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AULA 4 - CRIME DE FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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DIRETO PENAL 
ASSUNTOS: CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA 
CAPITULO I: 
CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONARIOS PÚBLICOS 
 
CRIMES FUNCIONAIS: 
São os crimes praticados no exercício de cargo, emprego ou 
função Pública e os equiparados, 
 
Subdividem-se em sujeitos ATIVOS e PASSIVOS 
 
SUJEITO ATIVO 
É o funcionário Publico. 
Admite o particular, porém em concurso com um servidor 
público, 
 
SUJEITO PASSIVO 
É o estado 
O particular de forma indireta 
O bem jurídico será a moralidade publica. 
CRIMES FUNCIONAIS: Subdividem-se em PRÓPRIOS e IMPRÓPRIOS 
 
PRÓPRIOS (PURO) 
Somente praticado por funcionário publico, pois existe fato 
semelhante que possa ser praticado por particular. 
Ex: Prevaricação 
 
 
 
IMPRÓPRIOS 
(IMPURO) 
Pode ser praticado por funcionário público e também por 
particular, pois possui correspondência semelhante que pode 
ser praticado por particular. 
Exemplo: 
 
FUNC. PÚBLICO X PARTICULAR 
Peculato apropriação  Apropriação indébita 
Peculato Furto  furto 
CONCEITO DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO 
 
 
ART. 327 DO CP 
“Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, 
quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce 
cargo, emprego ou função pública. Parágrafo único. Equipara-
se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou 
função em entidade paraestatal”. 
 
FUNÇÃO PÚBLICA 
Quem exerce função púbica: 
- O detentor de mandado eletivo, conselheiro tutelar, mesário, 
jurados, estagiários, trabalhador voluntário etc. 
 
OBS: 
O MUNUS PÚBLICO (é o tutor, curador, depositário 
judicial) - Não é considerado funcionário publico. 
FUNCIONARIO EQUIPARADOS (§1° DO ART. 327, CP). 
É o pessoal das entidades PARAESTATAIS: 
EX: 
SISTEMA “S”, COOPERATIVAS, ONG`S, OSCIPS ETC. 
OBS: 
“SE O CRIME FOR PRÁTICADO POR PESSOA COM CARGO DE CONFIANÇA, A PENA 
AULMENTA EM 1/3, (§2° DO ART. 327, CP)”. 
EXCETO: 
FUNCIONARIO DE AUTARQUIAS 
CRIMES FUNCIONAIS PRATICADOS POR PARTICULARES 
O Particular pode praticar crimes funcionais, porém em CONCURSO DE PESSOAS 
COM UM FUNCIONÁRIO PÚBLICO. 
PRÍNCIPIO DA INGIGNIFICANCIA NOS CRIMES FUNCIONAIS 
PARA O STJ Não se aplica o principio da insignificância. 
PARA O STF Em algumas situações se aplica o referido princípio. 
EM REGRA Não se aplica o princípio da insignificância a crimes contra a 
administração publica SÚMULA 599 DO STJ 
EM EXCEÇÃO Tanto o STJ quanto STF reconhecem a insignificância no crime de 
descaminho, no valor de até 20 mil. 
 
DIREITO PENAL 
ASSUNTO: CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO – PECULATO ART. 312 
ESPECIES DE PECULATO 
CRIMES VERBOS 
PECULATO 
APROPRIAÇÃO 
APROPRIAR-SE 
PECULATO DESVIO DESVIAR, o dinheiro a finalidade estranha a da Adm. 
PEULATO DE USO NÃO É CRIME 
PECULATO FURTO SUBTRAIR 
PECULATO CULPOSO CONCORRE PARA O CRIME DE OUTRA PESSOA 
PECULATO ESTELIONATO Apropria mas por erro de outra pessoa (dolo posterior) 
PECUL. ELETRÔNICO – A INSERIR, FACILITAR, ALTERAR e EXCLUIR. 
PECUL. ELETRÔNICO - B MODIFICAR, ALTERAR 
PECULATO 
 
CONCEITO 
Crime que consiste na SUBTRAÇÃO OU DESVIO, por abuso de 
confiança, de dinheiro público ou de coisa móvel apreciável, para 
proveito próprio ou alheio, por funcionário público que os 
administra ou guarda; abuso de confiança pública. 
EXISTEM TRÊS CLASSIFICAÇÕES DE PECULATO 
 
 
 
 
1 - PECULATO 
PRÓPRIO 
Art. 312 Caput 
 
 
PECULATO 
APROPRIAÇÃO 
- Se apropria de dinheiro, valor ou qualquer 
outro bem móvel em razão de seu cargo. 
- A apropriação, deve ter caráter definitivo. 
- O Servidor tem a posse do bem do bem móvel 
- O bem poderá ser particular ou público. 
 
 
 
PECULATO 
DESVIO 
- Quando o servidor, por ter acesso em razão do 
cargo, destina valores ou bens para uma 
finalidade estranha à administração pública. 
Obs.: de forma majoritária, ENTENDE-SE que 
há peculato desvio no que se restringe ao 
patrimônio, podendo ser MORAL, DE 
PRESTIGIO OU SEXUAL. 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA 
- Crime próprio 
- Crime Funcional impróprio 
- Doloso 
- Material 
- Admite tentativa 
- Crime instantâneo 
 - Ação penal Pública incondicionada 
2 - PECULATO 
IMPRÓPRIO 
 
Vide apostila parte 1 
 
3 - PECULATO 
CULPOSO 
É a imprudência, negligência ou imperícia do servidor e, assim, um 
terceiro praticou um crime. 
Ex: O servidor deixa uma porta aberta e vários equipamentos são 
furtados. Assim, ele pode ser responsabilizado por essa falha. 
 
Obs¹: §3° Se houver reparação do dano até transito em julgado da 
sentença, HAVERÁ, extinção da punibilidade. 
Obs²: se a reparação for posterior ao transito em julgado, havará 
diminuição da metade da pena. 
Obs³: Não há peculato de uso praticado por prefeito (o crime é 
peculato propriamente dito). 
PECULATO DE USO 
 
CONCEITO 
É uma construção doutrinária e jurisprudencial destinada 
essencialmente A DIFERENCIAR o agente que utiliza o bem 
infungível por um pequeno período (CONDUTA ATÍPICA) daquele 
que pretende dele se apoderar definitivamente. 
- Nunca será de uso quando envolver VALORES E DINHEIRO 
- haverá, se o bem for FUNGIVEL. 
- Não há peculato de uso praticado por PREFEITO, o peculato é normal. 
PECULATO FURTO 
 
CONCEITO 
É quando o servidor público furta algo para proveito próprio ou 
alheio, também por conta das facilidades do seu cargo. 
- Aqui o funcionário Publico não possui a posse do bem. 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA 
- Crime Funcional impróprio 
- Doloso 
- Material 
- Admite tentativa 
- Crime instantâneo 
 - Ação penal Pública incondicionada 
TANTO O PECULATO PRÓPRIO QUANTO O IMPRÓPRIO, SÃO CRIMES FUNCIONAIS 
IMPRÓPRIOS E TAMBÉM SÃO CRIMES PRÓPRIOS. 
PECULATO CULPOSO 
 
CONCEITO 
Ocorre por imprudência, negligência ou imperícia resultando em 
crime de outrem. Aqui a pena é mais branda porque não houve dolo 
na conduta. 
Ex. O policial que deixa a viatura aberta e o bandido foge e furta a 
arma. 
- É uma infração de menor potencial ofensivo 
§3 – Se houver reparação do dano até a sentença irrecorrível, haverá extinção da 
punibilidade. 
Se a reparação e posterior ao transito em julgado, haverá diminuição da metade da 
pena. 
PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM/ESTELIANATO ART. 313 do CP 
- O Verbo é: APROPRIA-SE por erro de outrem 
- Ele se apropria mas por erro de outra pessoa, mantem o outrem em situação de erro. O 
dolo é posterior a chegada da coisa, e se consuma com a sua posse. 
SUJEITO ATIVO: O Funcionário Público 
SUJEITO PASSIVO: É o Estado, mas indiretamente pode ser o particular. 
OBJETO DO CRIME: Dinheiro ou uma Utilidade econômica. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
DOUTRINÁRIA 
- Crime Funcional 
 - Crime próprio 
- Crime Material 
- Admite tentativa 
- Crime Doloso 
- Ação penal Pública incondicionada 
PECULATO ELETRÔNICO (ARTIGO 313-A) 
- O funcionário que insere dados falsos (ou faz alterações indevidas) em sistemas da 
administração pública, para benefício próprio ou de terceiros. 
- O Verbo é: INSERIR, FACILITAR a inserção, ALTERAR e EXCLUIR. 
SUJEITO ATIVO: O Funcionário Público AUTORIZADO. 
SUJEITO PASSIVO: É o Estado, mas indiretamente pode ser o particular. 
OBJETO DO CRIME: Dados e sistema informatizado ou banco de dados. 
 A vantagem indevida pode ser de qualquer ordem: patrimonial, moral, sexual etc. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
- Crime Funcional próprio (o particular não tem como praticar esse 
crime). 
DOUTRINÁRIA - Crime próprio 
- Crime Material 
- Admite tentativa 
- Crime Doloso 
- Ação penal Pública incondicionada 
PECULATO ELETRÔNICO (ARTIGO 313-B) 
- O Verbo é: MODIFICAR, ALTERAR, o sistema ou programa, sem autorização 
SUJEITO ATIVO: O Funcionário Público. 
SUJEITO PASSIVO: É o Estado, mas indiretamente pode ser o particular. 
OBJETO DO CRIME: É A a manipulação do próprio sistema e não apenas os dados 
 É crime formal, mas se gerar danos, aumenta-se a pena de 1/3 até a metade. 
 
DIREITO PENAL 
ASSUNTO: CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO – Art. 314 e 315 
EXTRAVIO, SONEGAÇÃO OU INUTILIZAÇÃODE LIVRO OU DOCUMENTO – ART. 314 
 Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão 
do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
VERBOS: Extravio, Sonegação ou Inutilização. 
- Só pode ser praticado por quem tenha a guarda do documento 
- CRIME DOLOSO 
- SUJEITO ATIVO: FUNCIONPARIO PÚBLICO 
- SUJEITO PASSIVO: ESTADO e indiretamente o particular 
- ADMITE TENTATIVA, se admite apenas nos dois primeiros núcleos. 
CRIMES PARECIDOS, MAIS COM TIPICAÇÃOESPECIFICA 
- Servidor em exercício junto à repartição tributária ou fiscal e que pratique a conduta 
mencionada (Art. 3º, I, Lei 8.137/1990 – crime contra a ordem econômica e tributária). 
 - Praticado por advogado ou procurador, haverá a prática do crime do art. 356, CP. 
EMPREGO IRREGULAR DE VERBAS OU RENDAS PÚBLICAS – 315 
Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei: 
 Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. 
CNDUTA DOLOSA 
OBJETO: Emprego irregular ou diverso de verbas públicas ou rendas da estabelecida 
em Leis orçamentarias ou especial 
CONSUMAÇÃO: Consuma-se o crime com a aplicação indevida das rendas ou verbas. 
CLASSIFICAÇÃO: FORMAL, INSTATANÊO, UNISUBJETIVO E PURISUBSISTENTE. 
AÇÃO PENAL: Publica Incondicionada 
 
 
DIREITO PENAL 
ASSUNTO: CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO 
CONSUSSÃO – ART. 316 
 - Ocorre quando um servidor público solicita alguma vantagem para si ou para 
terceiros, por conta do cargo que exerce na administração pública. 
O VERBO: Exigir 
Ex. 
“O policial militar flagra algum crime e, assim, em razão de sua autoridade, exige 
valores para que não registre o flagrante”. 
- Pode se caracterizar fora do exercício da função, Ex. (Férias, Licenças etc...) 
Obs: Caracteriza-se também a exigência antes da posse, desde que seja em razão da 
função. 
- A vantagem exigida pode ser de qualquer ordem. 
- Crime formal, (Se consuma na exigência, no exato momento) 
- se Houver pagamento da Vantagem, haverá mero exaurimento. 
- Possui dolo especifico, com especial fim de agir. 
CLASSIFICAÇÃO 
 - Crime Próprio 
- Crime Funcional Próprio 
- Admite tentativa 
- Ação Publica incondicionada 
- Pena de reclusão de 2 a 12 anos 
EXCESSO DE EXAÇÃO 
§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, 
quando devido, emprega na cobrança meio vexatória ou gravosa, que a lei não autoriza: Pena - 
reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de 
outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos: Pena - reclusão, de dois a doze 
anos, e multa. 
VERBO: EXIGIR 
1° - Cobrança indevida do tributo indevido 
2° Cobrança vexatória ou meio gravoso quando o tributo é devido. 
FORMA QUALIFICADA DO CRIME 
§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para 
recolher aos cofres públicos: 
 Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
 
DIREITO PENAL 
ASSUNTO: CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO 
CORRUPÇÃO PASSIVA – ART. 317 
VERBO: SOLICITAR/RECEBER/ACEITAR – “EXISTE MERO PEDIDO” 
É praticada pelo agente público que solicita ou recebe, para si próprio ou para outra 
pessoa de seu interesse, seja de forma direta ou indireta, alguma vantagem indevida por 
conta do cargo que ocupa. 
- No SOLICITAR a conduta do funcionário é ativa 
- No RECEBER e ACEITAR, a conduta é passiva, pois decorre diretamente de ação de 
terceiro. 
OBS: Na relação CORRUPÇÃO ATIVA E PASSIVA, à EXCEÇÃO a TEORIA MONISTA, 
aplicando-se a TEORIA PLURALISTA, ou seja, o particular responde por 
CORRUPÇÃO ATIVA e o funcionário por CORRUPÇÃO PASSIVA. 
 - Servidor aposentado não pratica corrupção nem concussão. 
- a vantagens pode ser de qualquer natureza 
CORRUPÇÃO PASSIVA PRÓPRIA 
- Quando o suborno é para o funcionário cometer alguma ilegalidade. 
CORRUPÇÃO PASSIVA IMPRÓPRIA 
- Quando é para funcionário praticar ato regular de seu dever. 
Ex. pagar para expedir alvará 
CLASSIFICAÇÃO: 
CRIME FORMAL, COM DOLO ESPECIFICO, CRIME FUNCIONAL PRÓRPIO,ADMITE 
TENTATIVA. 
- Na conduta SOLICITAR: Não admite forma tentada, salvo se for por escrito. 
- No ACAITAR, Não admite forma tentada. 
CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA (ausência de vantagem indevida) 
A prática desse crime decorre de pedido ou influência de terceiro 
VERBO: PRATICAR, DEIXAR DE PRATICAR E RETARDAR. 
- Na conduta DEIXAR DE PRATICAR – Omissivos Próprios 
- É uma infração de menor potencial ofensivo 
OBJETO: Ato de oficio (ATRIBUIÇÕES INERENTES AO CARGO) 
- Não admite tentativa 
 
 
DIREITO PENAL 
ASSUNTO: CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO 
 FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO– ART. 318 
VERBO FACILITAR 
- PODE SER: Tanto COMISSIVO quanto OMISSIVO 
- Adota-se a TEORIA PLURALISTA 
- Não há concurso de pessoas 
OBJETO: facilitação, não sendo necessário que seja consumado o contrabando ou 
descaminho. 
- CRIME FORMAL 
PREVARICAÇÃO – ART. 319 
- SATISFAÇÃO DE INTERESSE PESSOAL 
VERBO: RETARDAR (omissivo), DEIXAR DE PRATICAR (OMISSIVO), PRATICAR 
(COMISSIVO). 
- Nos verbos RETARDAR E PRATICAR, não de admite tentativa 
 
PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA – ART. 319-A 
Crime especifico para diretor de penitenciaria e ou agente público. 
VERBO: DEIXAR DE CUMPRIR 
- CRIME OMISSIVO PRÓPRIO, não admite tentativa. 
- Crime para reprimir o ingresso de celular nas penitenciárias 
CONDECENDÊNCIA CRIMINOSA – ART. 320 
É quando o superior hierárquico deixa de responsabilizar o SUBORDINADO 
- crime omissivo próprio 
- não admite tentativa 
VERBO: Indulgência (Pena, misericórdia, etc...) 
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA – ART. 321 
VERBO: PATROCINAR 
É a advocacia feita pelo funcionário publico em prol de particular, mesmo que não 
obtenha êxito. 
- CABE TANTO PARA DIREITO LEGITIMO e ILEGITIMO 
LEGITIMO: o Caput subtende que o interesse o interesse é LEGITIMO. 
ILEGITIMO: Prisão em Flagrante 
- ADMITE TENTATIVA 
 
DIREITO PENAL 
ASSUNTO: CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO 
 VIOLÊNCIA ARBITRARIA– ART. 322 
- PRATICAR VIOLÊNCIA, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la: 
 Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente à 
violência. 
ABANDONO DE FUNÇÃO - ART. 323 
- ABANDONAR cargo público, fora dos casos permitidos em lei: 
 Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. 
 
 § 1º - Se do fato resulta PREJUÍZO PÚBLICO: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 
 § 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na FAIXA DE FRONTEIRA: 
 Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
EXERCÍCIO FUNCIONAL ILEGALMENTE ANTECIPADO OU PROLONGADO - ART. 
324 
- ENTRAR NO EXERCÍCIO de função pública ANTES DE SATISFEITAS AS 
EXIGÊNCIAS LEGAIS, ou continuar a exercê-la, SEM AUTORIZAÇÃO, depois de saber 
oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso: 
 Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. 
VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL - ART. 325 
- REVELAR FATO de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em 
segredo, ou FACILITAR-LHE A REVELAÇÃO: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime 
mais grave. 
 § 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: 
I – PERMITE OU FACILITA, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de 
senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de 
informações ou banco de dados da Administração Pública; 
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 § 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: 
 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. 
 VIOLAÇÃO DO SIGILO DE PROPOSTA DE CONCORRÊNCIA - ART. 326 
- Devassar o sigilode proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o 
ensejo de devassá-lo: 
 Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa.

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