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Ictericia, colestase, colangite

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ICTERÍCIA:
1- HEPATOGRAMA:
- Enzimas hepáticas:
- Lesão hepatocelular: transaminases > 300U/L
- ALT ou TGP: mais específica do fígado
- AST ou TGO: encontrada no miocárdio, músculo, 
hemácias, rins, cérebro.
- VR: até 40U
- Há acúmulo de BD
- Aumento maciço de TGO e TGP (+ específica)
- Se transaminases > 1000, provável etiologia viral
- Colestase: FA > 2x o LSN e GGT > 3x o LSN
- FA: aumentada em situações de colestase e infiltração 
hepática (TB, neoplasias, amiloidose). Pode estar aumentada em doenças 
ósseas
- GGT: sempre solicitada em conjunto com FA. Pode estar 
aumentada no etilismo, DM, obesidade
- VR: varia
- Prurido
- Pode ser hepatite A de padrão colestático
- Aumento importante de FA e GGT, menos evidente de TGO e 
TGP
- Função hepática:
- TAP e INR: marcador mais precoce de comprometimento de 
função hepática. Pode estar alterado em coagulopatias.
- VR: AE > 70%, INR < 1,3
- Bilirrubina total e frações: elevação da BD em doenças 
hepatobiliares
- VR: BT < 1mg/dL, BD < 0,3mg/dL
- Albumina: pode estar diminuída em outras condições 
(desnutrição proteica, processos inflamatórios, sd. Nefrótica)
- VR: > 3,5 - 4mg/dL
2- ABORDAGEM DIAGNÓSTICA:
- Colúria ou acolia fecal: indicativos do aumento de BD
- Prurido: sugere colestase
- Perda ponderal: neoplasias?
- Febre e dor abdominal: hepatites, colangite
- Uso de medicações, cirurgias
- Avaliar possibilidade de hepatites virais ou por álcool
- Sinais de anemia e hepatopatia crônica
- Palpação do fígado e ponto cístico (hepatomegalia dolorosa, sinal 
de Courvoisier, Murphy)
- Pesquisa de ascite
- Tipos:
- Flavínica: tonalidade amarelo pálido
- Verdínica: tonalidade amarelo esverdeado
- Rubínica: tonalidade alaranjada
3- ANAMNESE E EXAME FÍSICO SUGESTIVOS DE ICTERÍCIA COM 
PREDOMÍNIO DE BD:
4- ANAMNESE E EXAME FÍSICO SUGESTIVOS DE ICTERÍCIA COM 
PREDOMÍNIO DE BI:
COLESTASE:
1- DEFINIÇÃO:
- Diminuição ou interrupção do fluxo biliar para o duodeno
- Laboratorialmente: FA > 1,5x LSN (comumente > 2x) e GGT > 3x 
LSN
- Causas:
- Extra-hepática: intrínseca e extrínseca
- Intra-hepática: hepatocelular e biliar
2- ABORDAGEM:
- Diagnosticar colestase: paciente sintomático (icterícia, colúria, 
acolia fecal e prurido) ou assintomático com elevação de FA e GGT
- Diferenciar entre colestase intra ou extra-hepática:
- Pesquisar antecedentes cirúrgicos, comorbidades, histórico 
familiar de colestase
- Avaliar uso de medicações
- EF: sinal de Courvoisier, linfonomegalias, visceromegalias, 
xantomas e xantelasmas
- Se hepatite colestática: solicita HBsAg, Anti-HCV, Anti-HAV
- USG de abdome superior
COLANGITE BILIAR PRIMÁRIA:
1- INTRODUÇÃO:
- Colestase crônica não obstrutiva progressiva
- Colangite ou cirrose biliar primária?
- Doença hepática autoimune
- Associação com doenças autoimunes: Sjogren, esclerodermia, sd. 
CREST
2- FASES CLÍNICAS:
- Silenciosa
- Assintomática
- Sintomática
- Cirrose hepática
3- DIAGNÓSTICO:
- Pelo menos 2 de 3 critérios:
- Elevação de FA persistente > 6 anos
- Anticorpo antimitocôndria > 1:40
- Biópsia hepática compatível com CBP: colangite destrutiva 
não-supurativa, com granulomas e/ou células epitelioides e perda de 
ductos biliares interlobulares. Pode haver fibrose
4- ABORDAGEM:
- Estadiar a doença: elastografia hepática, função hepática, biópsia 
hepática (se indicada)
- TTO:
- 1 linha: ácido ursodesoxicólico (ácido biliar com propriedades 
coleréticas, imunomoduladoras e anti-inflamatórias
- Meta: FA < 2x LSN em 1 ano
- Não respondedores: associar ácido obeticólico, fibratos
- Pacientes com prurido: colestiramina
- Avaliar reposição de vitaminas e tratamento para osteoporose
- Tratamento definitivo: transplante hepático

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