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Metodologia Sócio-Construtivista de Piaget e Vigotsky

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Metodologia Utilizada
Utilizamos a metodologia sócio-construtivista de Piaget e Vigostky sem desconsiderar os melhores elementos das demais teorias as quais podem vir a beneficiar o estudante. 
A teoria construtivista do desenvolvimento cognitivo é uma teoria de etapas, uma teoria que pressupõe que os seres humanos passam por mudanças ordenadas. 
O aluno é percebido como um ser dinâmico, que a todo momento interage com a realidade, operando ativamente com objetos e pessoas. Essa interação faz com que se ela construa estruturas mentais.
A interação entre o organismo e o meio acontece através dos processos de organização interna e da adaptação ao meio, funções essas que acontecem ao longo da vida.
A adaptação é definida como o próprio desenvolvimento da inteligência, acontece através de processos de assimilação e acomodação. O primeiro vai se modificando com o desenvolvimento da criança configurando os estágios de desenvolvimento. 
Diferentes fatores influenciam o desenvolvimento: a maturação biológica da criança, a exercitação dos esquemas e a formação dos hábitos, a aprendizagem social dos valores, da linguagem, dos costumes e do padrão cultural do meio e, finalmente, a equilibração que é um processo de autorregulação interna que busca constituir um sucessivo reequilíbrio após cada desequilíbrio sofrido. Entende-se por desequilíbrio e equilíbrio toda a vez que o aluno receber uma informação que não confere autenticidade com seus conhecimentos.
Na educação Piagetiana considera-se o período inicial como sensório-motor e completa-se no operatório abstrato. 
Para isto a escola propor atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo a descoberta e a construção do conhecimento.
O conhecimento é construído a partir das informações advindas do meio, postulando que o conhecimento não é concebido apenas como sendo descoberto espontaneamente nem transmitido de forma mecânica pelo meio exterior ou pelos adultos, mas como resultado de um interação, na qual o sujeito é sempre um elemento ativo, que procura ativamente compreender o mundo que cerca, e que busca resolver as interrogações que esse mundo provoca.
É aquele que aprende basicamente através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo, e que constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo em que organiza seu mundo. Não é um sujeito que espera que alguém que possui um conhecimento o transmita a ele por um ato de bondade.
Para tanto os objetivos pedagógicos necessitam estar centrados no aluno, partir das atividades do aluno, os conteúdos não são concebidos como fins em si mesmos, mas como instrumentos que servem ao desenvolvimento evolutivo natural, o aluno é incentivado ao descobrimento ao invés de receber passivamente através do professor, a aprendizagem é um processo construído internamente, aprendizagem depende do nível de desenvolvimento do sujeito, A aprendizagem é um processo de reorganização cognitiva, os conflitos cognitivos são importantes para o desenvolvimento da aprendizagem, a interação social favorece a aprendizagem e as experiências de aprendizagem necessitam estruturar-se de modo a privilegiarem a colaboração, a cooperação e intercâmbio de pontos de vista na busca conjunta do conhecimento.
Piaget não aponta respostas sobre o que e como ensinar, mas permite compreender como a criança e o adolescente aprendem, fornecendo um referencial para a identificação das possibilidades e limitações de crianças e adolescentes. Desta maneira, oferece ao professor uma atitude de respeito às condições intelectuais do aluno e um modo de interpretar suas condutas verbais e não verbais para poder trabalhar melhor com elas.
É preciso que a Escola e seus educadores atentem que não tem como função ensinar aquilo que o aluno pode aprender por si mesmo e sim, potencializar o processo de aprendizagem do estudante. A função da Escola é fazer com que os conceitos espontâneos, informais, que as crianças adquirem na convivência social, evoluam para o nível dos conceitos científicos, sistemáticos e formais, adquiridos pelo ensino. Eis aí o papel mediador do docente.
Neste processo de mediação, o adulto usa ferramentas culturais tais como a linguagem e outros meios, e muito mais que ser um processo de assimilação e acomodação , é um processo de internalização, no qual a criança domina e se apropria dos instrumentos culturais como os conceitos, as idéias, a linguagem, as competências e todas as outras possíveis aprendizagens.

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