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O conceito de Stakeholder
Luis Fernando Conduta
Introdução
Toda organização é constituída com um propósito, seja ele a criação de riqueza para seus 
sócios/acionistas/investidores, ou então o atendimento de uma demanda assistencial que o 
Estado não conseguiu suprir. Sempre haverá, portanto, indivíduos interessados nessas organiza-
ções, sejam elas com ou sem fins lucrativos, e que contribuem com seu pleno desenvolvimento. 
Para começarmos a pensar de maneira mais abrangente e crítica, vamos lançar alguns ques-
tionamentos: Quem são esses indivíduos interessados na organização? Por que eles se interes-
sam? Quais são os tipos de organização? E o que caracteriza esses indivíduos como interessados 
pelo que ocorre nelas? 
São esses os questionamentos iniciais que nos proporcionarão uma discussão mais solidifi-
cada e assertiva. Entenda que, ao longo de nossas discussões, identificaremos que essas partes 
interessadas são chamadas de stakeholders. Mas o que é essa definição e por que ela existe? 
Todas as questões propostas serão solucionadas ao longo desta aula, seja com explanações teó-
ricas ou a apresentação de casos práticos. 
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta aula, você será capaz de:
 • entender o conceito de stakeholder; e
 • compreender o papel dos stakeholders na organização.
Tenha um ótimo aproveitamento!
1 Stakeholder 
A partir de agora, iniciaremos nossas discussões evidenciando o que são os stakeholders e 
como eles são compostos. De acordo com Freeman (1984, tradução do autor), “os stakeholders 
em uma organização são, por definição, qualquer grupo ou indivíduo que pode afetar ou ser afe-
tado pela realização dos objetivos dessa companhia”. Em outras palavras, podemos dizer que 
stakeholders são aquelas pessoas ou grupos que possuem participação, investimento, ou então 
ações, em uma organização. 
 
Figura 1 – Pesquisando o significado de stakeholders.
Fonte: Rawpixel.com/Shutterstock.com
SaIba maIS!
Para fins de complementação do conteúdo aqui estudado, sugerimos a leitura do 
livro de Robert Edward Freeman, “Strategic Management: A stakeholder approach”. 
Esta leitura lhe proporcionará uma visualização amplificada a respeito desses 
agentes, sua influência e atuação perante as operações empresariais.
A atenção a esses grupos é de suma importância, pois neles repousam valiosas informações 
para o pleno desenvolvimento da operação dessas organizações. Descuidar dessas informações 
poderá causar sérios problemas às companhias. Segregando a palavra stakeholder temos:
 • stake: interesse, participação, risco;
 • holder: aquele que possui.
FIque atentO!
Os stakeholders podem ser caracterizados como pessoa física ou jurídica, pois a 
participação no risco pode estar relacionada a indivíduos ou grupos empresariais.
Logo abaixo, apresentamos alguns exemplos de stakeholders, que são indivíduos ou grupos 
direta ou indiretamente afetados pela ação de uma organização, podendo ser internos ou externos:
 • comunidade;
 • concorrentes;
 • clientes;
 • fornecedores;
 • governo;
 • investidores;
 • acionistas;
 • sócios;
 • gestores; e
 • instituições financeiras.
Figura 2 – Participação dos stakeholders.
Fonte: hywards/Shutterstock.com
exemplO
Podemos exemplificar os stakeholders a partir da seguinte situação: 
A companhia Alfa deseja realizar um novo investimento em uma máquina, no valor 
de R$ 500.000,00, contudo, para que este investimento seja aprovado, é necessário 
que as partes interessadas aprovem tal medida. As partes interessadas são os stake-
holders, caracterizadas nesse caso por acionistas, diretores, gerentes e investidores.
O termo stakeholder surgiu em 1963, por meio de um memorando interno do Stanford Rese-
arch Institute, emitido pelo filósofo Robert Edward Freeman (FREEMAN, 1984). O documento fazia 
referência a grupos cujo apoio era essencial à existência da organização. Ainda para Freeman (1984), 
o criador do termo stakeholder, esse possui dois sentidos, um amplo e outro mais estrito. Confira! 
 • Sentido amplo: todo grupo ou indivíduo que influencia ou é influenciado pelo alcance 
dos objetivos da organização. 
 • Sentido estrito: indivíduos ou grupos que a organização depende para se manter viva, 
ou seja, em plena operação. 
O engajamento dos stakeholders nas organizações está se tornando cada vez mais comum 
e importante para o pleno desenvolvimento de suas operações. Isto ocorre devido ao fato de que 
essas trocas de informação forneceram ainda mais subsídios aos processos decisórios dentro 
dessas organizações.
FIque atentO!
É importante que os administradores conheçam quem são os stakeholders envol-
vidos em sua organização, assim como o modo como eles atuam. Isto servirá de 
base para o desenvolvimento do planejamento estratégico de suas companhias. 
Segundo Michell et al (1997) há tipos de stakeholders que são produzidos quando sua interfe-
rência na organização ocorre, sendo que tal interferência se desenvolve por meio de três situações: 
o poder; a legitimidade; e a urgência. Quando acontece a combinação destas três situações, então 
são gerados os sete tipos de stakeholders: adormecido; arbitrário; reivindicador; dominante; peri-
goso; dependente; e o defi nitivo. 
Poder Legitimidade
Urgência
Dominante
Definitivo
Perigoso Dependente
Reinvidicador
ArbitrárioAdormecido
Figura 3 – Os tipos de stakeholders.
Fonte: MICHELL et al (1997, p. 874).
exemplO
A prefeitura da cidade de Marília, localizada no interior do estado de São Paulo, 
deseja implantar mais um aterro sanitário na cidade. Neste caso, as partes interes-
sadas são bastante numerosas: a população; a prefeitura; a empresa que prestará o 
serviço de aterro sanitário; grupos de proteção ambiental; e agências de regulação.
FIque atentO!
As sociedades anônimas (S/A) fornecem aos seus investidores um portal de rela-
cionamento, chamado de “relação com investidores”. Este canal de comunicação é 
uma forma de estar atento às necessidades de seus stakeholders, que nesse caso 
isolado são os investidores (acionistas).
Lembre-se de que esses stakeholders desempenham papéis distintos dentro da organi-
zação, cuja identificação cabe à administração da empresa, tornando mais eficiente o atendi-
mento às partes interessadas. 
2 teoria dos stakeholders
Agora trataremos da Teoria dos stakeholders. Entenda que para a teoria econômica clássica, 
o sócio/acionista (proprietário) é a única parte interessada nas operações e resultados da orga-
nização (MANKIW, 2005). Porém, para a Teoria, existem diversos elementos ligados à sociedade 
que devem ser considerados quando qualquer processo decisório for executado. Esses elemen-
tos são: empregados; fornecedores; clientes; concorrentes; organizações não governamentais 
(ONG’s); grupos de defesa do meio ambiente; os meios de comunicação etc. Ainda segundo esta 
Teoria, os próprios concorrentes da organização são considerados stakeholders. 
A base da teoria está fundamentada em uma obra publicada em 1984, por Freeman, cuja 
origem está na sociologia, no comportamento organizacional e na administração de conflitos. 
 
Figura 4 – Stakeholders e processos estratégicos.
Fonte: Rawpixel.com/Shutterstock.com
SaIba maIS!
Sugerimos aqui a leitura do artigo: “Crítica à Teoria dos stakeholders como função-
objetivo corporativa”. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rege/article/
view/36508/39229>.
Enfim, podemos dizer que a Teoria dos stakeholders concretiza a necessidade de prestar 
muita atenção aos apontamentos feitos pelos stakeholders, pois eles definem as estratégias que 
serão tomadas pela organização.
3 Os stakeholders e as organizações
Devemos entender que os gestores que negligenciarem os stakeholders poderão causar uma 
grande devastação à companhia, pois são eles que trarão grandes contribuições ao empreendi-
mento. Os pesquisadores Bourne e Walker (2005), relatam que mapear os stakeholders na organi-
zação segundo suas influências é vital para a compreensão de seu papel desempenhado. 
Na maioria doscasos, os stakeholders contribuem para o pleno desenvolvimento da organi-
zação, seja por meio de uma orientação ou da aquisição de um produto, mercadoria e/ou contrata-
ção de um serviço. E outras palavras, podemos perceber que a comunicação entre os stakeholders 
e a organização deverá ser efetiva, pois eles contribuirão para o desenvolvimento saudável dos 
processos organizacionais, moldando o próprio resultado da organização e seus projetos.
Fechamento
Chegamos ao final desta aula, cujo tema foi o conceito de stakeholder. Aqui, foram apresen-
tadas as definições de stakeholder, que papel ele desempenha, além da Teoria dos stakeholders. 
Vimos também que o precursor deste termo foi o filósofo Robert Edward Freeman, em 1963, mas 
que ele foi ganhando novos adendos e contribuições. 
Nesta aula, portanto, você teve a oportunidade de:
 • compreender a construção teórica a respeito dos stakeholders, 
 • aprender sobre quem são esses agentes influenciadores e quais são os seus tipos;
 • identificar a Teoria dos stakeholders; e 
 • compreender a importância de se manter um diálogo saudável e coerente com os 
stakeholders ligados direta ou indiretamente à organização.
Referências
BOURNE, Lynda; WALKER, Derek H. T. Visualizing and mapping stakeholder influence. Manage-
ment Decision, v. 43, n. 5, p. 649-660. Melbourne, Austrália, 2005.
DONALDSON, Thomas; PRESTON, Lee E. The stakeholder theory of the corporation: concepts, evi-
dence and implications. Academy of Management Review. Ada, v. 20, n. 1, p. 65-91, 1995.
ENDEAVOR BRASIL. Stakeholders: eles devem ser engajados com o seu negócio. Disponível em: 
<endeavor.org.br/stakeholders/>. Acesso em: 19 jul. 2016.
FREEMAN, Robert Edward. Strategic management: a stakeholder approach. Massachusetts: Pit-
man, 1984. 
MANKIW, Nicholas George. Introdução à economia. 3. ed. Americana: Campus, 2005.
MITCHELL, Ronald K.; AGLE, Bradley R.; WOOD, Donna J. Toward a theory of stakeholder identifica-
tion and salience: defining the principle of the who and what really counts. Academy of Manage-
ment Review, New York; v. 22, n. 4, p. 853-88. 1997.
SILVEIRA, Alexandre di Miceli da; YOSHINAGA, Claudia Emiko; BORBA, Paulo da Rocha Ferreira. 
Crítica à Teoria dos stakeholders como função-objetivo corporativa. Cadernos de Pesquisa em 
Administração, São Paulo; v. 12, n. 1, p. 33-42, jan/mar. 2005.

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