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Controle Miccional · Trata-se de um sistema complexo; · Ainda não elucidado 100%; · De compreensão necessária para o tratamento das principais afecções neurológicas. Bexiga urinária · Órgão ímpar; · Compreendido por 2 funções antagônicas: · Armazenamento de urina; · Esvaziamento de urina; Níveis de controle · Córtex cerebral; · Substância reticular pontomesencefálica – centro contínuo da micção; · Núcleos da base; · Iniciar e ter o controle durante a micção; · Cerebelo. Sistema límbico · Localização: lobo temporal, composto pela amigdala. Hipocampo e giro ungulado; · Quando estimulado, facilita ou deprime a atividade da bexiga, influenciando a micção; · Pode sofrer influência do estresse ou nervosismo. Circuitos neurológicos · Alça 1 – córtex cerebral – substância reticular pontomesencefálica · Controle voluntário da micção. · Alça 2 – substância reticular – centro sacral; · Mantém a contração do detrusor permitindo o esvaziamento completo da bexiga; · Paciente que fica sempre interrompendo o xixi no meio tem grande tendência a ter infecção urinária, pois não faz o esvaziamento completo, sempre fica um resíduo de urina. · Alça 3 – circuito que interliga o detrusor – centro sacral para o sistema esfincteriano uretral; · Alça 4 – córtex – centro sacral da micção · Controle voluntário do esfíncter externo da uretra. Do que depende o mecanismo de contenção da urina · Mecanismo esfincteriano uretral · O interno é de musculatura lisa – controle involuntário (70-80% do mecanismo de continência); · Topografia intra-abdominal do colo vesical; · Pode ser modificada por cirurgia, acidente etc. · Tanto para retenção quanto para incontinência. · Coaptação e dobras da mucosa uretral; · A uretra é estrogênio dependente para se manter fechada – mulher com a baixa hormonal (menopausa) tem maior tendência. · Coxim peri-uretral; · Diafragmas pélvico e urogenital; · Ângulo de inclinação uretral e uterovesical posterior; · Fibras elásticas e colágenas periuretrais e do ligamento pélvico. · Constituintes individuais. Esfíncteres uretrais · Inervação simpática abundante · Fechado durante a fase de enchimento · EUI: musculatura lisa; · Mantém a pressão intrauretral ao repouso. · EUE: controle voluntário · Ação de fibras tônicas e fásicas; · Tônus basal aumentado. · Fibras tônicas = resistência (ex: estar apertado, mas, mesmo assim, conseguir segurar o xixi); · Fibras fásicas = contração rápida (ex: não perder xixi ao espirrar ou tossir). Sistema Nervoso Autônomo · Parassimpático – S2, S4; · Fibras pré-ganglionares – longas e terminam em gânglios localizados na parede da bexiga; · Neurotransmissor – acetilcolina; · Receptor ganglionar – nicotínicos; · Fibras pós-sinápticas e a bexiga – muscarínicos; · Sistema nervoso simpático – T-10 a L2: · Com fibras pré-sinápticas curtas; · Neurotransmissor – acetilcolina. · As fibras pós-sinápticas – noradrenalina. · Estímulo beta-adrenérgico – relaxamento vesical; · Estímulo alfa-adrenérgico – contração esfincteriana; · Estímulo colinérgico – contração vesical; · Estímulo colinérgico – relaxamento uretral. Fisiologia · O ato miccional envolve a interação do SNC, SNP e estruturas do trato urinário, que estabelece equilíbrio coordenado e harmônico, determinando o mecanismo da continência. · Bexiga urinária: · Capacidade de 400-500mL; · Sensação de enchimento; · Acomodação de diferentes volumes sem alteração de pressão; · Início e manutenção da contração até o esvaziamento da bexiga; · Capacidade de inibir ou iniciar a micção apesar da involuntariedade do órgão. · Ciclo da micção: · Armazenamento; · Esvaziamento. · Controle neurológico coordenado: · Bexiga – músculo liso; · Uretra – músculo liso e estriado; · Assoalho pélvico – músculo estriado. · Centro pontinho da micção (COM): · Mantém sinergismo eferente. · Sob controle inibitório cortical. Voluntariedade miccional · Centro pontinho inibido por estímulos corticais · Resposta vesical à distensão pode ser inibida; · Bexiga acomoda volumes maiores sem elevar a pressão; · Contração voluntária do esfíncter externo: · Reforço no aumento do tônus basal (aos esforços); · Contração voluntária dos MAPs · Sustentação da base da bexiga. Armazenamento · Fibras simpáticas: T10-L2; · Receptores beta – relaxamento do músculo detrusor; · Receptores alfa – contração da musculatura lisa da base da bexiga · Esfíncter uretral interno e uretra proximal; · Fibras somáticas: · Nervo pudendo: esfíncter estriado da uretra · Tônus basal / contração voluntária. · Plexo sacral: músculos do assoalho pélvico · Motoras – contração voluntária / sensitivas. Fase de enchimento · O músculo detrusor em repouso, permitindo acomodação pela estimulação simpática dos receptores beta adrenérgicos na parede vesical; · Simultaneamente, a atividade nervosa simpática inibe a atividade parassimpática, intensificando o estado de relaxamento, que é essencial para a acomodação vesical; · A estimulação simpática de receptores alfa adrenérgicos presente no colo vesical e uretra proximal é constritiva, causando aumento da pressão uretral. · Reservatório; · Baixa pressão não excedendo a 20 cm H2O; · Inibição do SNA parassimpático. · O esfíncter uretral externo e os MAPs servem como suporte para os mecanismos de continência; · São inervados pelos plexos sacrais e nervos pudendos. Esvaziamento · Fim da inibição cortical no centro pontino; · Relaxamento voluntário do esfíncter e assoalho pélvico; · Distensão do esfíncter interno; · Reflexo vesical com a bexiga cheia ou não; · M. detrusor – contração. · Fibras somáticas: · Nervo pudendo: esfíncter estriado da uretra; · Plexo sacral: mm do assoalho pélvico. · Inversão do gradiente de pressão; · Inibição do relaxamento simpático pelo córtex; · Ação do SNS; · Início do relaxamento dos MAPs; · Término da atividade do nervo pudendo. Reflexo da micção · À medida que a bexiga se enche de urina, os receptores sensoriais no interior da bexiga percebem a tensão e as contrações vão surgindo; · Os sinais são conduzidos para os segmentos sacrais da medula espinhal pelos nervos pélvicos, voltando via reflexa para a bexiga; · À medida que a bexiga se enche, os reflexos de micção tornam-se mais frequentes e intensos com contrações maiores do musculo detrusor, até atingir alto grau de contração. · Quando o reflexo da micção é suficientemente intenso, outro reflexo é desencadeado determinando o relaxamento esfincteriano. · Se esta inibição dor mais potente no cérebro que os sinais constritores voluntários para o esfíncter externo, ocorrerá a micção. · Caso contrário, a micção não ocorrerá até que a bexiga se encha ainda mais e a micção reflexa se torne mais intensa. Bexiga neurogênica · Distúrbios vésico-esfincterianos são frequentemente causados por lesões ou doenças do sistema nervoso. · Quase sempre tem importante impacto na qualidade de vida desses indivíduos. Disfunção vesical · Bexiga reflexa: lesões acima das vértebras T12-L1; · Reflexo da micção preservado; · Detrusor em estado de hiperreflexia. · Bexiga arreflexa: lesões abaixo das vértebras T12-L1: · Reflexo da micção prejudicado; · Detrusor em estado de hiporreflexia. Disfunção do esfíncter · Esfíncter hiperativo: · Causa: dissinergia do esfíncter-detrusor · retenção urinária. · Esfíncter hipoativo: · Causa: incontinência urinária. Lesões acima do tronco cerebral · Resultam em contrações detrusoras involuntárias, com coordenação vésico-esfinctérica mantida; · Sintomas associados: aumento da frequência miccional, urgência, urge-incontinência e noctúria; · Pressões vesicais mantidas em níveis baixos; · Destacam-se: AVC, traumatismos e tumores cerebrais e a doença de Parkinson. Acometimento acima do segmento sacral · Padrão de hiperreflexia detrusora com dissinergismo vésico-esfinctérico. · A interrupção da inibição do arco reflexo da micção associa-se à perda da coordenação do relaxamento esfinctérico; · As causas principais: traumatismos raquimedulares, esclerose múltipla, mielodisplasia toracolombar (mielomeningocele) e doenças inflamatórias de diferentes etiologias; · Sintomas: incontinênciaurinária e dificuldade miccional · Na maioria dos casos, a sensibilidade vesical está abolida. · Elevação da pressão detrusora pela hiperreflexia associada ao dissinergismo · O resíduo miccional também é elevado – muitos podem evoluir com perda da complacência vesical e ITU de repetição. Lesões abaixo de S2 · Padrão frequente: arreflexia detrusora, uma vez que o centro parassimpático da micção é lesado; · Sintomas: dificuldade miccional associados à perda total ou parcial da sensibilidade vesical. · Podem apresentar incontinência por transbordamento. · Patologias mais frequentes: TRM, mielomeningocele lombossacral e as malformações sacrais.
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