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11 04 Corrupção passiva

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Do Crime de Corrupção Passiva
Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Solicitar – iniciativa do funcionário público. 
Receber ou aceitar promessa – iniciativa do particular ou outrem → corrupção ativa.
Direta ou indiretamente – pode ser o próprio funcionário publico a receber ou se utilizar de um terceiro.
A vantagem indevida pode ser de qualquer tipo, não necessariamente patrimonial ou econômica. 
Crime doloso com especial fim de agir (que é obter para si ou para outrem vantagem indevida).
Admite o conatus (tentativa). Crime de ação penal pública incondicionada. Crime formal. 
Classificação doutrinaria 
CP própria vs. CP imprópria. 
Própria: finalidade de praticar ato injusto/ilícito 
Imprópria: visa à prática de ato legítimo. 
CP antecedente vs. CP subsequente.
Antecedente: em razão de uma ação futura.
Subsequente: recompensa por um fato já ocorrido.
CP política vs. CP administrativa. 
Política: se for praticada por agente político
Administrativa: por funcionário público comum 
Pequenas doações e presentes entregues a funcionários públicos configura o crime de corrupção passiva? 
1° corrente: NÃO, pois se aplica o principio da insignificância. Vai de encontro com a súmula n.599/STJ:
“O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública” 
2° corrente: NÃO, pois há ausência de dolo por parte do funcionário público. MAJORITÁRIA. 
3° corrente: SIM, pois o funcionário público deve se eximir a obter qualquer tipo de vantagem indevida no exercício da função. 
É possível a pratica de CP sem que haja CA?
SIM, se o particular não concordar com a solicitação da vantagem indevida pelo funcionário público. 
Entretanto, no que tange aos verbos “receber” e “aceitar promessa”, a corrupção passiva pressupõe a corrupção ativa. 
CP, Art. 333. Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Regra adotada pelo CP no concurso de pessoas 
Teoria monista ou unitária 
CP, Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade
Exceção pluralística. 
São dois crimes distintos para o corruptor e para o corrupto. Então, esses crimes de CP e AT são uma exceção pluralística a teoria monista/unitária. Adota-se a teoria pluralista ou pluralística. Não haverá o concurso de pessoas, então. 
Jurisprudência 
“O fato de o crime de corrupção passiva ter sido praticado por Promotor de Justiça no exercício de suas atribuições institucionais pode configurar circunstância judicial desfavorável na dosimetria da pena.” (STJ, REsp 1.251.621-AM, julgado em 16/10/2014) 
“A obtenção de lucro fácil e a cobiça constituem elementares dos tipos de concussão e corrupção passiva (arts. 316 e 317 do CP), sendo indevido utilizá- -las, para exasperação da pena-base, no momento em que analisados os motivos do crime – circunstância judicial prevista no art. 59 do CP.” (STJ, EDv nos EREsp 1.196.136-RO, julgado em 24/5/2017, Info 608) 
Primeira condenação da lava-jato no âmbito do STF. (STF, AP 996/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 29/5/2018 – Info 904). Caso: um deputado que intercedia junto ao Presidente da República para manter no cargo da Petrobras o diretor Paulo Roberto Costa e para tanto recebia dinheiro das empreiteiras.
Corrupção Passiva Exaurida 
Art. 317 – (...) § 1º A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
O funcionário pratica de fato o ato de CP para o qual tinha recebido vantagem indevida. 
CP privilegiada com prevaricação!
§ 2º Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Não há vantagem indevida pelo funcionário público.

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