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1 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SOCIOLOGIA OBSERVAÇÃO, PARTICIPAÇÃO E REGÊNCIA CANUTAMA – AM 2020 2 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI LENICE BARBOSA DE MELO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SEGUNDA LICENCIATURA SOCIOLOGIA OBSERVAÇÃO, REGÊNCIA EPARTICIPAÇÃO Trabalho apresentado como requisito parcial para a atribuição de nota na disciplina de Estágio Supervisionado na Gestão Educacional, do curso de Licenciatura em Sociologia pelo Centro Universitário - FAVENI. CANUTAMA – AM 2020 3 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4 1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA DE ENSINO MÉDIO .................................. 5 1.2 OBSERVAÇÃO ESPECÍFICA DA GESTÃO ESCOLAR .................................. 6 1.3 ENTREVISTA COM O SECRETÁRIO PARA CONHECER OS PROCEDIMENTOS DA SECRETÁRIA. .......................................................................... 8 1.3.1 Qual o papel da Secretária Escolar? .......................................................... 8 1.3.2 Como é a Participação da Secretária nas atividades administrativas e Pedagógicas da escola? .......................................................................................... 9 1.3.3 Quais são os problemas gerais da escola? ............................................. 9 1.3.4 Como é o relacionamento da Secretária com o quadro docente? ..... 9 1.3.5 Como é o relacionamento do Secretário com a direção/gestão? ...... 9 2 APLICAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO NO ENSINO MÉDIO ................................... 10 3 OBSERVAÇÃO ................................................................................................................11 3.1 Perfil do Professor...................................................................................................11 4 REGÊNCIA.........................................................................................................................13 5 – PARTICIPAÇÃO: SOCIOLOGIA DIGITAL: NOVAS PERSPECTIVA PARA O SÉCULO XXI .......................................................................................................................... 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ................................................................................. 23 ANEXOS .................................................................................................................................24 4 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SOCIOLOGIA RESUMO O Estágio Supervisionado, constitui-se em um componente curricular obrigatório na formação inicial de futuros professores de sociologia no qual a superação entre teoria e prática faz-se necessária através da “observação”, e desafios que se lançam aos professores nos cursos de Licenciatura. Em se tratando dos Estágios Supervisionados em Sociologia, existem especificidades que são inerentes a própria consolidação da tradição. Este relatório busca trazer reflexão e problematização concernentes a formação do professor de sociologia, a partir das experiências discentes na disciplina de Estágio Curricular, pois trata-se dos relatos das primeiras aproximações com os alunos, com a escola (campo de estágio), bem como os percursos formativos (em construção), e dos desafios e possibilidades de atuação daí decorrentes. 1 INTRODUÇÃO A formação de professores na educação, configura-se por meio dos componentes de formação básicas, dentre quais a Sociologia surge como prática de Ensino, como componentes didático pedagógico que é o Estagio Supervisionado, totalizando 4 horas diárias em conformidade com a legislação Vigente. Ademais, pretende-se por um foco os caminhos trilhados um processo formativo como licenciaturas em suas primeiras aproximações com a escola. Neste relatório destaca-se a escola Estadual Tancredo de Almeida Neves, onde foram ressaltadas observações registradas no mesmo, no que toca as principais reflexões e problematizações encontradas no decorrer nas incursões na escola (campo de Estagio) por meio de teoria – prática. Parte-se uma perspectiva da escola como espaço sócio – cultural, constituída de sujeitos heterogêneos, sejam eles professores, jovens, alunos com bagagem cultural e universos de vida plurais, além de salures, desejos e interesse que vão além do instituído diretrizes e orientações curriculares. Atrelada a esta perspectiva, a dimensão da pesquisa no Ensino Médio, encontra-se presente em todas as etapas do processo formativo de licenciatura de Sociologia, no sentido de desperta-lhes a curiosidade inerente ao saber científico, 5 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 além do emprego de técnicas e instrumentos de coleta de dados que fazem parte de sua formação. Olhar a escola num diálogo reflexivo entre os aspectos micro e macro da realidade social tendo em vista a dimensão cultural, que é outra perspectiva que orienta esta experiência de formação inicial de docência para o ensino médio, através dos estágios supervisionados. Sendo a educação um espaço que permite uma interação com outros espaços, e que funcione como uma teia de símbolos, saberes, sentido, significados e códigos institucionais que configuram acordos e conflitos. Nessa perspectiva, no estágio supervisionado, intenta-se a realização de um estudo exploratório de tipo etnográfico no espaço escolar por meio da utilização diária de um roteiro de ação com os atores escolares. 1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA DE ENSINO MÉDIO O Estágio Supervisionado de Gestão Escolar no Ensino Médio foi realizado na Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves, que está situado na Avenida Benjamin Constant, s/nº, Centro, Canutama-Am. A instituição foi criada através do Ato de Criação: Decreto nº 11031 de 14/04/1988 GAGOV do 12/04/1988 e é mantida pela Secretaria Estadual de Educação e Qualidade do Ensino do Amazonas A escola conta, em seu quadro funcional, com 05 profissionais auxiliares de serviços gerais, 05 merendeiras, 05 vigias, 03 assistentes administrativos, 01 secretário, 02 assistentes pedagógicos, 01 coordenador pedagógico, 03 pedagogos, 18 professores, além do Gestor Escolar. Estão matriculados na escola 615 alunos, distribuídos em 30 turmas. As turmas estão organizadas em Séries regulares: 1ª Série, 2ª Série e 3ª Série do Ensino Médio, em Séries com mediação tecnológica, correspondendo, também, a 1ª Série, 2ª Série e 3ª Série do Ensino Médio com mediação tecnológica, Ensino Fundamental de 6º ao 9º Ano mediado por tecnologia, que possui apenas 1 turma e o EJA/Ensino Médio, que possui duas fases. Os alunos estão matriculados da seguinte forma: 1ª Série matutino, “turma 01” e “turma 02” com 61 alunos; 2ª Série matutino, “turma 01” e “turma 02” com 44 alunos; 3ª Série matutino, “turma 01” e “turma 02”, com 34 alunos; 6 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 1ª Série vespertino, “turma 01” e “turma 02” com 65 alunos; 2ª Série vespertino, “turma 01” e “turma 02” com 55 alunos; 3ª Série vespertino, “turma 01” e “turma 02”, com 36 alunos; 1ª Série noturno com mediação tecnológica, ‘turma 01”, “turma 02”, “turma 03”, “turma 04” com 63 alunos; 2ª Série noturno com mediação tecnológica, ‘turma 01”, “turma 02”, “turma03”, “turma 04”, “turma 05” com 52 alunos; 3ª Série noturno com mediação tecnológica, ‘turma 01”, “turma 02”, com 31 alunos; 1ª Fase do 6º ao 9º Ano do Ensino Fundamental mediado por tecnologia noturno, “turma 01” com 20 alunos; 1ª Fase da EJA noturno, “turma 01”, “turma 02”, “turma 03” com 105 alunos; 2ª Fase da EJA noturno, “turma 01”, “turma 02”, “turma 03” com 50 alunos; A escola é locada num prédio onde existem 06 salas de aula, 01 cozinha, 08 banheiros, 01 secretaria, 01 refeitório, 01 diretoria, 01 sala da coordenação pedagógica, 01 sala de biblioteca, 01 sala de depósito de merenda, 01 sala de material de limpeza e 01 sala de utensílios de cozinha, 01 laboratório de informática, 01 sala dos professores, 01 almoxarifado e 01 sala do setor Pessoal. É importante mencionar que algumas escolas do interior do município que ofertam o ensino mediado por tecnologia estão vinculadas a Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves, por isso a escola apresentou um número maior de turmas pra quantidade de salas disponíveis no prédio onde a escola está situada. Atualmente, a escola não desenvolve nenhum projeto e nem possui Projeto Político Pedagógico. Segundo o pedagogo da escola a elaboração do PPP está prevista para o outro ano. A Escola mantém um bom relacionamento com os pais dos alunos que sempre comparecem as reuniões quando marcadas pela direção. A instituição de ensino promove várias maneiras de avaliar o desempenho de seus alunos, através de provas escritas, participação de aulas de laboratório, trabalhos individuais e coletivos, provas multidisciplinares, referentes aos conteúdos estudados no semestre. Foi observado, ainda, que não há, na escola, alunos com necessidades especiais. 1.2 OBSERVAÇÃO ESPECÍFICA DA GESTÃO ESCOLAR O profissional escolhido para realização das observações foi o Pedagogo, que possui 36 anos de idade e exerce sua função na Escola Estadual Tancredo de Almeida 7 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 Neves há dois anos, trabalhando no turno vespertino. No entanto, o profissional é formado em pedagogia há quatro anos. O pedagogo trabalha com diversas funções referentes a auxilio e orientação aos professores em questões referentes ao processo de ensino e aprendizagem, coordenação dos planos de ensino, organização dos planos de ensino, participação nos conselhos de classe, organização das turmas, coordenar reuniões pedagógicas com pais de alunos, promover a integração entre a escola e a família do estudante e através de eventos nos quais a família possa participar e conhecer o trabalho desenvolvido pela escola, Participar na organização das turmas, calendário letivo, distribuição das aulas e disciplinas, horário semanal de aulas.. É função do pedagogo, ainda, fazer orientações pedagógicas com os alunos, Orientar o professor no registro dos livros de frequência em consonância com as normas vigentes, verificar aparatas de notas e frequências, vistoriar o diário escolar, fiscalizar o estoque de merenda e etc. Pode-se observar que os professores procuram o pedagogo para pedir orientações acerca de como aplicar um plano de aula de modo que os alunos possam ter facilidade em assimilar o conteúdo. O pedagogo, nesse caso, incentiva e assessora o professor na seleção de recursos didáticos para o ensino e aprendizagem dos conteúdos escolares. Sobre esse aspecto, (Santos, Prus, 2011, p. 105), enfatizam que: Verificou-se que atuação do pedagogo está focada no coletivo, pois ele sempre conversa com os demais profissionais da escola e com os pais antes de tomar decisões, sempre buscando atender aos anseios da comunidade escolar, sempre em prol de uma educação de qualidade. Nesse aspecto (BRZEZINSKI, 2003) afirma que “a atuação da equipe pedagógica, em uma perspectiva focada no trabalho coletivo, tem como um de seus principais objetivos, efetivar um trabalho educativo que garanta a assimilação do conhecimento elaborado cientificamente”. Entre as principais atribuições dessa equipe está o assessoramento e orientação aos professores, garantindo o desenvolvimento de um trabalho pedagógico que possibilite o aprendizado de todos os estudantes, contribuindo para a transformação social. 8 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 Entre as facilidades relatadas pelo pedagogo, está a existência da gestão democrática dentro da escola, dando autonomia para gerir os processos internos e para decidir a favor dos interesses da educação, mesmo que, para isso, seja necessário contrapor-se à mantenedora da instituição em algumas situações. O poder de decisão não está centrado, apenas, nas mãos do diretor, embora o pedagogo sempre o consulte, assim como os demais servidores, professores e comunidade antes de pôr em prática suas ideias. Com relação às dificuldades, o pedagogo relata a falta de interesse dos alunos pelos estudos. Por mais que ele aconselhe os alunos a valorizarem os estudos para poderem ter uma vida melhor e poder sair da situação de pobreza onde a maioria vive, os alunos, simplesmente, ignoram as suas palavras. 1.3 ENTREVISTA COM O SECRETÁRIO PARA CONHECER OS PROCEDIMENTOS DA SECRETÁRIA. Nome do secretário da escola, Mistael da Silva Leão, servidor público a 10 anos, concursado pela Secretária do Estado do Amazonas (SEDUC). 1.3.1 Qual o papel da Secretária Escolar? O secretário escolar é a principal responsável por atuar na gestão de registros e documentos escolares auxiliando toda a gestão. O Secretário Escolar tem a responsabilidade de operacionalizar processos de matrícula, transferência de alunos, organizar e montar turmas, abrir pastas para organizar o registro histórico escolar dos estudantes. O Secretário Escolar é o profissional essencial para o estabelecimento do ensino o seu papel hoje é o Gestor Administrativo, dentre as suas atribuições compreendem atividades essenciais como: - Indicar aos gestores decisões a serem tomadas e adotadas. - Receber a comunidade escolar. A participação de todos nas decisões internas da escola é importante porque a qualidade pedagógica do processo educacional é maior; todos têm poder de decisão, o que permite que as necessidades sejam contempladas; não existe centralismo apenas nas mãos do gestor, o que evita que as questões financeiras e administrativas sejam resolvidas por uma única pessoa. (Santos, Prus, 2011, p. 139). 9 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 - Estabelecer ação conjunta com a orientação pedagógica e demais setores da educação. 1.3.2 Como é a Participação da Secretária nas atividades administrativas e Pedagógicas da escola? O Secretário é responsável em planejar, coordenar e executar todos os trabalhos administrativos da escola dentro dos prazos estabelecidos, e também de participar das reuniões pedagógicas e de gestão escolar em parceria com o gestor. Uma das atribuições principais é conhecer o Regimento Escolar e o PPP Projeto Político Pedagógico, observando a legislação aplicável a cada situação, evitando problemas, corrigir desvios e oferecer soluções, quanto as suas obrigações diárias; manter articulações com setores técnicos – pedagógicos e participação no planejamento geral da escola. 1.3.3 Quais são os problemas gerais da escola? Os problemas vivenciados no ambiente escolar de maneira geral são: - Falta de respeito dos alunos para com professores e funcionários. - Atos de vandalismo como por ex: pichação, destruição do patrimônio público. - bullying - brigas constantes envolvendo alunos. - furtos de materiais - falta de material didático – pedagógico, permanente, higiene e limpeza. - falta de apoio para o gestor desenvolver um trabalho democrático. 1.3.4 Como é o relacionamento da Secretária com o quadro docente? O relacionamento é de profissionalismo,responsabilidade, respeito mútuo e de colaboração. 1.3.5 Como é o relacionamento do Secretário com a direção/gestão? Inicialmente de respeito e confiança mútua onde prevalece a capacidade de iniciativa, comunicação, disponibilidade para inovação e mudanças, além da assimilação de novos valores de qualidade, produtividade e acima de tudo espírito de equipe com a capacidade de decidir problemas e desempenhar novos trabalhos. 10 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 2 APLICAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO NO ENSINO MÉDIO No dia 21/10/2019, aplicou-se o plano de ação para os alunos do 1º Ano do Ensino Médio da Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves, cujo tema abordando foi: “A importância dos Estudos para a Conquista de um Bom Emprego, no qual participaram 10 alunos. Ao iniciar a ação, juntamente com o pedagogo e mais dois professores, dirigimos – nos aos locais de trabalho braçal e o trabalho burocrático dentro de um escritório. Paramos em um local onde estava sendo construída uma casa, foi quando os alunos perguntaram do pedreiro se poderia responder a algumas perguntas relativas à sua profissão. Em uma atitude colaborativa, disse que recebe diária no valo de R$120,00 (cento e vinte reais) e salientou que em decorrência da profissão sente dores lombares diante do esforço físico que o trabalho exige. Relatou que estudou somente até a 3ª série primária e que é comum passar até meses desempregado por falta de demanda, pois nem sempre tem casas, calçadas, muros para construir, e, em meio a entrevista ele (o pedreiro) permitiu que os alunos experimentassem como se faz a massa de cimento. Porém aos 10(dez) alunos, somente 02 (dois) ofereceram-se para tal experiência, e em pouquíssimo tempo demonstraram visível cansaço com a camisa encharcada de suor. Agradecemos a colaboração do pedreiro e em seguida, nos dirigimos ao posto de saúde, onde o médico já estava a nossa espera. Ao adentrarmos em seu consultório foi notória a diferença nas condições de trabalho. Enquanto o pedreiro trabalhava exposto ao sol quente, em pé, e fazendo grande esforço físico, o médico exercia suas funções numa sala climatizada, sentado confortavelmente e sem a exigência de esforçar-se fisicamente. Em meio as perguntas, revelou que sente-se realizado em sua profissão, que o salário é muito bom e compensa os anos árduos de estudos que teve de enfrentar. Concluindo a visita, avançamos para a próxima etapa que foi o debate sobre o objetivo deste Plano de Ação, e que após terem visto “in loco” o contraste entre as 11 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 profissões, os alunos possam repensar seus conceitos, envereda pelo campo de reflexão, despertando o interesse pelos estudos para que possam conquistar uma profissão que possa proporcionar-lhes uma melhor qualidade de vida e um futuro brilhante. 3 Da Observação: Antes de iniciar o estágio, fiz questão de ter um primeiro contato extra classe com a professora Maria Cleonice Alves Bentes, titular da disciplina de Sociologia na sala do 3º ano do Ensino Médio, onde o estágio foi realizado. O motivo desse contato foi para ter inicialmente uma visão contextualizada da dinâmica de sua atuação docente através da sondagem de planejamento, recursos metodológicos, avaliação e sua interação pessoal com os alunos. 3.1 Perfil da Professora e Alunos: a professora Maria Cleonice Alves Bentes, é especialista em Psicopedagogia, atua no magistério a 37 anos, ingressando na profissão por meio de concurso público, e foi notório a familiarização da professora com o ambiente escolar e com os alunos, onde a mesma faz questão de colocar-se no papel de ajudadora transmitindo segurança e acima de tudo transformando a sala de aula em um espaço democrático. Em relação aos alunos, percebe-se que são assíduos, e participativos, e conseguem manter um bom padrão de comportamento tendo em vista que são alunos finalistas já com o pensamento voltado para o ingresso na faculdade. O Estágio Supervisionado teve início no dia 16 de setembro de 2019 e finalizou em 20 de dezembro de 2019, na Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves, na sala do 3º ano, turma 01 e 02, turno matutino das 07:00 as 11:15, com o cumprimento de carga horária de 45 minutos. Fui apresentada à turma na condição de estagiária e a professora titular Maria Cleonice Alves Bentes comunicou a turma que eu me faria presente no período dois meses para cumprir a exigência parcial do curso de licenciatura de Sociologia, no qual a primeira etapa seria realizada somente de observação. Após as formalidades convencionais de apresentação, fiz uso da palavra, tecendo considerações sobre a disciplina valendo-me de uma visão geral questionando a turma; - Que vocês entendem e pensam da Sociologia como comportamento humano? 12 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 - Como vocês vêem a experiência do professor como responsável por transmitir os conhecimentos sociológicos? - A dinâmica utilizada e desenvolvida em sala de aula para transmissão de conhecimentos é adequado? - O debate no campo das idéias tem bons resultados, já que a escola também é um lugar de contrários? O que despertou minha atenção foi que todos os alunos no total de 25 mostraram – se entusiasmados ao responder que gostam das aulas de Sociologia, porque não é uma disciplina cansativa, a professora Maria Cleonice Alves Bentes sempre chega trazendo algo novo. Mencionaram que gostam de debates temas como: Movimento LGBT, Prostituição, Drogas, Direitos Humanos, Criminalidade, Racismo, Gravidez Precoce, Movimentos Sociais, Homofobia, enfim, temos que ter como pano de fundo o cotidiano da nossa sociedade. Com base nessas respostas, cabe aqui ressaltar que a professora titular, mesmo sendo graduada em Letras, conduz com muita propriedade porém de forma democrática todas essas abordagens didáticas solicitadas por seus alunos. Durante o percurso da observação foquei na metodologia utilizada pela professora. Para não perder tempo fazendo chamada oral, ela distribuiu uma lista de presença onde os alunos escrevem seus nomes e também não fez uso do quadro para que os alunos não perdessem tempo escrevendo. O quadro só era utilizado quando haver necessidade de se trabalhar conceitos clássicos e ainda assim a professora pedia que os alunos fotografassem com seus celulares, único momento em que era permitido o uso dos mesmos durante as aulas. Esse método foi adotado em decorrência do calendário escolar só oferecer duas aulas semanais, porém em total concordância com os alunos. Daí eram sorteado um tema e iniciava-se o debate com exposição de idéias e opiniões, onde os alunos mostravam-se entusiasmados por terem voz e vez, o que não ocorre em outras disciplinas (fala deles). Para diversificar as aulas, alguns filmes voltados para a disciplina foram trabalhadas, também com debates e explanação da bagagem de experiências trazidas pelos alunos. 13 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 Outro recurso didático-metodológico levado para o âmbito da sala de aula foi; “a notícia que virou fato”. Mais o que vem a ser isso? Os alunos selecionam as principais notícias que foram destaque nos tele jornais durante a semana, e as transformam em temas para debates paralelos. Os alunos também selecionaram um mural Sociológico, onde foram afixados notícias e fatos que ocorrem na cidade, além dos fatos, recortes de jornais e revistas que tornaram-se alvo de questionamentos oportunizando a expressão de liberdade de opinião no meio escolar. Nos últimos cinco minutos, a professora titular, fazia uma reflexão, ou uma dinâmica de auto - ajuda proporcionando aos alunos um breve relaxamento. Diante desse cenário pude perceber que os alunosaceitam a disciplina de Sociologia como um processo de interação social, onde o processo ensino- aprendizagem é digerido pelo prisma do diálogo, onde o olhar sobre as diferenças é visto com respeito e compreensão. A professora titular conseguiu encaixar a Sociologia como disciplina escolar em um conjunto de avaliações teóricos-práticos-metodológicos que permite tanto ela quanto os alunos mergulhar na realidade social além do tempo. “Esse é o resultado de um trabalho de conscientização,” (frisou ela). 4 Da Regência Os desafios e perspectivas do professor de sociologia Como deve atuar esse profissional? - O professor que ministra essa disciplina, precisa ter uma visão ampla de mundo e dos processos sociais. Sua formação deve ser voltada à pratica de pesquisa envolvendo domínio de técnicas de levantamento, análise e interpretação de dados. Esta visão ampla que o professor deve possuir sobre a sociedade e sobre os conflitos modernos faz com que seu campo de atuação seja bastante diversificado. A pesquisa pode ser considerada a essência do trabalho de um professor que atua com essa disciplina, ele atua nas diversas etapas da elaboração desses estudos; levantamento e seleção de dados, interpretação das informações, elaboração de relatórios, etc.... Ainda na condição de professor, deve repassar aos seus alunos as características de grupos sociais, culturais, econômicos e políticos, analisando suas estruturas, particularidade e como os indivíduos relacionam-se entre si e com todo o 14 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 grupo, procurando explicar os fenômenos sociais nos campos da cultura, religião, ciência, economia, entre outros... Cabe ao professor de sociologia, inserir seus alunos no contexto da realidade social de um mundo cada vez mais globalizado, analisando através de pesquisas e levantamentos de dados, produzindo informações e diagnósticos que sirvam de subsídio para ações práticas nos seguintes campos; - Pesquisas sociais - Pesquisas eleitorais - Pesquisas cientificas - Pesquisa de mercado - Pesquisa de opinião pública. A institucionalização da sociologia como disciplina nas escolas, trouxe novos desafios que ainda precisam ser superados, pois a escola sempre foi um enorme objeto de estudo para essa disciplina plenamente definida em relação ao seu papel transformador quando inserida no processo educativo, e ainda mais como objeto de transformação diante do conato com a experiência escolar. A complexidade dos conteúdos tratados pela abordagem sociológica, torna-se pois um desafio para o professor na sua tarefa de proporcionar meios para que o aluno consiga compreender a infinidade de conceitos, ideias e teorias do próprio processo de construção do conhecimento sociológico. Um do maiores desafios do professor que atua com a disciplina de sociologia, é tentar despertar o interesse do aluno para um novo mundo de conhecimento, estudando o homem e a sociedade de forma altamente generalizado, pois seria um enorme equívoco tratar o sujeito em formação como um recipiente vazio de conhecimentos, pronto para ser preenchido com ideias acabadas, onde o professor entra na sala de aula não só para ensinar mais também para aprender. Nesse contexto é necessário que a linguagem do professor não se torne uma barreira em meio a esse processo, pois é notório o problema da realidade do aluno com aquilo que é tratado na sala de aula. 15 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 5 PARTICIPAÇÃO: SOCIOLOGIA DIGITAL: NOVAS PERSPECTIVA PARA O SÉCULO XXI As atividades cotidianas tem sido cada vez mais permeadas pelo uso da internet e das tecnologias digitais em plena limiar do século XXI, e uma das inovações nas área, é a utilização da sociologia digital, que vem estudar a forma como as novas tecnologias de informação, impactam os diversos aspectos da vida, tanto em termos teóricos como em termos metodológicos que funcionam da seguinte forma: - A cada ação realizada, são gerados inúmeros dados cuja concentração é chamada de “Big data”, tais dados são analisados amplamente pelo mercado mais ainda de maneira incipiente pela pesquisa sociológicas. Já a sociologia digital propõe que os métodos tradicionais de pesquisas sociológicas devem ser repensados, a fim de acompanhar a dinâmica e fluidez das novas tecnologias. Técnicas como questionários, entrevista e levantamento de dados precisam considerar que hoje a multiplicidade de informações atribuídas das tecnologias digitais. Nesse contexto, a sociologia digital, é o campo emergente da sociologia que se propõe a entender os impactos das novas tecnologias sobre as concepções dos indivíduos, personificação das relações sociais na sociedade digital, assim como o novo papel da sociologia diante de tal realidade. Em linhas gerais a sociologia digital, tem implicações mais amplas que a sociologia tradicional, ela busca saber como os sociólogos estão usando as mídias digitais como parte do seu trabalho. Podemos citar como desafio também a implantação da disciplina de sociologia no Instituto Nacional de Educação de surdos-INES. Implantado no currículo do ensino médio a partir da resolução nº 01 de 15 de maio de 2017, aprovada pelo CNE- Conselho nacional de educação, à disciplina é ministrada em Libras, para atender as necessidades da clientela. Como a surdez acaba por prejudicar muitos alunos no que se refere ao conhecimento geral de mundo e aos acontecimentos da atualidade, após estudos específicos chegou- se a conclusão que o método maia adequado para trabalhar com os alunos portadores de surdez é o método conceitual para formar crianças e adolescentes. 16 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 A escola deve mudar e espera-se que esta mudança seja principalmente no foco de atuação do professor, que necessita urgentemente buscar a reconstrução de outras culturas e identidades. Cabem então as perguntas: - Quais são as tensões e conflitos do professor frente as mudanças sociais e os desafios e perspectivas? - Quais os processos de criação e construção cotidianos no desenvolvimento desse trabalho? - Quais as exigências para a sua formação no desenvolvimento da sua atuação? Em função dessas questões procura-se discutir os dilemas da função docente hoje, buscando no próprio professor e no seu processo de produção os sentidos de mudança. Parte-se então para uma reflexão sobre a natureza do trabalho pedagógico, para não perder de vista os objetivos educacionais que lhes são próprios na qual procura-se considerar três campos que caracterizam o trabalho docente; o da competência cientifica, o técnico didático e o humano social, que também circunscreve a questão cultural que deve caminhar atrelada a essência do trabalho pedagógico apontando necessidades urgentes da função e formação docente na atualidade. Por outro lado, a representatividade social que a formação continuada apresenta quanto ao bom desempenho do professor diante do complexo cenário de atuação profissional, considerando as crescentes demandas nas exigências sociais, tem sido um dos pontos nos quais situa-se o discurso dos espaços educacionais tanto em nível universitário como médio e também da própria socialização. Nesse paradigma, cabe ainda ao professor de sociologia, inserir em seu planejamento conceitos de necessidades sociais como; Autonomia, socialização e diferenciação. Só progressivamente se adquire autonomia, e o processo social que leva da dependência a autonomia e a socialização cujo desenvolvimento constitui essa base essencial da identidade do sujeito. É importante que os alunos alcancem que a autonomia social leva ao desabrochar da singularidade e cada um, desde que exista, ao mesmo tempo, a construção de uma semelhança com outrem, já que um duplo mecanismofunciona 17 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 aqui diferenciação e identificação, e é por essa dupla via que a identidade se alto constrói. Os alunos e professores devem erigir-se por esse conjunto de interações que mantem com o seu meio, surgindo como um dos fenômenos mais importantes e complexos da vida humana por que mostra como as diferenças e semelhanças de comportamento que surgem em nossas histórias e são frutos de interações bi psicoculturais entre o indivíduo e seu meio. Em seu planejamento, o professor de sociologia, deve trabalhar as três dimensões que possibilitam os processos atuantes na socialização de seus alunos; a interação social que integra as diversas aprendizagem que condicionam e orientam o comportamento dos indivíduos de tal forma que adotam uma conduta conforme às esperanças de outrem. A “identificação”, que permite ao indivíduo interiorizar traços de outro que lhe servem de modelo, e a construção de uma imagem social de “si”, confeccionada pelos valores que são objeto de uma adesão particular, de acordo com a cultura na qual o indivíduo está mergulhado. No interior dos fenômenos de uniformização surgem comportamentos diferenciados que são também elementos constitutivos essenciais do bem estar social. Essas diferenças podem ser explicadas pela estruturação em corte formal de estratos e de classes, mas também por um processo segundo o qual um indivíduo exprime uma afirmação de si mediante sua regularidade em relação ao outro (reivindicação do direito a autonomia, à liberdade, à diferença) Assim, a diferenciação caracteriza-se por um duplo movimento, valorização de si pela conformidade e valorização de si pelas diferenças sociais. Com base nesse conjunto de dimensões de ordem afetiva, cognitiva, social e ética, formou-se o sistema que constituem o fundamento dos atos educativos do instituto nacional de educação de surdos, que tem como paradigma os desafios e perspectivas aqui elencados e que tem servido de exemplo para os demais, sendo visto como um ato de mudança a pratica educativas ultrapassadas em sua totalidade no qual o agir pedagógicos se faz urgente. 18 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 A Regência é o momento culminante do estágio, pois assessorado pela professora da sala, pelo supervisor e orientadora do estágio, fará com que o planejamento, a execução, projetos e avaliação aconteçam de forma efetiva. Está é a fase que requer o preparo das atividades elaboradas pela estagiária com objetivos e métodos adequados ao nível dos alunos sempre com a anuência e acompanhamento da professora titular. Os requisitos necessários à está modalidade ocorrem após o período de observação e participação que me levaram a conhecer e interagir com a comunidade e a clientela escolar. De posse desses dados e com a devida assessoria pude enfrentar o desafio da regência participando de todos os projetos, aulas, debates, seminários e demais atividades realizadas no trajeto de estágio. 19 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 CONSIDERAÇÕES FINAIS O conjunto de proposições citadas nesse (trabalho, resumo, síntese, relatório, etc.) é o resultado de uma pesquisa da multireferencialidade, isso porque hoje as ciências da educação devem hoje constitui-se no plural, pois no estado atual do conhecimento toda unificação é ilusória. Em diversos momentos salientou-se a importância do sujeito/professor/aluno e de seu necessário retorno no contexto educativo pós moderno quantos aos desafios e perspectivas da docência em sociologia, já que a corrente Sociológica das organizações distingue o agente do ator. O agente designa a engrenagem de uma máquina age pela finalização do sistema, mostra competência, é um sujeito agido, já o ator caracteriza-se por uma intencionalidade, tem estratégias, é provido de consciências e iniciativa, tem projetos e intervê a possibilidade de mudanças. Diante do Exposto, ao se propor o sistema pedagógico multireferencial e integrado, está se valorizando a tríade: “agente-ator-autor, e por certo é preciso reanimar o desejo de inserção, de socialização positiva, de participação ativa, de cidadania total, no qual o sujeito deve viver experiências concretas antes de extrair leis abstratas cabendo ao professor favorecer a descoberta, a construção das noções em jogo, em vez de apresentar coisas já feitas. Ao refletir sobre os desafios a serem enfrentados pelo professor na atualidade, depara-se com a dificuldade de combinar os muitos os muitos fatores que dizem respeitos a formação humana, e o contexto atual em que os problemas político- econômicos estão aliados vertiginosamente a evolução cientifica e tecnológica, movido pela mudança nas formas de ser e viver dos homens em todos os níveis desconcertando a quem tem a profissão de ensinar crianças, adolescentes. A escola deve mudar e espera-se que essa mudança seja principalmente no foco de atuação do professor, que necessita urgentemente buscar a reconstrução de outras culturas e identidades. Cabe então perguntar: - Quais são as tensões e conflitos do professor frete as mudanças sociais e aos nossos desafios e perspectiva? 20 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 - Quais são os processos de criação e construção cotidianos no desenvolvimentos do trabalho pedagógico no atual contexto? - Quais as exigências para a sua formação no desenvolvimento desse trabalho? Em funções dessas questões procura-se discutir os dilemas da função docente hoje, buscando no próprio professor e no seu processo de produção os sentidos da mudança. Parte-se então para uma reflexão sobre a natureza do trabalho pedagógico, para não perder de vista os objetivos educacionais que lhes são próprios no qual procura-se considerar três campos que caracterizam os campos docentes, o da competência cientifica, o técnico-didático e o humano-social, que também circunscreve a questão cultural que deve caminhar atrelada a essência do trabalho pedagógico apontando necessidades urgentes da função e formação docente na atualidade. Por outro lado, a representatividade social que a formação continuada apresenta quanto ao bom desempenho do professor diante do complexo cenário de atuação profissional, considerando as crescentes demandas nas exigências sociais, tem sido um dos pontos nos quais situa-se o discurso dos espaços educacionais tanto em nível universitário como médio. Quando se trata de discutir a necessidade do professor se atualizou e enfrentou desafios para desenvolver novas perspectivas dentro do seu trabalho, muitas são as justificativas que surgem tentando implementar e solidificar cada vez mais uma atuação correta para o oficio docente. Exatamente por se tratar de um momento em que notáveis avanços aderidos do desenvolvimento econômico e das múltiplas alterações que decorrem no seio social, a organização do trabalho educativo, alcança nossos paradigmas e alterações diversas demandas o reencontro de seus pensantes, aptos e atuantes na perspectiva de construir respostas educacionais que correspondem aos objetivos urgentes. Nesse pressuposto, a formação continuada se faz elo, entre a profissão e a construção da identidade do educador a formalizar a dinâmica social do seu trabalho docente, especialmente pelo seu caráter conjunto e pela interação da classe educativa com vistas a melhoria da qualidade de ensino rumo ao alcance de seus objetivos, os quais retratam como função social e para a escola a instrumentalização de um ensino 21 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 no qual se vivencia a garantia de uma educação para a vida, ou seja, que o que se aprende na escola para todaa vida, capaz de responder as turbulências da sociedade. Em um país como o Brasil, onde a luta pela distinção é parte importante para o cidadão, há de se concordar que a educação é o caminho pelo qual jovens estudantes dos meios populares recorrem para atingir seus objetivos. A escola é a parte desse caminho, isso porque ela “facilita” o acesso ao mercado profissional com formação mais especifica do estudante, além de outras aspirações. O Estágio foi um período de aprendizado para mim, onde tive a oportunidade de conhecer e interagir com a comunidade escolar, e em especial com os alunos, conhecer, conhecer seus universos, suas experiências de vida, suas aspirações. Assumir a condição de estagiária me proporcionou colocar em prática as teorias sociológicas estudadas na graduação de Sociologia, permitindo – me refletir sobre os conhecimentos escolares e extraescolares, principalmente na vida que acontece no entorno da escola. Portanto, a dimensão da pesquisa e do diálogo entre teoria e prática foram elementos essenciais nesse percurso formativo. Como o objetivo deste Estágio foi promover os principais contatos com a escola e seus atores, penso que consegui atingir os objetivos propostos visto que alcancei as orientações de executar uma observação explanatória realizada na escola. Consegui igualmente desenvolver o espírito e a capacidade de trabalhar em equipe como espaço de atuação profissional futuramente. Esse sendo um trabalho resultante de atividade da disciplina de Estágio Supervisionado, torna-se prematuro defender com exatidão a existência da necessidade as vezes relativos a realidade da escola pública. Mais nessa breve discussão, considero que a escola ainda precisa estudar possibilidades criativas de fazer com que as disciplinas relacionadas na área de Ciências Humanas, sejam consideradas no que se refere a sua contribuição ao desenvolvimento humano. A Sociologia, ainda na busca do seu reconhecimento como disciplina precisa ser acompanhada pela Universidade, não só no sentido de avaliar ás práticas de ensino dos professores, mas também no reconhecimento da sua importância na vida do jovem aluno. 22 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 Pontos Negativos: O único ponto negativo por mim detectado é a carga horária da disciplina que oferece apenas duas aulas semanais, prejudicando a aplicação dos conceitos o que muitas vezes interfere negativamente na aprendizagem do aluno. Pontos Positivos: O Estágio me proporcionou conhecer e vivenciar as atividades de aprendizagem direcionadas aos alunos pela participação em situações reais que permitiu tanto para mim, quanto aos alunos, aplicar e aprofundar os conhecimentos e objetivos do curso. Considero uma experiência ímpar e enriquecedora no qual cada experiência vivida de ponto de partida para o enfrentamento de novos desafios e conquistas. 1 - Conteúdos Desenvolvidos: Os conteúdos desenvolvidos em sala de aula foram trabalhados em conformidade com o planejamento da disciplina, porém flexibilizadas de acordo com as necessidades de mudanças atendendo aos anseios dos alunos que preferem um maior envolvimento com temas atuais partindo do princípio que como são alunos concludentes já possuem melhor discernimento crítico para debater os mesmos porque já tem uma noção mais definida do seu papel de cidadão. 2 – Objetivos: - Participar na elaboração de atividades de ensino que permitem a participação direta da transmissão do conhecimento com planos relacionados à disciplina de Sociologia, desenvolvendo através de situações reais, os conhecimentos pedagógicos adquiridos durante o curso, adquirindo experiência com profissionais em atuação. - Observação ás aulas administradas na disciplina. - Adquirir e aprimorar conhecimento através de observação das aulas. - Colocar em prática os desafios que são conhecidos na prática. 23 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ALMEIDA, Claudia Mara de; SOARES, Kátia Cristina Dambiski. Pedagogo escolar: As funções supervisora e orientadora. Curitiba: Ibpex, 2010. BANDIER, A. e Celeste B. Élaboración de Progets d’action et planificação et Sociologia, (2012). Paris – Puf. DE MONTMONLLIN G. (2007) Fenômenos, fatores e teorias da Sociologia, Paris – puf. Freire, Paulo, Pedagogia do Oprimido, Ed. Paz e Terra: 2013 – 1ª Ed. PIMENTA, Selma Garrido. O pedagogo na escola pública. Loyola: São Paulo, 1991. POURTTOIS, Jean Pierre Huguette, As Doze Necessidades da Educação Pós- Moderno. (2014). Ed.Loyda. São Paulo. SANTOS, J.G.; PRUS, E. M. Organização e Gestão Educacional. Curitiba:2011. VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto político-pedagógico da escola: Uma construção possível. Campinas: Papirus, 1995. VYGOTSKY, L.S. Imaginação e criação na infância. São Paulo: Ática, 2009. WEISS, M. L. I. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro,1999. 24 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 ANEXOS 25 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 26 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 27 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 28 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 29 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 30 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 31 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 32 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 33 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 34 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 35 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 36 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 37 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 38 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 39 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 40 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 41 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 42 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 43 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 44 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030 45 R. Força Pública – Centro – Nº89 – Guarulhos – SP. CEP: 07012-030