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Rebeca Noronha – Medicina 
 
5° Período – Medicina – IESVAP 
Enunciado: Qual Tipo de Tomografia utilizamos na avaliação do paciente com 
quadro agudo de AVE? (Com ou sem contraste)? Quando utilizar trombólise IV? 
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é definido como uma abrupta disfunção das 
atividades focais e/ou globais do cérebro com sintomas de duração igual ou superior 
a 24 (vinte e quatro) horas, a nível vascular, que de acordo a área e proporção da 
lesão pode acarretar agravos nos planos cognitivo e sensório-motor. É dividido em 
dois tipos: AVE Isquêmico e AVE Hemorrágico, sendo o Isquêmico o mais frequente 
na população brasileira, podendo chegar a até 85% dos casos (DA SILVA; DE 
OLIVEIRA, 2017). 
O AVE isquêmico pode ser temporário ou permanente, é primariamente causada por 
obstrução intracraniana e extracraniana. Metabolicamente, a isquemia causa 
insuficiência energética decorrente da depleção total ou parcial dos fosfatos de alta 
energia, como o trisfofato de adenosina. Em seguida, torna-se insuficiente a bomba 
de sódio e potássio da membrana celular, aumentando a quantidade de água no meio 
intracelular e reduzindo o espaço extracelular. Esse processo é denominado edema 
citotóxico. Esse fenômeno causa restrição à movimentação de moléculas de água do 
meio extracelular e é a base para o entendimento do core isquêmico nos exames de 
imagem (DA SILVA; DE OLIVEIRA, 2017). 
AVE Hemorrágico que compreende a hemorragia subaracnóide, normalmente 
decorrente da ruptura de aneurismas saculares congênitos localizados nas artérias do 
polígono de Willis e a hemorragia intraparenquimatosa, tendo como principal doença 
associada a Hipertensão Arterial Sistêmica. A distinção sintomatológica dos tipos de 
AVE não são confiáveis sem um exame de neuroimagem, o que se o torna 
imprescindível para a confirmação diagnóstica (DA SILVA; DE OLIVEIRA, 2017). 
A Tomografia Computadorizada é amplamente utilizada por sua maior disponibilidade, 
menor tempo de realização, possibilita realizar uma avaliação satisfatória do encéfalo. 
Desta forma, através dela é possível diferenciar eventos hemorrágicos de eventos 
isquêmicos, além de detectar outras patologias que simulem clinicamente um AVE, 
portanto deve ser o primeiro exame a ser realizado em um paciente que demonstra 
seus sintomas (DA SILVA; DE OLIVEIRA, 2017). 
Rebeca Noronha – Medicina 
 
Utiliza-se a TC sem contraste no diagnóstico do AVE isquêmico, pois possibilita a 
descrição de sinais sutis na região supratentorial sugestivas de isquemia nas 
primeiras 6 horas de evolução, como apagamento de sulcos, atenuação de densidade 
cortical e subcortical, porém tem menor sensibilidade para detecção da fossa posterior 
e quadros agudos corticais ou subcorticais. A utilização de sequências na RM como 
difusão e perfusão, permite visualizar melhor essas lesões não vistas pela TC e 
diagnosticar lesão isquêmica minutos após seu início (DA SILVA; DE OLIVEIRA, 
2017). 
Entretanto, ainda pode-se realizar a angiografia por TC -técnica que permite a 
avaliação da circulação intracraniana e extracraniana- para auxiliar no diagnóstico e 
essa, por sua vez, utiliza contraste. Sua utilidade em AVE agudo consiste na sua 
capacidade para demonstrar trombos dentro dos vasos intracranianos e em avaliar as 
artérias carótidas e vertebrais no pescoço. Tem por finalidade a aquisição de imagem 
volumétrica que se estende desde o arco aórtico até o Polígono de Willis. O exame é 
realizado utilizando contraste iodado em tempo otimizado para o realce dos vasos. 
Com isso, a identificação de trombos e suas dimensões fornecem pistas que permitem 
diagnosticar a causa do evento isquêmico, o que torna o exame altamente sensível 
na detecção da anatomia arterial do Polígono de Willis (DA SILVA; DE OLIVEIRA, 
2017). 
A terapia trombolítica intravenosa é a base do tratamento para acidente vascular 
cerebral isquêmico agudo, desde que o tratamento seja iniciado dentro de 4,5 horas 
do início dos sintomas claramente definidos. Como o benefício depende do tempo, é 
fundamental tratar os pacientes o mais rápido possível (OLIVEIRA-FILHO; SAMUELS, 
2022). 
Utiliza-se na terapia trombolítica intravenosa a alteplase, um ativador do 
plasminogênio tecidual recombinante, inicia a fibrinólise local ligando-se à fibrina em 
um trombo (coágulo) e convertendo o plasminogênio aprisionado em plasmina e, por 
sua vez, a plasmina rompe o trombo, e o tenecteplase, agente trombolítico mais 
específico da fibrina e com uma duração de ação mais longa em comparação com o 
alteplase (OLIVEIRA-FILHO; SAMUELS, 2022). 
Há alguns critérios de elegibilidade para o tratamento de acidente vascular cerebral 
isquêmico agudo com trombólise intravenosa: 
Rebeca Noronha – Medicina 
 
 Critérios de inclusão: 
Diagnóstico clínico de acidente vascular cerebral isquêmico causando déficit 
neurológico mensurável; Início dos sintomas <4,5 horas antes do início do tratamento; 
se a hora exata do início do AVC não for conhecida, ela é definida como a última vez 
que o paciente foi considerado normal ou na linha de base neurológica; Idade ≥18 
anos (OLIVEIRA-FILHO; SAMUELS, 2022). 
 Critérios de exclusão: 
 Histórico do paciente: AVC isquêmico ou traumatismo craniano grave nos últimos 
três meses; Hemorragia intracraniana prévia; Neoplasia intracraniana intra-axial; 
Malignidade gastrointestinal; Hemorragia gastrointestinal nos últimos 21 dias; Cirurgia 
intracraniana ou intraespinhal nos três meses anteriores (OLIVEIRA-FILHO; 
SAMUELS, 2022). 
Clínico: Sintomas sugestivos de hemorragia subaracnóidea; Elevação persistente 
da pressão arterial (sistólica ≥185 mmHg ou diastólica ≥110 mmHg); Hemorragia 
interna ativa; Apresentação compatível com endocardite infecciosa; AVC conhecido 
ou suspeito de estar associado à dissecção do arco aórtico; Diátese hemorrágica 
aguda (OLIVEIRA-FILHO; SAMUELS, 2022). 
Hematológico: Contagem de plaquetas <100.000/mm; Uso atual de anticoagulante 
com INR >1,7 ou PT >15 segundos ou aPTT >40 segundos; Doses terapêuticas de 
heparina de baixo peso molecular recebidas em 24 horas; Uso atual (ou seja, última 
dose dentro de 48 horas em um paciente com função renal normal) de um inibidor 
direto da trombina ou inibidor direto do fator Xa com evidência de efeito anticoagulante 
por exames laboratoriais como TTPa, INR, ECT, TT ou fator Xa (OLIVEIRA-FILHO; 
SAMUELS, 2022). 
TC de cabeça: Evidência de hemorragia; Extensas regiões de hipodensidade óbvia 
consistentes com lesão irreversível (OLIVEIRA-FILHO; SAMUELS, 2022). 
Referências: 
DA SILVA, Francielle Magalhães Souza; DE OLIVEIRA, Edson Marcos Ferreira. Comparação dos 
métodos de imagem (tomografia computadorizada e ressonância magnética) para o diagnóstico de 
acidente vascular encefálico. Revista Enfermagem Contemporânea, v. 6, n. 1, p. 81-89, 2017. 
Rebeca Noronha – Medicina 
 
OLIVEIRA-FILHO, Jamary; SAMUELS, Owen B. Intravenous thrombolytic therapy for acute ischemic 
stroke: Therapeutic use. UpToDate. 2022.

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