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Aplicação de derivadas 2 Olá, seja bem-vindo(a)! Neste tópico estudaremos a derivação implícita que faz o uso da regra da cadeia, bem como as derivadas superiores. Para então estudarmos as aplicações de derivadas! Vamos lá? 1.1 DERIVADAS IMPLÍCITAS Vimos até agora que as derivadas com funções na forma 𝑦 = 𝑓(𝑥), nas quais a variável 𝑦 está expressa explicitamente em termos da variável independente 𝑥, como: 𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑥2 − 1 ℎ(𝑡) = 𝑡2 + 1 𝑡 − 1 Porém temos funções do tipo “ 𝑥𝑦 + 𝑦 − 𝑥 − 1 = 0 ”. Essa função expressa 𝑦 implicitamente como uma função de 𝑥 . Neste caso podemos realizar manipulações algébricas e explicitar 𝑦 em termos de 𝑥, da seguinte forma: 𝑥𝑦 + 𝑦 − 𝑥 − 1 = 0 𝑦(𝑥 + 1) = 𝑥 + 1 𝑦 = 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 1 𝑥 + 1 Mas nem sempre essa maneira de encontrar a função definida implicitamente é fácil como no exemplo anterior, pois podemos nos deparar com equações complicadas de expressar 𝑦 em função de 𝑥. Mas então como calcular a derivada de uma função definida implicitamente? Aplicação de derivadas 3 Esse método é denominado como Derivação Implícita e faz o uso da regra da cadeia. Esse método consiste em diferenciar ambos os lados da equação em relação a 𝑥 e então resolver a equação resultante para 𝑦′. Para resolver vamos assumir sempre que a equação data determina 𝑦 implicitamente como uma função diferenciável de 𝑥 de forma que o método da diferenciação implícita possa ser aplicado. Vamos ver como? Exemplo 1 - Obtenha 𝑑𝑦 𝑑𝑥 , dada a equação 𝑦2 − 𝑥 = 1 Primeiro vamos derivar ambos os lados da equação em relação a 𝑥 𝑑 𝑑𝑥 (𝑦2 − 𝑥) = 𝑑 𝑑𝑥 (1) 𝑑 𝑑𝑥 (𝑦2) − 𝑑 𝑑𝑥 (𝑥) = 𝑑 𝑑𝑥 (1) **Precisamos lembrar que 𝑦 é uma função de 𝑥, ou seja, 𝑦 = 𝑓(𝑥), então após derivar 𝑦 precisamos acrescentar 𝑑𝑦 𝑑𝑥 no resultado. Usando a regra da cadeia para derivar o termo 𝑦2 𝑑 𝑑𝑥 (𝑦2) = 𝑑 𝑑𝑦 (𝑦2) 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 2𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥 , acabamos de derivar 𝑦2 em relação a 𝑥. Voltando para a equação 𝑑 𝑑𝑥 (𝑦2) − 𝑑 𝑑𝑥 (𝑥) = 𝑑 𝑑𝑥 (1) , e derivando os termos restantes 𝑑 𝑑𝑥 (𝑥) e 𝑑 𝑑𝑥 (1), temos: • − 𝑑 𝑑𝑥 (𝑥) = −1 • 𝑑 𝑑𝑥 (1) = 0 Assim, 𝑑 𝑑𝑥 (𝑦2) − 𝑑 𝑑𝑥 (𝑥) = 𝑑 𝑑𝑥 (1) = 2𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥 − 1 = 0 Aplicação de derivadas 4 Agora precisamos deixar em função de 𝑑𝑦 𝑑𝑥 , logo 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 1 2𝑦 Exemplo 2 – Encontre 𝑑𝑦 𝑑𝑥 se 𝑥3 + 𝑦3 = 6𝑥𝑦 Primeiro derivamos ambos os lados de 𝑥3 + 𝑦3 = 6𝑥𝑦 em relação a 𝑥 , considerando 𝑦 como uma função de 𝑥 e usando a regra da cadeia no termo 𝑦3 e a regra do produto no termo 6𝑥𝑦. Assim derivando ambos os lados da equação: 𝑑 𝑑𝑥 𝑥3 + 𝑑 𝑑𝑥 𝑦3 = 𝑑 𝑑𝑥 6𝑥𝑦 3𝑥2 + 3𝑦2 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 6𝑦 + 6𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑥 ***Observe que precisamos derivar a função em relação a 𝑥 e também em relação a 𝑦, no termo 6𝑥𝑦, fizemos da seguinte forma: • 𝑑 𝑑𝑥 6𝑥𝑦 - Derivada de 6𝑥𝑦 em relação a 𝑥, primeiro deriva 6𝑥 e repete 𝑦, ficando 6𝑦, depois deriva 𝑦 em relação a 𝑥, ficando 6𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑥 ; • 𝑑 𝑑𝑥 𝑦3 - Derivada de 𝑦3 em relação a 𝑥 , então temos 3𝑦2 , e como estamos derivando 𝑦 em relação a 𝑦, precisamos acrescentar 𝑑𝑦 𝑑𝑥 no final, para informar que estamos derivando 𝑦 em relação a 𝑥, então 3𝑦2 𝑑𝑦 𝑑𝑥 . Voltando ao resultado da derivada da função 𝑥3 + 𝑦3 = 6𝑥𝑦 calculada anteriormente, 3𝑥2 + 3𝑦2𝑦′ = 6𝑦 + 6𝑥𝑦 = 𝑥2 + 𝑦2𝑦′ = 2𝑦 + 2𝑥𝑦 Deixando em função de 𝑦′, temos: Aplicação de derivadas 5 𝑦′(𝑦 2−2𝑥) = 2𝑦 − 𝑥2 𝑦′ = 2𝑦 − 𝑥2 𝑦2 − 2𝑥 Se quisermos ainda encontrar a reta tangente nos pontos (3,3), temos 𝑦′ = 2.3 − 32 32 − 2.3 = −1 Logo, a equação da reta tangente é: 𝑦 − 3 = −1(𝑥 − 3), 𝑜𝑢 𝑥 + 𝑦 = 6 Exemplo 3 – Encontre 𝑦′ se 𝑠𝑒𝑛 (𝑥 + 𝑦) = 𝑦2 cos 𝑥 Primeiro derivamos ambos os lados de 𝑠𝑒𝑛 (𝑥 + 𝑦) = 𝑦2 cos 𝑥 em relação a 𝑥, considerando 𝑦 como uma função de 𝑥. Vamos fazer por partes para ficar mais claro: • Derivada de 𝑠𝑒𝑛 (𝑥 + 𝑦) Aplicando a regra da cadeia e trigonometria, temos: 𝑠𝑒𝑛 𝑢 = cos 𝑢 . 𝑢′ Assim, cos(𝑥 + 𝑦) . (1 + 𝑦′) • Derivada de 𝑦2 cos 𝑥 Aplicando a regra cadeia e trigonometria, temos: 𝑦2. (−𝑠𝑒𝑛 𝑥) + 2𝑦𝑦′. 𝑐𝑜𝑠𝑥 Assim, cos(𝑥 + 𝑦) . (1 + 𝑦′) = 𝑦2. (−𝑠𝑒𝑛 𝑥) + 2𝑦𝑦′. 𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑦′ = 𝑦2𝑠𝑒𝑛 𝑥 + cos (𝑥 + 𝑦) 2𝑦 cos 𝑥 − cos(𝑥 + 𝑦) Aplicação de derivadas 6 1.2 DERIVAS SUPERIORES A derivada superior pode ser interpretada como uma taxa de variação da taxa da variação, ou seja, se 𝑓 for uma função derivável, então sua derivada 𝑓′ é uma função, logo 𝑓′ pode ter sua própria derivada, que podemos escrever como (𝑓′)′ = 𝑓′′. Essa derivada é conhecida como derivada segunda de 𝑓, pois é a derivada da derivada de 𝑓. A derivada segunda de 𝑦 = 𝑓(𝑥) pode ser escrita em notação de Leibniz, como: 𝑑 𝑑𝑦 ( 𝑑𝑦 𝑑𝑥 ) = 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 Ou ainda 𝑓′′(𝑥) = 𝐷2𝑓(𝑥). Podemos citar a aceleração como um exemplo clássico de derivada segunda: 𝑣(𝑡) = 𝑠′(𝑡) = 𝑑𝑠 𝑑𝑡 A aceleração 𝑎(𝑡) de um objeto é a taxa de variação instantânea da velocidade em relação ao tempo. Então a função aceleração é a derivada da função velocidade, portanto a derivada segunda da função posição é 𝑎(𝑡) = 𝑣′(𝑡) = 𝑠′′(𝑡) ou ainda, 𝑎 = 𝑑𝑣 𝑑𝑡 = 𝑑2𝑠 𝑑𝑡2 Vamos ao exemplo de derivada segunda. Exemplo 4 – A posição de uma partícula é dada pela seguinte equação 𝑠 = 𝑓(𝑡) = 𝑡3 − 9𝑡2 + 12𝑡 onde 𝑡 é medido em segundos e 𝑠 em metros. Encontre a aceleração no instante 𝑡 = 4𝑠. Aplicação de derivadas 7 Sabemos que a velocidade é a derivada da função posição, então vamos derivar a função posição 𝑠′ = 𝑣(𝑡) = 𝑑𝑠 𝑑𝑡 = 3𝑡2 − 18𝑡 + 12 E ainda, sabemos que a aceleração é a derivada da velocidade, ou seja a derivada segunda da função posição, então vamos derivar a derivada da função posição para encontrarmos a função aceleração 𝑠′′ = 𝑣′(𝑡) = 𝑎(𝑡) = 𝑑2𝑠 𝑑𝑡2 = 𝑑𝑣 𝑑𝑡 = 6𝑡 − 18 Substituindo 𝑡 = 4𝑠 𝑎(4) = 𝑑𝑣 𝑑𝑡 = 6.4 − 18 = 6𝑚/𝑠2 Temos também, a derivada terceira 𝑓′′, que é a derivada da derivada segunda, 𝑓′′′ = (𝑓′′), que pode ser interpretada como a inclinação da curva 𝑦 = 𝑓′′(𝑥), ou como a taxa de variação de 𝑓′′(𝑥). Podemos escrever a derivada terceira com notações alternativas, 𝑦′′′ = 𝑓′′′(𝑥) = 𝑑 𝑑𝑥 ( 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 ) = 𝑑3𝑦 𝑑𝑥3 = 𝐷3𝑓(𝑥) Ainda, esse processo pode ser continuado, e em geral podemos escrever a derivada n-ésima de 𝑓 da seguinte forma: 𝑦(𝑛) = 𝑓(𝑛)(𝑥) = 𝑑𝑛𝑦 𝑑𝑥𝑛 = 𝐷𝑛𝑓(𝑥) Aplicação de derivadas 8 1.3 A REGRA DE L’HÔPITAL Uma das aplicações de derivadas é a regra de L’Hôpital, que nos permite calcular certos tipos de limites, cujas indeterminações são do tipo 0 0 ou ∞ ∞ , aplicando as regras de derivação. Sejam 𝑓 e 𝑔 funções deriváveis e 𝑔′(𝑥) ≠ 0 próximo de um ponto 𝑎 , exceto possivelmente em 𝑎. Suponha que • lim 𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) = 0 e lim 𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) = 0 ou • lim 𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) = ±∞ e lim 𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) = ±∞ Desta forma temos uma forma indetermina do tipo 0 0 ou ∞ ∞ , então: lim 𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) = lim 𝑥→𝑎 𝑓′(𝑥) 𝑔′(𝑥) Se o limite do lado direito existir (ou é ∞ ou −∞). Exemplo 5 – Encontre lim 𝑥→1 ln 𝑥 𝑥−1 Aplicando as regras de limites podemos observarque lim 𝑥→1 ln 𝑥 = ln 1 = 0 lim 𝑥→1 (𝑥 − 1) = 0 Ou seja o lim 𝑥→1 ln 𝑥 𝑥−1 = 0 0 Podemos aplicar a regra de L’Hôpital, lim 𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) = lim 𝑥→𝑎 𝑓′(𝑥) 𝑔′(𝑥) Aplicação de derivadas 9 lim 𝑥→1 ln 𝑥 𝑥 − 1 = lim 𝑥→1 𝑑 𝑑𝑥 (ln 𝑥) 𝑑 𝑑𝑥 (𝑥 − 1) = lim 𝑥→1 1 𝑥 1 = lim 𝑥→1 1 𝑥 = 1 Exemplo 6 – Calcule lim 𝑥→∞ 𝑒𝑥 𝑥2 Aplicando as regras de limites podemos observar que lim 𝑥→∞ 𝑒𝑥 = ∞ e lim 𝑥→∞ 𝑥2 = ∞, então o lim 𝑥→∞ 𝑒𝑥 𝑥2 = ∞ ∞ Aplicando a regra de L’Hôpital, lim 𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) = lim 𝑥→𝑎 𝑓′(𝑥) 𝑔′(𝑥) , temos lim 𝑥→∞ 𝑒𝑥 𝑥2 = lim 𝑥→∞ 𝑒𝑥 2𝑥 = ∞ ∞ Aplicando novamente a regra de L’Hôpital, pois obtivemos mais uma indeterminação, obtemos lim 𝑥→∞ 𝑒𝑥 𝑥2 = lim 𝑥→∞ 𝑒𝑥 2𝑥 = lim 𝑥→∞ 𝑒𝑥 2 = ∞ 1.4 DERIVADA COMO TAXA DE VARIAÇÃO O limite usado para a definição de derivadas de uma função num ponto surge em diversas aplicações e uma das mais familiares é a determinação da velocidade de um móvel. Vamos supor que um objeto se desloca ao longo de uma reta e que conhecemos suas posições 𝑠 = 𝑠(𝑡) em função do tempo. Então o deslocamento do objeto no intervalo de 𝑡 a 𝑡 + ∆𝑡 é dada por ∆𝑠 = 𝑠(𝑡 + ∆𝑡) − 𝑠(𝑡) e sua velocidade média neste intervalo é dado por Aplicação de derivadas 10 𝑣𝑚 = 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑜 = 𝑠(𝑡 + ∆𝑡) − 𝑠(𝑡) ∆𝑡 = ∆𝑠 ∆𝑡 Para encontrarmos a velocidade do corpo no exato instante 𝑡, calculamos o limite da velocidade média no intervalo 𝑡 a 𝑡 + ∆𝑡, com ∆𝑡 tendendo a zero. Então, a velocidade do objeto no instante 𝑡 é denotada por 𝑣(𝑡) da seguinte forma 𝑣(𝑡) = lim ∆𝑡→0 ∆𝑠 ∆𝑡 = 𝑠(𝑡 + ∆𝑡) − 𝑠(𝑡) ∆𝑡 = 𝑠′(𝑡) Logo, a velocidade é a taxa de variação instantânea na função deslocamento. Lembram da definição de derivadas que estudamos?? Entendemos essas definições para uma função qualquer 𝑦 = 𝑓(𝑥), então: 1. A taxa média de variação de 𝑦 = 𝑓(𝑥) em relação a 𝑥 no intervalo [𝑥, 𝑥 + ∆𝑥] é: 𝑦𝑚 = 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥) ∆𝑥 2. A taxa de variação instantânea de y = f(x) em x é: lim ∆𝑥→0 𝑦𝑚 = lim ∆𝑥→0 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥) ∆𝑥 = 𝑓′(𝑥), desde que esse limite exista. Exemplo 7 – De um balão a 150m acima do solo, deixa-se cair um saco de areia. Desprezando-se a resistência do ar, a distância 𝑠(𝑡) do solo ao saco de areia em queda, após 𝑡 segundos, é dada por 𝑠(𝑡) = −4,9𝑡2 + 150. a. Determine a velocidade média do saco de areia no intervalo de 𝑡 = 0 a 𝑡 = 2 segundos. Aplicação de derivadas 11 𝑣𝑚 = 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑜 = 𝑠(2) − 𝑠(0) 2 = (−4,9. 22 + 150) − 4,9. 02 + 150 2 𝑣𝑚 = − 9,8𝑚 𝑠 b. Determine a velocidade do saco de areia quando 𝑡 = 2 𝑣(2) = lim ∆𝑡→0 𝑠(2 + ∆𝑡) − 𝑠(2) ∆𝑡 = 𝑠′(2) Derivando a função 𝑠(𝑡) = −4,9𝑡2 + 150, então, 𝑠′(2) = −9,8.2 = −19,6𝑚/𝑠 **Sugiro o estudo do texto complementar para finalizarmos o estudo das aplicações de derivadas. O texto complementar traz os problemas de otimização, em que iremos aprender a encontrar a melhor maneira de fazer alguma coisa! Aplicação de derivadas 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FACCIN, Giovani Manzeppi. Elementos de cálculo diferencial e integral. [livro eletrônico]. Curitiba: Intersaberes, 2015. FLEMMING, Diva Marília; Gonçalves, Buss Mírian. Cálculo A. [livro eletrônico]. São Paulo: Pearson, 2006. STEWART, James. Cálculo. Volume I. Edição 4. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
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