Prévia do material em texto
A Contribuição do Psicopedagogo no Contexto Escolar Lenir dos Santos Oliveira 1 lenir_oliveira91@hotmail.com Valdenor Santos Oliveira (FCSGN)2 sassadenovo@hotmail.com Resumo: O presente artigo constitui-se do tema: A contribuição do Psicopedagogo no Contexto Escolar, com os subtemas: O papel do Psicopedagogo na Sociedade, O Psicopedagogo Institucional. O seu Papel no Planejamento Escolar e a Participação da família no processo de ensino aprendizagem da Criança. O mesmo constitui em ressaltar a importância do psicopedagogo na escola. Para a realização do estudo foi estabelecido uma pesquisa bibliográfica com objetivo de embasamento teórico, a partir de artigos e textos dispostos em apostilas, revistas e sites. Os autores dos mesmos fazem referencia a teóricos como Médici, Valadão, Bossa, Vasconcelos, Fernandez e Cury. A psicopedagogia constitui- se á principio da composição de dois saberes, psicologia e pedagogia, visto que esta é uma ciência que estuda o processo de aprendizagem humana, sendo o objeto o ser humano e o processo de construção do conhecimento. Dentre as competências do psicopedagogo no ambiente escolar cita-se contribuir para que haja uma boa comunicação entre escola, aprendente e família, favorecendo um clima de confiança e estabelecendo um elo constitucional. Palavras-chaves: Aprendizagem; Psicopedagogo; Ambiente Escolar. Abstract:. This article constitutes the theme: The contribution of the educational psychologist in the school context, with sub-themes: The role of the educational psychologist in society, the educational psychologist Institutional, Your Role in School Planning and Child Participation. The same is to point out the importance of the educational psychologist in school. The educational psychology constitutes will principle of composition of two knowledge, psychology and pedagogy, since this is a science that studies the process of human learning, and the subject matter being in process of construction and reconstruction of knowledge. The educational psychology refers to a knowledge and know-how, ace subjective and relational conditions, especially family and school, inhibitions, delays and deviations from the subject or group to be diagnosed. Among the educational psychologist skills in schools can cite to contribute so that there is good communication school, learner and family, favoring a climate of trust and establishing a constitutional link. Keywords: learning; educational psychologist; School environment. 1. INTRODUÇÃO 1 Lenir dos Santos Oliveira, Licenciada em Letras e Respectiva Literatura (UNICIC, Colíder – MT, 2014). Professora da Rede Municipal de ensino do Município de Terra Nova do Norte – MT. E-mail: lenir_oliveira91@hotmail.com. 2Valdenor Santos Oliveira, Licenciado e Bacharel em Educação Física (UNIJUI, Ijuí - RS, 2006), mestre em Educação pela UFMT e atualmente professor da rede Estadual de ensino do Estado de Mato Grosso e da Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte (FSCGN). E-mail: sassadenovo@hotmail.com. Julho de 2015. O presente artigo trata da importância do psicopedagogo no contexto escolar, numa relação de aprendizagem, aprendente, instituição e família. Para a realização do estudo foi estabelecido uma pesquisa bibliográfica com objetivo de embasamento teórico, a partir de artigos e textos dispostos em apostilas, revistas e sites. Os autores dos mesmos fazem referencia a teóricos como Médici, Valadão, Bossa, Vasconcelos, Fernandez e Cury. Numa investigação especifica objetiva-se saber como as famílias e a escola podem trabalhar juntas para desenvolver todas as habilidades da criança. As famílias podem tornar-se parceiras da escola agindo de forma consciente, através de atitudes e mudanças para que as potencialidades de seus alunos sejam preservadas e respeitadas, no que concerne a escola, esta por sua vez pode tornar-se pró ativa, valendo-se das contribuições do psicopedagogo para estreitar esta parceria através de palestras e esclarecimentos sobre o tema. Objetiva se falar sobre a contribuição do psicopedagogo no ambiente escolar, e os envolvidos de forma direta ou indireta. Saber como as crianças, podem agir de forma a contemplar todas as suas habilidades, respeitando seus limites e valorizando suas produções. Quanto aos objetivos específicos tende a discorrer sobre o papel do psicopedagogo institucional, o seu papel no planejamento escolar e a participação da família no processo de ensino e aprendizagem da criança. As causas que levam a realização deste estudo foi perceber que a família tem um papel importantíssimo além da educação de valores e culturas próprias, este papel estende-se a educação escolar, entendendo e apoiando o filho em seu ingresso escolar, dando-lhe suporte, pois: Educar é acreditar na vida, mesmo que derramemos lagrima. Educar é ter esperança no futuro, mesmo que os jovens nos decepcionem no presente. Educar é semear com sabedoria e colher com paciência. Educar é ser um garimpeiro que procura os tesouros do coração (CURY 2003, p.5 apud FERREIRA.). O psicopedagogo institucional esta apto a trabalhar na área da educação, oferecendo suporte aos professores e aos demais profissionais da unidade escolar para melhoria no processo de ensino aprendizagem. O psicopedagogo considera a intervenção junto ao professor um processo de parceria que possibilita uma aprendizagem enriquecedora. Também é a sua participação em reuniões de apoio, esclarecendo o desenvolvimento dos filhos, em conselhos de classes, avaliando a metodologia, no ambiente escolar como um todo, analisando a relação professor e aluno, aluno e aluno, sugerindo atividades, buscando estratégias e apoio. Para a realização do estudo foi estabelecido uma pesquisa bibliográfica com objetivo de embasamento teórico, a partir de artigos e textos dispostos em apostilas, revistas e sites. Os autores dos mesmos fazem referencia a teóricos como Médici, Valadão, Bossa, Vasconcelos, Fernandez e Cury. 2. O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NA SOCIEDADE Ao psicopedagogo cabe saber como o ser humano se constitui ao longo do tempo. As transformações que ocorrem nas diversas etapas da vida. A forma pela qual produz e adquire conhecimento. Para este saber, o psicopedagogo precisa estar em constante estudo das teorias que lhe permitam aprender, bem como as leis que regem esse processo: as influências e as representações inconscientes que o acompanham, o que pode ser contrario e favorável. O psicopedagogo necessita saber o que é ensinar e também aprender. As metodologias educativas e os problemas estruturais que podem surgir no processo escolar causando transtornos. “Cabe o psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação. Já que no caráter assistencial, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos com que as professores, diretores e coordenadores passam repensar o papel da escola frente a sua docência e as necessidades individuais de aprendizagem da criança ou, da própria ensinagem.” (BOSSA, 1994, p. 23 apud SOARES). O centro da atenção do psicopedagogo é o modo de agir do sujeito frente às atividades, considerando as resistências, bloqueios e sentimentos de angustia. A habilidade do psicopedagogo está, portanto, na difícil missão de exercitar teoria e pratica. Este profissional ajuda na identificação e posteriormente na resolução dos problemas do processo de aprendizagem. O psicopedagogo tem a capacidade de lidar com as necessidades do processo de aprender. O psicopedagogo possibilita intervenção visando à solução dos problemas de aprendizagem tendo como enfoque aprendente oua unidade escolar no ensino publica ou privado. Realiza o diagnostico e intervenção psicopedagógico, utilizando métodos, instrumentos e técnicas próprias da psicopedagogia. O psicopedagogo deve ser um profissional que tem conhecimentos multidisciplinares, pois ao fazer uma análise, diagnosticar o aprendente, será necessário interpretar as diversas áreas, para compreender o quadro do mesmo e assim escolher a metodologia que melhor ira corrigir a falha no processo de aprendizagem do aluno. 2.1. O psicopedagogo institucional: o seu papel no planejamento escolar. A função do psicopedagogo no âmbito escolar é fazer uma análise das ações pedagógicas e sua participação no processo de aprendizagem do aluno. A psicopedagogia tem alcançado êxito nas diversas instituições, sejam elas escolas, hospitais e empresas. Seu papel é analisar os fatos que favorecem, intervêm, ou inibem a aprendizagem de uma unidade escolar. Sugere proposta para o desenvolvimento de intervenções a favor de melhorias. As escolas enfrentam grandes desafios: lidar com as necessidades de aprendizagem, sendo necessário também propor ajuda através de projetos favoráveis a mudanças que possam amenizar os problemas de aprendizagem dos aprendentes. Desse modo defende-se a importância do psicopedagogo institucional visto como um profissional instruído baseando-se na elaboração e analise profunda de uma situação concreta, no sentido de não apenas identificar possíveis perturbações no processo de aprendizagem, como também orientar, trazer novas metodologias para esta instituição conforme as necessidades de cada ser ou do grupo. Diante dessa situação problema é necessário o planejamento, ao qual pode ser amplamente compreendido, mas segundo Vasconcelos (2000, p.79) apud Soares: O planejamento enquanto construção transformação de representações é uma mediação teórica metodológica para ação, que em função de tal mediação passa a ser consciente e intencional. Tem por finalidade procurar fazer algo vir à tona, fazer acontecer concretizar, e para isso e necessário estabelecer as condições objetivas e subjetivas provendo o desenvolvimento da ação do tempo. A presença de um psicopedagogo no âmbito escolar é de suma importância, são amplas suas funções, segundo o Projeto de Lei nº 3124/97 como: Orientar os pais; Auxiliar os educadores e consequentemente a toda comunidade aprendente; Buscar instituições parceiras (envolvimento com toda a sociedade); Colaborar no desenvolvimento de projetos (oficiais pedagógicos); Acompanhar a implementação e implantação de nova proposta metodológica de ensino; Promover encontros socializadores entre corpo docente, discente, coordenadores, corpo administrativo e de apoio e dirigentes. Além de realizar uma orientação educacional, propor a intervenção no curriculum no PPP e nas formas de ensinar e de aprender do professor. O psicopedagogo pode contribuir para que haja uma boa comunicação entre escola e família, favorecendo um clima de confiança e estabelecendo um elo construtivo. Pois esse dueto nem sempre é harmônico, podendo esse profissional se deparar com situações conflitantes, tensas e pouco produtivas. O professor exerce a sua habilidade de mediador das construções de aprendizagem. Mediar e intervir para promover mudanças. Segundo Fernandez (1990, p. 62) apud Soares: A participação do professor, por inteiro, (corpo, organismo, inteligência e desejo) nessa relação, na sala de aula, no processo de ensino aprendizagem demanda a participação dos alunos também por inteiro. Organismo transversalizado pela inteligência e desejo, irá se mostrando em um corpo e é deste modo que intervêm na aprendizagem, já corporizado. É importante que fique claro que ao avaliar, o professor não pode focar só no aprendiz, mas também na aprendizagem. Para este processo não necessita do uso de provas e testes. Mas das atividades diversas como: trabalhos em grupos, exercícios, projetos e a observação do professor podem revelar muito além sobre a aprendizagem dos educandos, que as simples provas ou testes. O professor precisa trabalhar um processo de aprendizagem somativo, valorizando as qualidades, de seus aprendentes e mostrando para cada um deles a sua verdadeira potencialidade. As dificuldades encontradas no percurso servirão para torna-las fortes e ensinar a superar os desafios encontrados no caminho. 2.2. A participação da família no processo de ensino aprendizagem da criança. Desde o momento do nascimento a criança passa a fazer parte de um ambiente familiar onde estes são os responsáveis pelo desenvolvimento desta criança em seus aspectos físicos, psicológicos, afetivo, moral e cultural na sociedade. Desta forma por meio do contato humano, a criança vai suprindo as suas necessidades, inicia a construção de seus esquemas perceptuais, motores, cognitivos, linguísticas e afetivas. É também através da família que a criança faz ligações próximas, intensas e duradouras. A familiar é o pilar de desenvolvimento da criança onde cresce, atuando numa relação de convivência com os demais membros. Expõem seus sentimentos, experimentam as primeiras sensações expostas aos primeiros modelos de comportamento externo. Sendo por meio dela que se inicia o processo de formação de uma “base de personalidade” alem de funcionar como fator determinante no desenvolvimento da consciência, sujeito a influencias subsequentes. [...] Todo o seu progresso psicológico foi realizado, até então, através das relações outrem, principalmente os pais. De começo, a criança fundiu-se com as pessoas que rodeiam, identificou-se com ela com elas, foi invadida pela sua presença [...] (SOUSA E FILHO apud MÉDICI, 1962, p. 40). A participação da família é de suma importância no que concerne a aprendizagem pois é onde começa a apreensão do conjunto de determinações, processo esse que possibilita viver o universal de forma particular e, neste movimento construir-se. Acredite-se também que o afeto encontrado no seio familiar é visto como o elemento necessário para que o estudo cognitivo passe a operar, influenciando a velocidade com que se constitui o aprendizado. As cargas afetivas também são vistas como fonte no processo de aprendizagem. Pelo fato de a criança procurar a aprovação e amor dos outros semelhantes à mesma procura comportar-se como eles desejam, além de basear-se no comportamento deles. A família exerce significativa contribuição no processo de aprendizagem dos alunos. A atuação psicopedagógica se propõe a incluir os pais no processo de desenvolvimento de seus filhos, por intermédios de reuniões e possibilidades o acompanhamento do trabalho realizado junto dos professores, visto que cada aprendente apresenta uma necessidade diferente, uma expectativa deferente quando se relaciona com o outro. Neste ângulo: (VALADÃO, 1997, p. 8 apud SOUSA), diz: A escola se constitui num polo de referência e ampliação de uma identificação com a família para uma identificação mais geral com o grupo social e externo, ou seja, na construção da identidade do ser social. O seio familiar é o primeiro e mais importante meio socializador. Desta forma é o primeiro contexto no qual se desenvolve padrões de socialização em que a criança constrói sua primeira visão de aprendizado para relacionar com demais conhecimentos adquiridos e que vai refletir na sua vida escolar. 3. CONCLUSÃO O psicopedagogo estimula o desenvolvimento das relações interpessoais, estabelecendo as proximidades afetivas, o uso de metodologias eficazes. Busca a interação dos membros da instituição com o intuito de ampliar o olhar em torno do aluno e das circunstancias de produção de conhecimento, ajudando a superar os obstáculos que se interpõe ao pleno domínio dos instrumentos de decodificação do mundo. Percebe-se que a aprendizagem significa que ocorre na relação psicopedagógica, não se descreve apenascomo uma soma de conhecimento. É um processo que possibilita ao aluno usufruir de seus próprios sentimentos e conhecimentos. O auxilio desse profissional tem por objetivo fazer com que o conhecimento seja organizado pelo individuo, em vez de ser organizado para o individuo. Aprendizagem significativa consiste igualmente em adquirir conhecimentos e em aprender a pensar. Levar o individuo a capacidade de refletir, meditar e acrescentar sentido. O psicopedagogo no âmbito escolar deve promover a aprendizagem, garantindo o bem estar das pessoas em atendimento profissional. Atendendo estes indivíduos que apresentam diferentes dificuldades para aprender por diferentes causas, estando assim inaptos social ou pedagogicamente. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA. 1997. Projeto de Lei nº 3.124/97. Disponível em <http://www.abpp.com.br/projeto-de-lei-n-3124-97> Acesso em 18 julho 2015. FERREIRA, Caciara Reis. A importância da relação entre a família e a escola na educação infantil e o papel da ação do psicopedagogo. 2012. Disponível em < http://inseer.ibict.br/cafsj/index.php/cafsj/article/view/107/pdf> Acesso em 15 julho 2015. SOARES, Matheus. A contribuição do psicopedagogo no contexto escolar. Disponível em: <http://www.abpp.com.br/sites/default/files/126.pdf> Acesso em 16 julho 2015. SOUSA, Ana Paula de. FILHO, Mário José. Disponível em: A importância da parceria entre família e escola no desenvolvimento educacional. 2008. < http://www.rieoei.org/deloslectores/1821Sousa.pdf> Acesso em 16 julho 2015.