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Farmacocinética: é o estudo do que o organismo faz com o fármaco. Possui quatro etapas: absorção, distribuição, metabolismo e excreção, além da administração como primeira etapa essencial. É quando o fármaco é absorvido pelo organismo. Assim, o fármaco passa a estar presente no plasma (sangue) do indivíduo. Fármacos lipofílicos (ácido + ácido ou básico + básico, não ionizam) serão mais facilmente absorvidos pelo organismo (não ionizam) por possuírem afinidade por lipídeos, uma vez que a bicamada que compõe a membrana plasmática das células é lipídica, os fármacos são transportados por meio de difusão passiva. Fármacos hidrofílicos (ácido + básico ionizam) serão mais dificilmente absorvidos pela lógica contrária aos lipofílicos. Alguns fatores que podem influenciar na absorção dos fármacos são o pH (potencial de Hidrogênio). Ionização: ácido + ácido ou básico + básico não ionizam e ácido + básico ionizam, pois em meio ácido o fármaco ácido não doará H+, se mantendo na forma não ionizada e será absorvido pela membrana, e em meio básico o fármaco base não receberá H+, se mantendo na forma ionizada e será absorvido pela membrana. A distribuição ocorre quando o fármaco passa para os tecidos. Do plasma para o líquido intersticial e do líquido intersticial para o meio intracelular. Algumas barreiras físicas naturais do organismo são o cérebro (barreira hematoencefálica), olhos e placenta. A transferência pode ser feita por sítio de ação (tecido específico) ou armazenada (depósito na forma livre a não ionizda). Alterações da distribuição podem ocorrer na presença de abscessos, insuficiência cardíaca e insuficiência renal. Fatores que influenciam na distribuição dos fármacos - ligados ao organismo: Fatores que influenciam na distribuição dos fármacos - ligados ao fármaco: Terminologias: Absorção: Distribuição: → Débito cardíaco. → Fluxo sanguíneo regional. → Permeabilidade capilar: grandes fendas que permitem a passagem do fármaco do capilar para o fígado. → Barreiras biológicas: barreira hematoencefálica (cérebro) e barreira placentária. → Volume do tecido. → Grau de ligação dos fármacos à proteínas plasmáticas: as proteínas plasmáticas podem ser carreadoras ou armazenadoras de fármacos. A albumina é a principal proteína plasmática sintetizada o fígado e é responsável pela distribuição e armazenamento de fármacos. → Grau de liposolubilidade do fármaco. Carolina Maschmann | @carolmedvet Farmacocinética Carolina Maschmann | @carolmedvet É o processo de inativar, tornando o lipofílico em hidrofílico e assim facilitando a excreção. Fatores determinantes: espécie, raça, sexo, idade, fatores genéticos, alterações patológicas e estado nutricional. A maioria das reações de biotransformação ocorre no fígado, que é o órgão responsável pela ativação, neutralização, armazenamento, regulação, desintoxicação, metabolização, secreção e excreção. As enzimas hepáticas metabolizam o fármaco e aumentam sua hidrossolubilidade. Nos rins, há a formação da urina que é a principal via de eliminação. Biotransformação - fases: A etapa de excreção é realizada pelos rins. As funções renais são: regulação do equilíbrio hídrico e eletrolítico, excreção de resíduos metabólicos, excreção de substâncias bioativas, regulação da pressão arterial, regulação da produção de eritrócitos, regulação da produção de vitamina D e gliconeogênese. No néfron, 100% do volume de plasma que entra na arteríola aferente é absorvido, 20% do volume é filtrado e 19% do volume é reabsorvido. No glomérulo 80% deste volume é deixado pela arteríola eferente e 99% desse volume retorna à circulação enquanto menos de 1% é de fato excretado. A urina é a principal via de excreção, porém a excreção também pode ocorrer através da bile, fezes, saliva, suor, leite e expiração. Biotransformação: → Fase I: oxidação, redução e hidrólise, tornam as moléculas mais polares, algumas reações envolvem o citocromo P450 e as enzimas presentes no retículo endoplasmático liso dos hepatócitos. → Fase II: participação de enzimas citoplasmáticas, lipofílicas após a fase I (reações de conjugação, sulfatação, metilação ou acetilação com substratos endógenos), ligação (com ácido glicurônico, sulfatos, glutationa, aminoácidos e acetatos) e inativação do fármaco, resultando no produto da conjugação → metabólito. Excreção:
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