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SISTEMA DIGESTÓRIO
CAVIDADE ORAL
PREPARO CIRÚRGICO
· Antissepsia extremamente cuidadosa 
· Ideal são dois conjuntos de material cirúrgico: diérese e síntese
· Trocar luvas o quanto for necessário
· Campo cirúrgico com 2 a 3 camadas
PRINCÍPIOS DA CIRURGIA ORAL
· Posicionamento correto na mesa: suportes especiais
· Usar técnica atraumática
· Controlar a hemorragia usando pressão e ligadura
· Evitar tensão, fazer retalhos 2-4 mm maior que o defeito
· Sustentar os retalhos, não suturar sobre o defeito
· Sutura posicionais. Exemplo: padrão simples descontínuo (mais seguro), simples contínuo* e cruzado.
· Em mucosas cicatrização é mais rápida
*Cuidado com efeito zíper.
INSTRUMENTAL
· Atraumático: tecido seroso e mucoso
· Complicações: aderências, inflamação, peritonite
MATERIAIS DE SUTURA
· Agulhas pequenas e cilíndricas
· Preferência para fios absorvíveis sintéticos - polidioxanona 3-0 e 4-0
VANTAGENS DA CIRURGIA ORAL
· Uma boa irrigação sanguínea
· Elevada atividade metabólica
· Elevada taxa mitótica contribui para rápida cicatrização da mucosa
· Boa cicatrização
AFECÇÕES CIRÚRGICAS
· Correções de fístulas
· Palatoplastias
· Palatorrafia
· Glossectomia 
· Tonsilectomia
· Sialoadenectomia
· Maxilectomia
· Mandibulectomia
DIAGNÓSTICO
· Histórico
· Sinais clínicos
· Exame físico
· Radiografia, ultrassonografia, tomografia computadorizada (planejamento cirúrgico) e ressonância magnética (IRM – imagem por ressonância magnética)
· Biópsia
FÍSTULA ORONASAL CONGÊNITA (FISSURA PALATINA)
Etiologia: hereditária (gene recessivo dominante), nutricional (ácido fólico inadequado), hormonal (esteroides), mecânico (trauma). Mais comum em cães filhotes e em raças braquiocefálicas.
Histórico: dificuldade de mamar, regurgitação nasal, descarga nasal e déficit de desenvolvimento.
Sinais clínicos: drenagem de leite penas narinas durante ou após a amamentação, engasgos, tosse e espirros durante a alimentação e infecção respiratória (rinite/pneumonia aspirativa).
Complicações: pneumonia aspirativa.
Exame físico: inspeção.
Um cão filhote com fenda que se estende até o palato primário e secundário
Fenda palatina primária em um Shih tzu jovem, com acometimento do lábio, da pré-maxila e da narina
Tratamento: objetivo de reconstruir o assoalho nasal através da palatorrafia (técnica de Von Langerbeck) - deslizamento de abas bipediculas e sobrepondo técnica de retalho, “técnica de sanduíche sobreposto”.
Vantagens: não posiciona o reparo sobre o defeito palatino.
O reparo com retalho bipediculado deslizante pode ser usado em fístulas oronasais congênitas
Uma fístula oronasal congênita pode ser reparada com a técnica de retalho sobreposto.
LÁBIO LEPORINO
Fechamento de fissuras primárias.
Desenho esquemático do reparo de uma fenda palatina primária com acometimento do lábio, da pré-maxila e da narina
FÍSTULA ORONASAL ADQUIRIDA
· Doenças dentárias ou excisão
· Trauma: mordedura, ferida de bala, trauma contuso na cabeça ou queimaduras elétricas
· Tratamento: retalho
Uma fístula oronasal que ocorreu devido à perda de um dente canino
Uma fístula oronasal adquirida causada por um corpo estranho que se alojou entre as arcadas dentárias
Fístulas pequenas podem ser reparadas com a técnica de justaposição direta
AFECÇÕES NA LÍNGUA
Etiologia: trauma ou neoplasia.
Exame físico: inspeção, se necessário com sedação.
Glossectomia: em casos de traumas por lacerações. Debridar ferida e juntar as bordas.
AFECÇÕES EM TONSILAS
Etiologia: neoplasia ou infeccioso.
Histórico: assintomático na maioria das vezes, mais encontrado ao realizar passagem de sonda.
Exame físico: inspeção, se necessário com sedação.
Tratamento: tonsilectomia.
AFECÇÕES EM GLÂNDULAS SALIVARES
RÂNULA – MUCOCELE SALIVAR
Formação de uma bolsa preenchida por líquido (mucocele), associada a trauma ou obstrução da glândula salivar.
Etiologia: obstrução do ducto salivar.
Histórico: desenvolvimento gradual de uma massa flutuante indolor.
Sinais clínicos: normalmente assintomático. Podem ter preensão alterada dos alimentos podendo causar lesão e sangramento ao mastigar. Podem apresentar também angústia respiratória e disfagia.
Diagnóstico: através do exame físico (palpação) e histórico.
Tratamento: marsupialização para não virar abcesso. Consiste em criar uma “janela cirúrgica” comunicando com a cavidade oral, para o esvaziamento progressivo do conteúdo interno da lesão.
Incidência: animais de meia idade e em grandes animais. 
Mucocele sublingual (rânula)
MUCOCELE CERVICAL
Etiologia: obstrução. É mais comum que rânula, pode ser uni ou bilateral. Acomete a glândula submandibular.
Exame físico: consistência flutuante e indolor (se não contaminada).
Diagnóstico: exame físico e punção/citologia da saliva.
Tratamento: sialodenectomia por acesso lateral ou ventral. Retirar glândula mandibular e sublingual. 
Indicado avaliar necessidade de retirar a glândula bilateral em casos de sialocele não localizada.
Mucocele cervical
Excisão das glândulas salivares mandibulares e sublinguais
MANDÍBULA
Etiologia: neoplasias - melanoma, fibrossarcoma, carcinoma de células escamosas (felinos). Lacerações traumáticas (brigas) ou doenças odontológicas crônicas.
Diagnóstico: biópsia.
Cirurgias reconstrutivas: margem de segurança - eletroquimioterapia (EQT).
Mandibulectomia – sequelas: língua caída, cicatrizes, bochechas caídas.
Pode ser feita oclusão* temporária da artéria carótida, em caso de maxilectomia, por exemplo.
Cuidado pós-operatório: sonda naso ou gastroesofágica para alimentação e medicação.
*Hemostasia preventiva por “garrote de Hummel”: pode ser utilizado um fio de sutura pra ser passado na artéria e passar os dois em um pedaço de sonda/equipo e apertar para hemostasia.
Fio de nylon
Artéria
Equipo/sonda
Garrote de Hummel
Aparência pós-operatória da mandibulectomia rostral
ESÔFAGO
AFECÇÕES CIRÚRGICAS
· Corpo estranho
· Tumores
· Perfuração (briga)
· Hérnia de hiato
· Fístula
· Intussuscepção gastroesofágica 
· Divertículo
· Anomalias
· Megaesôfago
SINAIS CLÍNICOS
· Regurgitação 
· Perda de peso
· Tosse
· Disfagia
· Dispneia
· Ptialismo
· Febre
DIAGNÓSTICO
· Raio x simples: corpo estranho
· Raio x contrastado: megaesôfago
· Endoscopia: diagnóstica e terapêutica
ESOFAGOSTOMIA
A esofagostomia é a criação de uma abertura no esôfago para a colocação de um tubo de alimentação.
As incisões da esofagostomia podem ser fechadas em uma ou duas camadas. O fechamento em duas camadas com sutura simples contínua resulta em maior resistência imediata da feriada, melhor aposição do tecido e melhor cicatrização após esofagostomia, mas toma mais tempo para realizar do que as técnicas em camadas simples.
TÉCNICA CIRÚRGICA
· Escolher a abordagem mais vantajosa (cervical ou torácica)
· Preservar a vascularização
· Incisões longitudinais ao realizar esofagostomia para não haver estenose na cicatrização
· Técnicas de alívio de tensão: miotomia circunferencial, avanço gástrico, intussuscepção do nervo frênico, suturas de fixação
CORPO ESTRANHO
Corpos estranhos são objetos inanimados que podem obstruir o lúmen esofágico em diversos graus.
Os animais podem chegar à clínica poucos minutos após a ingestão do corpo estranho ou dias depois. O início agudo de colocação das patas na boca, dor oral ou cervical, disfagia e/ou regurgitação são os sinais mais comuns. Outros sinais podem incluir engasgos, salivação excessiva, náusea, hiporexia, inquietação, depressão, desidratação e dificuldade respiratória.
Os cães são os mais acometidos do que os gatos.
A maioria dos corpos estranhos pode ser vista em radiografias simples desde que radiopacos, mas sua localização no esôfago nem sempre é óbvia.
É muito importante fazer uma radiografia antes da indução da anestesia para assegurar a ausência de movimentação do corpo estranho e que não há evidências súbitas de perfuração; isso vale para a endoscopia e a cirurgia.
A maioria dos corpos estranhos esofágicos pode ser removida à endoscopia.
MEGAESÔFAGO
Histórico: regurgitação, começa no desmame com a introdução de alimentos sólidos. Principalmente diagnosticadaem pastores alemães.
Etiologia: anomalia vascular.
Congênita: 95% persistência do arco aórtico direito.
Diagnóstico: raio x contrastado, apresenta dilatação esofágica cranial da base do coração.
Pós-operatório: cuidados com toracotomia pois pode causar pneumo/hemo tórax.
Alimentação com comedouro ajustável (+ alto), para não ocorrer aerofagia.
ESTÔMAGO
CORPO ESTRANHO
Um corpo estranho gástrico é qualquer coisa ingerida por um animal que não possa ser digerida (pedras, plástico) ou que é digerida de forma lenta (ossos). Os corpos estranhos lineares geralmente são pedaços de barbante, lã, linha, tecido ou fio dental. Predisposição maior em filhotes. 
Corpo estranho linear em gatos: perigosos pois peristaltismo faz com que linha vá enrugando alças intestinais e causando lesão (“efeito sanfona” - alças ficam pregueadas).
A maioria dos animais com corpos estranhos gástricos tem vômitos, anorexia e/ou depressão.
Vômito:
· Distensão causada pela obstrução e fermentação que leva a produção de gases e então distensão do estomago
· Irritação da mucosa: atrito do objeto pode causar isso
Aspecto do vômito: conteúdo alimentar associado com a presença de líquido (pode ter sangue se houver irritação) e espuma esbranquiçada (devido a saliva que entro em contato com suco gástrico), pode causar esofagite devido ao suco gástrico.
*Cuidado com o uso de antiemético sem saber causa principal
Diagnóstico: corpos estranhos radiopacos podem ser diagnosticados em radiografias simples, mas muitos corpos estranhos são radiotransparentes. Alguns corpos estranhos radiotransparentes podem ser identificados à ultrassonografia.
Tratamento: depende da localização, tipo e tamanho do CE e dos sinais clínicos e estado geral do paciente.
A maioria dos corpos estranhos gástricos pode ser facilmente removida através de uma incisão de gastrotomia
Outra opção é a endoscopia, é necessário realizar anestesia, mas é menos invasiva (melhor opção).
Gastrotomia
DILATAÇÃO VOLVULO GASTRICA (DVG) 
O aumento do estômago associado à rotação no seu eixo mesentérico é referido como dilatação gástrica-vólvulo (DGV). A DGV também é chamada de torção gástrica.
É uma afecção aguda e pode levar paciente a óbito em até 3h, 30% a 40% dos animais tratados podem morrer e os não tratados morrem.
Torção no sentido horário: da esquerda para direita é a mais comum.
Torção pode causar obstrução em cardia e piloro e para torção ocorrer é necessário ocorrer dilatação antes.
Predisposição: animais de grande porte e animais de meia idade a idoso são mais acometidos pois tem frouxidão dos ligamentos.
Diagnóstico: realizar percussão para avaliar se há ar na cavidade (som timpânico). Se som abafado pode indicar presença do baço em quadros de esplenomegalia.
Raio x simples - cuidado com posicionamento pois posição ventrodorsal pode causar maior pressão da veia cava causando diminuição do DC, podendo piorar o quadro do animal, levando a morte.
Tratamento:
· Acesso venoso: reverter quadro de choque
· Repor volume rapidamente 
· Oxigenioterapia
· Descompressão gástrica: esvaziar estômago, sonda orogástrica pediátrica de equinos que chega até estômago, colocar proteção para animal não fechar a boca, como cano de PVC para passar sonda no meio
· Às vezes com diminuição dos gases é possível diminuir torção e permite passagem de sonda
· Esplenectomia: pois bactérias, sangue e toxinas que estavam retidas após deixar em posição normal irão fluir para corrente sanguínea
Complicações: 
· Sepse e peritonite podem ser causadas por necrose ou perfuração gástrica se o tecido desvitalizado não for adequadamente removido
· Torção do baço: o baço está ligado à curvatura maior do estômago. Torce parte venosa do baço, o que leva a congestão, entra sangue e não sai mais devido obstrução, ocorre sequestro de sangue no baço
· A ruptura dos vasos: pode causar hemoperitônio
· Processo fermentativo: levando ao acúmulo de gás (CO2), estômago distende levando à compressão da veia cava (isso causa dificuldade respiratória - compensação).
· Estase nos órgãos abaixo do estômago: causa diminuição do retorno venoso e diminuição da pressão 
· Choque hipovolêmico para choque endotóxico devido a bactérias e toxinas na circulação
Prevenção:
Gastropexia incisional: piloro é suturado no peritônio (sutura serosa e muscular) realizar incisão no piloro para ocorrer processo cicatricial.
Gastropexia circunstancial: é feito incisão próximo à costela, passa a pinça por baixo da costela e no piloro realizar glap e passar por trás da costela com um “passa cinto”.
Cuidado com plexo arterial na parte caudal da costela onde pode incisar e causar sangramento importante.
Pós-operatório: ração de alta digestibilidade, quantidade menor com digestão maior e fracionado durante o dia.
Controle pós prandial – descanso, evitar água e exercícios.
Prognóstico: óbito em aproximadamente 30% dos pacientes tratados.
INSTESTINO DELGADO
CORPO ESTRANHO
Pode causar obstrução parcial ou total, causa vômito ou até mesmo diarreia devido ao peristaltismo intestinal.
Sinais clínicos: 
· Vômito: coloração de amarelo para esverdeado se obstrução for próximo ao jejuno, coloração devido a bile ser verde, se obstrução for próximo ao ceco, vômito será de cor amarronzada com cheiro fecalóide (fezes)
· Obstrução parcial: hiporexia
· Obstrução total: anorexia
· Emagrecimento progressivo: absorção alterada
Distensão significativa do intestino delgado à direita da imagem, oral ao corpo estranho
Diagnóstico:
· Raio x simples: visualização de aumento de gás (dilatação), CE radiopaco
· Raio x contrastado: contraste não flui ou é absorvido pelo CE (meia – exemplo), difícil paciente ingerir (vômitos)
· Ultrassom: melhor opção
· Endoscopia: até duodeno
· Colonoscopia: intestino grosso até cólon ascendente (mais difícil)
Tratamento: 
Cirúrgico dependendo do tamanho, tipo, se tem presença de bolos alimentar/fecal, dilatação das alças por obstrução, localização (jejuno tem menos bolo fecal e tem alças mais finas, cólon tem mais bolo fecal e alças grossas)
Importante: corpo estranho linear não deve ser puxado, deve-se ir cortando aos poucos .
Existe possibilidade de sair nas fezes, mas pode lesionar intestino.
`
Técnica: 
· “Pinças de Duen” - utilizando os dedos como pinças para obstruir as alças intestinais
· Sutura simples separada
· Pode ser feito omentopexia
· Teste de sutura: conteúdo fecal ordenado para próximo dos pontos para verificar se sutura está adequada (ruim pois é teste com fezes)
· Teste: com pinças de Duen -> colocar soro fisiológico para ver se transborda nos pontos de sutura (mais indicado)
· Enterectomia: em quadros em que parte das alças está com coloração arroxeada, enegrecida, sem fluxo ou motilidade (peristaltismo)
Segmento intestinal com um corpo estranho que foi removido por uma enterotomia
INTUSSUSEPÇÃO
Intussuscepção é a invaginação de um segmento intestinal no lúmen de um segmento adjacente. Ocorre devido a contração vigorosa que força o intestino até o lúmen do segmento relaxado adjacente. Está associada a pacientes com aumento da motilidade do peristaltismo.
Pode ocorrer em múltiplos locai e pode ser dupla. Quando ocorre intussuscepção as alças mesentéricas entram junto às alças intestinais, causando diminuição ou perda da circulação sanguínea nas alças que estão por dentro e congestão nas alças que estão fora. 
Predispoisção: pastor alemão, gato siamês, animais jovens (menos de 1 ano) devido a casos de enterite viral, bacteriana, parasitismo e não tem predisposição sexual.
Sinais clínicos: dor abdominal, êmese, desidratação, taquipneia, anorexia, diarreia ou fezes mucoides (com muco) ou sanguinolentas.
Tempo de lesão influência sinais clínicos (se causa primária for enterite, por exemplo, já está ocorrendo há algumas horas).
Palpação: forma de “salsicha”, firme (são camadas de do intestino um sobre o outro).
Diagnóstico: anamnese, sinais clínicos, palpação abdominal, radiografia: simples ou contrastada e ultrassom (melhor opção devido a sinal característico de alvo na projeção transversal).
Imagem transversal(esquerda) e sagitaç (direita)
Aspecto de alvo, devido a sobreposição de paredes intestinais, forma sombra acústica abaixo da imagem formada devido a sobreposição.
Tratamento: laparatomia mediana ventral.
Redução manual se possível: depende do aspecto do intestino, se está congesto, enegrecido, preferência para enterectomia.
Cuidado - síndrome de reperfusão: todas as toxemias e bactérias serão liberadas na circulação, animal pode vir a óbito dependendo da quantidade (choque séptico), hipovolemia importante devido a circulação voltar para os tecidos.
Pode ser realizado plicatura e enteropexia: pontos de sutura entre as alças de uma forma que impede que uma alça entre na outra. 
PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIAS INTESTINAIS
· Jejum de no máximo 24h: dieta líquida de 2 a 3 dias, dieta pastosa de 2 a 3 dias e dieta sólida (tudo gradativamente)
· Antibioticoterapia
· Fluidoterapia
· Nutrição parenteral
· Analgésicos
COMPLICAÇÕES 
· Infecção
· Vômito
· Deiscência das suturas: extravasamento do conteúdo e contaminação, peritonite, técnica de sutura inadequada (tecido sensível, não viável para sutura)
· Vazamento intra e pós-operatório: lavar cavidade abdominal
· Peritonite
· Estenose: pontos com trauma ou sutura pode causar diminuição do lúmen intestinal
INSTESTINO GROSSO
MEGACÓLON
O mega cólon consiste numa alteração a qual o cólon chega a estar grave e irreversivelmente dilatado e sem motilidade, apresentando obstipação (retenção de fezes).
Fatores predisponentes:
· Fatores ambientais: internação, mudança de casa, férias (principalmente em gatos)
· Fatores alimentares: mudança de alimentação, bolas de pelo (tricobezoar), ossos -> gera impactação fecal, fezes com muita fibra
· Obstruções enterais ou do cólon - extra ou intraluminais: pode causar tenesmo
· Doenças neuromusculares: síndrome da cauda equina, hipotireoidismo, mega cólon idiopático (gatos 5-7 anos)
· Alterações líquidos e eletrólitos: desidratação (tenta absorver o máximo de água e fezes ficam rígidas e difícil de defecar e alça irá estender) e insuficiência renal (hipocalemia e hipercalemia)
· Fármacos: anticolinérgicos, opioides, diuréticos ou anti-histamínicos
O megacólon pode formar fecaloma (fezes solidificadas).
Diagnóstico: palpação abdominal e retal, avaliação da medula espinhal, radiografia, ultrassom e colonoscopia.
Tratamento: sempre cirúrgico, pode ser necessário colectomia. Remoção manual das fezes retal direta e massagem transabdominal.
Clínico: fluido, reposição eletrolítica, enemas com água aquecida (15 a 20 ml/kg), laxantes lubrificantes (óleo mineral) ou osmóticos* (lactulose/lactulona). 
*Retira água do intestino amolecendo as fezes para ajudar a remover.
PROLAPSO DE RETO 
Protusão da mucosa retal do ânus.
Etiologia: 
· Secundário ao tenesmo/urolitíase
· Enterite
· Neoplasia intestinal
· Corpo estranho 
· Doença prostática
· Distocia - contração excessiva pode levar o prolapso 
· Hérnia perineal
· Diarreia (parasitas)
· Força ou dificuldade para defecar
Complicações: animal incomodado pode lamber, se coçar, arrastar no cão e causar laceração do prolapso.
Tratamento:
Clínico:
· Para diminuir edema: gelo para diminuir vasoconstrição, ou colocação de açúcar para diminuir o edema por osmose 
· Utilizar sedação em pacientes que não permitem manipulação
· Utilizar lubrificante e reduzir aos poucos com os dedos (em casos leves)
Cirúrgico:
· Sutura em boca de fumo deixando espaço para liberação de gases (retirar em 2 a 3 dias)
· Alguns pacientes têm necessidade de amputação do reto (passa cateter em cruz antes de realizar incisão para que não haja retração do ânus)
Em casos que não há como fazer redução manual é necessário colotomia e realizar colopexia na camada serosa para suturar colón ou reto na parede abdominal para não haver o prolapso novamente.

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