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Peritonite infecciosa felina (PIF) -Se o antibiótico não diminui a febre, ela não é decorrente de uma bactéria, ou o antibiótico não é eficaz -A icterícia ocorre devido a ligação com o intestino Doença infectocontagiosa, sistêmica, imunomediada e progressivamente fatal de felinos Etiologia Coronavírus da PIF é mutação mais patogênica do Coronavírus Entérico Felino (FECV), o qual replica no epitélio intestinal. Sendo classificada em: Efusiva (úmida) Não-efusiva (seca) O desenvolvimento de uma forma ou de outra está relacionado com a imunocompetência do animal Etiologia Coronavírus • envelopado. • RNA fita simples. • Mutação do Coronavírus Entérico Felino (FECV) • O vírus sobrevive até sete semanas em locais secos • Facilmente inativado com a maioria dos desinfetantes. • Acomete gatos domésticos e também já foi descrita em leões, leopardos, jaguares, leões de montanhas, chitas e linces. • Mortalidade próxima de 100% • Afeta gatos de todas as idades, porém mais observada em felinos com menos de três anos de idade. • Machos parecem ser mais frequentemente afetados do que fêmeas. Entre 42% a 75% dos gatos infectados eliminam o vírus constantemente nas fezes fontes de infecção para outros gatos • Transmissão – Fecal-oral, contato oro-nasal pela saliva (incomum) e transplacentária (incomum). • Mais frequente em locais de aglomeração de felinos, como criatórios, gatis e abrigos. Patogenia A ocorrência da PIF se dá a partir da mutação de um FcoV entérico • Vírus mutante hábil a se propagar nas células mononucleadas do tecido linfoide • Viremia ocorre uma semana após a exposição se dissemina em órgãos como baço, fígado e linfonodos (onde há grande população de macrófagos). • Carga viral Vs Resposta imunológica PIF efusiva ou não-efusiva Pif efusiva (úmida) Caracterizada por: • serosite fibrinosa • acúmulo de líquido (efusão) nas cavidades abdominal e pleural • vários graus de inflamação nos tecidos viscerais • febre não responsiva a antibióticos • a efusão pleural causa dispneia, dificuldade ao exercício, sons pulmonares e cardíacos abafados na ausculta • Com a evolução distensão abdominal indolor (ascite progressiva) • Sendo essa a principal queixa dos tutores Sinais clinicos Febre • Anorexia • Letargia • Apatia • Vômito • Diarreia • Icterícia e palidez das mucosas • Aumento abdominal gradual • Pelagem opaca e áspera Pif não efusiva- seca Caracteriza-se por: • Reações inflamatórias granulomatosas • Necrose em órgãos abdominais, olhos (coriorretinite), SNC (leptomeningite – das meninges mais finas: pia-máter e aracnoide -, e encefalomielite focal). • Sinais neurológicos ocorrem em 12% a 35% dos felinos com PIF não- efusiva • Lesões na cavidade torácica (pleurite, pneumonia e pericardite). • Também pode afetar: rins, fígado, linfonodos viscerais e intestinos. Lesões oculares Patogenia Com o avanço da doença: • Sinais clínicos se agravam • Surgem outros sinais clínicos • problemas em órgãos específicos = forma não efusiva (seca) • E pode ocorrer a efusão de cavidade corporal evoluir para forma efusiva (úmida) • O prognóstico é sempre desfavorável em ambas as formas Diagnostico • Clínico associado a US abdominal e análise de líquido cavitário • Hemograma (anemia não regenerativa, leucocitose ou leucopenia, linfopenia e trombocitopenia). • Bioquímico (hipoalbunemia, hiperglobulinemia, diminui relação albumina/globulina). • Sorologia: Elisa, Imunoflorescência • Detecção Viral (PCR) – isoladamente não define diagnóstico (pode ser CoV felino não-mutante) associar ao quadro clínico NECROPSIA E HISTOPATOLÓGICO • Diagnóstico definitivo! • Infiltração perivascular de neutrófilos, macrófagos, linfócitos e plasmócitos. • Presença de piogranulomas e necrose. • Imunohistoquímica confirma a presença do vírus FcoV no tecido. Tratamento Não há tratamento antiviral • Cuidados paliativos, conforme sinais clínicos melhorar a qualidade de vida controle da dor, antieméticos, etc. • Forma efusiva drenagem do liquido abdominal e torácico (abdominocentese e toracocentese) diminuir o desconforto e melhorar a função respiratória • Tratar infecções e lesões secundárias antibioticoterapia • Eutanásia é indicada para a maioria dos casos após confirmação do diagnóstico abreviar o sofrimento e evitar fonte de infecção • Há relatos de remissão apenas com tratamento sintomático para casos de PIF ocular sem manifestação sistêmica. • Alguns pacientes que apresentam uma forma moderada dos sintomas se beneficiam com imunossupressores e antiinflamatórios (p. ex. corticoides). Indicam-se: • PREDNISOLONA (4mg/kg VO a cada 24 horas). • CICLOSFOSFAMIDA (2,5mg/kg VO a cada 24 horas, 4 dias consecutivos por semana). • Em alguns casos é administrada DEXAMETASONA intracavitária. Prevenção • Impedir acesso ao ambiente extradoméstico, evitando contato com animais de rua e fezes contaminadas. • Manter sempre as instalações higienizadas e desinfetadas. • Manter a alimentação de boa qualidade e consultas com o clínico veterinário em dia. • Existe apenas uma vacina comercialmente disponível nos EUA e Europa, mas a sua eficácia não é comprovada e seus estudos são contraditórios. Vírus da imunodeficiência felina (FIV) -Vírus diminui a capacidade imunológica do animal, deixando os animais imunossuprimidos o que predispõe a outras doenças -São vírus RNA, mas se transformam em DNA através de uma enzima transcriptase reversa -Causam transtornos em células vermelhas e brancas porém afetam mais os glóbulos brancos -Levando a alterações mas que não são sinais clínicos -Infecções oportunistas ➡animais bem imunologicamente não adoeceriam -Ex: micoses- podem aumentar quando o animal está imunossuprimido -Anemia- pode ser um fator que o animal possa estar com FIV -Vírus precisa do seu hospedeiro para replicar - Vírus envelopado possui menos resistência fora do hospedeiro -Vírus é transmitido principalmente através de brigas, mordidas ➡ saliva faz inoculação(sangue e saliva) -Transmissão transplacentária, ou gatinho pode ter contato com a mãe ao mamar -Vírus replica em tecido linfóides.linfonodos, timo,baço,placas de pleyer (instestino) -Linfócitos TCD4 e TCD8- ajudam a combater,porém vírus ataca eles também -Vírus vai causando imunossupressão e vai baixando os anticorpos -Mecanismo importante. faz bastante imunossupressão -Apresenta sinais clínicos por meio de infecções secundárias -Animal é fonte de infecção pela vida toda Animal terá- neutropenia,linfopenia e anemia -Podem ter alguns distúrbios de coagulação Linfadenopatia- alteração nos linfonodos Mucosas pálidas- animal anêmico Infecções bacterianas secundárias- perda de peso,apatia,desidratação Gengivite- estomatite-feridas na boca- devido a imunossupressão Linfadenomegalia- linfonodos aumentados de tamanho,baço aumentado Animal tem maior predisposição a ter micoses Aumento da possibilidade de ter meningite,encefalite Fase aguda- momento da infecção (primeiro momento), apresentando febre,aumento dos leucócitos e resposta inflamatória Gato pode morrer por infecções secundárias -Aids felina, quando ele tem os sintomas mais grave Diagnóstico por PCR,ELISA -Porém pode dar positivo por PCR vacinal -Não existe cura e nem tratamento específico São animais mais sensíveis,apresentam mais medo Precisam de alimento de melhor qualidade Não existe cura- terapêutica sistemática Corticóides diminuem lesões inflamatórias na fase de linfoadenopatia Vacina não possui muita eficácia, pois o vírus se multiplica rapidamente Castrar os animais pode ajudar a diminuir riscos de contaminação Infecção causa imunossupressão predispondo a infecção por agentes oportunistas Etiologia: Retrovírus pertence ao gênero Lentivirus Ocorrência mundial Características similares ao vírus da imunodeficiência humana (HIV). Gatos infectados apresentam transtornos no sistema hematopoiético: ● Anemia ● imunodeficiência ● Predisposição a infecções oportunistas. Histórico da fiv Vírus identificado pela primeira vez na Califórnia (EUA) em 1986 por Pedersen et al. (1987) Classificado conforme sua morfologia:● família Retroviridae ● subfamília Orthoretrovirinae ● gênero Lentivirus Etiologia Retrovírus esférico envelopado tamanho varia entre 60 a 120nm de diâmetro; RNA fita simples senso positivo; Enzima transcriptase reversa Epidemiologia: Transmissão; Inoculação do vírus através da saliva ou do sangue brigas e mordidas ***Maior risco felinos machos em idade adulta com acesso à rua Via transplacentária - gatas prenhes na fase aguda da infecção Em uma mesma ninhada podem nascer filhotes infectados e não infectados Via transmamária - filhotes sadios podem se infectar pela ingestão de colostro ou pela saliva nos cuidados maternos Patogenia ➡ Entrada do vírus ➡ Replicação nas células alvos dos tecidos linfóides ➡ Linfócitos, monócitos, macrófagos ➡ Resposta imune humoral ➡ Produção de anticorpos ➡ Porém, a resposta imune não é efetiva, e os vírus continuam a se multiplicar 📌 Longo período assintomático, pode durar anos 📌 Redução dos linfócitos TCD4+ ✅ Animal continua sendo fonte de infecção para outros gatos Patogenia ✅ Neutropenia ✅ Linfopenia ✅ Anemia ✅ Infecções secundárias ➡ combinação de citopenias ➡ Anormalidades das plaquetas também podem ser encontradas Sinais clínicos Em geral se devem a infecções secundárias por bactérias, fungos, parasitos, outros vírus Frequentemente ocorrem: Linfadenopatia Mucosas pálidas Desidratação Gengivite-estomatite Perda de peso Apatia Linfadenomegalia Alterações nos sistemas digestório, tegumentar, oftálmico e nervoso Diagnostico PCR - Mais seguro; - Altamente sensível e específico; - Identificação a partir da 1a a 3a semana pós-infecção; - PCR identifica o vírus nos linfócitos T ativados ou no plasma Elisa Teste sorológico; Teste rápido; Utilizado na rotina pela sua facilidade e praticidade; Identifica anticorpos específicos do antígeno Imunofluorescência indireta (IFA) ou Western blotting (WB) também detecção de anticorpos Tratamento Não existe cura ➡ terapêutica sintomática Antibióticos Fluidoterapia Transfusões sanguíneas Dietas de elevada densidade calórica e esteróides anabólicos em casos de perda de peso Gatos infectados com FIV, se bem cuidados, podem viver durante muitos anos com boa qualidade de vida Prednisolona 0,5-1mg/kg, VO ou IM, SID ou dias alternados 📌 Na suspeita de envolvimento de patógenos bacterianos, torna-se essencial o uso de antibiótico AZT (zidovudina 3’-azido-2’, 3’-desoxitimidina): 5 - 15 mg/kg, VO ou SC, BID; 📌 Antiviral do mesmo protocolo de humanos infectados com o HIV Interferon α recombinante humano: 15 - 30 UI/gato, VO, SID. 📌Aumento de leucócitos, viabilizando o sistema imunológico a sobrevivência de células Controle e profilaxia -O gato FIV positivo deve ser mantido isolado para evitar que contrair outras infecções e para cortar o ciclo de transmissão a outros animais suscetíveis; -Existe vacina nos EUA, mas com eficácia controversa e uso não é viável no Brasil (outras cepas do vírus); -Vacina impede diferenciação sorológica entre gatos infectados e vacinados; -Controle sanitário de animais recém adquiridos nos gatis, utilizando testes sorológicos.