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Vascularização do SNC e Meninges

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Daniella Machado 
 TURMA XXVI 
 
 1 
 
MORFOFUNCIONAL III: MÓDULO 3 
VASCULARIZAÇÃO E MENINGES DO SNC– 
PROCESSO DE ENVELHECIMENTO 
 
VASCULARIZAÇÃO 
As estruturas nobres e especializadas do SNC exigem para seu 
metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e oxigênio. 
A atividade funcional do cérebro depende do processo de oxidação de 
carboidratos. 
o Quedas de glicose e oxigênio e a suspensão do fluxo sanguíneo ao 
encéfalo não são toleradas 
o Perda de consciência: interrupção por mais de 7 segundos 
o Lesões irreversíveis: a partir de 5 
minutos. 
o Processos patológicas: trombose, embolia e hemorragias 
o Alterações da resistência cerebrovascular: pressão intracraniana, 
condições da parede vascular viscosidade do sangue e calibre dos 
vasos sanguíneos (alterados pelo aumento do gás carbônico). 
NERVO LARÍNGEO RECORRENTE = NERVO LARÍNGEO SUPERIOR 
Artéria cerebral anterior: contorna 
corpo caloso - giro do cíngulo - lobo 
paracentral, perda sensibilidade dos 
membros inferiores 
Artéria cerebral posterior: sulco 
parieto-occipital e sulco calcarino, perda 
da visão 
Necessitam de glicose e oxigênio. 
A atividade funcional depende de um processo de oxidação de carboidratos 
e não pode ser sustentada por metabolismo anaeróbico. O consumo de O2 
e glicose pelo encéfalo é alto. Após 10 segundos sem oxigênio o individuo 
perde a consciência, depois de 5 minutos começam a aparecer lesões 
irreversíveis, pela maioria das células nervosas não se regenerarem. 
 Áreas diferentes do SNC são lesadas em tempos diferentes, as 
áreas mais recentes (neocórtex) são lesadas primeiros. A última área a ser 
lesada é o centro respiratório no bulbo. Os processos patológicos 
aumentam com o envelhecimento do ser humano 
*AVC (acidentes vasculares cerebrais): interrompem a circulação de áreas encefálicas, causando necrose 
do tecido nervoso e são acompanhadas de alterações motoras, sensoriais ou psíquicas. 
 
FLUXO SANGUÍNEO CEREBRAL 
Elevado, sendo superado pelo rim e do coração. Ele representa 
apenas 2% da massa corporal, consome 20% do oxigênio e recebe 15% 
do fluxo sanguíneo. Em um minuto circula uma quantidade de sangue 
equivalente ao próprio peso. 
O fluxo sanguíneo cerebral (FSC) é 
proporcionais a diferença entre a pressão 
arterial (PA) e a pressão venosa (PV) e 
inversamente proporcional à resistência 
cerebrovascular (RCV). 
A RSV tem os fatores: pressão intracraniana (aumenta), condição 
da parede vascular (que aumentam como a arteriosclerose), viscosidade 
do sangue e calibre dos vasos cerebrais (fatores humorais e nervosos, 
CO2 – vasodilatação). 
Vascularização do SNC – Módulo 3 Daniella Machado 
Morfofuncional– 3º período UniEVANGÉLICA TURMA XXVI 
 
O consumo maior de sangue em áreas com mais sinapses, a substância 
cinzenta tem maior consumo que a branca (pela maior atividade metabólica). 
Além do aumento da demanda nas regiões ativadas por ajustes locais 
realizados pelas próprias arteríolas que não seria possível aumentar a pressão 
arterial e o fluxo cerebral. 
O aumento do fluxo regional pode ser decorrente da atividade neuronal 
mediada pela liberação de óxido nítrico, atuando sobre calibre dos vasos. 
 
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL 
O cérebro é irrigado pelas artérias carótidas internas e vertebrais, 
originadas no pescoço. Na base do crânio, essas artérias formam um polígono 
anastomótico – polígono de Willis – saem artérias para a vascularização 
cerebral. Não tem um hilo que penetra no encéfalo. 
As artérias cerebrais possuem paredes finas (propensa a hemorragia), 
a túnica média tem menos fibras e a elástica interna é mais espessa e tortuosa 
que a de artérias de outras áreas (proteção do tecido nervoso ao amortecer o 
coque da onda sistólica). 
Ademais, são envolvidas no início pelo liquor nos espaços 
perivasculares, atenuando o impacto da pulsação arterial. Independência entre 
circulações arteriais intracraniana e extracraniana. Com poucas anastomoses 
(sem circulação colateral). Sistema carotídeo interno e sistema vertebro-basilar. 
 
ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA 
Ramo da bifurcação da carótida comum, a artéria 
carótida interna, após trajeto mais ou menos longo no 
pescoço penetra na cavidade craniana pelo canal 
carotídeo do osso temporal, atravessa seio cavernoso, 
descreve um S e depois perfura a dura-máter e a 
aracnoide e no início do sulco latera divide em artérias 
cerebrais média e anterior. Além de seus ramos terminais 
Artéria oftálmica: emerge da carótida quando atravessa a dura-máter, irriga bulbo 
ocular e formações anexas. 
Artéria comunicante posterior: anastomose com artéria cerebral posterior, ramo da basilar, contribuí para 
formação do polígono de Willis. 
Artéria carotídea anterior: ao longo do trato óptico, irriga plexos corioides e parte da capsula interna, 
núcleos da base e o diencéfalo. 
As artérias cerebrais anteriores e média se subdividem em ramos menores superficiais e profundas. 
 
ARTÉRIAS VERTEBRAL E BASILAR 
As artérias vertebrais direita e esquerda destacam-se das 
subclávias e sobre no pescoço dentro dos forames transversos das 
vertebras cervicais, perfuram membrana atlantoccipital, dura-máter e 
aracnoide, penetra no crânio pelo forame magno. Depois percorrem 
face ventral do bulbo, funde-se para constituir um tronco único – artéria 
basilar – as artérias vertebrais dão origem às duas artérias espinhais 
posteriores e à artéria espinhal anterior que vascularizam a medula. 
Originam as artérias cerebelares inferiores 
posteriores (inferior e posterior do cerebelo). 
A basilar percorre o sulco basilar da ponte e 
termina ao bifurcar, formando as artérias 
cerebrais posteriores direita e esquerda. 
Outros ramos da basilar: 
Artéria cerebelar superior: distribui-
se ao mesencéfalo e à parte superior do 
cerebelo 
Artéria cerebelar inferior anterior: 
distribui-se a parte anterior da face inferior 
do cerebelo. 
Vascularização do SNC – Módulo 3 Daniella Machado 
Morfofuncional– 3º período UniEVANGÉLICA TURMA XXVI 
 
Artéria do labirinto: penetra no meato acústico interno junto com nervos facial e vestibulococlear e 
vasculariza ouvido interno. 
Ramos pontinos 
 
CÍRCULO ARTERIAL DO CÉREBRO OU POLÍGONO DE WILLIS 
Anastomose arterial de forma poligonal e está situada na base do cérebro. Formada pelas porções 
proximais das artérias cerebrais anterior, média 
e posterior, pela 
artéria comunicante 
anterior (pequena e 
anastomosa com 
mais duas artérias 
cerebrais 
anteriores) e pelas 
artérias 
comunicantes posteriores (unem as carótidas internas com as posteriores), 
direita e esquerda. 
Ocorre a anastomose do sistema carotídeo interno ao sistema vertebral, 
porém não há passagem significativa de sangue entre os dois sistemas e nem 
entre as metades esquerda e direita. 
O círculo arterial permite a manutenção de fluxo sanguíneo adequado 
em todo o cérebro, em casos de obstrução de uma mais artéria que irrigam. 
Impossível prever as variações e o comportamento com possíveis alterações. 
As artérias cerebrais anterior, média e posterior dão ramos corticais e 
ramos centrais. Os corticais são para a vascularização do córtex e substância branca 
subjacente. Enquanto os ramos centrais emergem do círculo arterial do cérebro, da 
porção proximal de cada uma das artérias cerebrais e das artérias comunicantes. 
Penetrando na base do cérebro e vascularizando o diencéfalo, núcleos de base e a 
cápsula interna. Orifícios de penetração dos 
ramos centrais – substância perfurada (anterior 
e posterior), e são chamadas as artérias 
estriadas (ramos da artéria cerebral média) que 
penetra na substância perfurada anterior e 
vasculariza corpo estriado e cápsula interna. Os 
ramos centrais do polígono de Willis são 
artérias terminais. 
*obstrução carótida direita: queda de 
pressão territorial, sangue flua para a artéria comunicante anterior e depoispara a 
comunicante posterior direita. 
*circulação colateral: rapidez que se instala a obstrução e 
estado da artéria. 
 
TERRITÓRIO CORTICAL 
Possuem anastomoses, sendo insuficiente para circulação 
colateral adequada (no caso de obstrução). 
*Lesões: quadro sintomatológico característico das artérias 
cerebrais anteriores, média e posterior. 
 
ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR 
Ramos de bifurcação da carótida interna, a artéria cerebral anterior dirige-se para 
diante e para cima, curva-se em torno do joelho do 
corpo caloso e ramifica-se na face medial de cada 
hemisfério, desde o lobo frontal até o 
sulcoparietoccipital. Distribui-se para a face 
dorsolateral de cada hemisfério, onde se limita 
com o território da artéria cerebral média. A 
obstrução de uma das artérias cerebrais anteriores 
causa paralisia e diminuição da sensibilidade no 
membro inferior do lado oposto, decorrente da 
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Morfofuncional– 3º período UniEVANGÉLICA TURMA XXVI 
 
lesão de partes das áreas corticais motora e sensitiva que correspondem à 
perna e se localizam na porção alta dos giros pré e pós-central. 
 
ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA 
Artéria cerebral média: artérias lenticuloestriadas, insula, giro pré-
central (motora), corpo estriado, e área de Broca (lado esquerdo) 
Ramo principal da carótida interna. A média percorre o sulco lateral, 
distribuindo ramos que vascularizam a face dorsolateral (áreas corticais 
importantes). 
*obstrução: sintomatologia, paralisia e diminuição da sensibilidade do 
lado oposto do corpo, graves distúrbios de linguagem. Atinge ramos profundos 
da média (as estriadas). 
 
ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR 
Ramos de bifurcação da artéria basilar, as posteriores dirigem-se para 
trás contornando o pedúnculo cerebral. Irriga a área visual (sulco calcarino). 
*obstrução: causa cegueira. 
 
VASCULARIZAÇÃO VENOSA 
São maiores e mais calibrosas que as artérias, drenando para os seios 
da dura-máter, o sangue converge para as veias jugulares internas, recebendo 
sangue venoso encefálico. Os seios se ligam 
as veias extracranianas por meio de 
pequenas veias emissárias que passam por 
pequenos forames no crânio. As paredes 
das veias encefálicas são muito finas 
(desprovidas de musculatura). 
Ação de 3 forças: 
1- Aspiração da cavidade torácica, 
terminada pelas pressões subatmosféricas 
da cavidade torácica. 
2- Força da gravidade, retorno sanguíneo do encéfalo se faz a favor 
da gravidade. 
3- Pulsação das artérias, eficácia é aumentada pelo fato de ser uma 
cavidade fechada. 
O leito venoso é maior que o arterial, mas é lenta (pressão venosa baixa). 
 
SISTEMA VENOSO SUPERFICIAL 
Veias que drenam o córtex e a substância 
branca subjacente, formando troncos venosos – 
veias cerebrais superficiais – desembocam nos seios 
da dura-máter. 
As veias superficiais superiores provêm da 
face medial e da metade superior da face 
dorsolateral. As inferiores provêm da metade inferior 
da face dorsolateral, terminando nos seios da base 
(petrosos superior e cavernosos) e no transverso. A principal veia superficial inferior 
é a cerebral média superficial. 
 
SISTEMA VENOSO PROFUNDO 
Drenam o corpo estriado, cápsula interna, 
diencéfalo e grandes partes do centro branco 
medular do cérebro. A mais importante é a veia 
cerebral magna ou veia de Galeno, a qual 
converge todo o sangue do sistema venoso 
profundo. A veia cerebral magna é um curto tronco 
venoso, formado pela confluência das veias cerebrais internas, são finas e facilmente rompidas. 
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MENINGES 
O SNC é envolvido por membranas conjuntivas – meninges – que são 3. 
Leptomeninge/ meninge fina: aracnoide e pia-máter. 
Paquimeninge ou meninge espessa: dura-máter 
É importante para a compreensão da proteção dos centros nervosos e por serem acometidas por 
processos patológicos como infecções (meningites) ou tumores (meningiomas). 
 
DURA-MÁTER 
Mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo rico em fibras colágenas, contendo 
vasos e nervos. Ela difere da dura-máter espinhal por ser formada por dois folhetos (externo e interno), em que 
o interno continua com a dura-máter espinhal. O externo adere aos ossos do crânio e funciona como periósteo, 
mas sem capacidade osteogênica (impossível regeneração). Mas não existe um 
espaço epidural (como na medula), a formação de um calo ósseo na superfície 
interna dos ossos do crânio pode constituir grave fator de irritação do tecido nervoso. 
Sendo a principal artéria a artéria meníngea média (ramo maxilar interna). Além de 
ser ricamente inervada, com toda a sensibilidade intracraniana, responsável pela 
maioria das dores de cabeça. 
*Hematomas epidurais: trauma com deslocamento do folheto externo da 
dura-máter da face interna do crânio da artéria meníngea média. 
 
PREGAS 
Formação de pregas que dividem a cavidade craniana em 
compartimentos que se comunicam 
 Foice do cérebro: septo vertical mediano em forma de foice, que ocupa 
fissura longitudinal do cérebro, separando os hemisférios cerebrais. 
 Tenda do cerebelo: projeta sobre o septo transversal entre os lobos 
occipitais e cerebelo. Separando a fossa posterior da fossa média do crânio. 
Dividindo cavidade craniana em compartimento superior ou supratentorial e 
outros inferior ou infratentorial. Possuí importância clínica pela sintomatologia 
das afecções supratentoriais (tumores) é diferente das infratentoriais. A borda 
anterior livre da tenda do cerebelo – incisura da tenda – ajusta-se ao 
mesencéfalo. 
 Foice do cerebelo: pequeno septo vertical mediano, abaixo da tenda do 
cerebelo, entre os dois hemisférios 
cerebelares. 
 Diafragma da sela: pequena lâmina 
horizontal que fecha superiormente a sela túrcica, deixando 
apenas um orifício para a haste hipofisária. Quando se retira o 
encéfalo essa haste se rompe (ficando a hipófise na sela 
túrcica). O diafragma da sela isola e protege a hipófise, mas 
dificulta a sua cirurgia. 
 
CAVIDADES 
Os dois folhetos da dura-máter separam-se delimitando 
cavidades. 
Cavo trigeminal (de Meckel) ou loja do gânglio trigeminal, que 
possuí o gânglio trigeminal. As outras cavidades são revestidas de 
endotélio e contém sangue – seios da dura-máter. 
 
SEIOS DA DURA-MÁTER 
São canais venosos revestidos de endotélio e situados entre os dois folhetos 
que compõem a dura-máter. A maioria dos seios tem secção triangular e suas paredes 
(finas são mais rígidas que as veias para não colabarem). 
Alguns seios apresentam expansões laterais irregulares – lacunas sanguíneas 
– frequentes no seio sagital superior. O sangue das veias do encéfalo e do globo ocular 
é drenado para os seios da dura-máter e depois para as jugulares internas. Os seios 
comunicantes com veias da superfície externa do crânio através de veias emissárias 
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Morfofuncional– 3º período UniEVANGÉLICA TURMA XXVI 
 
percorrem forames ou canalículos que lhe são próprios nos ossos do crânio. Os seios dispõem sobre a inserção 
das pregas da dura-máter. 
SEIOS VENOSOS DA ABOBADA: 
Seio sagital superior: termina na confluência dos seios (sagital 
superior, reto e occipital e início do transversos). 
Seio reto: ao longo da união entre a foice do cérebro e tenda do 
cerebelo, termina na confluência dos seios. 
Seio transverso: ao longo da inserção do cerebelo. 
Seio sigmoide: em forma de S, continuação do seio transverso até 
forame jugular. 
Seio occipital: pequeno e irregular, ao longo da margem de inserção 
da foice do cerebelo. 
SEIOS VENOSAS DA BASE 
Seios cavernosos: mais importantes, grande e irregular, a lado do corpo do esfenoide e da sela túrcica. 
Recebe sangue da veia oftálmicasuperior e central da retina, além de algumas veias do cérebro. Drena através 
dos seios petroso superior e petroso inferior, além de comunicar com o seio cavernosos do lado oposto pelo seio 
intercavernoso. Ademais, a artéria carótida interna + nervos troclear, oculomotor e V1 = atravessam o seio 
cavernoso. 
*Aneurismas da carótida interna: comprimem nervo abducente e demais nervos, ocasionando distúrbios 
oculares. 
*Perfuração carótida interna: curto-circuito arteriovenosos (fístula carótideo-cavernosa), dilatação e 
aumento da pressão no seio cavernoso. Fazendo com que as veias oftálmicas resultam em grande protrusão do 
globo ocular. 
*Infecções superficiais da face: propagação ao seio cavernoso e tornando-se intracraniana, por causa das 
comunicações com as veias tributárias, oftálmicas e angular que drena região nasal. Tomar cuidado com 
espinhas! 
Seio intercavernoso: unem seios cavernosos e envolve hipófise. 
Seio esfenoparietal: percorre asa do esfenoide. 
Seio petrosos superior: dispõe-se de cada lado ao longo da inserção da tenda do cerebelo, na porção 
petrosa do osso temporal. 
Seio petrosos inferior: percorre sulco petroso inferior entre o seio cavernoso e o forame jugular, onde 
termina lançando na veia jugular interna. 
Plexo basilar: comunica porção basilar do occipital. 
 
ARACNOIDE 
Delicada, justaposta à dura-máter. Contém pequena quantidade de líquido necessário à lubrificação das 
superfícies de contato das duas membranas. Separa da dura-máter pelo espaço subaracnóideo, que contêm o 
líquido cerebroespinhal ou liquor (ampla comunicação com espaço subaracnóideo do encéfalo e da medula). 
Liga-se à pia-máter com as trabéculas aracnóideas. 
 
CISTERNAS SUBARACÓIDEAS 
A profundidade do espaço subaracnóideo é variável, sendo pequena no cume dos giros e grande nas 
áreas onde parte do encéfalo se afasta da parede craniana, formando áreas, dilatações do espaço subaracnóideo 
- cisternas subaracnóideas – que contêm grande quantidade de liquor. 
Cisterna cerebelo-medular ou magna: espaço entre face inferior do cerebelo, teto IV ventrículo e face 
dorsal do bulbo. Mais importante, usada para obter liquor nas punções suboccipitais. 
Cisterna pontinha: ventral à ponte. 
Cisterna interpeduncular: fossa interpeduncular 
Cisterna quiasmática: no quiasma óptico 
Cisterna superior/veia cerebral magna: dorsal ao teto do mesencéfalo, cerebelo e o esplênio. 
 
CISTERNA DA FOSSA LATERAL DO CÉREBRO 
GRANULAÇÕES ARACNÓIDEAS 
 Mais abundantes no seio sagital superior. Levam prolongamentos do espaço subaracnóideo, verdadeiro 
divertículo deste espaço, em que o liquor está separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada 
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camada da aracnoide. A passagem do liquor através da parede das granulações se faz por meio de grandes 
vácuolos que transportam dentro para doar. Algumas granulações ficam grandes – corpos de Pacchioni – 
calcificam e deixam impressões na abóbada craniana. 
 
PIA-MÁTER 
A mais interna. Sua porção mais profunda releve 
prolongamentos dos astrócitos do tecido nervoso, constituindo a 
membrana pio-glial. Dá resistência aos órgãos nervosos (por serem 
moles). Ademais, ela acompanha os vasos que penetram no tecido 
nervosos a partir do espaço subaracnóideo, formando os espaços 
perivasculares. As artérias estão imersas no liquor (menos pulsação, 
função de manguito protetor). 
 
LIQUOR OU LÍQUIDO CEREBROESPINHAL 
Fluido aquoso e incolor, ocupa espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. Proteção mecânica 
do SNC, formando um “coxim” entre este e o estojo ósseo. Qualquer pressão ou choque distribui-se a todos os 
pontos. Sendo amortecedor. O espaço Subaracnoide fica totalmente submerso no líquido ficando mais leve e 
diminui o risco do encéfalo de traumatismo com ossos do crânio. 
 
CARACTERÍSTICAS 
Medição da pressão do liquor. Sendo importante para diagnósticos de meningites, sendo o normal limpido 
e incolor, com 0-4 leucócitos por mm3 e uma pressão de 5-20 cm de água. O volume total do liquor é de 100-150 
mL, renovando-se a cada 8h. Os plexos corioides produzem cerca de 500 mL por dia atraves da filtração seletiva 
do plasma e da secreção de elementos específicos. 
 
FORMAÇÃO, CIRCULAÇÃO E ABSORÇÃO DO LIQUOR 
Pode ser produzido pelos plexos coroides e epêndima das paredes vasculares. Sendo o liquor resultado 
apenas de um processo de filtração do plasma pelos plexos corioides. A formação envolve transporte ativo de 
sódio e cloro através das células ependimárias acompanha de certa quantidade água para manutenção do 
equilíbrio osmótico. 
Os ventrículos laterais contribuem para o maior contingente 
liquórico. 
A) Manutenção de um meio químico estável no sistema ventricular, 
por meio de troca de componentes químicos com os espaços 
intersticiais. 
B) Excreção de produtos tóxicos do metabolismo das células do tecido 
nervoso que passam aos espaços intersticiais de onda são lançados no 
liquor e depois para o sangue. 
C) Veículo de comunicação entre as diferentes áreas do SNC. 
 
HIDROCEFALIA 
Aumento da quantidade e da pressão do liquor, levando à dilatação dos ventrículos e compressão do 
tecido nervoso de encontro ao estojo ósseo. Muitas vezes ocorre na vida fetal. 
	Vascularização
	Fluxo sanguíneo cerebral
	Vascularização arterial
	Artéria carótida interna
	Artérias vertebral e basilar
	Círculo arterial do cérebro ou polígono de Willis
	Território cortical
	Artéria cerebral anterior
	Artéria cerebral média
	Artéria cerebral posterior
	Vascularização venosa
	Sistema venoso superficial
	Sistema venoso profundo
	meninges
	Dura-máter
	Pregas
	Cavidades
	Seios da dura-máter
	Seios venosos da abobada:
	Seios venosas da base
	Aracnoide
	Cisternas subaracóideas
	Cisterna da fossa lateral do cérebro
	Granulações aracnóideas
	Pia-máter
	Liquor ou líquido cerebroespinhal
	Características
	Formação, circulação e absorção do liquor
	Hidrocefalia

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