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Simulado VI 
CURSO INTENSIVO TJSP 
 
Bloco I 
 
DIREITO CIVIL 
 
1- Assinale a alternativa incorreta: 
a) Capacidade de fato, que é aquela para ser sujeito de direitos e deveres na ordem privada, e que todas 
as pessoas têm sem distinção. 
b) Segundo a teoria da personalidade condicional, a personalidade civil começa com o nascimento com 
vida, mas os direitos do nascituro estão sujeitos a uma condição suspensiva, ou seja, são direitos 
eventuais. 
c) Segundo Maria Helena Diniz, o nascituro possui personalidade jurídica formal, relacionada aos 
direitos da personalidade desde a concepção, mas a sua personalidade material, relacionada a direitos 
patrimoniais, só será adquirida com o nascimento com vida. 
d) Segundo o STJ, o nascituro possui direito de compensação por danos morais, em decorrência da 
morte prematura de seu pai que tenha ocorrido antes do seu nascimento. 
GABARITO: A 
a) Incorreta. Capacidade de direito ou de gozo, que é aquela para ser sujeito de direitos e deveres na 
ordem privada, e que todas as pessoas têm sem distinção. 
b) Correta. Esse é o conceito de teoria da personalidade condicional. 
c) Correta. Essa é a teoria de Maria Helena Diniz. 
d) Correta. Conforme o STJ: “Direito civil. Danos morais. Morte. Atropelamento. Composição férrea. 
Ação ajuizada 23 anos após o evento. Prescrição inexistente. Influência na quantificação do quantum. 
Precedentes da turma. Nascituro. Direito aos danos morais. Doutrina. Atenuação. Fixação nesta 
instância. Possibilidade. Recurso parcialmente provido. I – Nos termos da orientação da Turma, o direito 
à indenização por dano moral não desaparece com o decurso de tempo (desde que não transcorrido o 
lapso prescricional), mas é fato a ser considerado na fixação do quantum. II – O nascituro também tem 
direito aos danos morais pela morte do pai, mas a circunstância de não tê-lo conhecido em vida tem 
influência na fixação do quantum. III – Recomenda-se que o valor do dano moral seja fixado desde logo, 
inclusive nesta instância, buscando dar solução definitiva ao caso e evitando inconvenientes e 
 
retardamento da solução jurisdicional” (REsp 399.028/SP, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, 4.ª 
Turma, j. 26.02.2002, DJ 15.04.2002, p. 232). 
 
2- Assinale a alternativa correta: 
a) Nenhum sepultamento será feito sem o atestado de óbito lavrado por dois médicos. 
b) Não se aplica o Estatuto da Criança e do Adolescente ao menor emancipado. 
c) O divórcio do menor emancipado pelo casamento implica em seu retorno ao estado de incapaz. 
d) Cessará, para os menores, a incapacidade pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, 
mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, 
ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos. 
Gabarito: D 
a) Incorreta. Art. 77, Lei 6.015/1973: “Nenhum sepultamento será feito sem certidão, do oficial de 
registro do lugar do falecimento, extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista do atestado de 
médico, se houver no lugar, ou em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem 
presenciado ou verificado a morte. 
§ 1º Antes de proceder ao assento de óbito de criança de menos de 1 (um) ano, o oficial verificará se 
houve registro de nascimento, que, em caso de falta, será previamente feito. 
§ 2º A cremação de cadáver somente será feita daquele que houver manifestado a vontade de ser 
incinerado ou no interesse da saúde pública e se o atestado de óbito houver sido firmado por 2 (dois) 
médicos ou por 1 (um) médico legista e, no caso de morte violenta, depois de autorizada pela 
autoridade judiciária”. 
b) Incorreta. Enunciado n. 530, aprovado na VI Jornada de Direito Civil, 2013: “a emancipação, por si só, 
não elide a incidência do Estatuto da Criança e do Adolescente”. 
c) Incorreta. O divórcio não implica no retorno à incapacidade, o menor continua emancipado. 
d) Correta. Art. 5º, parágrafo único, I, CC. 
 
3 - Assinale a alternativa correta, quanto às associações: 
a) Dissolvida a associação, será incorporando o seu patrimônio remanescente, se houver, salvo 
disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra associação, designada pelo juiz, 
que se proponha a fim igual ou semelhante. 
b) A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. 
c) Há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. 
 
d) Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins econômicos ou não. 
Gabarito: B 
a) Incorreta. Art. 61, CC: “Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de 
deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será 
destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação 
dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.” 
b) Correta. Art. 56, CC. 
c) Incorreta. Art. 53, CC: “Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para 
fins não econômicos. 
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.” 
d) Incorreta. Art. 53, CC: “Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para 
fins não econômicos. 
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.” 
 
4. Assinale a alternativa incorreta: 
a) Configura-se a lesão quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua 
família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. 
b) Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a 
parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele por perdas e danos. 
c) Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela 
tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos 
que houver causado ao coacto. 
d) Segundo o STJ, o reconhecimento de fraude contra credores em ação pauliana, após a constatação da 
existência de sucessivas alienações fraudulentas na cadeia dominial de imóvel que originariamente 
pertencia ao acervo patrimonial do devedor, não torna ineficaz o negócio jurídico por meio do qual o 
último proprietário adquiriu, de boa-fé e a título oneroso, o referido bem, devendo-se condenar os réus 
que agiram de má-fé em prejuízo do autor a indenizá-lo pelo valor equivalente ao dos bens transmitidos 
em fraude contra o credor. 
Gabarito: A 
a) Incorreta. Art. 156, CC: “Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de 
salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação 
excessivamente onerosa.” 
 
b) Correta. Art. 154, CC. 
c) Correta. Art. 155, CC. 
d) Correta. “O reconhecimento de fraude contra credores em ação pauliana, após a constatação da 
existência de sucessivas alienações fraudulentas na cadeia dominial de imóvel que originariamente 
pertencia ao acervo patrimonial do devedor, não torna ineficaz o negócio jurídico por meio do qual o 
último proprietário adquiriu, de boa-fé e a título oneroso, o referido bem, devendo-se condenar os 
réus que agiram de má-fé em prejuízo do autor a indenizá-lo pelo valor equivalente ao dos bens 
transmitidos em fraude contra o credor. Cumpre ressaltar, de início, que, na ação pauliana, o autor tem 
como objetivo o reconhecimento da ineficácia (relativa) de ato jurídico fraudulento nos limites do 
débito do devedor com o credor lesado pela fraude. A lei, entretanto, não tem dispositivo que 
regulamente, de forma expressa, os efeitos do reconhecimento da fraude contra credores na hipótese 
em que a ineficácia dela decorrente não puder atingir um resultado útil, por encontrar-se o bem em 
poder de terceiro de boa-fé. Nessecontexto, poder-se-ia cogitar que a este incumbiria buscar 
indenização por perdas e danos em ação própria, ainda que se tratasse de aquisição onerosa. Todavia, 
essa solução seria contrária ao art. 109 do CC/1916 - correspondente ao artigo 161 do CC/2002 - e 
também ao art. 158 do CC/1916 – que tem redação similar à do artigo 182 do CC/2002 -, cujo teor 
dispunha que, anulado o ato, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele se achavam e, não 
sendo possível restituí-las, serão indenizadas pelo equivalente. Desse modo, inalcançável o bem em 
mãos de terceiro de boa-fé, cabe ao alienante, que o adquiriu de má-fé, indenizar o credor. Deve-se, 
portanto, resguardar os interesses dos terceiros de boa-fé e condenar os réus que agiram de má-fé em 
prejuízo do autor a indenizá-lo pelo valor equivalente ao dos bens transmitidos em fraude contra o 
credor - medida essa que se atém aos limites do pedido da petição inicial da ação pauliana, relativo à 
recomposição do patrimônio do devedor com os mesmos bens existentes antes da prática do ato 
viciado ou pelo seu equivalente. A propósito, a aludida conclusão, mutatis mutandis, vai ao encontro da 
Súmula 92/STJ, que orienta que "a terceiro de boa-fé não é oponível a alienação fiduciária não anotada 
no certificado de registro do veículo automotor". Precedente citado: REsp 28.521-RJ, Quarta Turma, DJ 
de 21/11/1994.” REsp 1.100.525-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 16/4/2013, informativo 
521. 
 
5- Assinale a alternativa correta: 
I- Prescreve em 4 anos a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas. 
II- A simples propositura da ação de revisão de contrato não inibe a caracterização de mora do autor. 
 
III- A ação de cobrança do seguro obrigatório (DPVAT) prescreve em um ano. 
a) I, II e III estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas II e III estão corretas. 
d) Apenas I e III estão corretas. 
Gabarito: B 
I- Correta. Art. 206, § 4º, CC. 
II- Correta. Súmula 380, STJ. 
III- Incorreta. Súmula 405, STJ: “A ação de cobrança do seguro obrigatório (DPVAT) prescreve em três 
anos.” 
 
06 - Assinale a alternativa correta, quanto ao usufruto: 
a) Os frutos civis, vencidos na data inicial do usufruto, pertencem ao usufrutuário, e ao proprietário os 
vencidos na data em que cessa o usufruto. 
b) O usufrutuário é obrigado a pagar as deteriorações resultantes do exercício regular do usufruto. 
c) O proprietário não pode alienar a coisa dado em usufruto. 
d) O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de Registro de Imóveis, pela extinção da 
pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta 
anos da data em que se começou a exercer. 
Gabarito: D 
a) Incorreta. Art. 1.398, CC: “Os frutos civis, vencidos na data inicial do usufruto, pertencem ao 
proprietário, e ao usufrutuário os vencidos na data em que cessa o usufruto.” 
b) Incorreta. Art. 1.402, CC: “O usufrutuário não é obrigado a pagar as deteriorações resultantes do 
exercício regular do usufruto.” 
c) Incorreta. Pode, não há tal vedação. 
d) Correta. Art. 1.410, II, CC. 
 
7- Assinale a alternativa correta: 
I- Nos contratos bancários, na impossibilidade de comprovar a taxa de juros efetivamente contratada - 
por ausência de pactuação ou pela falta de juntada do instrumento aos autos -, aplica-se a taxa média 
de mercado, divulgada pelo Bacen, praticada nas operações da mesma espécie, salvo se a taxa cobrada 
for mais vantajosa para o devedor. 
 
II- Maria firmou com João contrato em que se comprometia a dar-lhe coisa certa em data aprazada. Em 
função da mora no recebimento, ocasionada por João, a coisa estragou-se, sem que Maria tenha 
concorrido para tal. Nessa situação, João poderá exigir indenização equivalente à metade do dano 
suportado. 
III- A previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é 
suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada. 
a) Apenas I e II estão corretas. 
b) Apenas II e III estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas I está correta. 
Gabarito: C 
I- Correta. Súmula 530, STJ. 
II- Incorreta. CC: “Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver 
a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. 
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado 
em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos.” 
III- Correta. Súmula 541, STJ. 
 
8- Em relação à cláusula penal decorrente da inexecução de obrigação, assinale a alternativa correta. 
a) A exigibilidade da cláusula penal perante pessoa jurídica está condicionada à comprovação de abuso 
da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial. 
b) Para exigir a pena convencional, é necessário que o credor alegue o prejuízo e que este não exceda o 
valor da obrigação principal. 
c) O prejuízo excedente à cláusula penal poderá ser exigido se houver expressa convenção contratual 
nesse sentido. 
d) Sempre que o prejuízo exceder a pena convencional, o credor poderá exigir indenização suplementar, 
competindo-lhe provar o prejuízo excedente. 
Gabarito: C 
a) Incorreta. Não confundir desconsideração da personalidade jurídica, art. 50, CC, com cláusula penal. 
b) Incorreta. Art. 416, CC: “Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue 
prejuízo. 
 
Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o credor exigir 
indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como mínimo da 
indenização, competindo ao credor provar o prejuízo excedente.” 
c) Correta. Art. 416, CC: “Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo. 
Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o credor exigir 
indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como mínimo da 
indenização, competindo ao credor provar o prejuízo excedente.” 
d) Incorreta. Art. 416, CC. “Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue 
prejuízo. 
Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o credor exigir 
indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como mínimo 
da indenização, competindo ao credor provar o prejuízo excedente”. 
 
9- Assinale a alternativa incorreta: 
a) Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a 
receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não 
o assumiu. 
b) O exercício do direito oriundo da evicção independe da denunciação da lide ao alienante do bem na 
ação em que terceiro reivindique a coisa. 
c) Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. 
d) Para que o evicto possa exercer os direitos resultantes da evicção, na hipótese em que a perda da 
coisa adquirida tenha sido determinada por decisão judicial, é necessário o trânsito em julgado da 
referida decisão. 
Gabarito: D 
a) Correta. Art. 449, CC. 
b) Correta. CPC: “Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: 
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim 
de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam; 
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de 
quem for vencido no processo. 
§ 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for 
indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida.”c) Correta. Art. 457, CC. 
d) Incorreta. “Para que o evicto possa exercer os direitos resultantes da evicção, na hipótese em que a 
perda da coisa adquirida tenha sido determinada por decisão judicial, não é necessário o trânsito em 
julgado da referida decisão. A evicção consiste na perda parcial ou integral do bem, via de regra, em 
virtude de decisão judicial que atribua seu uso, posse ou propriedade a outrem em decorrência de 
motivo jurídico anterior ao contrato de aquisição. Pode ocorrer, ainda, em razão de ato administrativo 
do qual também decorra a privação da coisa. A perda do bem por vício anterior ao negócio jurídico 
oneroso é o fator determinante da evicção, tanto que há situações em que os efeitos advindos da 
privação do bem se consumam a despeito da existência de decisão judicial ou de seu trânsito em 
julgado, desde que haja efetiva ou iminente perda da posse ou da propriedade e não uma mera 
cogitação da perda ou limitação desse direito. Assim, apesar de o trânsito em julgado da decisão que 
atribua a outrem a posse ou a propriedade da coisa conferir o respaldo ideal para o exercício do direito 
oriundo da evicção, o aplicador do direito não pode ignorar a realidade comum do trâmite processual 
nos tribunais que, muitas vezes, faz com que o processo permaneça ativo por longos anos, ocasionando 
prejuízos consideráveis advindos da constrição imediata dos bens do evicto, que aguarda, impotente, o 
trânsito em julgado da decisão que já lhe assegurava o direito. Com efeito, os civilistas contemporâneos 
ao CC/1916 somente admitiam a evicção mediante sentença transitada em julgado, com base no art. 
1.117, I, do referido código, segundo o qual o adquirente não poderia demandar pela evicção se fosse 
privado da coisa não pelos meios judiciais, mas por caso fortuito, força maior, roubo ou furto. Ocorre 
que o Código Civil vigente, além de não ter reproduzido esse dispositivo, não contém nenhum outro que 
preconize expressamente a referida exigência. Dessa forma, ampliando a rigorosa interpretação 
anterior, jurisprudência e doutrina passaram a admitir que a decisão judicial e sua definitividade nem 
sempre são indispensáveis para a consumação dos riscos oriundos da evicção.” REsp 1.332.112-GO, Rel. 
Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 21/3/2013. 
 
10- Assinale a alternativa correta, quanto à teoria da perda de uma chance: 
I- Impossível a aplicação da teoria da perda de uma chance na seara médica, tendo em vista a ausência 
de nexo causal entre a conduta (o erro do médico) e o dano (lesão gerada pela perda da vida), uma vez 
que o prejuízo causado pelo óbito da paciente tem como causa direta e imediata a própria doença, e 
não o erro médico. 
II- A chance perdida é hipotética. 
 
III- Maria recebeu bilhete para participar de sorteio em razão de compras efetuadas em hipermercado. 
Neste constava "você concorre a 900 vales-compras de R$ 100,00 e a 30 casas." Foi sorteada e, ao 
comparecer para receber o prêmio, obteve apenas um vale-compras, tomando, então, conhecimento de 
que, segundo o regulamento, as casas seriam sorteadas àqueles que tivessem sido premiados com os 
vale-compras. Este segundo sorteio, todavia, já tinha ocorrido, sem a sua participação. As trinta casas já 
haviam sido sorteadas entre os demais participantes, sem que houvesse sido oportunizada sua 
participação. Nesse contexto, Maria faz jus à indenização pela perda de uma chance. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas II e III estão corretas. 
d) Apenas III está correta. 
Gabarito: D 
I- Incorreta. “A teoria da perda de uma chance pode ser utilizada como critério para a apuração de 
responsabilidade civil ocasionada por erro médico na hipótese em que o erro tenha reduzido 
possibilidades concretas e reais de cura de paciente que venha a falecer em razão da doença tratada de 
maneira inadequada pelo médico. De início, pode-se argumentar ser impossível a aplicação da teoria 
da perda de uma chance na seara médica, tendo em vista a suposta ausência de nexo causal entre a 
conduta (o erro do médico) e o dano (lesão gerada pela perda da vida), uma vez que o prejuízo 
causado pelo óbito da paciente teve como causa direta e imediata a própria doença, e não o erro 
médico. Assim, alega-se que a referida teoria estaria em confronto claro com a regra insculpida no art. 
403 do CC, que veda a indenização de danos indiretamente gerados pela conduta do réu. Deve-se notar, 
contudo, que a responsabilidade civil pela perda da chance não atua, nem mesmo na seara médica, no 
campo da mitigação do nexo causal. A perda da chance, em verdade, consubstancia uma modalidade 
autônoma de indenização, passível de ser invocada nas hipóteses em que não se puder apurar a 
responsabilidade direta do agente pelo dano final. Nessas situações, o agente não responde pelo 
resultado para o qual sua conduta pode ter contribuído, mas apenas pela chance de que ele privou a 
paciente. A chance em si - desde que seja concreta, real, com alto grau de probabilidade de obter um 
benefício ou de evitar um prejuízo - é considerada um bem autônomo e perfeitamente reparável. De 
tal modo, é direto o nexo causal entre a conduta (o erro médico) e o dano (lesão gerada pela perda de 
bem jurídico autônomo: a chance). Inexistindo, portanto, afronta à regra inserida no art. 403 do CC, 
mostra-se aplicável a teoria da perda de uma chance aos casos em que o erro médico tenha reduzido 
 
chances concretas e reais que poderiam ter sido postas à disposição da paciente.” REsp 1.254.141-PR, 
Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 4/12/2012. 
II- Incorreta. “A teoria de perda de uma chance (perte d'une chance) dá suporte à responsabilização 
do agente causador, não de dano emergente ou lucros cessantes, mas sim de algo que intermedeia 
um e outro: a perda da possibilidade de buscar posição jurídica mais vantajosa que muito 
provavelmente alcançaria se não fosse o ato ilícito praticado. Dessa forma, se razoável, séria e real, 
mas não fluida ou hipotética, a perda da chance é tida por lesão às justas expectativas do indivíduo, 
então frustradas. Nos casos em que se reputa essa responsabilização pela perda de uma chance a 
profissionais de advocacia em razão de condutas tidas por negligentes, diante da incerteza da vantagem 
não experimentada, a análise do juízo deve debruçar-se sobre a real possibilidade de êxito do processo 
eventualmente perdida por desídia do causídico. Assim, não é só porque perdeu o prazo de contestação 
ou interposição de recurso que o advogado deve ser automaticamente responsabilizado pela perda da 
chance, pois há que ponderar a probabilidade, que se supõe real, de que teria êxito em sagrar seu 
cliente vitorioso. Na hipótese, de perda do prazo para contestação, a pretensão foi de indenização de 
supostos danos materiais individualizados e bem definidos na inicial. Por isso, possui causa de pedir 
diversa daquela acolhida pelo tribunal a quo, que, com base na teoria da perda de uma chance, 
reconheceu presentes danos morais e fixou o quantum indenizatório segundo seu livre arbítrio. Daí, é 
forçoso reconhecer presente o julgamento extra petita, o que leva à anulação do acórdão que julgou a 
apelação. Precedentes citados: REsp 1.079.185-MG, DJe 4/8/2009, e REsp 788.459-BA, DJ 13/3/2006. 
REsp 1.190.180-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 16/11/2010. 
III- Correta. “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
OMISSÃO. E CONTRADIÇÃO. EXISTÊNCIA. SORTEIO. PROMOÇÃO PUBLICITÁRIA. VIOLAÇÃO DE DEVER 
CONTRATUAL. PERDA DE UMA CHANCE. 
1. A recorrente recebeu bilhete para participar de sorteio em razão de compras efetuadas em 
hipermercado. Neste constava "você concorre a 900 vales-compras de R$ 100,00 e a 30 casas." Foi 
sorteada e, ao comparecer para receber o prêmio, obteve apenas um vale-compras, tomando, então, 
conhecimento de que, segundo o regulamento, as casas seriam sorteadas àquelesque tivessem sido 
premiados com os vale-compras. Este segundo sorteio, todavia, já tinha ocorrido, sem a sua 
participação. As trinta casas já haviam sido sorteadas entre os demais participantes. 
2. Violação do dever contratual, previsto no regulamento, de comunicação à autora de que fora uma das 
contempladas no primeiro sorteio e de que receberia um segundo bilhete, com novo número, para 
concorrer às casas em novo sorteio. Fato incontroverso, reconhecido pelo acórdão recorrido, de que a 
 
falta de comunicação a cargo dos recorridos a impediu de participar do segundo sorteio e, portanto, de 
concorrer, efetivamente, a uma das trinta casas. 
3. A circunstância de a participação no sorteio não ter sido diretamente remunerada pelos 
consumidores, sendo contrapartida à aquisição de produtos no hipermercado, não exime os promotores 
do evento do dever de cumprir o regulamento da promoção, ao qual se vincularam. 
4. Dano material que, na espécie, não corresponde ao valor de uma das trinta casas sorteadas, mas à 
perda da chance, no caso, de 30 chances, em 900, de obter o bem da vida almejado. 
5. Ausência de publicidade enganosa ou fraude a justificar indenização por dano moral. O hipermercado 
sorteou as trinta casas prometidas entre os participantes, faltando apenas com o dever contratual de 
informar, a tempo, a autora do segundo sorteio. Não é conseqüência inerente a qualquer dano material 
a existência de dano moral indenizável. Não foram descritas nos autos consequências extrapatrimoniais 
passíveis de indenização em decorrência do aborrecimento de se ver a autora privada de participar do 
segundo sorteio. 
6. Embargos de declaração acolhidos com efeitos modificativos.” EDcl no AgRg no Ag 1196957/DF, Rel. 
Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 10/04/2012, DJe 18/04/2012. 
“A Turma, ao acolher os embargos de declaração com efeitos modificativos, deu provimento ao agravo 
e, de logo, julgou parcialmente provido o recurso especial para condenar o recorrido (supermercado) ao 
pagamento de danos materiais à recorrente (consumidora), em razão da perda de uma chance, uma vez 
que não lhe foi oportunizada a participação em um segundo sorteio de uma promoção publicitária 
veiculada pelo estabelecimento comercial no qual concorreria ao recebimento de uma casa. Na espécie, 
a promoção publicitária do supermercado oferecia aos concorrentes novecentos vales-compras de R$ 
100,00 e trinta casas. A recorrente foi sorteada e, ao buscar seu prêmio - o vale-compra -, teve 
conhecimento de que, segundo o regulamento, as casas seriam sorteadas àqueles que tivessem sido 
premiados com os novecentos vales-compras. Ocorre que o segundo sorteio já tinha sido realizado sem 
a sua participação, tendo sido as trinta casas sorteadas entre os demais participantes. De início, afastou 
a Min. Relatora a reparação por dano moral sob o entendimento de que não houve publicidade 
enganosa. Segundo afirmou, estava claro no bilhete do sorteio que seriam sorteados 930 ganhadores - 
novecentos receberiam vales-compra no valor de R$ 100,00 e outros trinta, casas na importância de R$ 
40.000,00, a ser depositado em caderneta de poupança. Por sua vez, reputou devido o ressarcimento 
pelo dano material, caracterizado pela perda da chance da recorrente de concorrer entre os novecentos 
participantes a uma das trinta casas em disputa. O acórdão reconheceu o fato incontroverso de que a 
recorrente não foi comunicada pelos promotores do evento e sequer recebeu o bilhete para participar 
 
do segundo sorteio, portanto ficou impedida de concorrer, efetivamente, a uma das trinta casas. 
Conclui-se, assim, que a reparação deste dano material deve corresponder ao pagamento do valor de 
1/30 do prêmio, ou seja, 1/30 de R$ 40.000,00, corrigidos à época do segundo sorteio.” EDcl no AgRg no 
Ag 1.196.957-DF, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgados em 10/4/2012. 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 
11 - Assinale a alternativa correta: 
a) A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a 
determinado negócio jurídico. 
b) Quando houver continência e a ação contida tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo 
à ação continente será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão 
necessariamente reunidas. 
c) João, operador de voo e domiciliado em João Pessoa, foi atropelado por uma aeronave da empresa 
Gol, domiciliada no Rio de Janeiro, que estava taxiando, enquanto ele prestava serviços no aeroporto de 
Congonhas em São Paulo. Nesse Caso, João poderá apenas propor a ação de reparação de danos, 
fundada nesse acidente, nos foros do Rio de Janeiro ou de São Paulo. 
d) Tanto na jurisdição voluntária como na jurisdição contenciosa a sentença faz coisa julgada material. 
Gabarito: A 
a) Correta. Art. 63, §1º, CPC. 
b) Incorreta. Art. 57, CPC: “Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta 
anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, 
caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.” 
c) Incorreta. Art. 53, CPC: “É competente o foro: V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a 
ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.” 
d) Incorreta. Marcus Vinicius Rios Gonçalves dispõe que: "A questão mais discutida a respeito da 
jurisdição voluntária é a da sua natureza, pois forte corrente doutrinária nega-lhe a qualidade de 
jurisdição, atribuindo-lhe a condição de administração pública de interesses privados, cometida ao 
Poder Judiciário. Pode-se dizer que tem prevalecido, entre nós, a corrente administrativista, que 
pressupõe que nesse tipo de jurisdição, o juiz não é chamado a solucionar um conflito de interesses… 
as sentenças definitivas não se revestem da autoridade da coisa julgada material, como nos processos 
de jurisdição contenciosa, e podem ser modificados se ocorrerem circunstâncias supervenientes que o 
justifique" (Direito processual civil esquematizado, 2017, pp. 706, 707). 
 
12- Assinale a alternativa correta: 
 
I- O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou, na localidade onde 
estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação será citado na pessoa do 
administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis, que será considerado habilitado 
para representar o locador em juízo. 
II- Nas intimações realizados por publicação em órgão oficial, a grafia dos nomes das partes pode conter 
abreviaturas. 
III-É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do correio, 
juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento. 
a) I, II e III estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II está correta. 
Gabarito: C 
I- Correta. Art. 242, §2º, CPC. 
II- Incorreta. Art. 272, CPC: “Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as 
intimações pela publicação dos atos no órgão oficial. 
§ 3o A grafia dos nomes das partes não deve conter abreviaturas.” 
III- Correta. Art. 269, §1º, CPC. 
 
13- Assinale a alternativa correta: 
a) A tutela provisória de urgência, cautelar ou de evidência, pode ser concedida em caráter antecedente 
ou incidental. 
b) A tutela provisória requerida em caráter antecedente independe do pagamento de custas. 
c) Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória não conservará a eficácia durante o período de 
suspensão do processo. 
d) Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou 
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser 
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
Gabarito: D 
a) Incorreta. Atutela de evidência não pode ser concedida em caráter antecedente. 
Art. 294, CPC: “A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter 
antecedente ou incidental.” 
b) Incorreta. Art. 295, CPC: “A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do 
pagamento de custas.” 
c) Incorreta. Art. 296, parágrafo único, CPC: “Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória 
conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.” 
d) Correta. Art. 300, §1º, CPC. 
 
14- Assinale a alternativa correta: 
I- O pedido deve ser interpretado restritivamente. 
II- Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se. 
III- Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de 
financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição 
inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor 
incontroverso do débito. 
a) I, II e III estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas II e III estão corretas. 
d) Apenas I e III estão corretas. 
Gabarito: C 
I- Incorreta. Art. 322, § 2º, CPC: “A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e 
observará o princípio da boa-fé.” 
II- Correta. Art. 331, CPC. 
III- Correta. Art. 330, §2º, CPC. 
 
15- Assinale a alternativa correta: 
I- Não cabe juízo de retratação da apelação interposto em face da decisão de improcedência liminar do 
pedido. 
II- O juiz não poderá indeferir o pedido, em razão de reconhecimento de prescrição e decadência, sem 
antes ouvir as partes a respeito. 
III- Considera-se inepta a petição inicial quando da narração dos fatos não decorrer logicamente a 
conclusão. 
 
a) I, II e III estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas II e III estão corretas. 
d) Apenas III está correta. 
Gabarito: D 
I- Incorreta. Art. 332, § 3º, CPC: “Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.” 
II- Incorreta. Art. 332, § 1º, CPC: “O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se 
verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.” 
III- Correta. Art. 330, §1º, CPC. 
 
16- Assinale a alternativa incorreta, conforme o STJ: 
a) Os efeitos da sentença transitada em julgado que reconhece o vínculo de parentesco entre filho e pai 
em ação de investigação de paternidade alcançam o avô, ainda que este não tenha participado da 
relação jurídica processual. 
b) A relativização da coisa julgada estabelecida em ação de investigação de paternidade – em que não 
foi possível determinar-se a efetiva existência de vínculo genético a unir as partes – não se aplica às 
hipóteses em que o reconhecimento do vínculo se deu, exclusivamente, pela recusa do investigado ou 
seus herdeiros em comparecer ao laboratório para a coleta do material biológico. 
c) Segundo posicionamento mais recente do STJ, havendo conflito entre duas coisas julgadas, 
prevalecerá a que se formou por último, enquanto não desconstituída mediante ação rescisória. 
d) É nulo o acórdão que reconhece a prescrição da dívida objeto da demanda e não se pronuncia a 
respeito de tese da parte de que já ocorreu o efetivo fundamento do débito. 
Gabarito: D 
a) Correta. “Os efeitos da sentença transitada em julgado que reconhece o vínculo de parentesco entre 
filho e pai em ação de investigação de paternidade alcançam o avô, ainda que este não tenha 
participado da relação jurídica processual. Os efeitos da sentença, que não se confundem com a coisa 
julgada e seus limites subjetivos, irradiam-se com eficácia erga omnes, atingindo mesmo aqueles que 
não figuraram como parte na relação jurídica processual. O art. 472 do CPC/1973 preceitua que “A 
sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não beneficiando, nem prejudicando 
terceiros. Nas causas relativas ao estado de pessoa, se houverem sido citados no processo, em 
litisconsórcio necessário, todos os interessados, a sentença produz coisa julgada em relação a terceiros”. 
Como se observa, essa norma estabelece os limites subjetivos da coisa julgada. Em tais condições, 
 
portanto, a coisa julgada formada na ação de investigação de paternidade ajuizada pelo filho em face do 
pai não atinge o avô, na medida em que proposta exclusivamente contra seu filho. No entanto, são 
institutos diversos a coisa julgada – que se sujeita aos limites subjetivos estabelecidos pelo art. 472 do 
CPC/1973 – e os efeitos da sentença (estes definidos por doutrina como "as alterações que a sentença 
produz sobre as relações existentes fora do processo”). Traçado assim o marco distintivo entre eles, 
pode-se afirmar com certeza científica que os efeitos da sentença não encontram a mesma limitação 
subjetiva que o art. 472 do CPC/1973 destina ao instituto da coisa julgada, de maneira que também 
podem atingir, direta ou indiretamente, terceiros que não participaram da relação jurídica processual. 
Guardam, pois, eficácia erga omnes. Assim, tendo o filho promovido ação de investigação de 
paternidade contra o pai, na qual se deu o julgamento de procedência do pedido e o trânsito em 
julgado, o vínculo parental entre eles é, por força da coisa julgada que ali se formou, imutável e 
indiscutível, à luz do art. 467 do CPC/1973. Nesse contexto, o avô agora suporta as consequências da 
decisão que assentou a paternidade de seu filho, cujos efeitos atingem-no de maneira reflexa, por força 
de sua ascendência em relação ao pai judicialmente reconhecido. Ora, se o neto é filho de seu filho, 
logo, por força de um vínculo jurídico lógico e necessário, é seu neto (art. 1.591 do CC). Não está o avô 
sujeito à coisa julgada, que só atinge as partes da ação investigatória, mas efetivamente suporta os 
efeitos que resultam da decisão, independentemente de sua participação na relação processual.” REsp 
1.331.815-SC, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em 16/6/2016, DJe 1º/8/2016 (Informativo n. 
587). 
b) Correta. “A relativização da coisa julgada estabelecida em ação de investigação de paternidade – em 
que não foi possível determinar-se a efetiva existência de vínculo genético a unir as partes – não se 
aplica às hipóteses em que o reconhecimento do vínculo se deu, exclusivamente, pela recusa do 
investigado ou seus herdeiros em comparecer ao laboratório para a coleta do material biológico. Na 
origem, trata-se de demanda negatória de paternidade por meio da qual as autoras pretendem valer-se 
da relativização da coisa julgada material formada em anterior ação investigativa, na qual, com base em 
provas testemunhais, reconheceu-se o vínculo familiar entre a recorrida e o pai das autoras (recorrentes 
no especial). No que diz respeito à pretensa relativização da coisa julgada, cabe destacar que esta Corte 
Superior de Justiça, em sintonia com a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal no RE n. 
363.889-DF, Rel. Min. Dias Toffolli, julgado em 2/6/2011, tem admitido a tese nas ações investigatórias 
ou contestatórias de paternidade julgadas sem amparo em prova genética. No entanto, o cabimento 
dessa excepcional orientação, no sentido da relativização da coisa julgada estabelecida em ações de 
investigação de paternidade em que não foi possível determinar-se a efetiva existência de vínculo 
 
genético a unir as partes, em decorrência da não realização do exame de DNA, estava inscrito em um 
peculiar contexto em que a impossibilidade de realização do exame decorria da ausência de condições 
da parte de adimpli-lo e, ainda, da negativa de o Estado fazê-lo, ou seja, por circunstâncias notadamente 
alheais à vontade das partes. A orientação, assim, não pode ter aplicação quando a não realização da 
prova pericial na demanda investigatóriaanterior deveu-se, exclusivamente, à recusa de uma das partes 
em comparecer ao laboratório para a coleta de material biológico – no caso, a recusa dos herdeiros, 
entre eles as recorrentes (herdeiras do de cujus que teve a paternidade reconhecida). Nesse cenário, 
não só é viável como é plenamente escorreito o julgamento da ação investigatória com base nas provas 
testemunhais colhidas, aplicada, em conjunto, à presunção juris tantum de paternidade, nos termos do 
enunciado da Súmula n. 301/STJ, bem como em observância ao art. 2º-A, parágrafo único, da Lei n. 
8.560/92, não havendo como superar-se ou relativizar-se a coisa julgada material que qualificara a 
sentença de procedência da referida demanda de investigação de paternidade ajuizada pela recorrida 
contra o pai das recorrentes. Ora, negando-se, a recorrente, a produzir a prova que traria certeza à 
controvérsia estabelecida nos autos da anterior ação de investigação de paternidade, não pode, 
agora, utilizar-se, maliciosamente, da ausência da referida prova como fundamento para a 
propositura de ação negatória de paternidade e, com isso, buscar ver alterada a decisão que lhe fora 
desfavorável, sob pena de incorrer em violação da boa-fé objetiva. Diante da inaplicabilidade da 
conclusão a que o STF chegara quando do julgamento, com repercussão geral reconhecida, do RE 
363.889-DF à presente controvérsia, deve-se manter a extinção da demanda negatória de paternidade 
com fundamento na coisa julgada formada na anterior ação investigatória.” REsp 1.562.239-MS, Rel. 
Min. Paulo de Tarso Sanseverino, por unanimidade, julgado em 9/5/2017, DJe 16/5/2017 informativo 
604. 
c) Correta. “Havendo conflito entre duas coisas julgadas, prevalecerá a que se formou por último, 
enquanto não desconstituída mediante ação rescisória. Precedentes citados: AgRg no REsp 643.998-PE, 
Sexta Turma, DJe 1/2/2010; REsp 598.148-SP, Segunda Turma, DJe 31/8/2009.” REsp 1.524.123-SC, Rel. 
Min. Herman Benjamin, julgado em 26/5/2015, DJe 30/6/2015, informativo 565. Atenção! 
Posicionamento não pacífico! 
d) Incorreta. Essa decisão é plenamente válida, já que se reconhecida a prescrição, é irrelevante discutir 
se a dívida foi paga ou não. “Mesmo após a vigência do CPC/2015, não cabem embargos de declaração 
contra decisão que não se pronuncie tão somente sobre argumento incapaz de infirmar a conclusão 
adotada. Os embargos de declaração, conforme dispõe o art. 1.022 do CPC/2015, destinam-se a suprir 
omissão, afastar obscuridade ou eliminar contradição existente no julgado. O julgador não está 
 
obrigado a responder a todas as questões suscitadas pelas partes, quando já tenha encontrado 
motivo suficiente para proferir a decisão. A prescrição trazida pelo inciso IV do § 1º do art. 489 do 
CPC/2015 ["§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, 
sentença ou acórdão, que: (...) IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes 
de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador"] veio confirmar a jurisprudência já 
sedimentada pelo STJ, sendo dever do julgador apenas enfrentar as questões capazes de infirmar a 
conclusão adotada na decisão.” EDcl no MS 21.315-DF, Rel. Min. Diva Malerbi (Desembargadora 
convocada do TRF da 3ª Região), julgado em 8/6/2016, DJe 15/6/2016, informativo 585. 
 
17 - Assinale a alternativa incorreta, quanto às intervenções de terceiros: 
a) Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do 
amicus curiae. 
b) A denunciação da lide poderá ser promovida pelo autor. 
c) A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do pedido, desista da 
ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação ou transija sobre direitos controvertidos. 
d) A assistência não é admitida no processo de execução. 
Gabarito: D 
a) Correta. Art. 138, §2º, CPC. 
b) Correta. Art. 125, CPC. 
c) Correta. Art. 122, CPC. 
d) Incorreta. Art. 129, Parágrafo único, CPC: “A assistência será admitida em qualquer procedimento e 
em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre.” 
 
18- Assinale a alternativa incorreta: 
a) Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando tiver por 
objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que tal citação é dispensada. 
b) A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente a ocorrência das circunstâncias 
autorizadoras para sua realização, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário-mínimo, que reverterá 
em benefício do Estado. 
c) Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do 
mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entretanto, 
 
poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário da 
correspondência está ausente. 
d) Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou 
interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, 
telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência. 
Gabarito: B 
a) Correta. Art. 246, §3º, CPC. 
b) Incorreta. Art. 258, CPC: “A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente a 
ocorrência das circunstâncias autorizadoras para sua realização, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o 
salário-mínimo. Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando.” 
c) Correta. Art. 248, §4º, CPC. 
d) Correta. Art. 254, CPC. 
 
19- Assinale a alternativa incorreta, segundo o STJ: 
a) É impenhorável o único imóvel comercial do devedor quando o aluguel daquele está destinado 
unicamente ao pagamento de locação residencial por sua entidade familiar. 
b) A cota de fundo de investimento não se subsume à ordem de preferência legal disposta no inciso I do 
art. 835 do CPC/2015 (“Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem: I - 
dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira”). 
c) A pequena propriedade rural, trabalhada pela família, é impenhorável, ainda que dada pelos 
proprietários em garantia hipotecária para financiamento da atividade produtiva. 
d) A ausência de registro da hipoteca em cartório de registro de imóveis afasta a exceção à regra de 
impenhorabilidade prevista no art. 3º, V, da Lei n. 8.009/1990, a qual autoriza a penhora de bem de 
família dado em garantia hipotecária na hipótese de dívida constituída em favor de entidade familiar. 
Gabarito: D 
a) Correta. “É impenhorável o único imóvel comercial do devedor quando o aluguel daquele está 
destinado unicamente ao pagamento de locação residencial por sua entidade familiar. Inicialmente, 
registre-se que o STJ pacificou a orientação de que não descaracteriza automaticamente o instituto do 
bem de família, previsto na Lei n. 8.009/1990, a constatação de que o grupo familiar não reside no único 
imóvel de sua propriedade (AgRg no REsp 404.742-RS, Segunda Turma, DJe 19/12/2008; e AgRg no REsp 
1.018.814-SP, Segunda Turma, DJe 28/11/2008). A Segunda Turma também possui entendimento de 
que o aluguel do único imóvel do casal não o desconfigura como bem de família (REsp 855.543-DF, 
 
Segunda Turma, DJ 3/10/2006). Ainda sobre o tema, há entendimento acerca da impossibilidade de 
penhora de dinheiro aplicado em poupança, por se verificar sua vinculação ao financiamento para 
aquisição de imóvel residencial (REsp 707.623-RS, Segunda Turma, DJe 24/9/2009).” REsp 1.616.475-PE, 
Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 15/9/2016, DJe 11/10/2016. 
b) Correta. “A cota de fundo de investimento não se subsume à ordem de preferência legal disposta 
no inciso I do art. 655 do CPC/1973 (ou no inciso I do art. 835 do CPC/2015). Inicialmente, cabe 
destacar que a tese firmada pode nortear tambéma interpretação de casos vindouros, sob a vigência do 
CPC/2015, pois, como visto, a redação do dispositivo legal correlato não foi modificada. No mérito, 
registre-se que, de acordo com o disposto no art. 2º, V, da Lei n. 6.385/1976 (que disciplinou o mercado 
de valores mobiliários e criou a Comissão de Valores Mobiliários), as cotas de fundos de investimento 
consistem em valores mobiliários e, por isso, não se encontram em primeiro lugar, na ordem legal de 
preferência de penhora, contida no inciso I do art. 655 do CPC/1973, mas sim, expressamente, no inciso 
X (ou no inciso III do art. 835 do CPC/2015; ou no inciso VIII do art. 11 da Lei n. 6.830/1980). Ressai 
evidenciado, assim, pela própria literalidade do dispositivo legal, que valores mobiliários, como é o caso 
das cotas de fundo de investimento, não se confundem com aplicações financeiras previstas na 
legislação processual (art. 655, I, do CPC/1973). Veja-se, pois, que, diversamente do que ocorre com o 
dinheiro em espécie, com o dinheiro depositado em conta bancária ou com aquele representado por 
aplicações financeiras, as cotas de fundo de investimento encontram-se invariavelmente sujeitas aos 
riscos de mercado, de crédito e de liquidez, o que, por si só, justifica a diversidade de gradação, para 
efeito de penhora, imposta pela lei adjetiva civil. A partir da constituição do fundo de investimento, que 
se dá por meio da reunião de aportes financeiros manejados por investidores, o terceiro administrador 
os aplica em títulos e valores mobiliários, com o intuito de obter lucro/rendimento, sujeitando-se aos 
riscos das variações dos índices do mercado financeiro. Destaca-se, por conseguinte, haver uma 
indissociável vinculação entre os recursos aportados em um fundo de investimento (convertidos, a 
partir de então, em cotas, de titularidade de cada investidor) com a aplicação propriamente realizada 
pelo fundo em determinados ativos financeiros, com cotações no mercado. Por consectário, referidos 
recursos, convertidos em cotas, passarão a seguir, necessariamente, a sorte desses ativos investidos 
pelo fundo quanto à existência, à negociabilidade, à liquidez e, portanto, aos riscos daí advindos, em 
maior ou menor grau. Como assinalado, esses riscos são inerentes a todos os fundos de investimento, 
que podem ser naturalmente minorados - mas não totalmente extirpados - a depender dos ativos e 
títulos financeiros que, de modo preestabelecido, venham a compor a carteira do fundo e retratem, na 
medida do possível, um investimento de perfil mais conservador. Tampouco se afigura influente à 
 
conclusão o fato de o fundo de investimento ser qualificado como de "renda fixa", pois, conforme 
determina a Instrução Normativa n. 505 da CVM, esse fundo tem "como principal fator de risco de sua 
carteira" a variação da taxa de juros, de índice de preço, ou ambos, devendo possuir "no mínimo 80% 
(oitenta por cento) da carteira em ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via derivativos, ao 
fator de risco que dá nome à classe", (arts. 109 e 110), o que evidencia, de igual modo, a presença dos 
riscos acima aludidos, ainda que em menor grau. Assim gizados os contornos das cotas de fundo de 
investimento, que, por expressa definição legal, constituem valores mobiliários (art. 2º, V, da Lei n. 
6.385/1976), pode-se afirmar com segurança que essas não se incluem, para efeito de ordem legal da 
penhora, no conceito "de dinheiro em aplicação financeira", cuja eventual constrição judicial recai sobre 
numerário certo e líquido, que ficará bloqueado ou depositado, à disposição do juízo em que se 
processa a execução.” REsp 1.388.642-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, Segunda Seção, por 
unanimidade, julgado em 3/8/2016, DJe 6/9/2016. 
c) Correta. “A pequena propriedade rural, trabalhada pela família, é impenhorável, ainda que dada 
pelos proprietários em garantia hipotecária para financiamento da atividade produtiva. Conforme 
exposto no REsp 262.641-RS (Quarta Turma, DJ 15/4/2002), o art. 5º, XXVI, da CF "revogou as 
determinações contidas na legislação ordinária, proibindo a penhora desse bem por sobradas razões, a 
fim de garantir condições mínimas de sobrevivência e capacidade de produção ao pequeno agricultor. 
Se não for assim, evidentemente o dispositivo constitucional não está sendo aplicado; e ele existe 
exatamente para essa finalidade". Ademais, convém esclarecer não ser relevante a alteração legislativa 
promovida pela Lei n. 11.382/2006, que substituiu a impenhorabilidade do imóvel rural de até um 
módulo (art. 649, X, do CPC, incluído pela Lei n. 7.513/1987) pela impenhorabilidade da "pequena 
propriedade rural, assim definida em lei" (art. 649, VIII, do CPC, com redação dada pela Lei n. 
11.382/2006), haja vista que, em uma interpretação teleológica, fica clara a intenção do legislador de 
proteger a atividade agropecuária de subsistência do trabalhador rural e de sua família, a par do 
enquadramento do imóvel como pequena propriedade rural. Precedentes citados dos STJ: AgRg no REsp 
261.350-RS, Terceira Turma, DJ 6/5/2002; e REsp 684.648-RS, Quarta Turma, DJe 21/10/2013. 
Precedente citado do STF: AI 184.198 AgR, Segunda Turma, DJ 4/4/1997.” REsp 1.368.404-SP, Rel. Min. 
Maria Isabel Gallotti, julgado em 13/10/2015, DJe 23/11/2015. 
d) Incorreta. “A ausência de registro da hipoteca em cartório de registro de imóveis não afasta a 
exceção à regra de impenhorabilidade prevista no art. 3º, V, da Lei n. 8.009/1990, a qual autoriza a 
penhora de bem de família dado em garantia hipotecária na hipótese de dívida constituída em favor 
de entidade familiar. A hipoteca é um direito real de garantia (art. 1.225, IX, do CC) incidente, em regra, 
 
sobre bens imóveis e que dá ao credor o poder de excutir o bem, alienando-o judicialmente e dando-lhe 
primazia sobre o produto da arrematação para satisfazer sua dívida. Por um lado, a constituição da 
hipoteca pode dar-se por meio de contrato (convencional), pela lei (legal) ou por sentença (judicial) e, 
desde então, já tem validade inter partes como um direito pessoal. Por outro lado, nos termos do art. 
1.227 do CC, só se dá a constituição de um direito real após a sua inscrição no cartório de registro de 
imóveis da circunscrição imobiliária competente. Assim é que essa inscrição confere à hipoteca a 
eficácia de direito real oponível erga omnes. Nesse sentido, há entendimento doutrinário de acordo 
com o qual "Somente com o registro da hipoteca nasce o direito real. Antes dessa providência o aludido 
gravame não passará de um crédito pessoal, por subsistente apenas inter partes; depois do registro, 
vale erga omnes". Se a ausência de registro da hipoteca não a torna inexistente, mas apenas válida inter 
partes como crédito pessoal, a ausência de registro da hipoteca não afasta a exceção à regra de 
impenhorabilidade prevista no art. 3º, V, da Lei n. 8.009/1990.” REsp 1.455.554-RN, Rel. Min. João 
Otávio de Noronha, julgado em 14/6/2016, DJe 16/6/2016. 
 
20- Assinale a alternativa incorreta: 
a) Realizado o saneamento, as partes têm o direito de pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes, no 
prazo comum de 5 dias, findo o qual a decisão se torna estável. 
b) A convenção das partes quanto às questões de fato e de direito relevantes para o julgamento do 
processo não é apta a vincular o juiz. 
c) Caso tenha sido determinada a produção de prova testemunhal, o juiz fixará prazo comum não 
superior a 15 dias para que as partes apresentem rol de testemunhas. 
d) É cabível agravo de instrumento contra ato decisório que indefere parcialmente a petição inicial ou a 
reconvenção. 
Gabarito: B 
a) Correta. Art. 357, §1º, CPC. 
b) Incorreta. Art. 357, § 2º, CPC: “As partes podem apresentar ao juiz, para homologação, delimitação 
consensual das questões de fato e de direito a que se referem os incisos II e IV, a qual, se homologada, 
vincula as partes e o juiz.” 
c) Correta. Art. 357, §4º, CPC.d) Correta. Enunciado 154, FPPC. 
 
 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
21- Assinale a alternativa incorreta: 
a) Aplica-se o CDC no fornecimento de serviços, ainda que gratuitos. 
b) Os profissionais liberais respondem subjetivamente pelos danos que causarem ao consumidor por 
meio de suas atividades. 
c) A determinação da qualidade de consumidor deve, em regra, ser feita mediante aplicação da teoria 
finalista, que, numa exegese restritiva do art. 2º do CDC, considera destinatário final tão somente o 
destinatário fático e econômico do bem ou serviço, seja ele pessoa física ou jurídica. Todavia, a 
jurisprudência do STJ, tomando por base o conceito de consumidor por equiparação previsto no art. 29 
do CDC, tem evoluído para uma aplicação temperada da teoria finalista frente às pessoas jurídicas, num 
processo que a doutrina vem denominando "finalismo aprofundado". Assim, tem se admitido que, em 
determinadas hipóteses, a pessoa jurídica adquirente de um produto ou serviço possa ser equiparada à 
condição de consumidora, por apresentar frente ao fornecedor alguma vulnerabilidade. 
d) Considera-se consumidor por equiparação (bystander), nos termos do art. 17 do CDC, o terceiro 
estranho à relação consumerista que experimenta prejuízos decorrentes do produto ou serviço 
vinculado à mencionada relação. 
Gabarito: A 
a) Incorreta. Art. 3°, CDC: “Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou 
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, 
montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou 
comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive 
as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter 
trabalhista.” 
b) Correta. Art. 14, CDC: “O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de 
culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos 
serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.” 
c) Correta. “Não ostenta a qualidade de consumidor a pessoa física ou jurídica que não é destinatária 
fática ou econômica do bem ou serviço, salvo se caracterizada a sua vulnerabilidade frente ao 
 
fornecedor. A determinação da qualidade de consumidor deve, em regra, ser feita mediante aplicação 
da teoria finalista, que, numa exegese restritiva do art. 2º do CDC, considera destinatário final tão 
somente o destinatário fático e econômico do bem ou serviço, seja ele pessoa física ou jurídica. Dessa 
forma, fica excluído da proteção do CDC o consumo intermediário, assim entendido como aquele cujo 
produto retorna para as cadeias de produção e distribuição, compondo o custo (e, portanto, o preço 
final) de um novo bem ou serviço. Vale dizer, só pode ser considerado consumidor, para fins de tutela 
pelo CDC, aquele que exaure a função econômica do bem ou serviço, excluindo-o de forma definitiva 
do mercado de consumo. Todavia, a jurisprudência do STJ, tomando por base o conceito de 
consumidor por equiparação previsto no art. 29 do CDC, tem evoluído para uma aplicação temperada 
da teoria finalista frente às pessoas jurídicas, num processo que a doutrina vem denominando 
"finalismo aprofundado". Assim, tem se admitido que, em determinadas hipóteses, a pessoa jurídica 
adquirente de um produto ou serviço possa ser equiparada à condição de consumidora, por 
apresentar frente ao fornecedor alguma vulnerabilidade, que constitui o princípio-motor da política 
nacional das relações de consumo, premissa expressamente fixada no art. 4º, I, do CDC, que legitima 
toda a proteção conferida ao consumidor. A doutrina tradicionalmente aponta a existência de três 
modalidades de vulnerabilidade: técnica (ausência de conhecimento específico acerca do produto ou 
serviço objeto de consumo), jurídica (falta de conhecimento jurídico, contábil ou econômico e de seus 
reflexos na relação de consumo) e fática (situações em que a insuficiência econômica, física ou até 
mesmo psicológica do consumidor o coloca em pé de desigualdade frente ao fornecedor). Mais 
recentemente, tem se incluído também a vulnerabilidade informacional (dados insuficientes sobre o 
produto ou serviço capazes de influenciar no processo decisório de compra). Além disso, a casuística 
poderá apresentar novas formas de vulnerabilidade aptas a atrair a incidência do CDC à relação de 
consumo. Numa relação interempresarial, para além das hipóteses de vulnerabilidade já consagradas 
pela doutrina e pela jurisprudência, a relação de dependência de uma das partes frente à outra pode, 
conforme o caso, caracterizar uma vulnerabilidade legitimadora da aplicação do CDC, mitigando os 
rigores da teoria finalista e autorizando a equiparação da pessoa jurídica compradora à condição de 
consumidora. Precedentes citados: REsp 1.196.951-PI, DJe 9/4/2012, e REsp 1.027.165-ES, DJe 
14/6/2011.” REsp 1.195.642-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 13/11/2012, informativo 510. 
d) Correta. Art. 17, CDC: “Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas 
do evento.” 
 
22- Segundo o STJ, não se aplica o CDC: 
 
a) Se o fornecedor de serviços é pessoa física e o adquirente é pessoa jurídica. 
b) Na relação entre a seguradora e a concessionária de veículos que firmam seguro empresarial visando 
à proteção do patrimônio desta - com o intuito de resguardar veículos utilizados em sua atividade 
comercial -, ainda que o seguro não integre os produtos ou serviços oferecidos por esta. 
c) Nos contratos de previdência firmados com entidade aberta. 
d) Nos contratos firmados no âmbito do Programa de Financiamento Estudantil - Fies. 
Gabarito: D 
a) Incorreta. Não há óbice para que a pessoa jurídica seja consumidora, basta que seja destinatária final 
de um produto ou serviço. 
Art. 2°, CDC: “Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço 
como destinatário final.” 
b) Incorreta. “Há relação de consumo entre a seguradora e a concessionária de veículos que firmam 
seguro empresarial visando à proteção do patrimônio desta (destinação pessoal) - ainda que com o 
intuito de resguardar veículos utilizados em sua atividade comercial -, desde que o seguro não integre os 
produtos ou serviços oferecidos por esta. Cumpre destacar que consumidor é toda pessoa física ou 
jurídica que adquire ou utiliza, como destinatário final, produto ou serviço oriundo de um fornecedor. 
Por sua vez, destinatário final, segundo a teoria subjetiva ou finalista, adotada pelo STJ, é aquele que 
ultima a atividade econômica, ou seja, que retira de circulação do mercado o bem ou o serviço para 
consumi-lo, suprindo uma necessidade ou satisfação própria, não havendo, portanto, a reutilização ou o 
reingresso dele no processo produtivo, seja na revenda, no uso profissional, na transformação do bem 
por meio de beneficiamento ou montagem, ou em outra forma indireta. Nessa medida, se a sociedade 
empresária firmar contrato de seguro visando proteger seu patrimônio (destinação pessoal), mesmo 
que seja para resguardar insumos utilizados em sua atividade comercial, mas sem integrar o seguro 
nos produtos ou serviços que oferece, haverá caracterização de relação de consumo, pois será aquela 
destinatária final dos serviços securitários. Situação diversa seria se o seguro empresarial fosse 
contratado para cobrir riscos dos clientes, ocasião em que faria parte dos serviços prestados pela 
pessoa jurídica, o que configuraria consumo intermediário, não protegido pelo CDC. Precedentes 
citados: REsp 733.560-RJ, TerceiraTurma, DJ 2/5/2006; e REsp 814.060-RJ, Quarta Turma, DJe 
13/4/2010.” REsp 1.352.419-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 19/8/2014. 
c) Incorreta. Súmula 563, STJ: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades abertas de 
previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários celebrados com entidades 
fechadas.” 
 
d) Correta. “ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO REVISIONAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO 
ESTUDANTIL (FIES). PRESTAÇÃO DE GARANTIA. EXIGÊNCIA DE FIADOR. LEGALIDADE. ART. 5º, VI, DA LEI 
10.260/2001. INAPLICABILIDADE DO CDC. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. VEDAÇÃO. PRECEDENTES DESTA 
CORTE. Recurso especial da Caixa Econômica Federal: 1. Caso em que se alega, além de dissídio 
jurisprudencial, violação do artigo 5º, III e IV, da Lei nº 10.260/01, ao argumento de que não há 
ilegalidade em se exigir fiador para a celebração de contrato de financiamento educacional, uma vez 
que o referido preceito normativo autoriza tal conduta, a qual possui índole eminentemente 
discricionária, não podendo o Poder Judiciário nela adentrar. 2. É de se reconhecer a legalidade da 
exigência de prestação de garantia pessoal para a celebração de contrato de financiamento estudantil 
vinculado ao Fies, dado que a própria lei que instituiu o programa prevê, expressamente, em seu artigo 
9º, a fiança como forma principal e específica a garantir esses tipos de contrato, seguida do fiador 
solidário e da "autorização para desconto em folha de pagamento", de modo que o acórdão atacado, ao 
entender de modo diferente, negou vigência à referida lei. 3. Ademais, o fato de as Portarias ns. 
1.725/2001 e 2.729/2005 do MEC admitirem outras formas de garantias, que não a fiança pessoal, 
apenas evidencia que tal garantia, de fato, não é a única modalidade permitida nos contratos de 
financiamento estudantil, sem que com isso se afaste a legalidade de fiança. 4. A reforçar tal argumento, 
as Turmas de Direito Público do STJ já assentaram entendimento no sentido da legalidade da exigência 
da comprovação de idoneidade do fiador apresentado pelo estudante para a assinatura do contrato de 
financiamento vinculado ao Fies, prevista no artigo 5º, VI, da Lei 10.260/01, a qual será aferida pelos 
critérios estabelecidos na Portaria/MEC 1.716/2006. Precedentes: REsp 1.130.187/ES, Rel. Ministro Luiz 
Fux, Primeira Turma, DJe 20/10/2009; MS 12.818/DF, Rel. Ministro José Delgado, Rel. p/ acórdão 
Ministra Eliana Calmon, Primeira Seção, DJ 17/12/2007; REsp 772.267/AM, Segunda Turma, Rel. Min. 
Eliana Calmon, DJ de 29.06.2007; Resp 642.198/MG, Segunda Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ 
de 03.4.2006; REsp 879.990/RS, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJ 14/5/2007. 5. Assim, 
consoante bem asseverou o Min. Mauro Campbel no Agrg no Ag n. 1.101.160/PR, DJ 16/9/2009, "se é 
legal a exigência de comprovação de idoneidade do fiador, quanto mais legal será a própria exigência de 
apresentação de fiador pelo estudante para a concessão do crédito estudantil ofertado pelo Fies, de 
forma que não se pode reconhecer a legalidade de obrigação acessória sem o reconhecimento da 
legalidade da obrigação principal no caso em questão". 6. Recurso afetado à Seção, por ser 
representativo de controvérsia, submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ. 7. 
Recurso especial provido, para que seja autorizada à instituição financeira a exigência de garantia 
pessoal para a celebração do contrato de financiamento estudantil. Recurso especial de Eliziana de Paiva 
 
Lopes: 1. Caso em que se pugna a incidência do Código de Defesa do Consumidor, a declaração de 
ilegalidade da cobrança de juros capitalizados e, por conseguinte, a repetição simples do valor pago a 
maior e a inversão dos ônus sucumbenciais. 2. A hodierna jurisprudência desta Corte está assentada no 
sentido de que os contratos firmados no âmbito do Programa de Financiamento Estudantil - Fies não 
se subsumem às regras encartadas no Código de Defesa do Consumidor. Precedentes: REsp 
1.031.694/RS, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, DJ de 19/6/2009; REsp 831.837/RS, Rel. Min. 
Eliana Calmon, Segunda Turma, DJ de 17/6/2009; REsp 793.977/RS, Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda 
Turma, DJ 30/4/2007. 3. A jurisprudência desta Corte mantém-se firme no sentido de que, em se 
tratando de crédito educativo, não se admite sejam os juros capitalizados, haja vista a ausência de 
autorização expressa por norma específica. Aplicação do disposto na Súmula n. 121/STF. Precedentes: 
REsp 1.058.334/RS, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, DJe 30/6/2008; REsp 
880.360/RS, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 5/5/2008; REsp 1.011.048/RS, Rel. Ministro 
Castro Meira, Segunda Turma, DJe 4/6/2008; REsp n. 630.404/RS, Rel. Min. João Otávio de Noronha, DJ 
de 26/2/2007; REsp n. 638.130/PR, Rel. Min. Luiz Fux, DJ de 28/3/2005. 4. Por conseguinte, havendo 
pagamento de valores indevidos, o que será apurado em sede de liquidação, é perfeitamente viável a 
repetição simples ou a compensação desse montante em contratos de financiamento estudantil. 5. 
Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia, submetido ao regime do artigo 543-C 
do CPC e da Resolução 8/STJ. 6. Ônus sucumbenciais invertidos. 7. Recurso especial provido, nos termos 
da fundamentação supra.” STJ - REsp: 1155684 RN 2009/0157573-6, Relator: Ministro BENEDITO 
GONÇALVES, Data de Julgamento: 12/05/2010, S1 - PRIMEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 
18/05/2010. 
 
23- Pedro compra um televisor novo em 1° de março de 2015. O fornecedor oferece garantia, 
mediante termo escrito, de 1 (um) ano. Em 15 de julho de 2016, em decorrência de um vício oculto 
(não originado de desgaste natural), o sistema de áudio da TV para de funcionar. Em 20 de agosto de 
2016, Pedro entra em contato com o fabricante, informa o problema e solicita o conserto. O 
fabricante se recusa a efetuar o conserto afirmando que decorreu o prazo de garantia de 1 (um) ano. 
Pedro, então, propõe ação de obrigação de fazer, em 10 de setembro de 2016, pleiteando a 
condenação do fabricante a efetuar o conserto da TV. 
É correto afirmar que a ação é 
a) procedente, pois a garantia legal de adequação do produto independe de termo expresso, não se 
sujeitando ao decurso de prazo decadencial, mas prescricional de 5 (cinco) anos. 
 
b) procedente, pois a reclamação referente à garantia legal de adequação do produto foi efetuada 
dentro do prazo decadencial de 90 dias, cuja contagem teve início a partir do aparecimento do defeito. 
c) improcedente, pois houve expiração do prazo da garantia oferecida pelo fabricante. 
d) improcedente, pois decorreu o prazo decadencial (30 dias) para o exercício da reclamação referente à 
garantia legal de adequação do produto. 
Gabarito: B 
Art. 26, CDC: “O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: 
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; 
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis. 
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da 
execução dos serviços. 
§ 2° Obstam a decadência: 
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e 
serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca”. 
a) Incorreta. O prazo para reclamar de vício de produto é decadencial. 
b) Correta. “DIREITO DO CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO E 
RECONVENÇÃO. JULGAMENTO REALIZADO POR UMA ÚNICA SENTENÇA. RECURSO DE APELAÇÃO NÃO 
CONHECIDO EM PARTE. EXIGÊNCIA DE DUPLO PREPARO. LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 
N. 280/STF. AÇÃO DE COBRANÇA AJUIZADA PELO FORNECEDOR. VÍCIO DO PRODUTO. MANIFESTAÇÃO 
FORA DO PRAZO DE GARANTIA. VÍCIO OCULTO RELATIVO À FABRICAÇÃO. CONSTATAÇÃO PELAS 
INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. RESPONSABILIDADEDO FORNECEDOR. 
DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA. EXEGESE DO ART. 26, § 3º, DO CDC. 
1. Muito embora tenha o art. 511 do CPC disciplinado em linhas gerais o preparo de recursos, o próprio 
dispositivo remete à "legislação pertinente" a forma pela qual será cobrada a mencionada custa dos 
litigantes que interpuserem seus recursos. Nesse passo, é a legislação local que disciplina as 
especificidades do preparo dos recursos cujo julgamento se dá nas instâncias ordinárias. 
2. Portanto, a adequação do preparo ao recurso de apelação interposto é matéria própria de legislação 
local, não cabendo ao STJ aferir a regularidade do seu pagamento, ou se é necessário ou não o 
recolhimento para cada ação no bojo da qual foi manejada a insurgência. Inviável, no ponto, o recurso 
especial porquanto demandaria apreciação de legislação local, providência vedada, mutatis mutandis, 
pela Súmula n. 280/STF: "Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário". Ademais, eventual 
confronto entre a legislação local e a federal é matéria a ser resolvida pela via do recurso extraordinário, 
 
nos termos do art. 102, inciso III, alínea "d", da Constituição Federal, com a redação que lhe foi 
conferida pela E.C. n. 45/04. 
3. No mérito da causa, cuida-se de ação de cobrança ajuizada por vendedor de máquina agrícola, 
pleiteando os custos com o reparo do produto vendido. O Tribunal a quo manteve a sentença de 
improcedência do pedido deduzido pelo ora recorrente, porquanto reconheceu sua responsabilidade 
pelo vício que inquinava o produto adquirido pelo recorrido, tendo sido comprovado que se tratava de 
defeito de fabricação e que era ele oculto. Com efeito, a conclusão a que chegou o acórdão, sobre se 
tratar de vício oculto de fabricação, não se desfaz sem a reapreciação do conjunto fático-probatório, 
providência vedada pela Súmula 7/STJ. Não fosse por isso, o ônus da prova quanto à natureza do vício 
era mesmo do ora recorrente, seja porque é autor da demanda (art. 333, inciso I, do CPC) seja porque se 
trata de relação de consumo, militando em benefício do consumidor eventual déficit em matéria 
probatória. 
4. O prazo de decadência para a reclamação de defeitos surgidos no produto não se confunde com o 
prazo de garantia pela qualidade do produto - a qual pode ser convencional ou, em algumas situações, 
legal. O Código de Defesa do Consumidor não traz, exatamente, no art. 26, um prazo de garantia legal 
para o fornecedor responder pelos vícios do produto. Há apenas um prazo para que, tornando-se 
aparente o defeito, possa o consumidor reclamar a reparação, de modo que, se este realizar tal 
providência dentro do prazo legal de decadência, ainda é preciso saber se o fornecedor é ou não 
responsável pela reparação do vício. 
5. Por óbvio, o fornecedor não está, ad aeternum, responsável pelos produtos colocados em circulação, 
mas sua responsabilidade não se limita pura e simplesmente ao prazo contratual de garantia, o qual é 
estipulado unilateralmente por ele próprio. Deve ser considerada para a aferição da responsabilidade do 
fornecedor a natureza do vício que inquinou o produto, mesmo que tenha ele se manifestado somente 
ao término da garantia. 
6. Os prazos de garantia, sejam eles legais ou contratuais, visam a acautelar o adquirente de produtos 
contra defeitos relacionados ao desgaste natural da coisa, como sendo um intervalo mínimo de tempo 
no qual não se espera que haja deterioração do objeto. Depois desse prazo, tolera-se que, em virtude 
do uso ordinário do produto, algum desgaste possa mesmo surgir. Coisa diversa é o vício intrínseco do 
produto existente desde sempre, mas que somente veio a se manifestar depois de expirada a garantia. 
Nessa categoria de vício intrínseco certamente se inserem os defeitos de fabricação relativos a projeto, 
cálculo estrutural, resistência de materiais, entre outros, os quais, em não raras vezes, somente se 
 
tornam conhecidos depois de algum tempo de uso, mas que, todavia, não decorrem diretamente da 
fruição do bem, e sim de uma característica oculta que esteve latente até então. 
7. Cuidando-se de vício aparente, é certo que o consumidor deve exigir a reparação no prazo de 
noventa dias, em se tratando de produtos duráveis, iniciando a contagem a partir da entrega efetiva 
do bem e não fluindo o citado prazo durante a garantia contratual. 
Porém, conforme assevera a doutrina consumerista, o Código de Defesa do Consumidor, no § 3º do 
art. 26, no que concerne à disciplina do vício oculto, adotou o critério da vida útil do bem, e não o 
critério da garantia, podendo o fornecedor se responsabilizar pelo vício em um espaço largo de 
tempo, mesmo depois de expirada a garantia contratual. 
8. Com efeito, em se tratando de vício oculto não decorrente do desgaste natural gerado pela fruição 
ordinária do produto, mas da própria fabricação, e relativo a projeto, cálculo estrutural, resistência de 
materiais, entre outros, o prazo para reclamar pela reparação se inicia no momento em que ficar 
evidenciado o defeito, não obstante tenha isso ocorrido depois de expirado o prazo contratual de 
garantia, devendo ter-se sempre em vista o critério da vida útil do bem. 
9. Ademais, independentemente de prazo contratual de garantia, a venda de um bem tido por durável 
com vida útil inferior àquela que legitimamente se esperava, além de configurar um defeito de 
adequação (art. 18 do CDC), evidencia uma quebra da boa-fé objetiva, que deve nortear as relações 
contratuais, sejam de consumo, sejam de direito comum. Constitui, em outras palavras, 
descumprimento do dever de informação e a não realização do próprio objeto do contrato, que era a 
compra de um bem cujo ciclo vital se esperava, de forma legítima e razoável, fosse mais longo. 
10. Recurso especial conhecido em parte e, na extensão, não provido.” REsp 984.106/SC, Rel. Ministro 
LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 04/10/2012, DJe 20/11/2012. 
c) Incorreta. “Cuidando-se de vício aparente, é certo que o consumidor deve exigir a reparação no prazo 
de noventa dias, em se tratando de produtos duráveis, iniciando a contagem a partir da entrega efetiva 
do bem e não fluindo o citado prazo durante a garantia contratual. 
Porém, conforme assevera a doutrina consumerista, o Código de Defesa do Consumidor, no § 3º do art. 
26, no que concerne à disciplina do vício oculto, adotou o critério da vida útil do bem, e não o critério da 
garantia, podendo o fornecedor se responsabilizar pelo vício em um espaço largo de tempo, mesmo 
depois de expirada a garantia contratual. 
8. Com efeito, em se tratando de vício oculto não decorrente do desgaste natural gerado pela fruição 
ordinária do produto, mas da própria fabricação, e relativo a projeto, cálculo estrutural, resistência de 
materiais, entre outros, o prazo para reclamar pela reparação se inicia no momento em que ficar 
 
evidenciado o defeito, não obstante tenha isso ocorrido depois de expirado o prazo contratual de 
garantia, devendo ter-se sempre em vista o critério da vida útil do bem.” REsp 984.106/SC, Rel. Ministro 
LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 04/10/2012, DJe 20/11/2012. 
d) Incorreta. “Cuidando-se de vício aparente, é certo que o consumidor deve exigir a reparação no prazo 
de noventa dias, em se tratando de produtos duráveis, iniciando a contagem a partir da entrega efetiva 
do bem e não fluindo o citado prazo durante a garantia contratual. 
Porém, conforme assevera a doutrina consumerista, o Código de Defesa do Consumidor, no § 3º do art. 
26, no que concerne à disciplina do vício oculto, adotou o critério da vida útil do bem, e não o critério da 
garantia, podendo o fornecedor se responsabilizar pelo vício em um espaço largo de tempo, mesmo 
depois de expirada a garantia contratual. 
8. Com efeito, em se tratando de vício oculto não decorrente do desgaste natural gerado pela fruição 
ordinária do produto, mas da própria fabricação, e relativo

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