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Curso de Medicina | MARC I Bruna Franco Teotonio | TURMA IV 
 1 
 
 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
 
O planejamento familiar é um direito de mulheres, 
homens e casais e está amparado pela Constituição 
Federal, em seu artigo 226, parágrafo 7º e pela Lei 
9.263 de 1996, que o regulamenta. 
 
Cabe ao Estado prover recursos educacionais e 
tecnológicos para o exercício desse direito, bem como 
profissionais de saúde capacitados para 
desenvolverem ações que contemplem a concepção e 
a anticoncepção. 
 
Deve abranger: 
. Métodos contraceptivos 
. Saúde sexual 
. Saúde reprodutiva 
. Dispor dos métodos e técnicas para controle da 
fecundidade 
. Ampla gama de opções, para que os clientes 
possam escolher livremente, de forma segura e 
confiável, o método mais adequado, para os 
diferentes momentos de sua vida reprodutiva, de 
acordo com sua história de saúde e adaptação. 
 
O Planejamento Familiar é desenvolvido 
principalmente na Atenção básica pela Estratégia 
Saúde da Família. 
 
A introdução da contracepção permitiu à mulher 
escolher se deseja ou não ter filhos e, em caso positivo, 
o momento em que considera seu desejo propício. 
 
A gravidez não planejada ainda é um problema de 
saúde pública e uma preocupação mundial. No Brasil, 
cerca de 55,4% das gestações não são planejadas. 
. Maior risco de morbimortalidade materna e 
neonatal 
. Prejuízo na esfera socioeconômica com 
impacto no nível da educação da mulher e na 
renda dessas famílias 
 
Apenas 2% das mulheres brasileiras, que usam 
contraceptivos, estão em uso de LARC (long- acting 
reversible contraceptives) 
. Apenas um tipo de LARC (dispositivo intrauterino 
de cobre, DIU-Cu) está disponível gratuitamente no 
sistema público de saúde 
. Há falta de treinamento em inserção e manejo 
desses métodos na maioria dos programas de 
residência médica 
. Falta de conhecimento das mulheres sobre as 
vantagens desses métodos 
. Desinformação de alguns profissionais da saúde 
que criam barreiras para uso desses métodos 
 
Os LARC são métodos contraceptivos em que o 
intervalo de administração é igual ou superior a três 
anos.4 Com uma efetividade maior que 99%, os LARC 
são considerados os contraceptivos reversíveis mais 
efetivos e possuem alta taxa de continuidade.6 São 
representados pelos dispositivos intrauterinos e pelos 
implantes. 
 
 
 
 
PROBLEMA 5 
PLANEJAMENTO FAMILIAR E 
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
Curso de Medicina | MARC I Bruna Franco Teotonio | TURMA IV 
 2 
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE 
 
A Organização Mundial da Saúde (2010) publicou 
orientações com base em evidências para o uso de 
todos os métodos contraceptivos reversíveis altamente 
efetivos, por mulheres, considerando os diversos 
fatores relacionados com a saúde. 
 
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
 
Há uma grande e crescente variedade de métodos 
efetivos para controle da fertilidade. 
 
® Nenhum é totalmente livre de efeitos colaterais ou 
de riscos potenciais 
® A disponibilidade de métodos contraceptivos é 
essencial para a atenção à saúde da mulher 
considerando-se que até 50% das gravidezes nos 
EUA são indesejadas 
 
Os métodos estão agrupados de acordo com sua 
efetividade. 
 
MÉTODOS DE PRIMEIRA LINHA 
 
Incluem os dispositivos intrauterinos, implantes 
contraceptivos e diversos métodos de esterilização 
feminina e masculina 
. Mais efetivos 
. Facilidade de uso 
. Mínima motivação da usuária ou intervenção e 
apresentam índice de gravidez não desejada 
inferior a 2 em 100 durante o primeiro ano de uso 
. A redução do número de gravidezes indesejadas é 
mais facilmente obtida aumentando-se o uso 
desses métodos 
 
Dispositivo intrauterino com liberação de 
levonorgestrel (DIU-LNG) 
 
Comercializado como Mirena, este DIU libera 
levonorgestrel a uma taxa relativamente constante de 
20 mg/dia. 
. A dose pequena reduz os efeitos sistêmicos de 
progestogênio. 
Esse dispositivo possui estrutura de polietileno em 
forma de “T”, sendo que a haste vertical é envolvida por 
um cilindro contendo uma mistura de polidimetilsiloxano 
e levonorgestrel. 
. O cilindro possui uma membrana permeável, que 
regula a taxa de liberação do hormônio. 
. Cada dispositivo tem prazo de validade de cinco 
anos após sua inserção. 
 
Mecanismo de ação 
. O progestogênio torna o endométrio atrófico 
. Estimula a produção de muco cervical espesso 
que bloqueia a penetração dos 
espermatozoides no útero 
Curso de Medicina | MARC I Bruna Franco Teotonio | TURMA IV 
 3 
. Reduz a motilidade das tubas, o que evitaria a 
união de óvulo e espermatozoide. 
 
Contraindicações 
 
Efeitos colaterais 
. Acne 
. Sensibilidade mamária 
. Edema 
. Cefaleia 
. Alteração na libido 
. Alteração de humor 
. Nos primeiros 3 meses apresentam 
sangramento frequente e/ou prologando 
 
Dispositivo intrauterino de cobre em forma de T-
380ª (DIU-Cu) 
 
Comercializado com o nome ParaGard, é composto por 
uma haste envolvida por 314 mm de fio de cobre, e 
cada braço contém um bracelete com 33 mm2 de cobre 
– a soma conforma 380 mm2 de cobre. Dois fios se 
estendem desde a base da haste. 
 
O DIU-Cu está aprovado com prazo de validade de 10 
anos de uso contínuo, embora se tenha comprovado 
que é capaz de evitar a gravidez em uso contínuo por 
até 20 anos. 
 
 
Mecanismo de ação 
. Reação inflamatória local induzida dentro do 
útero pelo cobre – ativa lisossomos e outras 
ações inflamatórias que têm ação espermicida. 
O cobre é tóxico para o espermatozóide, altera 
a motilidade no muco cervical e a capacidade 
de entrar no óvulo. 
. A ovulação em si não é impactada. 
. Reação pode se dirigir ao blastocisto 
. O endométrio torna-se hostil a implantação 
. Modificação no muco cervical: altera a 
quantidade e a viscosidade 
. Modificações na tuba uterina: dificulta a 
migração espermática e inibe a fertilização 
 
Contraindicações 
 
Implantes de progestogênio 
 
Pode-se obter contracepção por meio de dispositivo 
contendo progestogênio a ser implantado abaixo da 
derme para liberação do hormônio ao longo de muitos 
anos. 
 
Os dispositivos são cobertos por um polímero a fim de 
evitar fibrose. 
 
No Brasil, o único liberado pela Anvisa é o implante 
liberador de etenogestrel, que é um contraceptivo que 
contém apenas progestogênio (Implanon NXT). 
 
Esse método tem duração contraceptiva de pelo menos 
3 anos. 
 
No Brasil, ele não é distribuído gratuitamente pelo SUS, 
sendo adquirido na rede privada ou em programas 
públicos municipais especiais para adolescentes ou 
população vulnerável. 
Curso de Medicina | MARC I Bruna Franco Teotonio | TURMA IV 
 4 
O implante consiste em uma haste única de 40 mm por 
2 mm, feita de plástico e que libera o progestagênio 
etonogestrel, que é o metabólito ativo do desogestrel 
(sendo este presente em pílulas que contém apenas 
progestogênio). 
 
Mecanismo de ação 
. Ele é inserido normalmente no braço não 
dominante em região subdérmica, em face interna, 
em cima do tríceps. 
. Inicialmente, o implante libera 60-70 μg de 
etenogestrel/dia, diminuindo para 35-45 μg de 
etenogestrel/dia no fim do primeiro ano, chegando 
a 25- 30 μg de etenogestrel/dia no fim do terceiro 
ano. 
. Modificação no muco cervical: altera a quantidade 
e a viscosidade 
. Modificações na tuba uterina: dificulta a migração 
espermática e inibe a fertilização 
. Inibição quase total da ovulação 
 
Indicações 
. Mulheres com dificuldade de lembrar do uso 
diário das pílulas 
. Baixa adesão aos métodos de curta ação 
. Contraindicação aos métodos combinados: 
presença de HAS, enxaqueca com aura 
. Método sexual discreto 
 
Contraindicações 
. Gravidez 
. Trombose 
. Distúrbios tromboembólicos 
. Tumores hepáticos benignos ou malignos. Doença hepática em atividade 
. Sangramento genital anormal não 
diagnosticado 
. Câncer de mama 
 
Efeitos colaterais 
. Cefaleia 
. Ganho de peso 
. Acne 
. Mastalgia 
. Labilidade emocional 
. Alteração do padrão de sangramento 
 
Contracepção permanente - esterilização 
 
As duas formas mais empregadas são ligadura tubária 
bilateral – frequentemente via laparoscopia – e 
esterilização tubária histeroscópica. Esta última tornou-
se popular e, em alguns cenários, é utilizada em até 
metade das esterilizações em não puérperas. 
 
Esterilização tubária 
Procedimento geralmente realizado com obstrução ou 
secção das tubas uterinas para impedir a passagem do 
óvulo e, consequentemente, sua fertilização. 
 
Aproximadamente metade das esterilizações tubárias é 
realizada junto com cesariana ou logo após parto 
vaginal. 
 
Há 3 métodos para ligadura tubária: 
. Eletrocoagulação: destruição de um segmento da 
tuba e pode ser realizada com corrente elétrica 
unipolar ou bipolar. 
. Anel de silicone: método mecânico com anel de 
falópio ou anel tubário 
. Clipe de mola Hulka-Clemens Clip (Wolf Clip) 
. Clipe de titânio revestido de silicone Filshie Clip 
 
Efeitos colaterais 
. Gravidez ectópica: alta incidência 
. Irregularidades menstruais 
 
Histerectomia 
A histerectomia é o tratamento de escolha na mulher 
com prole definida. 
No entanto, vale considerar a idade da mulher e a 
possibilidade de nova união no futuro, principalmente 
nos dias atuais. 
 
Histerectomia abdominal, histerectomia vaginal, 
histerectomia laparoscópica clássica ou por robótica 
Curso de Medicina | MARC I Bruna Franco Teotonio | TURMA IV 
 5 
dependem da estrutura da unidade de saúde e da 
expertise do médico assistente. 
 
A ablação endometrial, por qualquer técnica, só tem 
indicação quando, definitivamente, a mulher não 
quer mais engravidar. 
 
Esterilização masculina 
O procedimento é realizado em consultório com 
analgesia local e geralmente demora 20 minutos ou 
menos. 
 
Uma pequena incisão é feita no saco escrotal e o lúmen 
do ducto deferente é seccionado para bloquear a 
passagem dos espermatozoides oriundos dos 
testículos. 
 
Comparada com a esterilização tubária feminina, a 
vasectomia tem probabilidade 30 vezes menor de 
insucesso e 20 vezes menor de complicações pós-
operatórias. 
 
A esterilidade pós-vasectomia não é imediata nem seu 
início pode ser previsto com segurança. O período para 
que se complete a eliminação de todos os 
espermatozoides acumulados distalmente à 
interrupção do ducto deferente é variável e requer 
aproximadamente três meses ou 20 ejaculações. 
 
MÉTODOS DE SEGUNDA LINHA 
 
As formulações contendo hormônios, incluindo 
contraceptivos orais combinados (COCs), 
contraceptivos contendo apenas progestogênio (COPs) 
e contraceptivos com estrogênios e/ ou progestogênios 
de uso sistêmico por injeção, adesivo transdérmico ou 
anel intravaginal são consideradas contraceptivos 
muito efetivos. 
 
. Taxa de fracasso esperado varia entre 3 e 9% 
durante o primeiro ano — a taxa alta provavelmente 
é reflexo de uso inadequado sem nova dosagem no 
intervalo apropriado. 
. A eficácia depende fundamentalmente da usuária 
. Os sistemas automatizados de lembrete para 
esses métodos de segunda linha têm se mostrado 
ineficazes. 
 
Anticoncepcional hormonal combinado (CHCs) 
 
São contraceptivos que contêm um estrogênio e um 
progestogênio. 
 
Os contraceptivos hormonais combinados (CHCs) 
estão disponíveis em três formatos: 
. Pílulas contraceptivas de uso oral 
. Adesivo transdérmico 
. Anel intravaginal 
 
Mecanismo de ação 
Os CHCs produzem múltiplas ações contraceptivas. 
. Inibição da ovulação por supressão dos fatores 
liberadores de gonadotrofina hipotalâmica, o que 
impede a secreção hipofisária do hormônio folículo-
estimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH). 
. Os estrogênios suprimem a liberação de FSH e 
estabilizam o endométrio impedindo a metrorragia 
– processo que nesse cenário é conhecido como 
sangramento breakthrough. 
. Os progestogênios inibem a ovulação suprimindo o 
LH, além de produzirem espessamento do muco 
cervical para retardar a passagem dos 
espermatozoides, tornando o endométrio 
desfavorável à implantação. 
Curso de Medicina | MARC I Bruna Franco Teotonio | TURMA IV 
 6 
. Os CHCs produzem efeitos contraceptivos por 
meio dos dois hormônios e, quando tomados 
diariamente por 3 de 4 semanas consecutivas, 
proporcionam proteção virtualmente absoluta 
contra concepção. 
 
 
Pílulas contraceptivas orais combinadas 
 
Pílulas monofásicas: foram desenvolvidas com a 
intenção de reduzir a quantidade total de progestogênio 
por ciclo sem sacrificar a eficácia contraceptiva. 
® Baixa dose de progestogênio inicial, sendo 
aumentada mais tarde ao longo do ciclo. Essa 
dose mais baixa reduz a intensidade das 
alterações metabólicas e os efeitos adversos. 
 
 
 
Adesivo transdérmico 
 
O adesivo possui uma camada interna contendo a 
matriz hormonal e uma camada externa resistente à 
água. 
 
O adesivo é aplicado às nádegas, região inferior do 
segmento proximal do braço, abdome inferior ou região 
superior do dorso, evitando as mamas. 
 
O adesivo fornece uma dose diária de 150 mg de 
progestogênio norelgestromina e 20 mg de 
etinilestradiol. 
 
É constituído de três adesivos, que devem ser usados 
a partir do primeiro dia de menstruação e trocados a 
cada sete dias, até completar 21 dias, seguidos de uma 
semana sem adesivo por ciclo. Como vantagens, 
apresentam alta eficácia e facilidade de uso. 
 
Anel transvaginal 
 
O anel vaginal é um contraceptivo hormonal combinado 
que contém etinilestradiol e etonogestrel. 
 
É um método anticoncepcional de alta eficácia, 
praticidade e facilidade de uso. 
 
Apresenta bom controle de ciclo, com poucos efeitos 
colaterais. Está indicado principalmente para aquelas 
jovens que se esquecem de tomar os comprimidos ou 
que apresentam intolerância gástrica. 
 
O anel é removido após três semanas e a paciente 
assim permanece durante uma semana para permitir 
que haja sangramento. 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de Medicina | MARC I Bruna Franco Teotonio | TURMA IV 
 7 
Administração intramuscular 
 
Podem ser utilizados os constituídos exclusivamente de 
progestagênios ou os associados com estrogênio. 
 
Os injetáveis hormonais combinados mensais são 
métodos de grande aceitabilidade entre as 
adolescentes, podendo ser prescritos observando-se 
as contraindicações, que são semelhantes às dos 
anticoncepcionais hormonais combinados orais. 
 
Vantagens: 
. Facilidade de uso, por não dependerem de 
ingestão diária regular pela paciente 
. Esse método mostrou boa taxa de aceitação e 
satisfação entre as adolescentes 
. Alta eficácia 
. Bom controle do ciclo menstrual 
. Melhora da dismenorreia e da irritabilidade 
 
O injetável trimestral compreende o uso de um 
progestagênio isolado, o acetato de 
medroxiprogesterona. 
. Praticidade 
. Facilidade de uso 
. Alta eficácia 
. Retorno à fertilidade que pode demorar de 6-8 
meses 
. Indicação precisa para a jovem que está 
amamentando, é portadora de alguma doença, 
como anemia falciforme, epilepsia, retardo 
mental, ou tenha contraindicação para uso de 
estrogênio 
. Perda de massa óssea, durante sua utilização 
em longo prazo — as usuárias devem receber 
recomendação para ingerir dieta com 
quantidade adequada de cálcio e vitamina D e 
ser estimuladas a praticar exercícios. 
 
 
 
 
Situações especiais e o uso de Anticoncepcionais 
hormonais 
 
Idade avançada 
Gestações em idade avançada estão associadas a 
maior risco de hipertensão, diabetes mellitus e morte 
materna. 
 
A idade é um fator de risco independente para doença 
cardiovascular e tromboembolismovenoso, mas, 
isoladamente, não contraindica o uso de nenhum 
método contraceptivo. 
 
 Deve-se estar atento às condições que podem estar 
associadas ao aumento da idade, e que 
contraindicariam o uso de métodos combinados 
(tabagismo, obesidade, hipertensão, diabetes mellitus, 
enxaqueca, entre outras). 
 
Os métodos contraceptivos devem ser mantidos até a 
menopausa ou até que se complete a idade de 55 anos. 
 
 
Hipertensão Arterial Sistêmica 
Os contraceptivos hormonais contendo etinilestradiol 
interferem no sistema renina- angiotensina-
aldosterona, por meio do aumento da síntese hepática 
de angiotensinogênio. 
 
Essa elevação pode ser clinicamente importante em 
mulheres predispostas e por essa razão, contraceptivos 
hormonais combinados costumam ser proscritos em 
mulheres hipertensas. 
Curso de Medicina | MARC I Bruna Franco Teotonio | TURMA IV 
 8 
 
. Hipertensas têm maior chance de apresentar 
eventos tromboembólicos. Esse risco, somado ao 
aumento do risco de eventos tromboembólicos dos 
contraceptivos combinados, também justifica a 
contraindicação desses métodos em pacientes 
hipertensas, mesmo que controladas com 
medicação. 
 
Diabetes Mellitus 
Estima-se que 2 a 4% das mulheres entre 20 e 39 anos 
de idade sejam portadoras de diabetes mellitus. O 
controle glicêmico pré-gestacional é mandatório para a 
redução do risco de malformações fetais e eventos 
adversos na gestação. Dessa maneira, o 
aconselhamento pré-concepcional é de suma 
importância, e, nesse contexto, a contracepção eficaz 
tem papel de destaque. 
 
. Maior risco de risco de fenômenos 
tromboembólicos arteriais, como acidente vascular 
cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio (IAM) 
— avaliar a combinação das características da 
doença, especialmente ao utilizar métodos 
combinados, uma vez que o componente 
estrogênico também se associa a maior risco de 
eventos tromboembólicos. 
 
O uso de contraceptivos combinados é proscrito nas 
pacientes que possuam lesões de órgãos-alvo 
decorrentes do diabetes mellitus (nefropatia, 
neuropatia e retinopatia). Deve-se presumir algum grau 
de lesão de órgão-alvo, mesmo que não documentada, 
naquelas em que a doença já tem mais de vinte 
anos de evolução; estas, portanto, também não 
devem usar métodos combinados. 
O uso de acetato de medroxiprogesterona também 
deve ser evitado nesses grupos de risco. 
 
Tabagismo 
Aumenta significativamente o risco de infarto e demais 
eventos tromboembólicos. 
 
Contraceptivos hormonais combinados podem ser 
usados por mulheres com menos de 35 anos de idade 
que não apresentem outros fatores de risco para 
doença cardiovascular. Para mulheres com mais de 35 
anos, métodos combinados devem ser evitados. 
 
Fumar tem outros efeitos associados, como a 
aceleração do metabolismo do etinilestradiol no 
citocromo p450 — essa pode ser a razão de mulheres 
tabagistas apresentarem episódios hemorrágicos. O 
metabolismo da nicotina também é acelerado pelo uso 
de pílulas combinadas, o que pode reforçar a 
dependência em relação à nicotina. 
 
Obesidade 
A obesidade e o sobrepeso promovem aumento do 
risco cardiovascular de duas vezes do risco de eventos 
tromboembólicos. 
 
A obesidade não contraindica o uso de nenhum método 
contraceptivo — que torna proibitivo o uso de métodos 
combinados é a associação com outros fatores de risco 
para doença cardiovascular (idade avançada, 
tabagismo, hipertensão, diabetes mellitus e 
dislipidemia). 
Caso se opte pelo uso de métodos combinados em 
pacientes obesas, deve-se pensar no uso de menores 
doses de etinilestradiol, ou pílulas com valerato de 
estradiol, e escolher progestágenos menos 
trombogênicos (como o levonorgestrel), já que o 
estrogênio também aumenta o risco de eventos 
tromboembólicos (aumenta quatro vezes). 
 
. O uso do acetato de medroxiprogesterona de 
depósito (AMPD) deve ser repensado nessas 
pacientes pela possibilidade de piora do perfil 
lipídico. 
. Os adesivos (combinados) devem ser evitados em 
mulheres com peso acima de 90 kg, pois estão 
associados a maior falha contraceptiva. 
 
 
 
Curso de Medicina | MARC I Bruna Franco Teotonio | TURMA IV 
 9 
Dislipidemias 
Aumento do colesterol total, da lipoproteína de alta 
densidade (HDL) e da lipoproteína de baixa densidade 
(LDL) são fatores de risco para doença cardiovascular. 
Apesar de o uso de contraceptivos hormonais 
combinados aumentar o risco de infarto do miocárdio e 
de acidente vascular cerebral de mulheres em idade 
reprodutiva, esse risco permanece baixo para 
mulheres que têm dislipidemia sem outros fatores 
de risco para doença cardiovascular. 
 
O diagnóstico prévio de dislipidemia sem outros fatores 
de risco para doença cardiovascular não impede o uso 
de nenhum tipo de contraceptivo. 
 
História de trombose e trombofilias 
O uso de contraceptivos hormonais combinados está 
associado ao aumento de risco de eventos 
tromboembólicos de cinco vezes quando se compara 
às não usuárias, mas em menor magnitude que o risco 
de eventos tromboembólicos associados à gestação. 
 
O aumento de risco é maior nos primeiros seis meses 
de utilização, e pode ser maior de acordo com a dose 
de estrogênio (pílulas com menos de 50 mcg de 
etinilestradiol têm menor risco) e com o tipo e dose do 
progestágeno utilizado na combinação (desogestrel, 
gestodeno e drospirenona teriam maior risco do que o 
levonorgestrel, por exemplo). 
 
Em caso de trombose venosa prévia, o uso de 
métodos combinados está proscrito. Pode-se usar 
todos os métodos de progesterona. 
 
Na trombose venosa aguda há recomendação de só se 
iniciar método contraceptivo de progestágeno isolado 
após estabelecer anticoagulação. 
 
Diante de tromboembolismo em território arterial (IAM, 
AVC isquêmico em território arterial, trombose arterial), 
métodos combinados também estão proibidos. 
 
1. Se a paciente não estava em uso de progestágeno 
isolado durante o evento, pode-se iniciar 
progestágeno isolado após estabelecida a 
anticoagulação. 
 
2. Se estava em uso de um progestágeno (pílula oral 
de progestágeno, AMPD, implante de 
etonorgestrel) durante o evento, aquele método 
deve ser descontinuado 
 
3. Se a paciente teve infarto agudo do miocárdio 
em uso de sistema intrauterino liberador de 
levonorgestrel (SIU-LNG), 
 
4. Se a paciente teve AVC isquêmico em uso de SIU-
LNG, ele pode ser mantido. 
 
5. Nos casos de eventos tromboembólicos em 
território arterial, não se deve usar injetável 
trimestral, pelo risco potencial de piora do perfil 
lipídico. 
 
. Em Trombofilias hereditárias (mutação do fator V 
Leiden, mutação do gene da protrombina, 
deficiência de proteína C, deficiência de proteína S 
e deficiência de antitrombina), não se deve usar 
métodos combinados pois aumentam o risco de 
trombose nessas pacientes em 2 a 20 vezes. 
. A presença de anticorpos antifosfolipídeos está 
associada a grande aumento do risco para 
trombose arterial e venosa, portanto o uso de 
contraceptivos combinados também está 
contraindicado nesse grupo de pacientes. 
 
Não prescrever progestágenos isolados (pílula oral 
de progestágeno, AMPD, implante de etonorgestrel 
e até o SIU-LNG). 
 
Na presença de anticorpos antifosfolipídeos 
prostágenos isolados podem ser usados 
eventualmente já que não há métodos hormonais 
categoria 2 para essas pacientes (apenas o DIU de 
cobre é categoria 1, e seu uso pode ser 
Curso de Medicina | MARC I Bruna Franco Teotonio | TURMA IV 
 10 
problemático para algumas pacientes, que podem 
apresentar aumento de fluxo menstrual). 
 
Veias varicosas não contraindicam nenhum 
método hormonal. 
 
Enxaqueca 
Enxaqueca com aura está associada a um aumento de 
duas vezes no risco de AVC isquêmico. Esse risco 
pode ser aumentado emoutras duas vezes pelo uso de 
contraceptivos hormonais combinados. 
 
Mulheres com enxaqueca sem aura e menos de 35 
anos de idade podem usar contraceptivos hormonais 
combinados, caso não haja piora dos sintomas após o 
início do uso, eles podem ser mantidos. Acima de 35 
anos, os métodos combinados devem ser evitados. 
 
Mulheres com enxaqueca com aura, o uso dos 
contraceptivos combinados é proibitivo, 
independentemente da idade. Os métodos de 
progesterona isolada, em pacientes que apresentam 
aura, devem ser suspensos caso haja piora dos 
sintomas. 
Em mulheres que têm enxaqueca menstrual (sem 
aura), regimes contínuos de contraceptivo hormonal 
combinado ou que minimizem a queda nos níveis de 
estrogênio (intervalo de quatro dias) podem ajudar a 
evitar crises. 
 
Hepatopatias 
Mulheres que têm hepatite viral aguda ou crônica 
podem fazer uso de métodos contraceptivos hormonais 
que contenham apenas progesterona ou DIU de cobre. 
 
Diante de quadro de hepatite viral aguda ou de hepatite 
crônica agudizada, não é recomendado iniciar métodos 
hormonais combinados (caso a paciente já esteja em 
uso, é permitido mantê-lo). 
 
Para pacientes com hepatite crônica e função hepática 
normal, não há contraindicação ao uso de métodos 
hormonais. 
 
Em casos de cirrose hepática leve (com função 
hepática compensada), não há contraindicação ao uso 
de qualquer método contraceptivo. 
 
Quando há descompensação da função hepática ou 
cirrose grave, nenhum método hormonal deve ser 
utilizado. 
 
Caso a paciente apresente antecedente de colestase 
após o uso de métodos combinados, estes devem ser 
evitados. Nessa situação, métodos de progestágeno e 
DIU de cobre estão liberados. 
 
MÉTODOS DE TERCEIRA LINHA 
 
Há duas categorias de métodos contraceptivos 
considerados moderadamente efetivos: 
. Métodos de barreira, criados para evitar que 
espermatozoides alcancem e fertilizem o óvulo 
. Métodos de consciência corporal e identificação da 
fase fértil do ciclo 
Mais do que com outros métodos contraceptivos, os 
moderadamente efetivos apresentam as maiores taxas 
de suces.so quando aplicados por casais dedicados ao 
seu uso 
 
. A taxa de fracasso esperada varia entre 10 e 20% 
no primeiro ano de uso. 
. A eficácia aumenta com o uso consistente e 
correto. 
 
Métodos de barreira 
 
Nesta categoria estão os diafragmas vaginais e os 
preservativos masculinos e femininos. É altamente 
dependente do seu uso correto e consistente. 
 
Preservativo masculino 
A maioria dos preservativos é feito de látex e há vários 
tamanhos fabricados para acomodar a anatomia. 
Os preservativos são contraceptivos efetivos e sua taxa 
de insucesso quando utilizado por casais bastante 
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motivados tem sido tão baixa quanto 3 a 4% por 100 
casais-ano. Em geral, e especialmente no primeiro ano 
de uso, a taxa de insucesso é muito mais alta. 
 
Uma vantagem específica dos preservativos é que, 
quando usados adequadamente, proporcionam 
proteção considerável – mas não absoluta – contra 
doenças sexualmente transmissíveis. Os preservativos 
também previnem alteração pré-malignas no colo 
uterino, provavelmente ao bloquear a transmissão do 
HPV. 
 
A eficácia dos preservativos aumenta 
consideravelmente com a manutenção do reservatório 
na sua extremidade. 
 
Os lubrificantes devem ser a base de água porque os 
produtos à base de óleo destroem o látex de 
preservativos e do diafragma enfatizaram as seguintes 
etapas para assegurar efetividade máxima aos 
preservativos: 
® Devem ser usados em todos os contatos com 
penetração. 
® Devem ser colocados antes de haver contato entre 
pênis e vagina. 
® A retirada deve ser feita com o pênis ainda ereto. 
® A base do preservativo deve ser segura durante a 
retirada. 
® Deve-se empregar um espermicida intravaginal ou 
um preservativo lubrificado com espermicida. 
 
Preservativo feminino 
Os preservativos femininos evitam gravidez e doenças 
sexualmente transmissíveis. 
 
O anel aberto permanece fora do canal vaginal e o anel 
fechado interno é colocado no espaço entre a sínfise e 
o colo uterino, assim como o diafragma. 
 
Não deve ser usado junto com o preservativo masculino 
em razão da possibilidade de rompimento, 
deslizamento ou deslocamento. 
 
 
Diafragma combinado com espermicida 
O diafragma é que uma cúpula circular de borracha de 
diversos diâmetros apoiada por um aro de metal. 
 
Quando usado em combinação com gel ou creme 
espermicida, pode ser muito efetivo. O espermicida 
deve ser aplicado centralmente na cúpula na superfície 
em contato com o colo uterino e ao redor do aro. O 
dispositivo é colocado na vagina de forma que o colo 
uterino, os fórnices vaginais e a parede anterior da 
vagina fiquem efetivamente separados do restante da 
vagina e do pênis. Ao mesmo tempo, o agente 
espermicida centralmente localizado é mantido de 
encontro ao colo uterino pelo diafragma. 
 
Se o diafragma for pequeno demais, não ficará no 
lugar. Se grande demais, causará desconforto quando 
em posição por isso encontra-se disponível apenas sob 
prescrição. 
 
Em razão das dificuldades de posicionamento, o 
diafragma talvez não seja uma opção efetiva para 
mulheres com prolapso significativo de órgão pélvico. 
O mau posicionamento do útero pode causar 
instabilidade no posicionamento do diafragma, 
resultando em sua expulsão. 
 
 
 
 
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Deve ser inserido bem antes do ato sexual e o 
espermicida deve ser reaplicado a cada ato. Não pode 
ser deixado por mais de 24 horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Métodos com base em consciência do período de 
fertilidade – Método de Ovulação Billings (MOB) 
 
Os métodos naturais de planejamento familiar 
consideram as alterações fisiológicas da mulher no 
decurso do ciclo menstrual e a vida útil do 
espermatozoide. Assim, fundamentam-se na 
periodicidade da fertilidade e infertilidade humana, no 
fato de a mulher ovular apenas uma vez em cada ciclo, 
na capacidade limitada do óvulo de ser fertilizado 
(apenas de 12 a 24 horas após a ovulação), na vida útil 
reduzida do espermatozoide (de três a cinco dias após 
a ejaculação) e na possibilidade de a mulher monitorar 
seu ciclo 
 
As chances de a relação sexual resultar em gravidez 
variam conforme a ovulação da mulher: 4% de chance 
se a relação sexual ocorrer cinco dias antes da 
ovulação; de 25% a 28% se ocorrer nos dois dias antes 
da ovulação; de 8% a 10% nas 24 horas após a 
ovulação; e virtualmente nula nos demais dias do ciclo 
menstrual. 
 
O MOB apoia-se no significado do muco cervical – ele 
torna a vagina menos ácida e cria espécie de duto de 
passagem dos espermatozoides para o útero. 
 
De fato, no decorrer dos dias férteis, a mulher produz 
secreção mucosa proveniente das glândulas do colo 
uterino. Nesse caso, o muco anuncia a proximidade da 
ovulação. Portanto, se orientada, a mulher pode 
reconhecer esse sinal de fertilidade e, em acordo com 
o parceiro, decidir ter relações ou abster-se delas, 
conforme o desejo de gestar ou não. 
 
MÉTODOS DE QUARTA LINHA 
 
Entre os métodos de quarta linha estão as formulações 
espermicidas, com taxa de insucesso entre 21 e 30% 
no primeiro ano de uso. 
O coito interrompido é tão imprevisível que alguns 
autores concluíram que não faz parte dos métodos 
contraceptivos. 
 
Espermicidas e microbicidas 
Esses contraceptivos são comercializados na forma de 
cremes, géis, supositórios, filmes e espumas em 
aerossol. 
 
Entre as prováveis usuárias estão as mulheres que 
consideram os demais métodos inaceitáveis. São úteis 
particularmente para as mulheres que necessitam de 
proteção temporária, por exemplo, durante a primeira 
semana após iniciarCHC ou enquanto amamentam. 
 
Além de sua ação química espermicida esses agentes 
representam uma barreira à penetração dos 
espermatozoides. O componente ativo é o monoxinol-9 
ou o octoxinol-9. É importante ressaltar que os 
espermicidas devem ser depositados na parte profunda 
da vagina em contato com o colo uterino pouco antes 
da relação sexual. Sua efetividade máxima geral- 
mente não dura mais que uma hora. Daí em diante, há 
necessidade de nova aplicação antes da relação. A 
lavagem vaginal com ducha, se for praticada, deve ser 
evitada pelo período mínimo de seis horas. 
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As taxas altas de gravidez são atribuídas 
principalmente à inconsistência no uso e não ao mau 
funcionamento do espermicida. 
 
ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA (AE) 
 
A AE é definida como a utilização de um fármaco ou 
dispositivo para evitar a gravidez após uma atividade 
sexual desprotegida. 
 
Deve ser indicada em situações especiais, como em 
casos de violência sexual, relação sexual 
desprotegida, erro de uso ou falha de outros 
métodos. 
 
Atualmente, recomenda-se o uso de pílula com 
progestágeno, contendo 1,5 mg de levonorgestrel em 
dose única. A prescrição e o uso desse método são 
aprovados pelo Ministério da Saúde. 
 
Indicações para o uso da contracepção de 
emergência — quando a paciente teve relação sexual, 
porém: 
. Não utilizou nenhum método contraceptivo. 
. Usou incorretamente o preservativo ou este 
rompeu. 
. Não usou três ou mais pílulas consecutivas do 
anticoncepcional hormonal combinado na primeira 
semana. Tomou pílula só com progestagênio com 
atraso > 3 horas (minipílula) ou mais de 12 horas 
(pílula desogestrel 75 mcg). 
. Esqueceu de tomar duas ou mais pílulas 
combinadas. 
. Tomou com atraso ≥ a duas semanas a injeção de 
acetato de medroxiprogesterona. 
. Houve descolamento, atraso na colocação ou 
remoção precoce do contraceptivo transdérmico ou 
anel vaginal hormonal. 
. Ocorreu a expulsão do DIU

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