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Terapêutica Cardiovascular Vet

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AGENTES INOTRÓPICOS POSITIVOS 
Inotropismo é um termo para se referir à 
capacidade de contração da musculatura 
cardíaca (miocárdio). 
EFEITO INOTRÓPICO POSITIVO significa que 
aumenta a força de contração do coração. 
EFEITO INOTRÓPICO NEGATIVO significa que 
diminui a força de contração, diminuindo o 
débito cardíaco. 
GLICOSÍDEOS DIGITÁLICOS 
Os glicosídeos cardíacos têm sido 
empregados há muitos anos no tratamento 
da insuficiência cardíaca. São agentes 
extraídos de folhas da dedaleira (Digitalis 
lanata ou D. purpúrea). 
A digoxina e a digitoxina são as preparações 
mais comumente usadas na veterinária. 
MECANISMOS DE AÇÃO 
INIBIÇÃO DA ENZIMA NA+K+ATPASE NA 
MEMBRANA DA CÉLULA DO MIOCÁRDIO: 
◦ redução no transporte de sódio para fora 
da célula favorecendo o aporte de cálcio 
através do mecanismo de troca de sódio-
cálcio. 
◦ aumento da contratilidade, tanto no 
coração normal, quanto no insuficiente 
EFEITOS ANTIARRÍTMICOS SUPRAVENTRICULARES: 
◦ aumentando o período refratário e 
diminuindo a velocidade de condução 
◦ redução da frequência cardíaca, do 
tamanho do coração, do volume sanguíneo 
e das pressões pulmonar e venosa 
CORREÇÃO DA INSUFICIÊNCIA E AUMENTO NO 
DÉBITO CARDÍACO: 
◦ ocorre melhora na perfusão renal 
◦ aumentam a diurese, reduções na pressão 
venosa e na resistência vascular sistêmica. 
FARMACOCINÉTICA: 
A absorção oral da digitoxina é mais 
previsível e completa (95%) que a da 
digoxina, resultando em melhor 
biodisponibilidade. 
A forma de elixir é melhor absorvida (75 a 
90%) que o comprimido (50 a 70%), tendo 
sido recomendadas reduções na dosagem 
em aproximadamente 25% quando a 
escolha for a primeira. 
As injeções intramusculares são dolorosas, 
de absorção imprevisível e frequentemente 
resultam em necrose muscular. 
A distribuição dos digitálicos no organismo é 
diferente, pois apenas a digitoxina é 
lipossolúvel, atingindo virtualmente todo o 
organismo. 
A digoxina não possui lipossolubilidade e 
não se distribui pelo líquido ascítico, a dose 
da deve ser calculada considerando-se uma 
redução de aproximadamente 15%. A meia-
vida da digitoxina no cão é de apenas 8 a 
12 horas, sendo necessárias três 
administrações diárias. A meia-vida da 
digoxina no cão é de 20 a 40 horas (com 
grande variação individual) por isso pode ser 
usada em duas administrações diárias. 
DISTRIBUIÇÃO E ELIMINAÇÃO: 
90% dos níveis sanguíneos em estado de 
equilíbrio são atingidos apenas após três 
administrações. 
São necessários 2 a 5 dias para atingir os 
níveis de equilíbrio após o início da terapia 
de manutenção. 
Um animal intoxicado com digoxina tem 50% 
da droga remanescente 20 a 40 horas após 
ter sido suspensa a terapia. 
A eliminação da digoxina ocorre por 
filtração glomerular e reduções na dosagem 
são requeridas em animais com esta função 
comprometida 
A digitoxina é uma opção nesta situação. A 
digitoxina é eliminada primariamente pelo 
fígado e não parece haver alteração nesta 
eliminação quando há comprometimento 
hepático. 
FELINOS 
Os felinos possuem uma grande 
variabilidade individual em relação à 
resposta farmacológica e clínica aos 
digitálicos, sendo facilmente intoxicados. 
A farmacocinética da digitoxina não é bem 
estudada no gato, mas sabe-se que a 
mesma possui uma meia-vida de 2,5 dias 
nesta espécie, contraindicando desta 
maneira seu uso em felinos. 
Para ambos os digitálicos, a formulação de 
elixir é pouco palatável e normalmente difícil 
de ser administrada. 
INDICAÇÕES 
Os digitálicos estão indicados no tratamento 
de todas as formas de insuficiência cardíaca 
congestiva (quando o seu coração não está 
bombeando sangue suficiente, resultando 
em acúmulo de fluido nas pernas, pulmões, 
abdômen e outros tecidos). 
Um grande número de pacientes 
controlados clinicamente e com ritmo sinusal 
podem descontinuar seu uso, sendo 
eficazmente controlados apenas com 
diuréticos e/ou vasodilatadores. 
São indicados também no controle da 
frequência ventricular elevada na fibrilação 
atrial e no tratamento da taquicardia atrial. 
TERAPIA DE DIGITALIZAÇÃO (CASOS GRAVES): uso 
de altas doses nas primeiras 48 horas, 
visando alcançar mais rapidamente os níveis 
de equilíbrio. Há risco de intoxicação. A 
digitalização usando dosagens de 
manutenção desde o início é o método 
preferido, pois minimiza as chances de 
intoxicação. 
◦ A dosagem é de 0,22mg/m2a cada 12 
horas para cães com mais de 20 kg, e 
0,011mg/kg a cada 12 horas para cães com 
menos de 20kg. 
◦ Para gatos pode-se utilizar ¼ do 
comprimido de 0,125mg a cada dois dias. 
A dosagem de digitálicos pode ser melhor 
ajustada pela avaliação da concentração 
medicamentosa sérica aproximadamente 
uma semana após o início da terapia. 
CONTRAINDICAÇÃO 
Em animais com doença pericárdica, 
miocardiopatia hipertrófica, estenose aórtica 
e arritmias ventriculares graves. 
Deve-se ter cautela com pacientes prenhes, 
lactentes e idosos, destacando-se que a 
ação dos digitálicos no coração dos fetos é 
duas vezes maior que nos adultos. 
Os digitálicos possuem baixo índice 
terapêutico e a intoxicação é frequente. 
Muitas situações clínicas predispõem 
intoxicação. 
PARA A DIGOXINA: a insuficiência renal (reduz 
a eliminação) hipo e hipertireoidismo 
(exigem respectivamente redução e 
aumento da dose), e pacientes geriátricos 
(ligação ao músculo esquelético) 
O peso corporal deve ser monitorizado 
frequentemente em pacientes com 
insuficiência cardíaca e as dosagens dos 
digitálicos ajustadas. 
CÁLCIO 
A hipocalemia tende a aumentar as 
concentrações de digitálicos do miocárdio e 
pode também contribuir para o 
desenvolvimento das arritmias cardíacas 
durante a intoxicação. 
Anorexia e uso de diuréticos são os fatores 
mais comuns que levam a esta hipocalemia. 
A hipercalcemia também pode complicar a 
intoxicação por digitálicos, potenciando a 
carga do cálcio celular e aumentando a 
automaticidade ventricular. Pacientes 
hipercalcêmicos ou aqueles recebendo 
suplementação de cálcio podem, portanto, 
estar predispostos a arritmias cardíacas 
durante a administração de digitálicos. 
SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO: a anorexia, 
depressão e/ou borborigmo são queixas 
iniciais frequentes, seguidas por náusea, 
vômito e diarreia. 
As arritmias cardíacas comumente 
acompanham a intoxicação por digitálico e 
podem contribuir para a mortalidade. 
Bradicardia com graus variáveis de bloqueio 
AV, taquicardia e, menos frequentemente, 
velocidades lentas de resposta ventricular à 
fibrilação atrial, são sinais de intoxicação 
digitálica. 
Animais com sintomas de intoxicação 
devem ter a administração de digitálico 
interrompida. Os níveis séricos e o paciente 
devem ser reavaliados e a terapia poderá 
ser reinstituída em dosagens reduzidas 
(geralmente 50%). 
CATECOLAMINAS 
Catecolaminas são compostos 
simpaticomiméticos. 
Todas possuem meia-vida sérica breve, 
geralmente menos de dois minutos, e sofrem 
intenso metabolismo hepático em sua 
primeira passagem após a administração 
oral. 
São indicadas, portanto, apenas para o 
tratamento a curto prazo da insuficiência 
cardíaca grave. 
AÇÕES GERAIS: aumenta a contratilidade 
miocárdica 
◦ dilata as artérias coronárias, provoca 
efeitos inotrópicos positivos 
◦ acelera a condução atrioventricular e 
aumenta a automaticidade (ação de 
marcapasso das células do nodo SA). 
DOPAMINA 
É um precursor da norepinefrina na via 
metabólica das catecolaminas. 
Dilata e aumenta o fluxo sanguíneo nos leitos 
vasculares renal, mesentérico, coronariano e 
cerebral. A droga é rapidamente 
metabolizada no trato gastrointestinal após 
administração oral, obrigando seu uso 
através de infusão endovenosa contínua. 
INDICAÇÕES 
•Tratamento de choque cardiogênico 
relacionado a anestésicos 
•Pacientes com depressão cardiovascular 
durante os esforços de ressuscitação 
• Tratamentoda insuficiência renal oligúrica 
aguda 
CONTRAINDICAÇÃO 
Em pacientes com fibrilação ventricular e 
taquiarritmias incorrigíveis (acelera a 
condução atrioventricular e aumenta a 
automaticidade). A dosagem da droga 
deve ser reduzida se aparecerem arritmias. 
Os efeitos colaterais são dose-dependentes, 
podendo ocorrer taquicardia, arritmias 
supraventriculares e/ou ventriculares, vômito, 
hipotensão ou vasoconstricção. 
A intoxicação é tratada efetivamente pela 
redução ou interrupção da infusão, pois a 
meia-vida é menor que dois minutos. 
DOBUTAMINA 
A dobutamina é um análogo sintético da 
dopamina e mais indicada pois propicia os 
mesmos efeitos inotrópicos positivos, mas não 
possui seus efeitos vasodilatadores e não 
causa maiores alterações na pressão 
sanguínea. 
 
INDICAÇÕES 
Pacientes com insuficiência cardíaca grave, 
causada ou complicada por insuficiência ou 
depressão do miocárdio. 
◦ superdosagem anestésica 
◦ anormalidades metabólicas graves 
◦ depressão miocárdica seguida de parada 
cardíaca. 
CONTRAINDICAÇÃO 
A dobutamina está contraindicada em 
pacientes com estenose sub aórtica 
hipertrófica ou qualquer moléstia cardíaca 
caracterizada por hipertrofia ventricular que 
poderia resultar numa obstrução do fluxo. 
Deve ser usada com cautela em pacientes 
com fibrilação atrial, devendo estes ser 
previamente digitalizados. 
Os efeitos colaterais observados são similares 
aos decorrentes da administração da 
dopamina, taquiarritmias, vômito, nervosismo 
e convulsões (em gatos). 
A interrupção da droga é geralmente efetiva 
no alívio das arritmias ou outras 
manifestações tóxicas em 20 minutos, a 
menos que a superdosagem tenha resultado 
em dano permanente ao miocárdio. 
VASODILATADORES BALANCEADOS 
INIBIDORES DA ECA 
Os inibidores da ECA (enzima conversora da 
angiotensina) atuam bloqueando a 
conversão da angiotensina I em a 
angiotensina II. 
Esta última é um potente constritor arteriolar 
e venodilatador, que também funciona 
como estimulador da liberação de 
aldosterona pelo córtex da adrenal. 
 
 
 
ANG II 
◦ Aumento da pressão arterial 
(vasoconstrição e aumento do volume 
circulatório) 
◦ Hipertrofia vascular (proliferação da 
musculatura lisa endotelial) 
◦ Aumento da produção de radicais livres 
◦ Remodelação miocárdica – forma, 
composição e tamanho (hipertrofia, 
dilatação, acumulo de colágeno, morte 
celular e fibrose) 
INIBIDORES DA ECA AGEM: impedindo a ação 
vasoconstrictora da angiotensina II em veias 
e artérias (diminuição da pré-carga e da 
pós-carga) 
◦ reduzindo a retenção de sódio e água ao 
inibir secundariamente a liberação da 
aldosterona (diminuição dos efeitos 
sistêmicos). 
◦ Reduzindo a produção de radicais livres 
◦ Prevenindo a remodelação miocardia 
Inibidores da ECA são fundamentais nas 
fases iniciais da insuficiência cardíaca, por 
diminuírem a progressão da doença e 
prolongarem comprovadamente a 
sobrevida. 
FARMACOCINÉTICA: Aumentam o débito 
cardíaco e reduzem a resistência vascular 
sistêmica, normalmente sem alterações 
significativas na frequência cardíaca. 
Inibem a degradação das bradicininas 
(vasodilatação, aumento da 
permeabilidade, aumento da excreção de 
sódio), reduzem a liberação do hormônio 
antidiurético e diminuem a concentração 
das catecolaminas circulantes 
Secundariamente, os inibidores da ECA 
diminuem a perda de potássio induzida por 
diuréticos, na insuficiência cardíaca. 
A absorção oral é boa, mas a 
biodisponibilidade é reduzida em 30-40% se 
o estômago está cheio. 
A meia-vida plasmática é variável de 
acordo com a droga utilizada. Ocorre 
metabolismo hepático parcial e eliminação 
renal. 
INDICAÇÕES 
Tratamento da insuficiência cardíaca 
congestiva, hipertensão arterial sistêmica e 
hipertensão arterial pulmonar. 
Hoje em dia, três medicamentos desta classe 
são efetivamente usados em medicina 
veterinária, o captopril e o enalapril e mais 
recentemente o benazepril. 
TOXICIDADE E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
A hipotensão é uma complicação potencial 
da terapia pelo captopril, recomendando-se 
doses iniciais mais baixas. 
Anorexia, vômito, e diarreia, são efeitos 
colaterais que podem ocorrer. 
Os inibidores da ECA devem ser usados com 
cautela em pacientes com hiponatremia, 
insuficiência cerebrovascular ou coronária e 
anormalidades hematológicas. 
O enalapril tem sua meia-vida plasmática 
mais longa e frequência menor de efeitos 
colaterais, quando comparado ao captopril 
O benazepril é dez vezes mais potente na 
redução da pressão arterial quando 
comparada ao captopril e ao enalapril, sem 
ocorrência de taquicardia, sendo os efeitos 
colaterais menos comuns, aparecendo 
apenas em dosagem muito altas. 
VASODILATADORES ARTERIOLARES 
HIDRALAZINA 
A hidralazina é um dilatador arteriolar de 
ação direta, utilizado em casos de 
hipertensão arterial e pulmonar e 
insuficiência cardíaca congestiva. 
As ações diretas da hidralazina estão 
limitadas ao músculo liso arteriolar, havendo 
pouco efeito sobre as veias. 
Quando é usada para o tratamento da 
hipertensão em pacientes sem insuficiência 
cardíaca, a hidralazina aumenta a 
frequência cardíaca e o débito cardíaco. A 
droga é rapidamente absorvida após 
administração oral e metabolizada pelo 
fígado. 
INDICAÇÕES 
Indicada para a redução da pré-carga no 
tratamento adjuvante da insuficiência 
cardíaca congestiva em pequenos animais, 
particularmente se há insuficiência valvular 
mitral. É também usado no tratamento da 
hipertensão. 
TOXICIDADE E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
A hipotensão é a complicação mais comum 
e, quando ocorre, a droga deve ser 
interrompida por 24 horas e recomeçada 
com 50% da dose inicial. 
Diminuições na pressão sanguínea arterial 
também ativam o sistema renina- 
angiotensina-aldosterona, que podendo 
levar a retenção de líquidos, pelo que se 
recomenda sempre a associação a 
diuréticos. 
Outro efeito colateral relativamente comum 
é a taquicardia reflexa (redução na pressão 
sanguínea arterial). 
Alterações gastrointestinais (anorexia e 
vômito) algumas vezes ocorrem durante a 
terapia pela hidralazina, podendo persistir 
mesmo com reduções nas doses. 
 Antiarritimicos 
LIDOCAÍNA 
A lidocaína age ligando-se aos canais 
rápidos de sódio quando estes estão inativos, 
inibindo a restauração das cargas após a 
repolarização. 
Esta ação encurta o período refratário, 
deprime automaticidade e suprime os focos 
ectópicos aceleradores, aumentando 
significativamente o limiar para a fibrilação 
ventricular no cão. Embora diminua a 
excitabilidade e condutividade ventriculares, 
não afeta a contratilidade do miocárdio, 
pressão sanguínea arterial sistêmica ou o 
período refratário absoluto quando 
administrado em dosagens terapêuticas. 
A droga não é efetiva para uso oral, pois 
seriam necessárias doses muito altas que 
levariam à intoxicação antes que os níveis 
terapêuticos fossem alcançados. 
Após a administração endovenosa, a ação 
é geralmente iniciada em 2 minutos, com 
duração de 10-20 minutos. A lidocaína é 
rapidamente metabolizada no fígado em 
metabólitos ativos e excretada pela urina. 
INDICAÇÕES 
Apesar de ser primariamente um anestésico 
tópico e local, a lidocaína é usada no 
tratamento imediato das arritmias 
ventriculares. 
O gato tende a ser mais sensível à lidocaína, 
sendo desaconselhado seu uso nesta 
espécie. 
Como antiarrítmico, deve-se utilizar a 
lidocaína sem vasoconstrictor (epinefrina ou 
outro), pois os efeitos concomitantes destes 
poderiam interferir no tratamento, causando 
alterações potencialmente perigosas 
dependendo do quadro clínico do animal. 
TOXICIDADE E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
A lidocaína está contraindicada em 
pacientes bloqueio do nodo SA, AV ou 
intraventricular. 
Deve ser usada com cautela em pacientes 
com doença hepática, ICC, choque, 
hipovolemia, depressão respiratóriagrave ou 
hipóxia. Se as dosagens forem mantidas em 
níveis terapêuticos, os efeitos adversos são 
raros. 
Os sinais de intoxicação incluem depressão, 
ataxia, náuseas, vômitos, tremores 
musculares e convulsão, que geralmente 
cedem logo após a interrupção da terapia. 
PROPRANOLOL 
O propranolol é um β-bloqueador não-
seletivo, bloqueando receptores β1 e β2 
adrenérgicos no miocárdio, brônquios e 
musculatura vascular lisa. 
OS EFEITOS CARDIOVAS CULARES INCLUEM: 
◦ diminuição da frequência cardíaca 
◦ depressão da condução AV 
◦ diminuição do débito cardíaco no repouso 
e durante o exercício 
◦ diminuição da demanda de oxigênio no 
miocárdio 
◦ diminuição do fluxo sanguíneo renal e 
hepático 
◦ redução da pressão sanguínea. 
A droga é bem absorvida pela via oral e, 
como os demais agentes cardioativos, tem 
metabolismo hepático e excreção renal 
INDICAÇÕES 
É usado primariamente em medicina 
veterinária como um antiarrítmico na terapia 
de: 
◦ complexos prematuros atriais, ventriculares 
e supraventriculares (diminuição da 
frequência cardíaca e depressão da 
condução AV) 
◦ taquicardias atriais ou ventriculares 
secundárias à digitalização e fibrilação atrial 
◦ melhora no desempenho cardíaco em 
animais com cardiomiopatia hipertrófica 
(diminuição da demanda de oxigênio no 
miocárdio e da FC). Tem sido usado também 
na hipertensão sistêmica. 
 
TOXICIDADE E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
Não deve ser usado em animais com asma, 
bradicardia, bloqueio cardíaco ou em 
pacientes com insuficiência cardíaca 
evidente e função deficiente do miocárdio. 
Outros efeitos colaterais potenciais são 
distúrbios gastrointestinais, fraqueza, 
distúrbios visuais, e trombocitopenia. 
DILTIAZEM 
É um bloqueador dos canais de cálcio de 
mecanismo ainda desconhecido. 
Leva a uma inibição da contratilidade 
cardíaca e da musculatura lisa, dilatando o 
sistema principal e as artérias coronarianas. 
Pressão sanguínea, resistência periférica total 
e pós-carga são reduzidas. A droga é bem 
absorvida pelo tubo digestivo e possui 
metabolismo hepático e excreção renal. 
INDICAÇÕES 
Tratamento da fibrilação atrial, taquicardias 
supraventriculares, cardiomiopatia 
hipertrófica e taquiarritmias atriais. 
TOXICIDADE E INTERAÇÕES MIOCARDIAIS 
O diltiazem está contraindicado para 
pacientes portadores de hipotensão grave, 
bloqueio AV e congestão pulmonar. 
Deve ser usado com cautela em pacientes 
geriátricos, portadores de insuficiência 
cardíaca ou alterações hepáticas ou renais. 
A experiência clínica é limitada a cães e 
gatos, sendo que os efeitos adversos 
específicos nesta última espécie não foram 
bem descritos. 
Alterações no trato gastrointestinal, 
hipotensão, bloqueio cardíaco ou outros 
distúrbios de ritmo, efeitos no SNC, retenção 
urinária, elevações nos testes de função 
hepática e erupções cutâneas podem ser 
observados. 
 
 
AGENTES ANTICOLINÉRGICOS 
SULFATO DE ATROPINA 
A atropina é utilizada para o tratamento de 
bradicardias sinusais, bloqueio ou parada 
sinusal e bloqueio AV. 
A droga é bem absorvida após a 
administração oral, injeções IM, inalação ou 
administração endotraqueal. 
Após administração IV, seu pico de ação é 
atingido em 3 a 4 minutos. A atropina é 
metabolizada no fígado e excretada na 
urina. 
ESTÁ CONTRAINDICADA EM PACIENTES COM: 
◦ glaucoma 
◦ taquicardias secundárias a tireotoxicose ou 
insuficiência cardíaca 
◦ isquemia aguda 
◦ doenças obstrutivas no trato 
gastrointestinal, íleo-paralítico, colite 
ulcerativa grave 
OS EFEITOS COLATERAIS SÃO DOSE-DEPENDENTES 
E PODENDO SER OBSERVADOS: 
◦ disfagia, constipação, vômito 
◦ sede, retenção urinária 
◦ Ataxia 
◦ depressão respiratória, convulsão, 
excitação 
◦ visão nublada, dilatação da pupila, 
cicloplegia, fotofobia 
◦ taquicardia sinusal 
 
 
 
 
 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
DIETA COM BAIXO TEOR DE SÓDIO: 
Dietas com baixo teor de sódio podem ser 
efetivas na diminuição do volume sanguíneo 
e na 
redução da congestão e edema, 
especialmente nas insuficiências cardíacas 
de grau médio a moderado. Infelizmente, 
muitas dessas formulações não são muito 
palatáveis e, como resultado, o proprietário 
e especialmente o animal as rejeitam. 
Substitutos de sal contendo cloreto de 
potássio podem ser adicionados para tentar 
melhorar o sabor. 
Dietas comerciais que contém um baixo teor 
de sódio (30 a 50 mg/100 g de peso seco) 
têm sido o mais apropriado para animais, 
principalmente na insuficiência grave. 
Atualmente, existem duas boas dietas 
comerciais indicadas para os pacientes 
cardiopatas, 
PurinaCNM- CV e Hills h/d. 
SUPLEMENTAÇÃO COM L-CARNITINA: 
A l-carnitina é encontrada em altas 
concentrações no coração e musculatura 
esquelética dos mamíferos. 
Concentrações adequadas de l-carnitina 
são necessárias para o metabolismo dos 
ácidos graxos, especialmente os de cadeia 
longa que são os mais importantes 
quantitativamente para a produção de 
energia requerida pelo miocárdio. 
O mecanismo pelo qual a deficiência de l-
carnitina ocorra em cães com 
miocardiopatia dilatada (MCD) é 
desconhecido. 
O composto é extremamente seguro e com 
mínimo risco para saúde do paciente, uma 
vez que o único efeito adverso registrado é 
uma discreta diarreia. 
 
SUPLEMENTAÇÃO COM TAURINA: 
A taurina é uma ácido aminos sulfônico 
necessário para o funcionamento das 
estruturas normais do miocárdio e da retina. 
A deficiência de taurina tem sido associada 
à insuficiência reversível do miocárdio em 
felinos. 
Não está esclarecido se baixos níveis 
plasmáticos de taurina provocam 
miocardiopatia com dilatação ou se eles 
facilitam a ação de outros fatores etiológicos 
na gênese desta moléstia. Baixos níveis 
plasmáticos de taurina ocorrem em gatos 
alimentados com rações caninas 
Não foram observados efeitos colaterais, 
contraindicações ou interações 
medicamentosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Raphaela Barbosa 
 @vetraphastudies 
 
 
 
 
 
	AGENTES INOTRÓPICOS POSITIVOS
	GLICOSÍDEOS DIGITÁLICOS
	Mecanismos de ação
	Inibição da enzima NA+K+ATPase na membrana da célula do miocárdio:
	Efeitos antiarrítmicos supraventriculares:
	Correção da insuficiência e aumento no débito cardíaco:
	Farmacocinética:
	distribuição e eliminação:
	felinos
	Indicações
	contraindicação
	Cálcio
	CATECOLAMINAS
	Dopamina
	Indicações
	Contraindicação
	Dobutamina
	Indicações
	Contraindicação
	VASODILATADORES BALANCEADOS
	Inibidores da ECA
	Indicações
	Toxicidade e interações medicamentosas
	VASODILATADORES ARTERIOLARES
	Hidralazina
	Indicações
	Toxicidade e interações medicamentosas
	Lidocaína
	Indicações
	Toxicidade e interações medicamentosas
	Propranolol
	Indicações
	Toxicidade e interações medicamentosas
	Diltiazem
	Indicações
	Toxicidade e interações miocardiais
	AGENTES ANTICOLINÉRGICOS
	Sulfato de atropina
	Está contraindicada em pacientes com:
	Os efeitos colaterais são dose-dependentes e podendo ser observados:
	RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
	DIETA COM BAIXO TEOR DE SÓDIO:
	SUPLEMENTAÇÃO COM L-CARNITINA:
	SUPLEMENTAÇÃO COM TAURINA:

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