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Higiene e inspeção das instalações INTRODUÇÃO · Inspeção “ante-mortem” e “post-mortem” · Instalações · Linha de abate · Exame na carcaça do animal · Os materiais utilizados devem ser liberados pelo DIPOA (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem de Animal) · Nenhum animal pode ser abatido sem autorização prévio da inspeção INSTALAÇÕES Áreas construídas dentro do frigorífico: · Sala de matança · Currais · Ficam localizados em locais opostos ao vento · Devem ficar 80m de distância de onde se elaboram os produtos de origem animal · Existem 3 tipos: currais de chegada e seleção; currais de observação; e currais de matança (Art. 34-7 do RIISPOA) · Conjunto sanitário · Sistemas de água e esgoto · Necropsia EQUIPAMENTOS · Maquinária · Plataforma metálica · Mesas · Anexo com conjunto sanitário · Sistema de água e esgoto CURRAIS DE CHEGADA E SELEÇÃO Instalações: · Local de recepção dos animais · Área nunca inferior aos currais de matança · Para não gerar estresse no animal na transferência de uma sala para outra · Rampa suave com declive de 25 graus de concreto armado e antiderrapante · Iluminação de 5W · Pavimentação com declive, plano, antiderrapante, integra, sem fendas, dilacerações, concavidades para facilitar higienização e lesões · Para evitar lesões e facilitar higienização do ambiente · Canaletas de desague na parte mais baixa do curral · Cercas de 2m de altura em material resistente, sem cantos (deve ser arredondado), proeminências para facilitar a higienização e lesões · As cercas para separar os lotes serão duplas e com travessões · Também é utilizado um arco de madeira no pescoço dos bovinos para que eles não pulem as cercas, se necessário · Muretas separatórias para formar o “cordão sanitário” · Para evitar doenças e não ter prejuízos econômicos · Plataforma de observação: sobre as cercas para facilitar o exame “ante-mortem” · Lavadouro para os veículos de transporte próximo ao local de desembarque, com escoamento do esgoto independente da indústria Rampa suave com antiderrapante para a chegada dos animais Manejo do animal: · Formação de lotes onde os animais tenho mesmo (sexo, idade, categoria) · Fêmeas, gestantes e animais mais velhos normalmente não são abatidos · Calcular a quantidade de água para os animais e para estrutura de abate · Bebedouros do tipo cocho, de alvenaria · Água potável, distribuída por canos aéreos · 150L por animal por 24 horas e 100L por metro quadrado · Brete de contenção: · Local para exame de fêmeas (idade e gestação) e de animais suspeitos de doenças infecciosas · Separação e marcação de animais que vão para a matança de emergência (animais com doenças infecciosas) Brete de contenção CURRAIS DE OBSERVAÇÃO · Local para exame mais minucioso dos animais que foram excluídos da matança normal · Essa estrutura tem muitas das recomendações anteriores · Próximos aos currais de chegada e seleção · “Cordão sanitário” · Os animais doentes ou com suspeita são separados dos outros nesse momento · Nesse local coloração vermelho na parte superior e identificação (privativo IF) · Para identificar que são animais que necessitam ser observados minuciosamente por suspeita de doenças infecciosas · Privativo IF – área privada ao veterinário de inspeção federal (que realizou curso federal para ser apto) Currais de observação, ressaltando o curral de cor vermelho ao fundo CURRAIS DE MATANÇA · Local para receber animais aptos a matança · O curral tem as mesmas especificações dos currais de chagada e seleção · Área proporcional a capacidade máxima de matança diária, multiplicando a capacidade máxima de matança pelo coeficiente 2,50m² · Projetos devem conter um corredor central de 2m para facilitar o manejo e com duas porteiras para controle dos animais SALA DE NECROPSIA · Localizada próximo ao curral de observação, rampa de embarque ou graxaria · Graxaria: é a área onde ficam os resíduos que serão descartados · É composta pela sala de necropsia e crematório · Alvenaria com paredes impermeabilizadas, na cor branca, azulejo · Janelas e portas teladas, impermeáveis e com declive para o ralo central · Água e vapor para higienização · Pia com acionamento com pedal · Saboneteira e desinfetante · Mesa metálica fixa na parede · Armário para armazenar materiais · Paredes com cantos arredondados, portas metálicas e pedilúvio na entrada da sala · Carrinho com tampa vedada para despejos na graxaria na cor vermelha e identificado A sala de necropsia da acesso ao forno crematório: · Forno crematório de alvenaria com tijolo refratário · Fornalha alimentada com óleo ou lenha · Forno pode ser substituído por autoclave · Deve caber um bovino inteiro · Resíduo pode ser utilizado como adubo ou fertilizante · Outras exigências para atender os mercados internacionais BANHEIRO DE ASPERSÃO · Sistema de aspersão de água dispostos na lateral, transversal e longitudinal orientados para o centro · Pressão inferior a 3 atm · Hipercloração da água RAMPA DE ACESSO A SALA DE ABATE · Mesma largura do banheiro · Canaletas transversais-obliquas para evitar que a água retorne · Paredes de alvenaria com 2 m de altura, revestidas de cimentos lisos e fechadas · Aclive de 13 a 15% · Porteiras guilhotinas, para separar os animais e impedir a volta · Piso de concreto ou paralelepípedo rejuntado, antiderrapante e de fácil higienização Seringa: · Alvenaria, paredes impermeabilizadas de cimento liso, sem apresentar bordas ou extremidades salientes · Piso de concreto ou paralelepípedo rejuntado e sem aclive · Sem aclive · O comprimento foi calculado em função de 10% da capacidade horária de abate e com dimensão de 1,70 m por bovino para que os animais não fiquem muito tempo esperando, em estresse · As paredes vão afunilando, na seringa, com deflexão de 45º · Seringa dupla, comprimento de cada uma será metade dos valores · A movimentação dos animais é controlada por choque · Como cercas eletrificadas para que os animais não saiam da linha de produção CHUVEIRO · Canos perfurados ou com borrifadores em toda a extensão da seringa · Borrifadores gastam 30% menos água · Instalados para não causarem lesões nos animais · Estes chuveiros podem ser instalados nos currais também BOXE DE ATORDOAMENTO · Boxes individuais, com contenção para um bovino · Verificar a capacidade de matança · Podem ser dois, porém devem ser geminados (um ao lado do outro) · Construção metálica, com porta de entrada parecida das instalações anteriores · O fundo e flanco que terminam na área de “vômito” são móveis Boxe de atordoamento Pistola de aspersão O boxe de atordoamento é onde ocorre o desmaio do animal, ele é feito para apenas um boi e é mecanizado para que ao desmaiar o animal role direto para a área de vômito. A pistola de aspersão injeta ar comprimido no animal para que este desmaie e fique dessensibilizado. ÁREA DE “VÔMITO” · Piso revestido com grade revestida com tubos galvanizados para facilitar a drenagem de água · Paredes com cimento liso com 2 m de altura · O comprimento corresponde a extensão total do boxe, acrescida de 1,50 m no sentido da seringa, 2 m no sentido oposto e largura de 3 m · Anteparo para proteção dos funcionários CHUVEIRO DE REMOÇÃO DE VÔMITO · Muitos bovinos se sujam nessa etapa se fazendo necessário a lavagem dos animais · Animais quando em decúbito regurgitam · Dispositivo automático para economia de água SALA DE MATANÇA · Esse local deve ficar separado do chuveiro de “vômito” e de outras dependências · Projetos novos a graxaria ficará em outro prédio · Pé-direito de 7m, com seu tamanho total com 8m² por boi/hora · 150 bois/hora 1200m² · 100 bois/hora 800m² · 50 bois/hora. 400m² · Piso com fácil higienização, com antiderrapante, resistente a choques e atritos com os ácidos e escorrendo em direção as canaletas, todos os esgotos devem ser lançados nos condutores · Paredes e janelas as paredes impermeabilizadas com azulejos, até 2 ou 3m de altura · Portas vaivém com visor · Maquinaria com esteiras rolantes e nórias · Iluminação e ventilação correta e natural Área de sangria: · Separada da salade matança · Secção dos grandes vasos, até a entrada do peito · Canaleta de sangria · Não pode se misturar com água e vômito · Declives acentuados para ralos centrais · Deve ter um local para higienização do funcionário · Canaleta para recolher o sangue que ainda escorre e deve acompanhar até a entrada da câmara fria · Vedação da tubulação para evitar a propagação de odores · Caso o sangue seja utilizado para alimentação ele deve ser efetuado com higienização previa dos equipamentos e locais de sangria · Remoção dos chifres · Na área de esfola com locais para higienização de equipamentos e funcionários · Trilhagem: onde os bois ficam pendurados e vão passando pelas etapas na sala Comprimento da canaleta: PADRÕES Área de esfola: · Feito com sistema aéreo, para melhor avaliação higiênicosanitário · Os funcionários trabalharam em plataformas · Dois tipos de esfola: · Manual, com facas elétricas e pneumáticas · Mecânica, qualquer máquina adequada para retirada da pele · Não remover o couro totalmente, até a área correta · Cama elevada é utilizada para sanar as necessidades higiênicas na linha de abate · Antes era realizada no piso · Remoção da cabeça e identificação SALA DE INSPEÇÃO · Local onde é realizada a inspeção · Existem diversas mesas equipamentos utilizados em cada momento da inspeção · Mesas para diversas partes da inspeção · Mangueiras para limpeza · Lavadouros de cabeça · Serra de peito · Plataforma para serra de carcaças · Plataforma para inspeção de carcaças · Departamento de inspeção final · Existem itens opcionais como mesa fixa, carrinho modelo, mesa rolante e nória apropriada · É onde o animal recebe o selo SIF Nória Nória: é um equipamento fabricado para transportar as carcaças dos animais durante o processamento das carnes no local. Higiene e inspeção da carne INTRODUÇÃO · Inspeção “ante-mortem” e “post-mortem” · Mesmo veterinário · Certificados de vacinação dos animais · Os exames se completam para que a carne seja liberada para comercialização e consumo · Entregar um produto final de qualidade · Sem prejuízos e sem doenças *DIF: Departamento de Inspeção Federal – é o órgão que avalia a qualidade na produção de alimentos de origem animal comestíveis ou não. INSPEÇÃO “ANTE-MORTEM” · Realizar no final da tarde para o gado que será abatido no próximo dia · Separar em lotes · Exame visual primeiramente em repouso e depois em movimento · O exame busca identificar animais que não podem ser abatidos · Animais que não forem aprovados, são separados para um exame mais acurado, no curral de observação São avaliados: · Idades · Gestação · Partos recentes · Comportamento · Sinais de doenças infecciosas · Traumas *Doenças infecciosas como: cisticercose, tuberculose, enterobactérias, febre aftosa, encefalopatia espongiforme bovina, pneumonia... Em caso de doenças infecciosas como carbúnculo hemático, gangrena gasosa e febre aftosa deve-se respeitar os artigos 108 e 116. MATANÇA DE EMERGÊNCIA Pode ser imediata ou mediata. Imediata: Abate de animais a qualquer momento, animais que entram neste tipo são: · Incapacidade de locomoção · Acidentados · Contundidos · Fraturas · Alteração de temperatura · Outros sintomas que excluam da linha de abate normal Mediata: Abate de animais considerados doentes após exame clínico. · Essa matança deve ser feita após a matança normal · O animal apresenta alterações de temperatura e são condenados pelo artigo 124 · O abate irá acontecer na sala de necropsia ou na sala de matança · Verificar as doenças infecciosas onde o animal pode ser tratado antes do abate EXAME “POST-MORTEM” · O exame “post-mortem deve ser feito pelo veterinário do DIF · Na ausência do veterinário do DIF, o veterinário de plantão deve realizar o procedimento e carcaça e vísceras devem ser armazenadas e realizada a inspeção pelo veterinário do DIF · Os animais da necropsia devem ir a graxaria e aproveitado para subprodutos ou forno crematório RESUMO TRAJETO DO ANIMAL Animal apto: Animal não apto: BOX DE ATORDOAMENTO · Pistola pneumática ou dardo cativo · Atinge o SNC, preservando o bulbo e mantendo o sistema circulatório e tendo eficiência na sangria · Eficiência: animal não pode vocalizar, ter reflexos oculares, movimentos oculares e contração dos membros dianteiros INSPEÇÃO “POST-MORTEM” Exame realizados nos animais abatidos, das seguintes partes e órgãos: · Conjunto cabeça e língua · Superfícies externas e internas da carcaça · Vísceras torácicas, abdominais e pélvicas · Nodos-linfáticos · Superfícies interdigital e peri-ungueal (exportação internacional) LINHAS DE INSPEÇÃO Os locais ou pontos nas salas de matança são chamados de linhas de inspeção e divididos da seguinte forma: · Linha A: exame dos pés (estabelecimentos exportadores) · Linha B: exame conjunto cabeça-língua · Linha C: cronologia dentária (facultativo) · Linha D: exame trato gastrintestinal e mais baço, pâncreas, bexiga urinária e útero · Linha E: exame do fígado · Linha F: exame dos pulmões e coração · Linha G: exame dos rins · Linha H: exame dos lados interno e externo da parte caudal da carcaça e nodos-linfáticos · Linha I: exame dos lados externo e interno da parte cranial da carcaça e nodos pré-escapulares *As linhas são feitas todas em uma mesma sala. *Os nodos linfáticos são avaliados em todas as linhas. Observações: · Se o local abater mais de 80 reses por hora as linhas E+F e G+H se unem · Essas linhas se comunicam sobre possíveis alterações e o julgamento definitivo é feito pelo DIF · Fase preparatória: essa fase ocorre para preparar a carcaça e suas peças para inspeção · Muitas vezes as condenações de carcaça ocorrem devido a falhas na linha de produção, principalmente na evisceração (pode cair fezes na carcaça) LINHA A · No exame lavar os mocotós, realizar exame visual · Em caso de lesões, marcar a carcaça no peito do lado esquerdo · Os mocotós devem ser colocados em recipientes próprios e enviados a graxaria LINHA B · Na cabeça examinar todas as partes do órgão, cavidade bucal, orifícios · Incisão dos masseteres e pterigoideos · Incisão dos nodos-linfáticos, glândulas salivares · Inspecionar mucosas e forame Magnum · Separar para graxaria o que estiver sendo condenado · Na língua examinar visualmente a língua, músculos e tecidos adjacentes · Fazer a palpação do órgão · Cortar os nodos linfáticos · Extirpar as tonsilas palatinas · Incisar a língua longitudinalmente em caso de lesões nas inspeções anteriores do órgão LINHA C · Cronologia dentaria para determinar a idade do animal abatido · Examinar os dentes incisivos LINHA D · Examinar visualmente e por palpação e com cortes quando necessário todo trato gastrintestinal, pâncreas, baço, bexiga urinária, útero (gestação) · Incisão dos nodos-linfáticos da região LINHA E · Examinar visualmente e por palpação as faces do fígado e vesícula biliar e se necessário fazer a incisão · Cortar e comprimir os ductos biliares · Incisão dos nodos-linfáticos · Dependendo da análise de inspeção o fígado pode ser parcialmente ou totalmente condenado LINHA F · Examinar visualmente e por palpação traqueia e pulmões e realizar a incisão dos pulmões na base dos brônquios · Examinar o coração e pericárdio antes da abertura · Incisão do pericárdio · Examinar o epicárdio em água morna · Fazer a palpação dos órgãos · Incisão dos grandes vasos e o coração do lado esquerdo e direito, para exame visual das câmaras cardíacas · Incisão dos nodos-linfáticos LINHA G · Examinar visualmente e por palpação o rim e suprarrenais ainda preso a carcaça · Cortar o parênquima renal se necessário LINHA H · Examinar aspecto e coloração geral da parte caudal da carcaça · Examinar contaminações de origem do trato gastrintestinal, contusões, hemorragias, edemas · Incisão dos nodos-linfáticos LINHA I · Examinar aspecto e coloração geral da parte cranial da carcaça · Examinar contaminações de origem do trato gastrintestinal, contusões, hemorragias, edemas · Incisão dos nodos-linfáticos LINHA J · Meias carcaças liberadas para consumo DEPARTAMENTO DE INPEÇÃO FINAL · Destinam-separa esse local carcaças que foram marcadas nas outras linhas de inspeção · Veterinário responsável · Neste local as carcaças que serão encaminhadas para feitura de subprodutos como charque, salsicharia, não apreendidas, conserva e condenadas são separadas · Todo o material descarte vai para a graxaria Vísceras brancas: composto pelos intestinos e estômagos vão para bucharia e triparia. Vísceras vermelhas: coração, fígado, rins, pulmão, cabeça e língua para secção de miúdos e cabeça.
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