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Equilíbrio Ácido-Base Conceitos importantes: pH fisiológico varia de 7,35 a 7,45; ❖ pH < 7,35 = ácido; ❖ pH > 7,35 = básico. Os organismos produzem ácido constantemente; Ácidos fixos: ácido sulfúrico, ácido fosfórico, ácido lático; ❖ Mantém-se indefinidamente em solução. Ácido volátil: CO2; ❖ É eliminado pelos pulmões. OBS: CO2 - considerado um doador de prótons. Concentração adequada de ácidos no organismo é fundamental para o funcionamento dos diversos processos metabólicos; Necessitamos, portanto, de mecanismos para neutralizar os ácidos - sistemas de tampões fixos e o sistema HCO3- / CO2, respiração e rins. ❖ Formação de ácidos fixos e voláteis associados aos mecanismos de defesa que favorecem o alcance do pH ideal; ❖ Rim - elimina ácido e regenera bicarbonato (mecanismos compensatórios renais); ❖ Pulmão - retém ou elimina CO2 para controlar o pH (mecanismos compensatórios ventilatórios). Tampões - 1º linha de defesa: Tampão fixo: amortecedor ❖ Proteínas - especialmente albumina; ❖ Fosfatos e sulfatos; ❖ Hemoglobina; ❖ Carbonatos ósseos; ❖ Não tem grande adaptação e variação - limitado. Sistema HCO3- / CO2: ❖ Sistema tampão mais importante; ❖ HCO3- normal: 24 mol/l; ❖ Ávido por H+; ❖ É possível aumentar a reabsorção em situações de acidose; ❖ Existe uma reserva alcalina sanguínea. ❖ PCO2: 40 mmHg; ❖ Sistema que é regulado pelos rins e ventilação. OBS: Cetoacidose - respiração de Kussmaul - favorece a eliminação de CO2. ❖ Tampão de bicarbonato / CO2 é mais poderoso que os tampões fixos. Equação de Henderson Hasselbach: ❖ pH baixo e CO2 alto – acidose respiratória; ❖ pH baixo e bicarbonato baixo – acidose metabólica: tem ácido consumindo o bicarbonato; OBS: Alcalose respiratória compensatória. ❖ pH alto e CO2 baixo – alcalose respiratória -> hiperventilação leva a eliminação aumentada de CO2; ❖ pH alto e bicarbonato alto – alcalose metabólica: excesso de bicarbonato. Ventilação - 2º linha de defesa: Resposta rápida e imediata; ❖ Centro respiratório reage a acidose ou alcalose. Dificilmente esse mecanismo restaura o pH a 7,4 pois o pCO2 também regula a ventilação; No caso da alcalose a depressão de O2 também estimula a ventilação. Rins - 3º linha de defesa: Regula a excreção de ácido; Realiza a reabsorção/geração de HCO3- nos casos de acidose; ❖ Pode aumentar a excreção de HCO3- na urina nos casos de alcalose. Todos os segmentos do néfron reabsorvem/geram HCO3-; ❖ Quase todo o bicarbonato filtrado é reabsorvido, mas em casos de alcalose é possível também excretar. Reabsorção proximal de bicarbonato; Reabsorção de bicarbonato na alça de Henle; No ducto coletor; ❖ Células intercaladas alfa - reabsorção de bicarbonato e excreção de prótons; OBS: Mecanismo ativado em situações de acidose - importância da aldosterona nesse mecanismo compensatório (hiperaldosteronismo - alterações de acidose / metabólica). ❖ Células intercaladas beta -> excreção de HCO3. Tampão de amônia - metabolismo da glutamina (mecanismo de tampão da urina); Tampão de fosfato. The anion gap: Prótons dosados: Na+ principalmente, já que é o principal do meio extracelular; ❖ Potássio é um íon intracelular. Ânions dosados: cloreto, bicarbonato, e outros ânions como fosfatos, sulfatos (que chamamos de ânion gap); ❖ Anion GAP = concentração de sódio – concentração de cloreto + concentração de bicarbonato. OBS: Anion Gap = Na + - (Cl- + HCO3-). Observar a proporção de anion gap e bicarbonato para identificar os tipos de acidose metabólica. ❖ Anion gap aumentado: acidose metabólica, acidose lático, intoxicação por salicilato; OBS: Bicarbonato diminuído, anion gap aumentado e cloreto normal. ❖ Anion gap normal: diarreia que cursa com perda de bicarbonato ou tubulopatias. OBS: Bicarbonato diminuído, cloreto aumentado e anion gap normal. Punção Arterial: Função arterial; ❖ Femoral - a 90º; ❖ Radial - 30 / 45º. Valores de referência: ❖ pH 7,35 - 7,45; ❖ Pco2 35 - 45 mmhg; ❖ Po2 80 - 95 mmhg; ❖ Hco3 22 - 26 mol/l; ❖ Lactato abaixo de 2 mol/l; ❖ Anion gap 10 - 12 meq/l. ❖ PCO2 esperada de acordo com a quantidade de bicarbonato (por exemplo, em uma situação de acidose metabólica há uma resposta ventilatória compensatória). Acidose Metabólica: Produção excessiva de ácido (ânion gap aumentado); ❖ Cetoacidose diabética; ❖ Acidose lática (comum e choques sépticos ou induzidos por medicamentos como azitromicina); ❖ Jejum prolongado. Administração exógena de ácido (ânion gap aumentado); ❖ Intoxicação por salicilato; ❖ Intoxicação por metanol. Insuficiência renal (anion gap aumentado ou normal); Acidoses tubulares (anion gap normal); ❖ Tipo 1: túbulo distal - não excreta próton; ❖ Tipo 2: túbulo proximal - não regenera bicarbonato. Perda extra renal de bicarbonato (anion gap normal). ❖ AG aumentado (normoclorêmicas); ❖ AG normal (hiperclorêmicas). Alcalose Metabólica: Vômitos; ❖ Causa comum; ❖ Vômito contém carga grande de ácido; ❖ Hipocalemia, hipovolemia e hiperaldosteronismo associados. Uso de diuréticos; ❖ Uso terapêutico; ❖ Cuidado com “fórmula de emagrecimento”; ❖ Hipocalemia, hipovolemia e hiperaldosteronismo associados. Depleção de potássio; Hiperaldosteronismo; Hipovolemia. Acidose respiratória: Afecções graves do parênquima pulmonar; ❖ DPOC; ❖ Esclerodermia. Restrição mecânica à ventilação; ❖ Trauma torácico (flail chest = fratura bilateral de costelas); ❖ Derrames pleurais volumosos. Disfunção muscular; ❖ Tétano; ❖ Distrofias musculares; ❖ Doenças neurológicas. Baixa atividade do centro respiratório. ❖ Psicofármacos (tentativa de suícidio); ❖ TCE. Alcalose Respiratória: Hipoxemia; ❖ Pneumonias; ❖ Embolia pulmonar. Crise de ansiedade; Alterações no sistema nervoso central; Afecções do SNC; Ventilação mecânica - iatrogenia.