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Daniella Machado TURMA XXVI Histologia da Placenta– Módulo 1 Daniella Machado Morfofuncional– 3º período UniEVANGÉLICA TURMA XXVI Morfofuncional III: módulo 1 histologia da placenta– saúde da mulher, sexualidade humana e planejamento familiar SEGUNDA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO · Trofoblasto · Disco embrionário bilaminar · Âmnio · Saco vitelino · Sinusoides · Celoma extra-embrionário · Córion oitavo dia Implantação do blastocisto, o embrioblasto produz um disco embrionário bifilaminar (hipoblasto e epiblasto). A implantação termina da 2ª semana. O trofoblasto irá se diferenciar em citotroblasto (interno, mitoticamente ativo, formando novas células que vão migrar para o sinciciotrofoblasto) e sinciciotrofoblasto. O sinciciotrofoblasto invade o endométrio, desloca as células endometriais (sofrem apoptose). O sinciciotrofoblasto secreta enzimas permitindo ao blastocisto penetrar no endométrio e produz um hormônio; hCG. CÉLULAS DECIDUAIS As células deciduais degeneram nas proximidades do sinciciotrofoblasto invasor, oferecendo nutrição e sítio imunologicamente privilegiado, ele irá produzir hCG, entrando na circulação materna via lacunas. O citotrofoblasto se diferencia em hipoblastos (células cuboides e pequenas) e epiblastos (célula espessa, colunar alta e voltadas para cavidade amniótica). Irá formar um disco achatado que forma a cavidade amniótica. As células amnioblastos separam-se do epiblasto e formam o âmnio. ÂMNIO Aparece uma pequena cavidade dentro do epiblasto: cavidade amniótica – preenchida por líquido amniótico. À medida que a cavidade se expande, uma fina membrana protetora (âmnio) se desenvolve-se a partir do epiblasto. córion O mesoderma extraembrionário e as duas camadas do trofoblasto formam o córion (membrana). Desenvolvimento do córion o celoma extraembrionário é chamado de cavidade coriônica. Nono dia O trofoblasto está no seu desenvolvimento apresentando vacúolos no sincício, esses vacúolos formam lacunas – estágio lacunar – os hipoblastos irão formar o teto da cavidade exocelômica, formado a membrana exocelômica de Hauser. Essa membrana com o hipoblasto forma a vesícula umbilical primitiva e cavidade exocelômica. Décimo dia Blastocisto penetra epitélio endometrial. Décimo primeiro dia – décimo segundo dia Blastocisto totalmente inserido, ademais faz uma protusão no lúmen, os espaços lacunares, formando uma rede intercomunicante, constituído por células citotrofoblásticas. As células sinciciotrofoblasto penetram mais o estroma e abrem a parede formando lacunas sinciais até o sangue materno entrar, criando uma circulação uteroplacentária primordial. As células incham por causa do acúmulo de glicogênio e lipídio no citoplasma. Essas alterações são conhecidas como reação decidual, sendo limitadas por áreas adjacentes ao sítio implantação, se disseminando elo endométrio Novas células do saco vitelínico aparecem, compõem um mesoderma extraembrionário, preenchendo o espaço entre trofoblasto externo, âmnio e membrana exocelômica interna. Grandes cavidades se formam no mesoderma extraembrionário, convergindo e formando a cavidade extraembrionário ou cavidade coriônica ou celoma extraembrionário, circundando o saco vitelínico primitivo e a cavidade amniótica. A vesícula umbilical diminui e forma a vesícula umbilical secundária, formada por células endodérmicas extraembrionárias que migram do hipoblasto interior da vesícula primitiva. · Mesoderma extraembrionário somático: reveste o citotrofoblasto e o âmnio. · Mesoderma extraembrionário esplâncnico: revestimento do saco vitelínico. Sinusoides Por volta do 12º dia as lacunas se fundem formando redes lacunares. Os capilares endometriais, em torno do embrião, expandem-se e são chamado de sinusoides. celoma extra-embionário Por volta do 12º dia após a fertilização, o mesoderma extra-embrionário desenvolve-se camada de células de tecido conjuntivo que envolve o àminio e o saco viteliníco. Grandes cavidades desenvolvem-se no mesoderma extra-embrionário, se fundem para formar uma única cavidade maior – o celoma extraembrionário. décimo terceiro dia Pode ocorrer sangramento por causa do defeito da superfície do endométrio. Os citotrofoblastos proliferam e penetram sinciciotrofoblasto e formam colunas de células, as vilosidades primárias. O hipoblasto produz células adicionais que migram ao longo da membrana exocelômica. A nova cavidade – vesícula vitelínica secundária/vesícula vitelínica definitiva. Placa coriônica: mesoderma extraembrionário reveste interior do citotrofoblasto. Pedúnculo embrionário: local mesoderma extraembrionário atravessa cavidade coriônica, desenvolve-se o cordão umbilical. Décimo quarto dia Aparecimento das vilosidades coriônicas primárias. O crescimento para dentro do sinciciotrofoblasto. Terceira semana do desenvolvimento embrionário Gastrulação 3 camadas germinativas, inicia morfogênese (desenvolvimento da forma do corpo), o embrião é uma gástrula. Folhetos embrionários Ectoderma: origina epiderme, SNC e periféricos, olhos, orelhas internas e células da crista neural. Mesoderma: músculos esqueléticos, células sanguíneas, revestimento dos vasos sanguíneos. Fonte dos tecidos conjuntivos. Endoderma: revestimento dos sistemas respiratórios e digestório, incluindo glândulas que se abrem no tubo digestório. Linha primitiva Resultado da proliferação e movimento das células do epiblasto. Forma nó primitivo, sulco primitivo e fosseta primitiva (invaginação das células epiblásticas). Formação do mesênquima. O mesoblasto forma o mesoderma intraembrionário. Ectoderma embrionário = restante do epiblasto. Notocorda Processo notocorda que vira canal notocorda, formando a membrana bucofaríngea (fusão da endoderma e ectoderma). Algumas células mesenquimais formam a área cardiogênica. Neurulação Completa no final da 4ª semana com fechamento do neuróporo caudal. Somitos Células do nó primitivo, corpos cuboides pareados, usados para idade gestacional. Celoma embrionário Começa com espaços celômicos no mesoderma intraembrionário lateral no mesoderma cardiogênico. Esses espaços fusionam e formam o celoma intraembrionário 1- Camada somática ou parietal, abaixo do epitélio ectodérmico, contínuo do mesoderma extraembrionário que reveste o âmnio. 2- Camada esplâncnica ou visceral, adjacente ao endoderma, contínuo com o mesoderma extraembrionário que recobre a vesícula umbilical. Sistema cardiovascular Inicia desenvolvimento dos vasos sanguíneos embrionários. Mesoblastos diferenciam-se em angioblastos formam as ilhotas sanguíneas, transformando em células endoteliais. Vasculogênese: formação de novos canais vasculares, pela única de angioblastos. Angiogênese: formação de novos ramos por brotamento e ramificação de vasos preexistentes. Sistema circulatório primordial No início da 3ª semana, a angiogênese (formação de vasos sanguíneos), começa no mesoderma extraembrionário do saco vitelino, pedículo e córion. O coração forma-se a partir do mesoderma esplâncnico, no 18º ou 19º após a fertilização. Os tubos cardíacos começam a se desenvolver e fundem-se formando o tubo cardíaco primordial. Esse coração une os vasos sanguíneos do embrião, do pedículo de conexão e da vesícula umbilical formando um sistema cardiovascular primordial. Primeiro sistema a alcançar um estado funcional. Vilosidades coriônicas Fusão dos capilares das vilosidades coriônicas, conectando-se com o coração do embrião através dos vasos que se diferenciam do mesênquima e do pedículo de conexão. No final da 3ª semana, os capilares fluem através das vilosidades coriônicas. O oxigênio e os nutrientes do sangue materno difundem-se através das vilosidades e entram no sangue do embrião. As escorias metabólicas e dióxido de carbono se difundem do sangue fetal através da parede das vilosidades coriônicas para o sangue materno. A invasão do mesênquima extraembrionária forma as vilosidades coriônicas secundárias. E no final da terceira semana conectam com acirculação embrionária e formas as vilosidades terciárias, constituindo unidades funcionais de trocas de oxigênio, nutrientes e produtos residuais. O citotrofoblasto das vilosidades coriônicas prolifera e se estende através do sinciciotrofoblasto, formando a capa citotrofoblásticas extra vilosa, envolvendo o saco coriônico e fixando o endométrio. As vilosidades prendem os tecidos materno através da capa são as vilosidades de ancoragem, os ramos – vilosidades coriônicas ramificadas. Alantóide Aparece do 16º dia como invaginação do saco vitelino ou vesícula umbilical. Entre 3ª-5ª semana formam-se sangue e vasos sanguíneos nas paredes da alantóide. As veias e artérias umbilicais formam-se a partir destes vasos. Duas artérias e uma veia. 16º dia, invaginação da parede caudal da vesícula umbilical, estendendo pelo pedículo de conexão. É pequeno, mas o mesoderma da alantoide se expande sobre o cório e forma vasos sanguíneos (artérias umbilicais) que servirão à placenta. morfogênese 4ª-8ª semana embriológica Dobramento do embrião. Pregas neurais formam o primórdio do encéfalo. Chamado de organogênese (formação dos sistemas de órgãos). Na 4ª semana ocorre o dobramento embrionário produzindo a prega cefálica e a prega caudal e no plano horizontal duas pregas laterais. Intestino anterior: primórdio da faringe, esofago e sistema respiratório inferior. A membrana bucofaríngea separa intestino anteior do estomodeu (boca primitiva). O septo transverso – tendão central do diafragma. Prega caudal: intestino posterior (cólon e reto). Dobramento no plano horizontal: intestino médio (intestino delgado). Quarta semana 4-12 somitos. Surgem arcos faríngeos. O primeiro é o arco mandibular (formando mandíbula e maxila). Forma coração. Brotos dos membros superiores. Fossetas óticas, espessamento ectodérmicos. Quarto par dos arcos faríngenos e brotos dos membros inferiores. Quinta semana Crescimento e alargamento da cabeça. Cristas mesonéfricas. Sexta semana Movimentos espontâneos e respostas reflexas ao toque. Diferenciação dos membros superiores, primórdios dos dedos. Saliências auriculares. Meato acústico externo e formação da aurícula (pavilhão). Formação do pigmento da retina. Flexão da região cervical. Sétima semana Chanfraduras nas mãos. Oitava semana Plexo vascular do couro cabeludo. Movimentos voluntários. Desenvolvimento da placenta Porcão fetal ou córion frondoso: origina do saco coriônico. Porcão materna ou placa basal: derivado da decídua basal. Órgão temporário de trocas fisiológicas entre mãe e o embrião ou feto A decídua basal fornece sangue arterial materno para a placenta e recebe sangue venoso de espaços. Produz hormônios como hCG, tireotrofina coriônica, corticotrofina coriônico humana, somatomamotrofina coriônica humana (atividade lactogênica e estimula o crescimento). Os vilos coriônicos são as unidades morfofuncionais da placenta. A camada interna é o citotrofoblasto (células epiteliais cuboides, dando origem a uma massa citoplasmática multinucleada e sem limite) e o sinciciotrofoblasto (as camadas formam cordões vilosos proliferativos que invadem o endométrio e destroem as paredes das arteríolas e vênulas do estroma endometrial). O sangue materno preenche os espaços intervilosos pela expansão do sinciciotrofoblasto. O eixo de cada vilo vai sendo penetrado por mesênquima extraembrionário, desenvolvendo capilares fetais, com surgimento de fibroblastos e células musculares lisas isoladas. Tem os macrófagos – células de Hofbauer – presentes no mesênquima do vilos coriônicos. No terceiro trimestre, abaulamentos locais de núcleos do sinciciotrofoblasto – nós sinciciais – são comuns. barreira placentária Separa sangue materno do sangue fetal, o local de trocas materno fetais. Ele constituiu no endotélio contínuo dos capilares fetais e sua lâmina basal, o mesênquima do eixo dos vilos, uma camada de células do citotrofoblasto e sua lâmina adjacente, e a camada de sinciciotrofoblasto exposto ao sangue materno. Essas substâncias atravessam a barreira para trocas gasosas, eliminação de refugos e transporte de eletrólitos, glicose e substâncias que atravessam o sinciciotrofoblasto. Sinciciotrofoblasto Faz transcitose, difusão facilitada, transporte ativo, endocitose de imunoglobulina mediada por receptores e exocitose para secreção de hormônios. Sua membrana plasmática apresenta microvilos. Cotilédone: porções funcionais da placenta. Tipos de citotrofoblasto que compõem a placenta · Proliferativo · Invasivo: entre células deciduais. · Endovascular: ficam na parte interna das artérias espiraladas. Variações placentárias A placenta e o cordão umbilical funcionam como um sistema de transporte das substâncias que transitam entre mãe e feto. Nutrientes e o oxigênio vão do sangue materno para o sangue fetal. Os produtos de excreção e o dióxido de carbono do sangue fetal para o sangue materno através da placenta. Circulação sanguínea materna-fetal Placenta como órgão endócrino hCG, progesterona, estrógenos, lactogênio placentário humano (hPL), hormônio liberador de corticotrofina (CRH) e hormônio liberador de gonadotropina (GnRH). Prolactina placentária ou hormônio mamotrófico: Atua nas glândulas mamárias para produção de leite. “Like-INSULIN” OU insulina placentária: Age na metabolização da glicose na criança, mas não atua no organismo materno. Somatostina placentária: Age no bebê como substância que promove crescimento. Relaxina: Último hormônio a ser produzido, atua no canal no parto fazendo dilatação do canal vaginal. Cordão umbilical Duas artérias umbilicais e uma veia umbilical, enoveladas entre si com um eixo de tecido conjuntivo mucoso – geleia de Wharton – possui uma matriz extracelular formadas por fibras de colágeno imersas em uma substância fundamental rica em ácido hialurônico e condroitino-sulfato com fibroblastos. Uma camada única de células epiteliais cuboides, derivadas do revestimento da cavidade amniótica – epitélio amniótico – recobre o cordão umbilical. Esse epitélio protege o cordão e secreta líquido amniótico. As artérias umbilicais carreiam o sangue desoxigenado do feto para o córion (placenta). A pressão do sangue é baixa nestes vasos, sendo que a túnica média não seja espessa nas artérias adultas. As artérias umbilicais não possuem lâmina limitante elástica interna e uma dupla camada de tecido muscular liso composta de uma rede entrelaçadas de células musculares lisas. A veia umbilical libera sangue oxigenado. Histologia agora!!! Cordão umbilical Revestido pelo pavimentoso ou cuboide chamado de epitélio amniótico. O cordão é constituído por tecido mucoso rico em ácido hialurônico com poucas fibras – geleia de Wharton. Artérias umbilical Lúmen estreito. Túnica média com 2 camadas de músculo liso (longitudinal interna e circular externa). Túnica adventícia: substituída por tecido conjuntivo mucoso. Veia umbilical Lúmen de grande diâmetro, túnica média delgada com uma única camada de células musculares lisas dispostas. Túnica adventícia: substituída por tecido conjuntivo mucoso. Membranas amnióticas Revestidas por âmnio (simples cúbico e lâmina basal) e córion (tecido conjuntivo denso). Decídua As células deciduais são mais volumosas com glicogênio e núcleo volumoso. Fenômeno Arias-Stella – primeiro trimestre Endométrio com glândulas mais dilatadas e tortuosas com aspecto estrelado. As células são volumosas – provenientes do endométrio gravídico – com citoplasma rosa abundante, núcleos hipercromático, volumosos, com glicogênio e lipídios no citoplasma. Denominadas Hobnail cell ou células em cabeça de prego. Parte materna da placenta Citotrofoblasto: camada interna, constituído por células epiteliais cuboides com citoplasma palidamente corado (amarelo). Sinciciotrofoblasto: massa citoplasmática multinucleada e sem limites celulares, mais corada. Células de Hofbauer: Hemácias fetais nucleadas Vilosidades Vilos de ancoragem: ancorados/aderidos à decídua (parte materna). Fibrina de Nitabuch. Vilos distributivos/ramificantes: ramificam a partir do troncoprincipal. Vilos de troca ou livres: vilos que apresentam pouco conjuntivo, cujos capilares em seu interior realizam as trocas com o sangue materno presente no espaço interviloso. Terceiro trimestre Hemácias anucleadas. Banco de imagens 1-Placa coriônica 2-Artérias umbilicais 3 e 5- Vilosidades coriônicas 4 e 6- Septos placentários 7- Estrato basal Bibliografia Junqueira Netter Aula do Wesley e checklist da Lea Atlas de histologia descritiva 1
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