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Programas de Atenção à Saúde do Adolescente e Programa de Saúde na Escola Disciplina: Saúde da Criança e do Adolescente Profa. Allison Scholler de Castro Villas Boas Objetivos: Ao final desta aula o estudante deverá ser capaz de: Conhecer o Programa de Saúde na Escola (PSE), Programa de Atenção à Saúde do Adolescente (PROSAD) e Política Nacional de Saúde do Adolescente e Jovem; Identificar as intervenções de enfermagem prioritárias na saúde da do adolescente e na escola PARA AQUECER.... Promoção e prevenção são sinônimos??? DISCUSSÃO ORAL: Como enfermeiros da Equipe da Atenção Básica vocês integrarão a equipe de Programa de Saúde da Escola e iniciarão suas atividades com os estudantes do Ensino Médio. Esta semana é de planejamento, sendo assim, discuta aqui no grupo, o que precisam conhecer, quais apoios precisarão, quais as temáticas a serem trabalhadas e quais as estratégias que pretendem utilizar. IMPORTANTE ÊNFASE NA EDUCAÇÃO DIALÓGICA A articulação entre Escola e Rede Básica de Saúde é a base do Programa Saúde na Escola. O que é? O PSE é uma estratégia intersetorial entre Ministério da Saúde e da Educação na perspectiva da atenção integral (prevenção, promoção, atenção e formação) à saúde do público alvo. Para quem é? Deve ser estendido aos educandos de todas as escolas da educação pública básica. PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA - PSE PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA - PSE Educação Pública Básica: Creche; Pré-escola; Ensino Fundamental; Ensino Médio; Educação de Jovens e Adultos. Com a adesão do Município ao PSE cada Escola indicada passa a ter uma equipe de saúde da Atenção da Básica de referência para executar conjuntamente as ações. O PSE se dá com a interação dessas Equipes de Saúde com as Equipes de Educação, no planejamento, execução e monitoramento das ações de prevenção, promoção e avaliação das condições de saúde dos educandos. PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA - PSE Componente I – Avaliação Clínica e Psicossocial Avaliação Antropométrica; Atualização do Calendário Vacinal; Detecção precoce de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS); Detecção Precoce de agravos de saúde negligenciados prevalentes na região (hanseníase, malária, tuberculose, etc.); Avaliação Oftalmológica; Avaliação Auditiva; Avaliação Nutricional; Avaliação da Saúde Bucal; Avaliação Psicossocial. PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA - PSE Componente II – Promoção e Prevenção a Saúde Ações de Segurança Alimentar e Promoção da Alimentação Saudável; Promoção das Práticas Corporais e Atividades Físicas na Escola; Saúde e Prevenção na Escola (SPE): Educação para Saúde Sexual, Saúde Reprodutiva e Prevenção das DST/Aids; Saúde e Prevenção na Escola (SPE):Prevenção ao Uso de Álcool, Tabaco e outras drogas; Promoção da Cultura de Paz e Prevenção das Violências; Promoção da Saúde Ambiental e Desenvolvimento Sustentável. PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA - PSE PROGRAMA DE SAÚDE DO ADOLESCENTE (PROSAD) E POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO ADOLESCENTE E JOVEM https://www.youtube.com/watch?v=S4tU2hEfkwI PROGRAMA DE SAÚDE DO ADOLESCENTE - PROSAD OBJETIVOS: Promover a saúde integral do adolescente, favorecendo o processo geral de seu crescimento e desenvolvimento buscando reduzir a morbimortalidade e os desajustes individuais e sociais. Normatizar as ações consideradas nas áreas prioritárias. Estimular e apoiar a implantação e/ou implementação dos Programas Estaduais e Municipais, na perspectiva de assegurar ao Adolescente um atendimento adequado às suas características, respeitando as particularidades regionais e realidade local. Promover e apoiar estudos e pesquisas multicêntricas relativas a adolescência. Contribuir com as atividades intra e interinstitucional, nos âmbitos governamentais e não governamentais, visando a formulação de uma política nacional para a adolescência e juventude, a ser desenvolvida nos níveis Federal, Estadual e Municipal. Como está a saúde física do adolescente? https://www.youtube.com/watch?v= S7YmIQOy0xg Comportamento de Risco e Adolescência Gravidez Uso de substâncias IST/HIV Saúde Sexual/Gravidez e Adolescência Prática Sexual Adolescentes Gravidez Início a vidade sexual → Puberdade Falta de conhecimento: ● Práticas seguras/saudáveis ● Autocuidado Processo de adolescer → risco: ● Imaturidade/Impulsividade ● Descobertas ● Liberdade, tomada de decisões e responsabilidades Condições sociais e da comunidade → contexto Educação e saúde (IST e gravidez) SILVA et al., 2014; IBGE, 2016 Não é vulnerabilidade, mas vulnerabiliza Perpetuação do ciclo de pobreza Dificuldade continuidade dos estudos Dificuldade acesso ao mercado de trabalho IBGE, 2016; FUNDAÇÃO ABRINQ, 2021 PeNSE - Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (2015) Uso de preservativo na última relação sexual: ● 13 - 15 = 60,3% ● 16 - 17 = 65,6% PeNSE 2019 7,9% das meninas que já tiveram relação sexual engravidaram ao menos uma vez (a incidência é três vezes maior na rede pública); Entre as alunas brasileiras de 13 a 17 anos, das redes pública e privada, 20% dizem que já sofreram violência sexual em algum momento da vida: foram tocadas, manipuladas ou beijadas contra a própria vontade, ou tiveram partes do corpo expostas sem autorização. No grupo dos meninos, o índice também é preocupante, embora menor: 9%. Segundo a pesquisa, o ato de maior gravidade (relação sexual forçada) foi sofrido também com maior frequência pelas estudantes do sexo feminino: 8,8% delas afirmaram que foram vítimas de tal crime. Entre os meninos, o percentual foi de 3,7%. (PeNSE 2019). Álcool e Adolescência PECHANSKI et al., 2004; SENGIK & SCORTEGAGNA, 2008; SILVA et al., 2014; IBGE, 2016; BASTOS, 2017 Substância psicoativa mais consumida pelos jovens Tem início na adolescência e quanto mais precoce a tendência é perpetuar ao longo da vida O uso nesta etapa da vida: ● Dependência ● Insucesso escolar ● Violência ● Uso de drogas ● Prática sexual de risco Idade média primeiro consumo - FIOCRUZ 2015 Homens = 15,7 anos Mulheres = 17,1 anos PeNSE 2015 - Alunos 9o ano 55,5% já experimentaram 21,4% já se embriagaram 60% tem amigos que consomem PeNSE 2019 • 47% afirmaram que já ficaram embriagados; • 22,6% já experimentaram cigarro (metade deles com idade inferior a 14 anos); Ouvindo os adolescentes https://www.youtube.com/watch?v= fd00F9q2elY (8min37seg até 13min09 seg Drogas e Adolescência PECHANSKI et al., 2004; SENGIK & SCORTEGAGNA, 2008; SILVA et al., 2014; IBGE, 2016; BASTOS, 2017 Ativam mecanismo de recompensa e prazer Aumento do uso de maconha, inalantes, cocaína e crack nas grandes cidades do Brasil Associação com primeiro ato infracional Mediana idade primeiro consumo - FIOCRUZ 2015 População = 16,6 anos Entre 12 - 18 = 13,1 anos PeNSE 2015 - Alunos 9o ano 9% já experimentaram Consumo de álcool por jovens: contextos e implicações https://www.youtube.com/watch?v=A5Ycle1uKRA https://www.youtube.com/watch?v=bmvRX_HnFnA A ADOLESCÊNCIA é um período mais vulnerável para o sofrimento psíquico devido as questões relacionadas ao processo de adolescer e há uma estigmatização e a marginalização histórica da saúde mental do adolescente, sendo visto um aumento nos índices de suicídio neste período da vida. a depressão, os transtornos alimentares e o abuso do uso de álcool e drogas são as demandas de saúde mental mais frequentes apresentadas pelos adolescentes (SILVA ET AL., 2019). 21,4% DIZEM QUE SENTEM QUE A 'VIDA NÃO VALE A PENA’ PENSE 2019 Suicídio: 2ª causa de morte entre adolescentes e jovens brasileiros de 15 a 29 anos. A cada 46 minutos uma pessoa tira a própria vida (MS, 2019). A maioria é homem, negro e com idade entre 10 e 29 anos – 10 anos. Entre os jovens, cerca de 96,8% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais – que são tratáveis e por serem um problema de saúde pública. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtornobipolar e abuso de drogas. https://emais.estadao.com.br/blogs/kids/suicidio-e-segunda-causa-de-morte-entre-adolescentes/ Dialogar com a família sobre o processo de crescimento e desenvolvimento; Promover a saúde e prevenir doenças; incentivar o aleitamento materno e as práticas alimentares adequadas, assim como a imunização; Reconhecer precocemente os sinais de doenças infantis e a necessidade da procura de serviços de saúde apropriados; Prestar cuidados de qualidade às crianças durante e após o período de doença, de modo a favorecer seu pronto restabelecimento, bem como a manutenção do processo saudável de crescimento e desenvolvimento; Identificar condições de vulnerabilidade e apoiar iniciativas de mudança. AÇÕES DO ENFERMEIRO NA COLETIVIDADE E EM EQUIPAMENTOS SOCIAIS https://www.youtube.com/watch?v=_a0YoTPzra0 REFERÊNCIAS 1. Brasil, Ministério da Saúde, Coordenação da Saúde da Criança e do Adolescente. Programa Saúde do Adolescente. Bases Programáticas 2a Edição. Brasília; Ministério da Saúde, 1996. 2. Brasil, Presidência da República, Casa Civil, DECRETO Nº 6.286 Programa Saúde na Escola, 2007. Disponível em www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2007/decreto/d6286.htm