 
• assistentes sociais; 
• biólogos; 
• biomédicos; 
• profissionais de educação física; 
 • enfermeiros; 
• farmacêuticos; 
• fisioterapeutas; 
• fonoaudiólogos; 
• médicos; 
• médicos-veterinários; 
• nutricionistas; 
• odontólogos; 
• psicólogos; 
• terapeutas ocupacionais. 
Essas categorias profissionais têm seus conselhos de classe, que devem 
estar de acordo com a legislação nacional, e as leis são consideradas como 
direitos e deveres de cada profissão. Portanto, o não cumprimento delas pode 
acarretar exercício ilegal e erros profissionais previstos nos Códigos Penal e 
Civil, respectivamente. (CAPUTO, 2016). 
3.1 RESPONSABILIDADE MÉDICA 
 O exercício da medicina no Brasil é regulamentado pelo Decreto nº 
20.931, de 11 de janeiro de 1932, o qual regula e fiscaliza o exercício da 
medicina, da odontologia, da medicina veterinária e das profissões de 
farmacêutico, parteira e enfermeira, no Brasil, e estabelece penas. (CAPUTO, 
2016). 
Para odontologia e a farmacêutica, a regulação da profissão está 
disponibilizada na Lei nº5.081, de 24 de agosto de 1966, e no Decreto nº 85.878, 
de 7 de abril de 1981. Em relação à responsabilidade médica, acionar um 
profissional que causou um dano em uma pessoa, podendo ser em relação à 
sua integridade anatômica ou fisiológica, poderia ser adequado ao que é previsto 
para os delitos de homicídio ou lesões pessoais, gerando uma responsabilidade 
penal com as consequências que isto comporta. (CAPUTO, 2016). 
A responsabilidade criminal do médico, decorrente de atos cometidos no 
exercício de sua atividade profissional, invariavelmente configura questão 
complicada. Mesmo representando apenas uma pequena fatia do montante de 
ações judiciais que envolvem a questão da responsabilidade médica, as de 
cunho criminal não podem ser ignoradas, pois são várias as situações que 
podem tipificar uma conduta mantida nesse campo de atuação. (CAPUTO, 
2016). 
O Código Penal, no capítulo de crimes contra saúde pública, pune 
criminalmente aqueles que exercerem a medicina, a odontologia e a 
farmacêutica ilegalmente, ou excedendo-lhe os limites: 
Exercício Ilegal da Medicina, Arte Dentária ou Farmacêutica 
 Art. 282 – Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de 
médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou 
excedendo-lhe os limites: 
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. Parágrafo 
único – Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se 
também multa (BRASIL, 2000c). 
 
3.2 CÓDIGO PENAL E CIVIL BRASILEIRO 
O Código Penal Brasileiro, conforme se aplica aos demais normativos 
brasileiros, decorre também de um processo histórico de formulação e de 
caracterização de conceitos. Nosso Código Penal (CP) data de 1940, passando 
a vigorar ainda no governo ditatorial de Getúlio Vargas, sob a égide da 
Constituição Autocrática de 1937. Importante destacar que o CP é originário 
também de um período difícil da história, porque se situa em plena Segunda 
Guerra Mundial. (CAPUTO, 2016). 
Seu decreto instituidor é o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 
1940, incorporando-se apenas posteriormente, por meio do Decreto-Lei nº 3.914, 
de 9 de dezembro de 1941, a Lei de Introdução ao Código Penal e a Lei de 
Contravenções Penais. Modificações importantes ocorreram a partir da vigência 
da Lei nº 7.209, de 11 de julho de 1984. (CAPUTO, 2016). 
O CP também é composto pelas Partes Geral e Especial, de 
forma semelhante ao Código Civil. Entretanto, no Código Penal, 
no que se refere à Parte Geral, são descritos e explicitados os 
conceitos e as compreensões gerais sobre os seguintes 
aspectos: aplicação da lei penal, crime, imputabilidade penal, 
concurso de pessoas, penas, medidas de segurança, ação 
penal, extinção de punibilidade; já na Parte Especial, é 
exatamente a tipificação do crime e a pena relativa, isso porque, 
como a própria Constituição prevê em seu artigo 5º, inciso 
XXXIX, em consonância com o Código Penal: “Não há crime 
sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação 
legal” (BRASIL, 1988a). Isto quer dizer que é necessário haver 
exatamente e literalmente o crime e a pena respectiva para 
eventual aplicação legal. Não se pode inovar nesta seara, sob 
prejuízo da incolumidade do cidadão. (CAPUTO, 2016). 
 
 
Evidente que, na perspectiva de um Código, o legislador deseja congregar 
em único documento o tema que pretende tratar, sempre com a intenção de 
possibilitar o acesso mais objetivo às questões pertinentes. Entretanto, conforme 
foi dito anteriormente, por vários motivos, gradativamente, os códigos sofrem a 
ação do tempo e das mudanças sociais, que mais frequentemente forçam 
ajustes ou legislações paralelas. No caso específico da área penal, as mutações 
não ocorrem, pelo menos até agora, de forma tão frequente quanto na área civil. 
(CAPUTO, 2016). 
4 GESTÃO HOSPITALAR INTERDISCIPLINAR 
 
A Gestão Hospitalar começa pela compreensão dos sistemas que 
envolvem a saúde oferecidos no País, seja em sua forma pública, pelo Sistema 
Único de Saúde (SUS), ou privada, oferecida pelos planos de saúde. Para Elias 
([s.d.], p. 1): 
Sistemas de saúde são construções sociais que têm por objetivo 
garantir meios adequados para que os indivíduos façam frente a 
riscos sociais, tais como o de adoecer e necessitar de 
assistência, para os quais, por meios próprios, não teriam 
condições de prover. Desta forma, os sistemas de saúde têm 
como compromisso primordial garantir o acesso aos bens e 
serviços disponíveis em cada sociedade para a manutenção e a 
recuperação da saúde dos indivíduos. 
 
Por meio dessa definição, podemos compreender que os sistemas de 
saúde precisam garantir as condições para que as pessoas sejam atendidas em 
suas necessidades de manutenção da saúde, seja por oferta do governo ou de 
outra forma de financiamento. Para obter os recursos a serem destinados à área 
de saúde, os sistemas de saúde recebem financiamento exclusivamente dos 
recursos públicos advindos de impostos, ou de fundos privados, representados 
pelo desembolso direto e copagamento e, alternativamente, por um mix dessas 
fontes (ELIAS, [s.d.]). 
Os componentes principais dos sistemas de saúde incluem estruturas 
distintas, porém conexas, que se dividem em dois grandes grupos: as estruturas 
assistenciais e as de função do sistema. Nas assistenciais, a função é produzir 
os serviços de saúde e, nelas, estão incluídas as redes de serviços (hospitais, 
ambulatórios, consultórios, laboratórios clínicos e radiológicos) e pessoal de 
saúde (profissionais e técnicos com formação específica em saúde e 
trabalhadores em saúde), que têm como função produzir serviços de saúde. As 
estruturas de função do sistema incluem os sistemas de planejamento, 
informação, controle e avaliação e são responsáveis pela atividade de 
organização e regulação do funcionamento do sistema de saúde. (GARCIA, 
2016). 
 
 
4.1 MODELOS DE FINANCIAMENTO DA SAÚDE 
 
Trata‑se de um estudo amplo e que envolve muitas áreas 
governamentais, além de conhecimentos de História e Economia para a 
compreensão do momento atual. Não vamos detalhar aqui os aspectos 
econômicos e teorias pertinentes, pois isso extrapola o objetivo deste livro‑texto, 
mas vamos conhecer as bases que dão suporte às políticas de saúde. Essa 
escolha depende dos modelos e formas a partir das quais irá se estruturar a 
atenção estatal à saúde, conforme mostra, de maneira resumida, o quadro a 
seguir (MEDICI, 2002). 
O modelo assistencialista é um mix de recursos públicos e privados e 
recebe subsídio estatal para as camadas de baixa renda. Nos EUA, o sistema é 
bem próximo disso, segundo Elias ([s.d.]). De acordo com Medici (2002), 
geralmente existe uma alíquota vinculada ao volume geral de impostos 
arrecadados (10% da receita tributária total ou do orçamento fiscal, por exemplo). 
O autor explica que sistemas assistencialistas abertos de países africanos, 
asiáticos ou de alguns países latino‑americanos (Nicarágua e El Salvador, por 
exemplo) costumam contar com grande ajuda de organismos internacionais e ter 
suas ações voltadas para medidas preventivas e atenção primária. (GARCIA, 
2016). 
Este tipo de sistema representa também o nascedouro da 
política de saúde dos primórdios do capitalismo, como ocorreu 
com a medicina social de natureza preventiva na França e 
Alemanha, nos séculos XVII e XVIII, ou ainda com a medicina 
inglesa do século XIX, está mais voltada a tornar os pobres mais 
aptos para o trabalho e menos perigosos para os ricos (MEDICI, 
2002, p. 38). 
 
O modelo previdencialista também recebe uma mistura de recursos 
públicos e privados, mas tem foco nos trabalhadores formais por meio de uma 
espécie de seguro (contribuição social compulsória). Antes de ser implantado o 
SUS, no Brasil, o modelo era assim. A tendência é que as contribuições venham 
das empresas e dos trabalhadores. Segundo Medici (2002), no Brasil, alguns 
órgãos de representação de trabalhadores formais alegam que a categoria teria 
umaatenção à saúde de melhor qualidade se os recursos arrecadados sobre os 
salários e contribuições sociais fossem destinados apenas aos contribuintes, ou 
seja, aos trabalhadores com carteira assinada. A crítica é que, por esse sistema, 
aumentaria ainda mais a disparidade entre as classes sociais e aumentaria o 
individualismo coletivo das categorias profissionais. (GARCIA, 2016). 
 
4.2 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE SAÚDE PÚBLICO 
 
A Constituição brasileira, conforme citado anteriormente, desde 1988, 
institui a saúde como direito de todos e dever do Estado, apresentando o Sistema 
Único de Saúde (SUS) e dando ainda a possibilidade de o sistema privado 
participar por meio do Sistema Supletivo de Assistência Médica (SSAM). 
Os princípios do SUS indicam que todas as pessoas devem ser atendidas 
no sistema, pois possuem garantias de universalidade no acesso à saúde; têm 
direito a tratamentos, seja de qual complexidade for; e ainda deve haver 
equidade na distribuição dos recursos em todos os segmentos e locais. 
(GARCIA, 2016). 
No Brasil, a estrutura legislativa e jurisdicional é feita pelas diversas 
esferas de poder: municipal, estadual e federal. Se pensarmos em uma rua a ser 
asfaltada, por ser de interesse local, da cidade, o serviço deve ser feito pela 
prefeitura. Se esta rua ligar uma cidade à outra, ou seja, uma rodovia, trata‑se 
de interesse regional, portanto, deve ser cumprido pelo Estado e, se esta rodovia 
fizer a ligação entre dois estados, dizemos que se trata de interesse federal e 
deve ser prestado pela União, pelo governo federal. São serviços que vão sendo 
sobrepostos e um depende do outro. A rua deve chegar à rodovia que liga as 
cidades e está à que chega aos estados. Uma depende da qualidade da outra 
para que o sistema funcione de forma integrada. (GARCIA, 2016). 
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição federal de 
1988 e regulamentado pelas leis nº 8.080/90 e nº 8.142/90, Leis Orgânicas da 
Saúde. A finalidade de sua criação foi alterar a situação de desigualdade na 
assistência à saúde da população, tornando obrigatório o atendimento público a 
qualquer cidadão, sendo proibidas cobranças de dinheiro sob qualquer pretexto 
(GARCIA, 2016). 
 
Dessa forma, o SUS conta com recursos das três esferas de governo: 
União, estados e municípios, contando com a solidariedade dos entes federados 
e o financiamento e a divisão dos recursos são feitos da seguinte forma (ELIAS, 
[s.d.]): 
• União: recursos do tesouro (impostos e contribuições). 
• Estados: recursos próprios (impostos estaduais) e transferências da 
União (Fundo de Participação dos Estados). 
• Municípios: recursos próprios (impostos municipais), transferências da 
União (Fundo de Participação dos Municípios). 
 
Temos três níveis de atenção à saúde: o básico, o de média complexidade 
e o de alta complexidade, que são integrados pelo Sistema Único de Saúde. A 
prefeitura das cidades se encarrega (ou deveria se encarregar) do nível básico 
de atenção à saúde, que contempla os principais serviços médicos, como clínico 
geral, pediatra, ginecologista e dentista, que não demandam equipamentos 
caros e nem profissionais com muita especialização e podem ser executados 
nos postos de saúde e pequenos centros de saúde localizados nos bairros. Outro 
serviço coordenado pelo nível básico são as campanhas de vacinação e de 
conscientização, como as campanhas de combate à dengue (BRASIL, 2003). 
A Constituição brasileira preconiza que os gastos com Saúde devem 
ocupar, no mínimo, 15% do orçamento dos municípios, 12% do dos Estados e a 
União faz um ajuste anual do gasto com saúde em relação ao PIB. Há projetos 
para que a União aplique 15% dos recursos disponíveis na Saúde. Porém, 
atualmente, a lei diz que a União deve aplicar o que foi gasto no ano anterior 
acrescido, no mínimo, da variação nominal do PIB (GUERREIRO, 2013). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Este projeto integrado multidisciplinar tem como objetivo principal 
observar o quanto é importante a relação que a associam as disciplinas 
incluídas, Gestão da Qualidade e Acreditação Hospitalar, Legislação Hospitalar, 
Gestão Hospitalar Interdisciplinar A viabilização da otimização dos recursos 
disponíveis com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento prestado à 
população. Fortalecendo espaços de troca e de produção de conhecimento, 
voltado para uma melhor qualidade de trabalho e saúde. 
Hospital São Camilo e São Luís de Macapá é uma empresa privada que 
busca a excelência no atendimento médico hospitalar, através de ações 
humanizadoras, constante aperfeiçoamento técnico e profissional, divulgação 
científica do ensino e pesquisa, o que nos permite absorver a crescente 
demanda e com isso realizar o fortalecimento do Sistema Único de Saúde. 
Por fim, consideramos o comprometimento da equipe no atendimento aos 
usuários em uma instituição pública que disponibiliza atendimento universalizado 
Hospital São Camilo e São Luís de Macapá conta atualmente com mais de 3.000 
funcionários atuando em suas dezenas de unidades de tratamento, prevenção, 
reabilitação e pesquisa, relacionadas aos três níveis de atendimento à saúde . 
Todas as formas e situações descritas validaram os conceitos teóricos 
ensinados pela UNIP, inserindo-me para assimilação do conteúdo ensinado 
pelas disciplinas em questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
BRASIL, Resolução 287, de 10 de outubro de 1998 - Conselho Nacional de 
Saúde.<http://www.aids.gov.br/pt-br/legislacao/resolucao-287-de-10-de-
outubrode1998conselhonacionaldesaude#:~:text=LAI,Resolu%C3%A7%C3%A
3o%20287%2C%20de%2010%20de%20outubro,1998%20%2D%20Conselho
%20Nacional%20de%20Sa%C3%BAde&text=Relaciona%20categorias%20prof
issionais%20de%20sa%C3%BAde,fins%20de%20atua%C3%A7%C3%A3o%2
0do%20CNS.> Acesso em 25 de Maio de 2022. 
CAPUTO, Bruno Vieira. Legislação hospitalar. – São Paulo: Editora Sol - UNIP, 
2016. 152 p., il. 
CASTRO, Paula de Sousa e; TESLES, Anna Carolina Fontes. Gestão da 
Qualidade e Acreditação Hospitalar. – São Paulo: Editora Sol, 2016. 204 p., il. 
ELIAS, P. E. Sistema de Saúde no Brasil. São Paulo: USP, [s.d.]. Disponível 
em:<http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/64891/mod_resource/content/2/
Artigo.pdf>. Acesso em: 25 maio 2022. 
GARCIA, Solimar. Gestão Hospitalar Interdisciplinar – São Paulo: Editora 
Sol, 2016. 140 p., il. 
GARVIN, David A. Gerenciando a qualidade: a visão estratégica e 
competitiva. Rio de Janeiro: Qualitymark, Editora, 1997. 
 
GUERREIRO, G. Governo formaliza proposta que vincula 15% da receita 
líquida da União para a saúde. Folha de S. Paulo, São Paulo, 1 out. 2013. 
Disponívelem:<http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/10/1350352‑governo‑f
ormaliza‑proposta‑que‑vincula‑15‑da‑receita‑liquida‑da‑uniao‑para‑a‑saude.sht
ml>. Acesso em: 25 maio 2022. 
MEDICI, A. C. Aspectos teóricos e conceituais do financiamento das 
políticas de saúde. In: PIOLA, S. F.; VIANNA, S. M. (Org.). Economia da saúde: 
conceito e contribuição para a gestão da saúde. 3. ed. Brasília: Ipea, 2002. p. 
23‑70. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/ 
livros/CAP2.pdf>. Acesso em: 25 maio 2022. 
SOARES, Fernando. Gestão da qualidade em saúde: medidas essenciais. 
cmtecnologia Brasil, 2018. Acesso em 09 de maio de 2022 
<https://blog.cmtecnologia.com.br/qualidade-saude/>.

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