RO - RECURSO

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❖ 1º Lote: Núcleo de Prática Jurídica - NPJ | 10º Semestre/Turma 2001
COMPONENTES:
Ana Carla Corrêa Pimentel Araújo | Matrícula: 201802210301
Amanda Beatriz Porpino Pantoja | Matrícula: 201801102601
Rita	de	Cassia	Costa	e	Silva	| Matrícula: 201803152231
Magda Lígia Silva Teixeira Rego | Matrícula:
 201803208112
PEÇA: AÇÃO POPULAR 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA MMª
VARA DO TRABALHO DE CASTANHAL
Processo n. 0000654.50.2021.5.08.0106
CASA DA MOEDA LTDA., reclamado, ora recorrente, já devidamente qualificado nos autos, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência inconformada com a recorrida sentença por intermédio do(a) advogado subscrevente (Procuração ID.), com fulcro no art.
895, I da CLT, interpor:
RECURSO ORDINÁRIO
Nos autos da Reclamação Trabalhista movida por TÓQUIO, reclamante, ora
recorrida, já qualificada nos autos, de acordo com os fundamentos expostos nas razões.
I. DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
O respectivo apelo é interposto por parte capaz, legítima e interessada na reforma da decisão. Ademais, o recurso é cabível, adequado, tempestivo, com regular representação e satisfeito quanto ao preparo (vide anexo comprovante de pagamento de custas e do depósito recursal).
II. REQUERIMENTO
Requer-se ao Douto Juízo que, recebendo o presente recurso, encaminhe as razões anexas a instância superior - Tribunal Regional do Trabalho - para que haja reforma da sentença recorrida como medida de direito e de justiça.
Nestes termos,
Pede e aguarda deferimento.
Local, data.
ADVOGADO(A)
OAB/XX Nº XXXXXXX
RECURSO ORDINÁRIO
PROCESSO N. 0000654.50.2021.5.08.0106
RECORRENTE: CASA DA MOEDA LTDA.
RECORRIDO: TÓQUIO
ÓRGÃO DE ORIGEM: MMª VARA DO TRABALHO DE CASTANHAL
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ___ª REGIÃO
COLENDA TURMA JULGADORA
NOBRES DESEMBARGADORES
1. DA DEMONSTRAÇÃO DO PREENCHIMENTO DOS PRESSUPOSTOS DE
ADMISSIBILIDADE
1.1 PRESSUPOSTOS SUBJETIVOS
O recorrente, frente aos interesses postos em sede de interesse recursal, possui legitimidade para ter acesso ao duplo grau de jurisdição via recurso, posto que o mesmo configurou-se como parte e consubstanciou-se prejudicado ante o julgado do juízo a quo, para tanto, é juridicamente interessado na interposição do devido recurso.
Neste diapasão, a parte recorrente possui capacidade recursal assim como obteve capacidade processual para a sua manifestação nos autos descritos, assim, demonstrada a capacidade para afigurar com parte em sede de recurso ordinário para fins de reforma da decisão.
Ademais, o recorrido possui total interesse na interposição de recurso ordinário, posto que o referido recurso é útil a parte a quem poderá aproveitar em caso de reforma favorável ao recorrente, nesta via, o recurso, em prestígio ao duplo grau de jurisdição, tem como fulcro a necessidade de via de solução de interesses controvertidos na sentença para sua reforma decorrente do efeito substitutivo.
1.2 PRESSUPOSTOS OBJETIVOS
Destarte, em sede de pressupostos objetivos, necessário se faz a demonstração de que o recurso é cabível, como dito alhures, o recorrente mostra-se em desconformidade com a decisão posta em comento, pois contém diversos padrões que fogem da legalidade, consequentemente, acarreta inúmeros prejuízos a quem resta como recorrente da decisão, assim, cabe recurso para sanar essas desconformidades em que preza a decisão do juízo a quo.
O presente Recurso Ordinário tem um prazo peremptório de 8 dias, então é correto afirmar que o referido recurso é tempestivo para efeitos de acolhimento, pois sua interposição foi feita dentro do período compreendido nos oito dias da publicação da sentença, desta feita, resta configurado que o recorrente obedeceu o prazo prescrito e por isso não está sujeito a preclusão nestes termos.
É evidente que o Recurso Ordinário é o adequado para fins de reforma desta decisão em específico, ademais, em sendo a decisão proferida pela 100ª Vara do Trabalho de Maceió/AL é cediço o âmbito ordinário em que se irá perseguir, assim, o referido recurso é o adequado.
O recorrente, conforme procuração em anexo e ainda na procuração ID, assim está regularmente representado por seu advogado devidamente habilitado como dito alhures, conforme prescreve-se, não há óbice que impeça a apreciação do recurso ordinário neste sentido.
Porquanto, ainda se faz mister a demonstração de que o preparo foi devidamente constituído para se alcançar a apreciação do recurso ordinário, o que inclui o pagamento das custas processuais enquanto perdurou no que tange a decisão anterior (art. 789, 789-A, 790 e 790-A da CLT), e ainda o pagamento do depósito recursal na forma de garantir o juízo conforme entendimento da CLT (art. 899 da CLT).
2. MÉRITO RECURSAL
2.1 INEXISTÊNCIA DE GARANTIA PROVISÓRIA - CARACTERIZAÇÃO DE JUSTA CAUSA OBREIRA - CONDUTA INDEVIDA
Na sentença prolatada o Juízo afirmou não haver justa causa obreira, que inclusive a obreira era detentora de garantia provisória e que por isso a mesma iria dispor de reintegração ao posto laboral.
Outrossim, no depoimento pessoal da empregada, ela ainda afirmou realmente ter discutido com um funcionário da empresa e ter diferido dois socos e um chute no seu rosto. Episódio este ser inadmissível ante a conduta descrita, posto que tal ressentimento descrito pela mesmo não gera motivo plausível.
Frente às alegações e o depoimento da obreira resta claro a caracterização da justa causa obreira corroborado pelo art. 482, J, CLT. Assim, a decisão do Douto Juízo é desprovida de fundamento razoável, por isso requer-se o provimento do pedido de reconhecimento da justa causa obreira pelos fundamentos descritos.
2.2 POSSIBILIDADE DE REDUÇÃO DA JORNADA DE LABOR E A COMPENSAÇÃO DE HORÁRIOS - ACORDO INDIVIDUAL - SITUAÇÃO
EXCEPCIONAL - COVID/19
É bem verdade a força do art. 7º, XIII, CF/88, no entanto sendo a maior relevância no momento de situação excepcional gerada pela pandemia do COVID-19 é a da MP 1.045/21 que prescreve regramentos para a redução de jornada de trabalho em momento especial a anômalo.
Assim, a empresa agiu em conformidade com a MP descrita acima, uma vez que o motivo determinante foi a situação anormal da pandemia e dificuldades econômicas decorrentes dela. Desta forma a redução da jornada é legítima e necessária nos termos da MP
1.045/21 , art. 3º, II e 7º.
Ainda sobre a compensação de horas, a mesma também é possível após a reforma trabalhista, é de se olvidar que o art. 59, §5 da CLT é quem assevera tal premissa da compensação por acordo individual. Fato já conhecido nos autos do processo.
Portanto, pode ser compensada as horas em até 6 meses na forma do referido artigo e dos fatos já alegados, bem como a redução da jornada de trabalho em 50% por acordo individual no teor do art. 3 da MP 1.045/21.
Resta claro que a decisão prolatada afasta-se da aplicação das normas aos fatos descritos nos autos, para tanto, requer-se o provimento do pedido que reconhece a legitimidade da aplicação das normas acima descritas, outrossim, a mister reforma da decisão.
2.3. INTERVALO INTRAJORNADA DE 30 MINUTOS - PRESENÇA DE ACORDO COLETIVO DE TRABALHO
De certo que o art. 611-A, III da CLT possibilita a diminuição do intervalo intrajornada por meio de ACT, desta forma, conforme os fatos nos autos, bem como na contestação, é evidente que foi realizado acordo coletivo de trabalho para a diminuição do intervalo de 30 minutos.
Por esse motivo, reitera-se que pretende o provimento do pedido, uma vez que ofende o ACT formalizada pelos termos corretos, e consequentemente a reforma da decisão proferida.
2.4. INEXISTÊNCIA DE ASSÉDIO MORAL - AUSÊNCIA DE MOTIVOS
DETERMINANTES
Embora a reclamante tenha alegado assédio moral nos autos processuais é cediço que no depoimento pessoal a mesma afirma que seu nome apareceu por último por apenas uma única vez quanto ao atingimento das metas e que ainda a tabela foi enviada exclusivamente por e-mail da trabalhadora. Ademais, que não se lembra de um momento específico que seu superior, Sr. Gandía, tê-la comparada com animais.
Destarte,a indenização por danos morais torna-se infundada ante depoimento pessoal da reclamante e que, portanto, torna-se evidente a inexistência de danos morais em razão de assédio moral. Assim, requer- se a reforma do feito posto os fatos alegados.
3. PREQUESTIONAMENTO
Destarte, requer-se o prequestionamento real e explícito de tudo que foi pleiteado em sede recursal pelo recorrente em prestígio ao duplo grau de jurisdição, uma vez que mostra-se necessária sua utilidade futuras em caso de eventual discussão acerca da legitimidade dos julgados em âmbito ordinário.
4. PEDIDO RECURSAL
Ante todo o exposto, a Recorrente requer o conhecimento e o total provimento do
recurso ordinário para que haja a reforma da sentença, nos termos já fundamentados.
Eventualmente, reitera-se o pleito de prequestionamento, também nos termos já fundamentados.
Nestes termos,
Pede e aguarda deferimento.
Local, data.
ADVOGADO(A)
OAB/XX Nº XXXXXXX