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Resumo de pediatria HAM III - N1

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Pediatria
 
Aula 1 – Anamnese, exame físico e 
sinais vitais na pediatria 
Etapas da infância: 
• 0-28 dias: neonato 
• 29 a 2 anos: lactente 
• 2 a 7 anos: pré-escolar 
• 7 a 10 anos: escolar 
• 10 a 19 anos (19 anos, 11 meses e 29 dias): 
adolescente 
Periodicidade nas consultas: 
 Recém-nascido: primeira semana de vida 
 Lactente: mensal até 6 meses e trimestral até 
18 meses 
 Pré-escolar: semestral até 42 meses e anual 
até 7 anos 
 Escolar e adolesceste: anual 
 
Sinais vitais 
 
Anamnese recém-nascido 
Normalmente é guiada pelo criador, mas a partir dos 
5 anos você já pode começar a interagir com o 
paciente para que ele comece a ter autonomia a 
confiança durante a consulta. 
• Identificação 
• Queixa principal: deve ser escrito como foi 
relatado pelo paciente, nas mesmas palavras. 
Se for uma consulta de puericultura a queixa 
principal não existe, pois o quadro não é 
patológico normalmente, por isso é preciso 
avaliar o quadro de normalidade. 
• História da doença atual: aqui é feito um 
detalhamento da queixa principal, quando 
começou, fatores que melhoram e que pioram. 
• Revisão dos sistemas: de modo craniocaudal, 
fazendo perguntas ao responsável de todo o 
corpo 
• Antecedentes obstétrico e neonatal: qual o 
tipo de parto e demais consultas que já foram 
feitas. 
• Antecedentes familiares: observar possíveis 
doenças genéticas. 
• Antecedentes imunológicos: verificar a 
carteira de vacinação da criança se está tudo 
correto e se estão em dia. 
• Aleitamento: perguntar a mãe se está 
amamentando, quantas mamadas, como ele 
mama, etc. 
 
Exame físico no recém-nascido 
Antes do exame físico começar avalie o estado geral 
do bebe, a postura, o padrão respiratório, a vigília, 
estado de hidratação. 
• Antropometria 
• Pele 
• Cardiovascular 
• Respiratório avaliação de sinais de esforço 
respiratório como tiragem subcostal, 
Gemência e taquipneia 
• Genitália, mamilos e coto umbilical 
• Membros 
• Reflexos neurológicos 
Antropometria: 
Avaliar o comprimento, perímetro cefálico e peso do 
recém-nascido sempre comparando com o valor 
normal e levando em consideração a perda de 10% do 
peso ao nascer até o 15 dia de vida. 
Existem tabelas para todas as idades e é necessário 
avaliar 
Estatura alvo: 
A estatura ou altura alvo é usada para calcular o 
crescimento da criança seguindo o canal (percentil ou 
z-score) esperado para o potencial genético dela. Ela 
é calculada baseado na altura dos pais da criança, em 
centímetros. 
 
Pele: 
Avalia cor da pele, se tem edema, palidez, cianose e 
icterícia seguindo a tabela de nível de icterícia e 
explique se necessário a benignidade do eritema 
toxico 
 
 
Exame físico lactente, pré-escolar e escolar: 
Além da anamnese básica, nessa fase de intenso 
crescimento e desenvolvimento é necessário avaliar: 
• Gráficos de crescimento 
• Desenvolvimento neuropsicomotor 
• Prevenção de acidentes 
• Avaliação psicossocial 
• Sono, alimentação e rotina 
• Aqui já e possível interagir com a criança 
durante o exame físico 
 
Aferição da PA em criança 
Realizado em crianças acima de 3 anos, uma vez ao 
ano, ou em crianças menores de 3 anos quando tem 
algum fator de risco associado como mal formações 
renais, cardiopatias congênitas, prematuridade menor 
que 32 semanas e outras doenças associadas a 
hipertensão. 
Para iniciar a aferição de pressão é necessário 
primeiro encontrar o manguito correto:: 
Ter largura de 40% da circunferência do braço no 
ponto médio entre acrômio e olecrano. 
Classificação da PA: 
 
Diagnósticos de normalidade: 
Utiliza-se as curvas de referência da OMS para dar 
os diagnósticos de normalidade da criança, isso é, 
dizer que a criança está dentro da normalidade, com 
crescimento normal, peso normal, etc. 
Escore Z: entre -2 e +2 o valor é normal 
 
 
 
 
 
Aula 2 – insuficiência cardíaca e 
pericardite na pediatria 
Insuficiência cardíaca 
• Não é algo que aparece com muita frequência. 
• A insuficiência cardíaca acontece quando o 
coração não consegue enviar para todo o 
organismo o oxigênio necessário para o 
funcionamento de todos os órgãos, pois de 
alguma forma, não consegue fazer o 
bombeamento do sangue na quantidade 
necessária para transportar O2. 
 
Causas da insuficiência cardíaca: 
1- Defeitos cardíacos congênitos: levam a 
sobrecarga pressórica ou volumétrica na 
presença ou ausência de cianose. 
2- Cardiomiopatias congênitas ou adquiridas por 
erros inatos do metabolismo, distrofias 
musculares, infecções, drogas, toxinas e 
doença de Kawasaki. 
3- Disfunção miocárdica após correção de 
defeitos cardíacos. 
A causa mais frequente de insuficiência cardíaca em 
crianças e lactentes são os defeitos cardíacos 
congênitos. Incidência de aproximadamente 8 a cada 
1000. 
 
 
Achados clínicos: 
Lactentes: taquipneia, taquicardia, dispneia as 
mamadas, hepatomegalia, ritmo de galope, 
cardiomegalia, dificuldade no ganho de peso e 
irritabilidade. 
Crianças: taquipneia, taquicardia, a manifestação típica 
é fadiga e intolerância ao exercício, falta de apetite e 
dificuldade de crescimento e desenvolvimento, 
distensão venosa com edema periférico. 
Adolescente: apresentam sintomas semelhantes aos 
adultos incluindo dispneia, taquipneia, fadiga, 
intolerância ao exercício, ortopneia (falta de ar em 
decúbito dorsal), dispneia paroxística noturna 
(despertar por falta de ar) e sintomas 
gastrointestinais (náuseas, vomito). 
 
No exame físico vai ser encontrado: 
• Taquicardia e taquipneia 
• Perfusão periférica ruim com extremidades 
frias e pele rendilhada, tempo de enchimento 
capilar prolongado >2 segundos e diminuição 
dos pulsos periféricos. 
• Ritmo de galope, presença de B3 
• Sinais de congestão pulmonar como esforço 
respiratório, retrações, Gemência. 
• Sopro sistólico 
• Turgência jugular 
• Hepatomegalia. 
• Edema periférico/ palpebral ou generalizado. 
Como determinar a hepatomegalia: 
1- Inspeção lateralmente e tangencialmente 
2- Percussão: o fígado é maciço e as vísceras são 
timpânicas, na linha M clavicular direita você 
vai delimitar a borda inferior e a borda 
superior 
3- Palpação: bimanual ou em garra. No recém-
nascido, a extensão da borda hepática por 
mais de 3,5 cm abaixo do rebordo costal na 
linha hemiclavicular direita 
sugere hepatomegalia. 
Reflexo hepatojugular 
Paciente deitado em 45 graus, você pressiona o 
hipocôndrio direito e vai ocorre a distensão da jugular 
 
Exames solicitados: 
Ecocardiograma: avaliação anatômica morfológica e 
funcional. PADRÃO OURO 
Raio x de tórax: cardiomegalia e sinais de congestão 
pulmonar como dilatação dos vasos pulmonares, 
redistribuição de fluxo sanguíneo para zonas 
superiores, edema intersticial, edema alveolar 
 
 
Classificação em graus de insuficiência cardíaca Ross 
 
Pericardite 
O pericárdio é constituído por uma dupla membrana 
que envolve o coração e a raiz dos grandes vasos e 
tem como função fixação do coração e proteção no 
contexto de infecção. 
Na pericardite há inflamação do pericárdio e pode 
acumular liquido nesse compartimento (derrame 
pericárdico), ou ocorre espessamento do pericárdio 
(pericardite constritiva), que podem perturbar a 
função do coração. 
 
Etiologia (causas) 
• Fúngica 
• Parasitaria 
• Bacteriana 
• Varial 
• Doenças do sistema imune 
• Doenças em órgãos adjacentes 
• Doenças metabólicas 
• Doenças neoplásicas 
• Trauma 
• Síndromes 
• Idiopática 
No exame físico pode ser encontrado: 
• Síndrome febril e quadro viral inespecífico 
• Dor precordial ou retroesternal de início 
súbito continua ou intermitente, dor pleurítica 
(ventilatório dependente), piora com 
inspiração profunda e melhora em posição 
genupeitoral ou abraçado com o travesseiro. 
• Tosse vômitos e dor abdominal. 
• Cansaço, dispneia 
• A dor pode simular uma síndrome coronariana 
Oque diferencia: 
• Atrito pericárdico: ocorre em 85% dos casos,som trifásico e tende a desaparecer com o 
aumento do derrame pericárdico 
• Sinal de ewart: compressão da base do 
pulmão esquerdo por um derrame pericárdico 
volumoso, macicez a percussão da área abaixo 
do ângulo da escapula esquerda, diminuição 
do murmúrio vesicular e presença de 
estertores crepitantes. 
Exames complementares: 
• Laboratoriais: leucocitose, pode ocorres 
aumento de VHS, PCR, troponina e CK-MB. 
• Ecocardiograma: espessamento da membrana 
pericárdica e eventual presença de liquido de 
efusão 
 
• Eletrocardiograma: supradesnivelamento 
difuso de segmento de ST, 
infradesnivelamento do segmento PR, QRS de 
baixa amplitude e taquicardia sinusal 
 
• Raio x: pode haver cardiomegalia, derrame 
pleura e calcificações. 
 
Em um estudo feito com 50 crianças com pericardite 
a forma de apresentação mais frequente foi a dor 
torácica em 35 doentes (75%), seguida da febre em 
13 (26%), do cansaço em nove (18%) e da dispneia em 
seis casos (12%). Prostração e sintomas 
gastrointestinais, como recusa alimentar e vômitos 
foram relatados pontualmente. 
Aula 3 – teste do coraçãozinho, 
cardiopatia congênita e exame 
cardiovascular 
Cardiopatias congênitas: 
 
A circulação fetal tem três shunts: 
1. Ducto venoso 
2. Forame oval 
3. Canal arterial 
Quando a criança nasce há o fechamento do forame 
oval e do canal arterial e o ducto venoso se altera e 
forma o ligamento venoso do fígado. 
A cardiopatia congênita é definida como uma 
alteração estrutural do coração ou dos grandes vasos 
que interfere ou vai interferir no funcionamento 
cardíaco. 
As manifestações clinicas ocorrem principalmente no 
primeiro mês mas o reconhecimento da doença pode 
ser feito em qualquer período da vida. 
Os neonatos e lactentes normalmente são 
encaminhados com sintomas de cianose, insuficiência 
cardíaca, sopro e arritmia. 
Em crianças maiores e adolescentes os sintomas 
podem ser tontura, síncope e dor precordial. 
Nas cardiopatias congênitas esses shunts da 
circulação fetal podem permanecer e ocasionar uma 
comunicação anormal entre compartimentos ou vasos 
sanguíneos. 
Esses canais anormais podem permitir o fluxo da 
esquerda para a direita ou vice versa e ocasionar 
mistura de sangue arterial e venoso. 
 
 
Cardiopatias com shunt da esquerda para a direita e 
hiper fluxo pulmonar 
Ocorre a mistura do sangue arterial da circulação 
sistêmica com o sangue venoso da circulação 
pulmonar, normalmente não estão associados a 
cianose 
 
Cardiopatias dependentes do canal arterial para o 
fluxo pulmonar 
As cardiopatias com circulação pulmonar dependente 
do canal arterial, é representado pelas cardiopatias 
em que existe obstrução crítica ou completa do fluxo 
do ventrículo venoso para a artéria pulmonar. Com isso, 
todo o sangue que chega aos pulmões depende da 
perviabilidade do canal arterial. 
 
Cardiopatias dependentes do canal arterial para fluxo 
sistêmico: 
As malformações cardíacas fetais deste subgrupo 
correspondem às obstruções graves ao fluxo arterial 
sistêmico: síndrome da hipoplasia do coração 
esquerdo, coarctação da aorta e interrupção do arco 
aórtico. Apresentam como característica comum a 
dependência da circulação sistêmica à perviabilidade 
do ducto arterioso. 
 
Cardiopatias dependentes do shunt interatrial 
A transposição das grandes artérias é a anomalia 
congênita em que as grandes artérias têm origem 
invertida dos ventrículos: a aorta, que deveria sair do 
ventrículo esquerdo, nasce do ventrículo direito 
enquanto a artéria pulmonar tem origem do ventrículo 
esquerdo. Devido a troca da posição destas artérias a 
circulação acaba ocorrendo em paralelo levando a 
uma situação em que o sangue pobre em oxigênio, 
que chega no átrio direito é levado para a aorta e, o 
rico em oxigênio retorna aos pulmões. 
Consequentemente, o sangue que chega em todo o 
corpo acaba apresentando um baixo teor de oxigênio 
levando a importante cianose 
 
Teste do coraçãozinho 
Tem como objetivo diagnosticar cardiopatia 
congênitas críticas com sensibilidade de 75% e 
especificidade 99% 
O exame é indicado para ser realizado em todos os 
recém-nascidos com mais de 34 semanas de idade 
gestacional. Além disso, é importante que seja feito 
entre 24 e 48 horas após o nascimento. Isso porque, 
no primeiro dia de vida, algumas alterações no 
organismo do recém-nascido podem atrapalhar o 
resultado 
Realizado a partir da oximetria de pulso do MSD e 
qualquer um dos membros inferiores. 
O teste é feito com um aparelho chamado oxímetro 
de pulso. Os sensores são colocados na mão direita e 
em um dos pés do bebê para medir a concentração 
de oxigênio no sangue arterial da criança 
 
Como ocorre o diagnóstico: 
 
Realizado entre 24 e 48 horas após o nascimento, 
coloca o oxímetro na mão direita e em um dos pés, 
se PO2 for menor que 95% ou a diferença entre os 
membros for maior que 3% faz uma nova avaliação, 
 
Exame clinico cardiovascular 
Anamnese: 
Completa com ênfase em: 
 Infecções maternas 
 Ingesta de medicamentos e drogas 
 Doenças maternas 
 Cianose, dispneia, baixo ganho de peso 
Exame físico: 
 Inspeção e sinais vitais 
 Inspeção e palpação precordial 
 Ausculta nos 4 focos cardíacos 
 
Sopro cardíaco: 
Vibração decorrente de alterações no fluxo sanguíneo 
 
A- Fluxo laminar 
B- Estenose 
C- Dilatação 
D- Obstáculo intraluminal 
Avaliação do sopro cardíaco na infância: 
Anamnese: 
 Uso de drogas nos 3 primeiros meses de 
gestação 
 história de parto 
 Má formações 
 Taquipneia 
 Cianose 
 Baixo peso 
 Hipertireoidismo 
 Sincope 
 Cansaço 
Exame físico: 
 Mas formações 
 Sintoma de hipofluxo 
 Pulsos 
 Pressão arterial 
 Sinais de IC 
 Caracterização de sopro 
 Ritmo cardíaco 
Sopro inocente: 
Sopro sem doença cardíaca, com características: 
 Estados hipercinéticos 
 Sistólicos, raramente contínuos, nunca 
diastólicos 
 Curta duração e baixa intensidade (1 a 3) 
 Sem frêmito ou ruídos acessórios 
 Área pequena, bem definida, sem irradicação 
 Bulhas normais 
 Radiografia e ECG normais 
Sopro patológico: 
Quando está associado a cardiopatia, nas cardiopatias 
congênitas acianóticas, tem características que 
podem auxiliar no diagnostico, não podendo 
diferenciar nas cardiopatias cianóticas. 
 Irradiação para outras áreas 
 Associados a ruídos cardíacos 
 Sintomas sugestivos de IC 
 Exames alterados, RX e ECG 
 
Classificação do sopro cardíaco: 
 Sistólico 
 Diastólico 
 Continuo 
 
Localização do sopro nos focos cardíacos: 
 localizando onde ele e mais audível 
 
Intensidade do sopro 
 Classificação de forma subjetiva de 1 a 6 
 5: possui frêmito 
 6: audível sem estetoscópio 
Conduta no sopro cardíaco na criança: 
Avaliar as características do sopro e sintomas 
associados, para encaminhar para o cardiopediatra ou 
suspender a alta hospitalar: 
 Intensidade acima de grau 2 
 Sopro holos sistólico 
 Apenas na diástole 
 Sopro continuo 
 Presença de frêmito 
 Síndromes genéticas ou más-formações 
 Sintomas associados 
 Precordio hiperdinâmico, arritmia, alteração 
de pulsos 
 Diferença de PA 
 Cianose ou sinais de IC 
 Ou quando tiver dúvida diagnostica 
Aula 4 – ética medica e documentos 
médicos 
Ética médica 
Moralidade: trata das convenções sociais a respeito do 
que é considerado como certo ou errado, a partir de 
um consenso implícito entre os membros da uma 
comunidade. 
Teoria ética: trata da análise da moralidade, do estudo 
e da compreensão da natureza e da função da 
moralidade. 
Ética medica: trata do estudo da moralidade aplicado 
a ética medica. 
Código de ética medica: orienta e cria normas de 
conduta para a pratica da medicina. 
 
Os quatro princípios da bioética são: 
1. Não maleficência 
2. Beneficência 
3. Autonomia 
4. Justiça 
Princípio da não maleficência: 
Esteprincípio abarca regras morais específicas, como, 
por exemplo, as de não matar; não causar dor ou 
sofrimento, incapacitação e ou ofensa a outros, 
e não despojar alguém dos prazeres da vida. 
Esse, estabelece que a ação do médico sempre deve 
causar o menor prejuízo ou agravos à saúde do 
paciente (ação que não faz o mal). É universalmente 
consagrado através do aforismo hipocrático primum 
non nocere (primeiro não prejudicar), cuja finalidade 
é reduzir os efeitos adversos ou indesejáveis das 
ações diagnósticas e terapêuticas no ser humano. 
• É a obrigação do médico de não infligir dano 
intencional ao paciente 
• Evitar intervenções que determinem 
desrespeito a dignidade do paciente como 
pessoa 
• Se uma pessoa já se encontra em mal estado 
é sensato que se evita ao máximo um dano 
maior, qualquer tipo de dano. 
Princípio da beneficência: 
O princípio da beneficência refere-se à obrigação 
ética de maximizar o benefício e minimizar o prejuízo. 
O profissional deve ter a maior convicção e 
informação técnica possíveis que assegurem ser o ato 
médico benéfico ao paciente (ação que faz o bem). 
Como o princípio da beneficência proíbe infligir dano 
deliberado, esse fato é destacado pelo princípio da 
não-maleficência. 
• Fazer o bem é um dever 
• Reconhecimento do bem supremo que é a 
vida humana e sua dignidade, que transcende 
seus aspectos materiais, qualquer que seja a 
situação biológica, econômica ou cultural em 
que o indivíduo se encontre. 
• Benefícios x danos. 
Princípio da autonomia: 
O princípio da autonomia requer que os indivíduos 
capacitados de deliberarem sobre suas escolhas 
pessoais, devam ser tratados com respeito pela sua 
capacidade de decisão. As pessoas têm o direito de 
decidir sobre as questões relacionadas ao seu corpo 
e à sua vida. Quaisquer atos médicos devem ser 
autorizados pelo paciente. 
• Autonomia significa a capacidade de se 
autogovernar. Para isso é necessário que o 
indivíduo seja capaz e tenha liberdade para 
agir intencionalmente. (seja capaz de tomar 
suas decisões de forma intencional e seja livre 
para isso). 
• O ser humano tem o direito de usufruir do 
seu livre arbítrio. 
• Deve se respeitar à vontade, valores morais e 
crenças de cada pessoa ou do seu 
representante legal. 
• Deve se reconhecer o domínio do paciente 
sobre sua vida 
• Sempre levar em consideração o grau de 
compreensão dos procedimentos médicos que 
o paciente tem e pode alcançar. 
• Qual o papel do médico para que o paciente 
compreenda a situação envolvendo a sua 
saúde. 
Circunstâncias especiais: 
• Incapacidade (psicológica, física) 
• Situações de urgência (vida x morte) 
• Doenças de notificação compulsória 
• Risco grave para a saúde de outras pessoas. 
Princípio da justiça: 
O princípio da justiça estabelece como condição 
fundamental a equidade: obrigação ética de tratar 
cada indivíduo conforme o que é moralmente correto 
e adequado, de dar a cada um o que lhe é devido. O 
médico deve atuar com imparcialidade, evitando ao 
máximo que aspectos sociais, culturais, religiosos, 
financeiros ou outros interfiram na relação médico-
paciente. Os recursos devem ser equilibradamente 
distribuídos, com o objetivo de alcançar, com melhor 
eficácia, o maior número de pessoas assistidas. 
• Justa distribuição dos bens e serviços para 
que o acesso seja o mais universal possível 
• Equidade é diferente de igualdade, o certo é 
ter equidade 
• Imparcialidade perante a cultura, etc. 
Documentos médicos 
Papeis nos quais o médico se comunica com terceiros 
no exercício profissional 
Tem valor de veracidade e fé pública (crédito que se 
deve dar a documentos emanados de autoridades 
públicas ou serventuários da justiça, em virtude da 
função ou ofício exercido.) 
É vedado ao médico: 
• Expedir documento medico sem ter praticado 
ato profissional que o justifique, que seja 
tendencioso ou que não corresponda a 
verda.de 
• Atestar como forma de obter vantagens 
• Usar formulários de instituições públicas para 
prescrever ou atestar fatos verificados na 
clínica privada. 
• Permitir o manuseio e o conhecimento dos 
prontuários por pessoas não obrigadas ao 
sigilo profissional quando sob sua 
responsabilidade 
• Deixar de fornecer laudo médico ao paciente 
ou seu representando legal quando aquele for 
encaminhado ou transferido para continuação 
do tratamento ou em caso de solicitação de 
alta. 
• Deixar de elaborar prontuário legível para 
cada paciente 
 
 
 
Receita médica 
• Receita simples 
• Receita especial carbonada 
• Receita tipo A: medicamentos entorpecentes 
(lista A1 e A2) e psicotrópicos (lista A3). 
• Receita tipo B: medicamentos psicotrópicos e 
anorexígenos (lista B1 e B2). 
Prontuário médico: 
• Documento constituído de uma conjunto de 
informações, sinais e imagens registradas 
sobre a saúde do paciente a assistência a ele 
prestada. 
• Possui caráter legal, sigiloso e cientifico. 
• Possibilita comunicação entre os membros da 
equipe multiprofissional e a continuidade da 
assistência. 
Elementos obrigatórios: 
• Identificação 
• Evolução (anamnese, exame fisco, hipótese 
diagnostica, exames com resultados e 
tratamento) 
• Registro com identificação 
• Data e hora e registro no conselho 
• Na emergência deve haver a descrição dos 
procedimentos realizados 
• Guarda por 20 anos 
• O preenchimento correto possibilita a defesa 
medica 
Laudo de exames 
• Traduz o pensamento e a opinião do 
especialista que realizou aquele exame. 
• Faz parte do diagnostico, mas não fornece o 
diagnostico em si 
Atestados 
• Clinico 
• Óbito 
 
 
 
Notificação: 
• Documento que impões uma ação de 
obediência a uma obrigação legal 
• Comunicar fatos a autoridades sanitárias 
• Doenças de notificação compulsória 
• Não fere o segredo medico 
 
Relatório 
• Descrição de diagnósticos e tratamentos 
• Devem ser fornecidos pelo médico assistente 
• Exemplo: relatório de alta hospitalar 
Laudos 
• Descrição minuciosa de um fato médico e 
suas consequências 
• Requisitada por autoridade competente 
• Não se trata de uma opinião medica, mas sim 
de fatos científicos fundamentados 
• Também é chamado de laudo pericial 
Pareceres 
• Resposta escrita a uma consulta formulada a 
autoridade medica, de comissão de 
profissionais ou de uma sociedade cientifica, 
com intuito de esclareces questões de 
interesse jurídico, feita pelas partes em um 
processo judicial 
• Objetiva interpretar e esclarecer dúvidas 
levantas em relação a um relatório médico 
legal. 
Ofícios 
• Comunicação com a justiça 
• Exemplo: nomeação, impedimentos e faltas 
Aula 5 - asma na infância 
A asma é uma doença inflamatória crônica que cursa 
em episódios recorrentes de tosse, sibilancia e 
dispneia devido a obstrução generalizada variável das 
vias aeres desencadeada por estímulos alérgicos ou 
não alérgicos 
É definida pela história de sintomas respiratórios tais 
como sibilancia, respiração rápida e curta, aperto no 
peito e tosse reincidentes. 
Bronco constrição → quadro obstrutivo → 
inflamação edema aumento de secreção 
 
Fatores de risco 
• Pais ou irmãos com asma persistente 
• Rinoconjuntivite alérgica, eczema, dermatite 
atópica, alergia alimentar, se enquadram no 
contexto de atopia. O termo atopia se refere 
a uma predisposição genética pessoal ou 
familiar que leva à produção de anticorpos 
chamados de imunoglobulina E (IgE) em 
resposta ao contato com alérgenos 
ambientais, tendo como resultado a 
apresentação de uma síndrome clínica, a 
tríade atópica, que inclui a asma, a rinite e a 
dermatite atópica 
• Teste cutâneo ou sorológico positivo para 
alérgenos inaláveis• Crises de broncoespasmo na ausência de 
virose respiratória. (broncoespasmo é como 
uma foto de uma dia de quadro, já a asma é 
um quadro acompanhado de mais de um 
episódio) 
• Bronquiolite ou pneumonia anterior grave 
• Prematuridade e baixo peso ao nascer 
• Doença de refluxo gastresofágico 
• Ambientais: moradia em grandes centros de 
poluição e infestação de baratas, exposição a 
poeira, uso continuo de ar condicionada, 
convivência com fumantes 
• Eosinófilos no sangue acima de 4% 
Deflagradores de crise (start da crise) 
• Contato com alérgenos 
• Infecção de vias aeres 
• Exposição a fumaça 
• Exercício físico 
• Uso de medicação 
• Ar frio e seco 
• Problemas emocionais 
Quadro clinico: 
• Tosse seca, curta e irritativa 
• Dispneia 
• Sibilos predominantemente expiratórios 
• Episódios recorrentes de sibilancia que 
correspondem aos broncodilatadores 
• Despertares noturnos 
• Esforço respiratório 
Passou disso já podemos começar a pensar em um 
problema secundário ou um quadro agravado 
Sinais de crise grave: 
• Uso de musculatura acessória 
• Cornagem 
• Movimento toracoabdominal paradoxal 
• Taquicardia 
• Tórax silencioso 
• Pulso paradoxal 
• Intolerância ao decúbito 
• Cianose, sudorese fria, palidez 
• Alteração do sensório, entrecortar de frases 
• Fadiga e exaustão 
• Expansibilidade diminuída 
• Hiper insuflação 
Diagnostico 
Essencialmente clinico, só pede exame com suspeita 
de outro quadro junto 
Nesses casos, pode se pedir: 
• Laboratoriais: na suspeita de infecção 
associada 
• Gasometria arterial: somente em casos graves 
• RX de tórax: achados discretos e inespecíficos 
de hiper insuflação, retificação dos arcos e 
espessamento peribronquico. Solicitar quando 
houver suspeita de infecção associada ou 
complicação. 
• Espirometria e Peak Flow (pico de fluxo 
expiratório) 
Antes da idade escolar o diagnóstico é difícil já que a 
sibilancia e tosse são comuns em crianças sem asma, 
desta forma, muitas vezes e possível apenas o 
diagnostico sindrômico de sibilancia recorrente, e com 
o seguimento até a idade escolar ou posterior para 
diagnóstico definitivo 
Critérios para o diagnóstico de asma: 
 
Tratamento da crise: 
Beta 2 agonista de curta duração + corticoide 
Beta 2 de curta duração: 
• Principal medida de reverter a obstrução do 
fluxo aéreo 
• Estimulam receptores de beta 2 musculares 
das vias aéreas e provocam relaxamento 
brônquico 
• Em crianças menores se utiliza a nebulização 
e não spray pois elas não conseguem fazer 
expiração forçada 
 
 
Corticoide: 
• Acelera a reversão da obstrução e reduz 
recorrência 
• Via oral preferencialmente 
• Manter de 5 a 7 dias 
 
Suporte ventilatório: 
• Oxigênio inalatório 4 l/min se saturação <92%, 
em cateter via nasal ou mascara Venturi. 
Desmame conforme tolerância. 
• Avaliar suporte ventilatório com ventilação não 
invasiva ou via aérea avançada caso houver 
sinais de insuficiência respiratória iminente ou 
sinais de gravidade 
 
Profilaxia das crises 
• Higiene ambiental – poeira, insetos, cigarro, 
polen, ácaros 
• Tratamento de manutenção, visa controle dos 
sintomas, a promoção de qualidade de vida e 
prevenção de exacerbação. 
• Corticoide inalatório profilático 
Aula 6 – tuberculose na infância 
Tuberculose é uma doença causada pelas bactérias 
com complexo micobacterium tuberculosis, podendo 
ocorrer em diversos sítios do organismo, sendo o mais 
comum na infância a tuberculose pulmonar, seguida 
de ganglionar e da meníngea. 
Epidemiologia: 
• O brasil se encontra em 16 lugar de incidência 
da doença. 
• Acredita-se que ocorra subnotificação devido 
ao subdiagnostico 
• No brasil, em 2013, 3,3% dos casos 
aconteciam em crianças, porem estima-se que 
esse número chegue a 10% 
 
Quadro clinico: 
• Menores de 5 anos vão ter sintomas 
respiratórios gerais 
• Entre 5 e 10 anos assintomático ou oligo 
sintomáticos (poucos sintomas) 
• Maiores de 10 anos: similar aos adultos 
 Principais sintomas: 
 
 
• Redução de apetite e perda de peso 
• Tosse persistente que não melhora 
• Febre acime de 38 graus que ocorre no final 
da tarde 
• Anorexia 
• Sudorese noturna 
• Hepatoesplenomegalia 
• Linfonodomegalia 
• Sintomas de hiperatividade principalmente 
conjuntivite 
Diagnostico: 
Baseado na clinica + exames de imagem + testes 
imunológicos 
Radiografia na TB pulmonar: 
• Adenomegalia hilares ou paratraqueais 
• Pneumonias com qualquer aspecto radiológico 
de evolução lenta, as vezes associadas a 
adenomegalias mediastinais, ou que cavitam 
durante a evolução. 
• Padrão miliar, infiltrado micro nodular difuso. 
 
 
RX em PA demonstrando opacidade localizada no 
terço médio direito, associada à massa linfonodal 
paratraqueal e hilar, do mesmo lado (“A”). 
Em “B”, RX em PA revela outro aspecto da doença 
caracterizado por opacidade no lobo superior 
esquerdo. 
Em “C”, observa-se opacidades confluentes 
caracterizando o padrão broncopneumônico. 
Em “D”, há extensa consolidação parenquimatosa à 
esquerda, com aerobroncograma, além de discreta 
opacidade no lobo superior direito (lesão cruzada). 
 
Radiografia em PA demonstrando disseminação 
canalicular e miliar da tuberculose, além de cavidade 
localizada no segmento 6 à esquerda. 
 
Teste imunológico 
Prova tuberculínica: 
Independente do tempo de vacinação da BCG, é 
positiva quando maior ou igual a 5mm ou menor que 
5mm. 
Reação de hipersensibilidade cutânea após a 
aplicação do PPD por via intradérmica, em que a 
leitura é realizada em 48 a 72 horas apos a aplicação, 
podendo ser estendido ate 96 horas. 
Avaliar a área endurecida, não hiperemia ou edema 
Outros exames: 
• Dosagem sanguínea de interferon gama: não 
é capaz de distinguir entre infecção e doença, 
custo elevado e resultados incertos em menos 
que 5 anos. 
• Teste molecular rápido para tuberculose e 
baciloscopia: identificam a bactéria, mas e de 
difícil coleta pois é através de escarro. 
• Lavado gástrico: duas coletas em dias 
subsequentes, com cultura para M. 
tuberculosis disponível. 
Diagnostico em crianças e adolescentes com 
baciloscopia negativa e teste molecular não 
detectado: 
Baciloscopia negativa e teste rápido também negativo 
é usado o quadro para diagnostico por meio de 
pontuação 
 
 
 
Vacinação – BCG 
Utilizada desde 1920 como medida preventiva para 
formas graves de tuberculose 
Indicações: 
• Crianças entre 0 – 5 anos de idade 
• Peso maior que 2 kg 
• Nenhuma pessoa deve ser vacinada após 5 
anos de idade 
Contraindicações: 
• Neoplasia maligna 
• Uso de corticoides em altas doses 
• Terapia imunossupressoras 
Esquema de vacinação: 
• Dose única, via intradérmica, no musculo 
deltoide direito 
• Pode ser administrada com outras vacinas 
Evolução da lesão da vacina: 
• 3-4 semanas: nódulo 
• 4-5 semanas: pústula 
• 6-12 semanas: formação de ulcera e posterior 
crosta 
Notificação: 
Doença de notificação consultoria 
A notificação deve ser feita pela clínica pública ou 
privada, ou até mesmo o laboratório que realizou o 
diagnostico 
Os dados presentes na ficha de notificação devem 
ser inseridos no SINAN. 
 
 
 
Tabela de PA 
1- Olhar a idade na vertical 
2- Olhar a estatura na horizontal 
3- Olhar PA sistólica 
4- Olha PA diastólica 
5- Comparar com o normal 
Considera sempre o maior valor, por exemplo se a 
sistólica deu entre P90 e P95 e a diastólica deu 
entre P95 e P95 + 12 mmhg, você vai considerar a 
diastólica para comparar na tabela 2.

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