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JULIA MINODA | INTERNATO GO TUMORES OVARIANOS REVISÃO DA ANATOMIA - Córtex: camada externa. Presença de folículos em diferentes estágios. - Medula: tecido conjuntivo frouxo com fibras musculares e vasos. - Hilo: fibras nervosas e vasos sanguíneos. - Vascularização: artérias ovarianas, ramos da aorta abdominal. A etiologia dos tumores anexiais varia de acordo com a faixa etária e o período reprodutivo da paciente, podendo ser dividida em tumores pré-púberes, pré-menopausa, pós-menopausa e gestação. Pré-menopausa: > lesões benignas (⅔ dos tumores) Pré-púberes: as lesões malignas chegam a representar aproximadamente 25% dos casos. Gestantes: prevalência de cerca de 5% de massas anexiais no ultrassom de primeiro trimestre, com regressão espontânea em 71% a 89% dos casos. Pós-menopausa, 8%a 17% podem apresentar massas anexiais, sendo lesões suspeitas em 36% a 59% delas. - Os tumores malignos do ovário são os mais letais entre os ginecológicos. - Difícil diagnóstico, por isso menor chance de cura. - São a oitava causa de morte por neoplasia no sexo feminino. CLASSIFICAÇÃO DAS MASSAS OVARIANAS ➔ TUMORES NÃO NEOPLÁSICOS → CISTOS FUNCIONAIS ◆ Cisto Folicular Cisto Luteinicos JULIA MINODA | INTERNATO GO ◆ Cisto Endometriotico ◆ Cisto Tecaluteínico ◆ Ovários policísticos ➔ TUMORES NEOPLÁSICOS (PROLIFERATIVOS) ◆ Tumores epiteliais ● Cistoadenoma seroso → mais comum ● Cistoadenoma mucinoso ◆ Tumores de células germinativas ● Teratoma cístico maduro (Cisto dermoide) → benigno, + prevalente ● Disgerminoma Conduta básica: 1. Anamnese e exame físico 2. USGTV 3. Dopplerfluxometria 4. Marcadores tumorais (CA 125, CEA, testosterona, alfafetoproteína, CA 19-9 e estradiol). 5. Outros: TC, RNM - Exame pélvico bimanual ou a ultrassonografia transvaginal não tem acurácia significativa em mulheres assintomáticas SINAIS E SINTOMAS ➔ Geralmente nenhum ou poucos sintomas vagos e inespecíficos ➔ Dor pélvica, dismenorreia, dispareunia, distensão abdominal, sintomas dispépticos, alteração do padrão do hábito intestinal, SUA… ➔ Sinais que sugerem malignidade: emagrecimento, edema de membros inferiores, massas palpáveis de consistência sólida e pouco móveis, linfonodomegalias. Fatores de risco Os principais fatores de risco relacionados à neoplasia de ovário são: ➔ História familiar de neoplasia de mama ou ovário ➔ Presença de mutações dos genes BRCA1 e/ou BRCA2 ➔ Neoplasia de cólon hereditária não polipóide (síndrome de Lynch) ➔ Endometriose - pelo seu estado in amatório crônico e infertilidade associada ➔ Obesidade, tabagismo, nuliparidade, terapia de reposição hormonal e idade (>incidência com 60-65a) ➔ Raça branca ➔ Menarca precoce e menopausa tardia → mais exposição a hormonios JULIA MINODA | INTERNATO GO ➔ Tumores borderline: aumenta o risco de surgirem após estimulação ovariana na fertilização in vitro Fator de proteção ➔ AMAMENTAÇÃO ULTRASSOM USG OVÁRIOS NORMAIS CISTO FUNCIONAL Cisto simples, < 8cm, de contornos definidos e parede regular, com conteúdo unilocular JULIA MINODA | INTERNATO GO CISTOADENOCARCINOMA A: USTV evidenciando imagem tipicamente suspeita de malignidade. Massa heterogênea (setas), de contornos irregulares, conteúdo ecogênico heterogêneo. Doppler evidenciando vascularização no componente sólido da massa. B: Massa complexa irregular Dopplerfluxometria ➔ Aprimora o USG e reduz número de falso-positivos ➔ Diagnóstico diferencial entre lesões benignas e malignas ➔ Tumores malignos: - Neoangiogênese - Baixo índice de resistência - Baixo índice de pulsatilidade * Massas inflamatórias e cistos de corpo lúteo podem mimetizar suspeita de malignidade. MARCADORES TUMORAIS JULIA MINODA | INTERNATO GO TRATAMENTO 1. INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 2. PRÉ-MENOPAUSA ➔ Baixa probabilidade de malignidade nessa faixa etária ➔ Cisto< 5cm de diâmetro + níveis normais de CA 125 regridem dentro de 6 meses em 50% dos casos ➔ Acompanhamento clínico – se assintomáticas ➔ Cirurgia: dor intensa, suspeita de torção ou malignidade ➔ ACO: se recorrência – preferencialmente altas doses de estrogênio. Eficácia não comprovada. 3. PÓS-MENOPAUSA ➔ Cistos uniloculares < 5 cm e CA 125 normal:baixo risco ◆ Acompanhamento a cada 6 meses ou até resolução do cisto ➔ Tumores complexos < ou = 5 cm e CA 125 normal ◆ Reavaliação em um mês ➔ Tumores complexos < ou = 5cm + CA 125 elevado OU Tumor complexo > 5cm: alto risco ◆ Cirurgia imediata
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