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Papilomavirus HPV

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Diagnóstico bucal 
 
1 
• Diagnóstico diferencial das lesões nodulares • 
P a p i l o m a v í r u s H u m a n o – H P V
 
1. Papiloma escamoso 
2. Verruga vulgar 
3. Condiloma acuminado 
4. Hiperplasia epitelial focal 
 
INTRODUÇÃO 
• Lesões nodulares causadas por infecções do 
papilomavírus humanos (HPV); 
• Essas infecções, podem ser aumentos papilares 
do epitélio, hiperplasias reacionais e neoplasia 
benigna 
• Os aumentos papilares do epitélio podem ter: 
Superfície papilar ou verrucosa; 
Cor branca ou normocrômica; 
Solitária ou múltiplas; 
Progressiva ou estática; 
Sem manifestação sistêmica; 
Crescimento lento; 
PAPILOMAVÍRUS HUMANO - HPV 
• O papilomavírus humano (HPV) é um vírus do 
gênero Papi!lomavirus, com mais de 120 
subtipos identificados epiteliotrópicos e 
altamente espécie-específicos. 
• Podem ser de baixo risco ou de alto risco. 
Baixo risco: HPV 6 e HPV 11. Não tem afinidade 
com células supressoras de tumor, portanto, 
parecem não oferecer risco de progressão para 
malignidade. 
Alto risco: HPV 16, 18, 31, 33, 45, 58 e 
outros. Esses tipos de vírus podem estar 
associados a lesões pré-cancerígenas, pois, tem 
afinidade com células supressoras de tumor, 
inativando essas células, podendo ser 
oncogênicos. Contudo, o HPV não atua 
isoladamente na oncogênese; outros fatores, 
estados nutricionais, uso de fumo e álcool, atuam 
em conjunto, favorecendo a instalação do tumor. 
 
Obs: Na cavidade bucal, o papiloma vírus está 
associado principalmente ao papiloma e mais 
raramente à presença de verrugas vulgares, 
condiloma acuminado 
Obs: Neoplasia benigna X Neoplasia maligna 
 
 
1. PAPILOMA ESCAMOSO 
• Subtipos do HPV 6 e 11 (baixo risco) 
• O papiloma escamoso é uma neoplasia benigna 
comum na cavidade oral 
• Nódulo de crescimento exofítico 
• Bem delimitado 
• Lesão solitária 
• Normalmente pediculado 
• Superfície rugosa (graças às suas projeções 
digitiformes) com aspecto de "couve-flor" 
• Possui crescimento lento 
• Coloração esbranquiçada, porém a lesão 
poderá ser levemente avermelhada ou com a 
coloração da mucosa normal, dependendo da 
quantidade de ceratinização da superfície. 
• Assintomática 
• Normalmente possuem pequenas dimensões, 
alguns milímetros, mas em pacientes 
negligentes ou imunodeprimidos podem 
apresentar proliferações exuberantes. 
• Locais mais comuns na boca: língua, lábios, 
mucosa jugal, gengiva inserida e palato 
• Eventualmente pode ocorrer a queratinização 
superficial, dependendo do tempo de evolução 
e da região sofrer maior ou menor trauma 
crônico 
• Não está associado a prática de relação sexual 
• O diagnóstico clínico deve ser confirmado por 
biópsia 
• O tratamento consiste na remoção da lesão 
• É geralmente unitário 
• Seu tratamento se dá através da remoção cirúrgica 
conservadora, e a recidiva é improvável 
 
Papiloma escamoso. 
Aspecto de couve-flor. Lesão 
exofítica no palato mole com 
múltiplas projeções curtas e de 
superfície branca. 
 
 
 
Papiloma escamoso. 
Em região de gengiva inserida 
 
Diagnóstico bucal 
 
2 
2. VERRUGA VULGAR 
• Subtipos HPV 2 e 4 (baixo risco) 
• A verruga vulgar ou verruga comum é uma 
neoplasia benigna frequente na pele. É mais 
raro acometer a mucosa bucal. 
• Trata-se de uma lesão mais prevalente em 
crianças que possuem verrugas nas mãos e 
dedos que pelo hábito de mordê-los acabam 
por transmitir o vírus para a mucosa da boca 
• É contagiosa e pode disseminar-se para outras 
partes da pele ou das membranas mucosas de 
um indivíduo. 
• É um nódulo de massas exofíticas 
• Normalmente tem base séssil e contorno oval 
• Superfície papilomatosa e digitiforme exibindo 
(projeções papilares ou uma superfície áspera) 
• Coloracão esbranquiçada devido à espessa 
camada de queratina. 
• Seu tratamento consiste na remoção da lesão, 
que pode ser feita através de substâncias 
cáusticas, como o ácido tricloroacético ou 
podofilina, eletrocoagulação, crioterapia, 
ablação a laser ou ainda através de exérese 
cirúrgica convencional 
• Pode ser múltipla, diferente do papiloma 
• Locais mais comuns na boca: borda do 
vermelhidão do lábio, mucosa labial e região 
anterior da língua 
• indolor 
• As lesões orais são geralmente excisadas 
cirurgicamente, ou podem ser destruídas pelo 
uso de laser 
• Quando não tratadas, as verrugas não sofrem 
transformação maligna e dois terços das lesões 
podem desaparecer espontaneamente dentro 
de 2 anos, particularmente em crianças. 
 
 
Verruga vulgar. Em 
região de lábio superior. 
 
 
Verruga vulgar. Lesão 
papilar exofítica, branca, 
em região lateral de 
palato mole. 
3. CONDILOMA ACUMINADO 
• O Condiloma Acuminado é um tipo de verruga 
sexualmente transmissível (DST) 
• É uma neoplasia benigna causada por HPV de 
alto risco 
• São lesões múltiplas na maioria das vezes, 
podendo, entretanto, entretanto, apresentar-
se como nódulos solitários. 
• As lesões orais ocorrem mais frequentemente 
na mucosa labial, palato mole e freio lingual - 
as lesões desenvolvem-se no sítio de contato 
sexual ou do trauma 
• Podem ser indicativas de abuso sexual quando 
diagnosticadas em crianças 
• São geralmente diagnosticados em 
adolescentes e adultos jovens, porém pessoas 
de todas as idades são suscetíveis 
• Apresenta-se como um aumento de volume 
exofítico e indolor 
• Base séssil 
• Coloração cor-de-rosa 
• bem delimitado, com projeções de superfície 
curtas e embotadas. 
• O condiloma tende a ser maior do que o 
papiloma e está, caracteristicamente, agrupado 
a outros condilomas. O tamanho lesional médio 
é de 1 a 1,5 cm, porém lesões orais maiores 
atingindo até 3 cm têm sido relatadas. 
• O condiloma oral é geralmente tratado por 
excisão cirúrgica com ampla remoção das 
margens, já que a reincidência é comum 
 
Condiloma acuminado. 
Duas lesões da 
mucosa do lábio 
superior exibindo 
projeções curtas e 
embotadas. 
 
 
 
Obs: Independentemente do método utilizado, um 
condiloma deve ser removido, uma vez que é 
contagioso e pode se disseminar para outras 
superfícies orais e para outras pessoas por meio do 
contato direto (geralmente sexual) 
Obs: Pacientes portadores do vírus da 
imunodeficiência humana (HIV) podem apresentar 
condilomas múltiplos e disseminados pela cavidade 
bucal 
Diagnóstico bucal 
 
3 
4. HIPERPLASIA EPITELIAL FOCAL (HEF) 
• Doença de Heck 
• A hiperplasia epitelial multifocal é uma 
neolplasia benigna com proliferação localizada 
do epitélio escamoso oral, induzida por vírus 
(HPV) 
• O baixo nível socioeconômico, condições de 
moradia em aglomeração e higiene precária 
parecem ser fatores de risco adicionais 
• Rara 
• Os sítios de envolvimento mais comuns incluem 
a mucosa labial, jugal e lingual, porém lesões 
gengivais, palatinas e amigdalianas também 
têm sido relatadas. 
• Normalmente são múltiplas pápulas 
• Consistência mácia 
• Indolor 
• Planas ou arredondadas, que se encontram 
geralmente agrupadas 
• Apresentam a coloração da mucosa normal, 
embora possam estar dispersas, apresentar-se 
pálidas ou, raramente, brancas 
• Diagnostico diferencial: condiloma acuminado 
• As lesões individuais são pequenas (0,3 a 1,0 
cm), discretas e bem delimitadas, mas estas 
frequentemente se agrupam de maneira tão 
próxima entre si que toda a área toma uma 
aparência fissurada ou de pedras de 
calçamento 
• A excisão cirúrgica conservadora pode ser 
realizada com objetivos diagnósticos e 
estéticos ou para as lesões sujeitas a trauma. O 
risco de recidiva após a terapia é mínimo e 
parece não haver potencial de transformação 
maligna 
• As lesões também podem ser removidas por 
crioterapia ou por ablação a laser de dióxido de 
carbono (CO2) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hiperplasia epitelial multifocal. As lesões 
podem demonstrar uma alteração papilar 
da superfície e palidez, como observado na 
língua dessa criança 
 
 
 
Hiperplasia epitelial multifocal. Múltiplos 
nódulos e pápulas com superfície plana, de 
coloração normal, sãoobservados no lábio 
inferior de uma criança 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
• KIGNEL, S. et al ESTOMATOLOGIA - BASES DO DIAGNÓSTICO 
PARA O CLÍNICO GERAL 2ª ed. São Paulo, Editora Santos 2013. 
• MARCUCCI, G. Fundamentos de Odontologia: Estomatologia. 
1a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2005. 243p. 
• NEVILLE, B. W.; DAMM, D. D.; ALLEN, C. M.; BOUQUOT, J. E. 
Patologia oral e maxilo-facial. 3a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2009.

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