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SUMÁRIO 1. Introdução ..................................................................... 3 2. Junções celulares ....................................................... 4 3. A matriz extracelular (mec) ..................................14 4. Degradação da matriz extracelular ...................26 Referências bibliográficas ........................................28 3MATRIZ EXTRACELULAR 1. INTRODUÇÃO Em um organismo multicelular, as cé- lulas podem ser unidas por meio de interações célula-célula ou se ligarem por meio dos materiais que elas se- cretam, mas, de uma forma ou de ou- tra, devem estar coesas para formar uma estrutura multicelular organiza- da. O mecanismo de coesão coor- dena a arquitetura do organismo, sua forma e o arranjo dos diferentes tipos celulares. As junções entre as células criam vias para a comunicação, permitindo que as células compartilhem sinais que estruturem seu comportamento e re- gulem seu padrão de expressão gêni- ca. As ligações entre células à matriz extracelular controlam a orientação da estrutura interna de cada célula. A formação e a destruição das ligações e a modelagem da matriz extracelular governam o modo como as células se movem no organismo, orientando-as durante o crescimento, o desenvolvi- mento e o reparo celular. Dessa for- ma, o aparato das junções celulares, os mecanismos de adesão celular e a matriz extracelular são críticos para cada um dos aspectos da organiza- ção, função e dinâmica das estruturas multicelulares. A matriz extracelular consiste em uma rede complexa de proteínas e cadeias de polissacarídeos secretados pelas células. Sua disponibilidade é varia- da em diferentes tipos de tecido. Nos tecidos conjuntivos, tais como ossos ou tendões, por exemplo, a matriz ex- tracelular é abundante e as células se encontram esparsamente distri- buídas. A matriz é rica em polímeros fibrosos constituídos principalmente de colágeno. Ligações diretas entre as células são relativamente raras, mas as células apresentam importan- tes ligações à matriz que as permitem esticar a própria matriz e ser por ela esticadas. Por outro lado, no tecido epitelial, como aquele que reveste o intestino ou a epiderme, as células são forte- mente ligadas em camadas chama- das de epitélio. A matriz extracelular é escassa e consiste principalmente em uma fina camada denominada lâmi- na basal (ou membrana basal), que se situa subjacente ao epitélio. As cé- lulas estão ligadas umas às outras di- retamente, por adesões célula-célula, onde os filamentos do citoesqueleto estão ancorados, transmitindo o es- tresse pelo interior das células de um local de adesão a outro. Veja na figura abaixo a arquitetura e diferença de disponibilidade de ma- triz extracelular entre as camadas epiderme e derme da pele. 4MATRIZ EXTRACELULAR 2. JUNÇÕES CELULARES A ligação física é importante, tanto no tecido epitelial quanto em tecidos não-epiteliais, porém as junções entre as células e a matriz são distintas em estrutura e fazem mais do que ape- nas transmitir forças físicas durante um estresse mecânico. Veja na tabela abaixo as principais junções celulares e sua classificação funcional: CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS JUNÇÕES CELULARES JUNÇÕES DE ANCORAGEM Sítios de ligação de filamentos de actina Junções célula-célula ( junções aderentes) Junções célula-matriz (adesões célula-matriz liga- das por filamentos de actina) Sítios de ligação de filamentos intermediários Junções célula-célula (desmossomos) Junções célula-matriz (hemidesmossomos) JUNÇÕES OCLUDENTES Junções compactas JUNÇÕES COMUNCANTES Junções do tipo fenda Junções de Ancoragem As junções celulares de ancoragem são reconhecidas em dois grupos. No primeiro situa-se junções que são sítios de ancoramento para a actina, que compõe o citoesqueleto das cé- lulas. Nesse sentido, existem as jun- ções aderentes (célula-célula) e as junções célula-matriz ligadas por fila- mentos de actina (célula-matriz). No segundo grupo estão as junções que possuem sítios de ligação para fila- mentos intermediários, que também são componentes do citoesqueleto. Os desmossomos (célula-célula) e os hemidesmossomos (célula-matriz) formam esse grupo. O estresse mecânico é transmitido de uma célula a outra pelo filamento do citoesqueleto ancorados aos sítios de adesão célula-célula ou célula-matriz. A matriz extracelular suporta diretamente o estresse mecânico de tensão e compressão Fibras de colágeno Lâmina basal Epiderme Derme Tecido epitelial Tecido conjuntivo Figura 1. Fonte: Adaptado de Alberts, 6Ed, 2017 5MATRIZ EXTRACELULAR Em cada um dos quatro tipos de an- coramento, o papel central é desem- penhado pelas proteínas de adesão transmembrana que atravessam a membrana, com uma extremidade li- gada ao citoesqueleto no interior da célula e a outra extremidade ligando as outras estruturas fora dela. Essas moléculas transmembrana ligadas ao citoesqueleto classificam-se em duas superfamílias, corresponden- do aos dois tipos básicos de ligação externa. As proteínas da superfamília das caderinas medeiam as ligações célula-célula, e as proteínas da su- perfamília das integrinas medeiam as ligações célula-matriz. Em cada família, ocorrem especificações: al- gumas caderinas se ligam à actina e formam as junções aderentes, en- quanto outras se ligam aos filamen- tos intermediários e formam os des- mossomos. Igualmente, algumas integrinas se ligam à actina e formam as junções matriz-célula ligadas por actina, enquanto outras se ligam aos filamentos intermediários e formam os hemidesmossomos. As junções aderentes são parte es- sencial da maquinaria de modelagem da forma das estruturas dos organis- mos multicelulares do corpo de um animal. A ligação indireta dos filamen- tos de actina de uma célula com as cé- lulas vizinhas permite que as células dos tecidos usem seu citoesqueleto de actina de maneira coordenada. Em A junção compacta sela os espaços entre as células epiteliais A junção aderente conecta os feixes de filamentos de actina de uma célula com os feixes da outra célula O desmossomo conecta os filamento intermediário de uma célula com os da outra célula A junção do tipo fenda permite a passagem de pequenas moléculas solúveis em água de uma célula para a outa O hemidesmossomo ancora os filamentos intermediários da célula na matriz extracelular A junção céLula-matriz ligada à actina ancora os filamentos de actina da célula na matriz extracelular APICAL BASAL JUNÇÕES CÉLULA-CÉLULA JUNÇÃO COMPACTA JUNÇÕES DE ANCORAGEM CÉLULA- CÉLULA JUNÇÃO COMUNICANTE JUNÇÕES DE ANCORAGEM CÉLULA- MATRIZ Figura 2. Fonte: Adaptado de Alberts, 6Ed, 2017 6MATRIZ EXTRACELULAR muitos tecidos não epite- liais, as junções aderentes se apresentam na forma de pequenos pontos ou linhas que indiretamente conectam os filamentos de actina cortical, abaixo da membrana plasmática entre duas células vizi- nhas. Já nos tecidos epi- teliais, essas junções fre- quentemente formam um cinto de adesão (ou zona de adesão) logo abaixo da face apical do epitélio, circundando cada célula da camada. desmossomos depende do tipo celu- lar. Na maioria das células epiteliais, por exemplo, os filamentos intermedi- ários são formados por filamentos de queratina. Já nas células do músculo cardíaco por filamentos de desmina. SE LIGA! A importância das junções desmossômicas é demonstrada por al- gumas formas de uma doença de pele potencialmente fatal, o pênfigo. Indi- víduos afetados produzem anticorpos contra uma de suas próprias proteínas caderinas dos desmossomos. Esses an- ticorpos ligam-se e rompem os desmos- somos que mantêm as células epiteliais unidas, resultando na formação de bo- lhas na pele com extravasamento de fluidos para o epitélio frouxo. Filamentos de actina nas microvilosidades Junções compactas Feixes de filamentos de actina Membrana plasmática lateral de células epiteliais adjacentes Superfície basalExtensão das microvilosidades na superfície apicalLÚMEN Figura 3. Fonte: Adaptado de Alberts, 6Ed, 2017O desmossomos são estruturalmente similares às junções aderentes, mas ligam os filamentos intermediários ao invés da actina. Eles estão presentes em abundância na epiderme, epitélio que forma a camada mais externa da pele. Sua principal função é propor- cionar força mecânica. Os desmosso- mos aparecem como pontos de con- tato intercelular em forma de botões que fixam as células. No interior da célula, eles atuam como sítios de an- coramento para filamentos interme- diários semelhantes a cordas que for- mam uma rede estrutural de grande força tensora. Através dos desmos- somos, os filamentos intermediários de células adjacentes são ligados a uma rede que se estende por muitas células de um tecido. O tipo específico de filamento intermediário ligado aos 7MATRIZ EXTRACELULAR Proteínas de adesão da família das caderinas Densa placa de proteínas de ancoramento Filamentos intermediários Figura 4. Fonte: Adaptado de Alberts, 6Ed, 2017 Filamentos de queratina Desmossomo HemidesmossomoLâmina basal Figura 5. Fonte: Adaptado de Alberts, 6Ed, 2017 Célula epitelial Filamentos de queratina Hemidesmossomo Lâmina basal Integrina (α6β4) Colágeno tipo XVII Laminina Colágeno Queratina Distonina Plectina O hemidesmossomos são estrutu- ras semelhantes aos desmossomos, no entanto unem célula a matriz ex- tracelular por meio de filamentos de queratina (na maioria das vezes) da célula, que se conecta a laminina fora da célula. Figura 6. Fonte: Adaptado de Alberts, 6Ed, 2017 8MATRIZ EXTRACELULAR Junções Compactas As junções compactas são junções ocludentes ou bloqueadoras que atu- am como barreiras, auxiliando na se- paração dos domínios apicais e ba- solaterais da membrana plasmática de cada célula. Um bom exemplo da funcionalidade dessas junções ocorre no epitélio do intestino delgado. Este epitélio possui uma estrutura colu- nar simples, sendo formado, em sua maioria, por células absorventes, es- pecializadas na absorção de nutrien- tes da cavidade interna, ou lúmen, do intestino. Os nutrientes seleciona- dos através do epitélio do lúmen são transportados para o fluido extrace- lular que permeia o tecido conjuntivo situado logo abaixo do epitélio. Des- se local, os nutrientes são difundidos para pequenos vasos sanguíneos que nutrem o organismo. O transporte transcelular de nutrien- tes realizado pelo epitélio intestinal depende de dois grupos de proteínas de transporte na membrana plasmá- tica de células de absorção. Um grupo está restrito à superfície apical da cé- lula epitelial e transporta ativamente moléculas selecionadas do intestino para a célula. O outro grupo está res- trito à superfície basolateral, permi- tindo que a mesma molécula deixe a célula, por difusão facilitada, para o fluido extracelular no outro lado do epitélio. Para manter este transporte direcional, os espaços entre as células epiteliais devem ser selados, de modo que as moléculas transportadas não possam se difundir novamente para o lúmen do intestino através desses espaços. É nesse sentido que as jun- ções compactas atuam como barrei- ras, selando o espaço entre as células e mantendo o fluxo fisiológico de nu- trientes entre os tecidos. 9MATRIZ EXTRACELULAR À microscopia eletrônica, as junções compactas se apresentam compos- tas de uma anastomose de fitas se- lantes que circunda a porção apical de cada célula da camada epitelial. As folhas externas das duas mem- branas plasmáticas estão fortemente unidas na região das fitas. Cada fita da junção compacta é composta por um longo seguimento de proteínas plasmáticas que estão interagindo. Os domínios extracelulares dessas proteínas ligam-se diretamente uns aos outros para bloquear o espaço intercelular. Junção compacta Membranas plasmáticas das células adjacentes Espaço intercelular Proteína carreadora de glicose por transporte passivo Superfície basolateral Lâmina basal FLUIDO EXTRACELULAR/TECIDO CONECTIVO SANGUE BAIXO BAIXO Simporte de glicose coordenado por Na+ Superfície apical LÚMEN DO INTESTINO Alta concentração de glicose Figura 7. Fonte: Adaptado de Alberts, 6Ed, 2017 10MATRIZ EXTRACELULAR A principais proteínas transmembra- na da junção compacta que formam essas fitas são as claudinas, as quais são essenciais na formação e na fun- ção da junção compacta. Junções compactas normais também contêm uma segunda proteína transmem- brana denominada ocludina, cuja a função não está determinada e não parece ser essencial como a claudina. Uma terceira proteína transmembra- na, a tricelulina é necessária para se- lar as membranas celulares e impedir o vazamento transepitelial nos locais de encontro de três células. Membranas plasmáticas em interação Espaço intercelular Fitas selantes das proteínas de junção compacta Metade citoplasmática da bicamada lipídica 0,6 μm Célula 1 Célula 2 Célula 2 Célula 1 Claudina Ocludina Proteínas da junção compacta Figura 8. Fonte: Adaptado de Alberts, 6Ed, 2017 SE LIGA! As células epiteliais também podem alterar suas junções compac- tas temporariamente para permitir um aumento do fluxo de solutos e água através de aberturas nas barreiras jun- cionais. Tal transporte paracelular é especialmente importante na absorção de aminoácidos e monossacarídeos do lúmen do intestino, onde a concentração desses nutrientes pode estar aumen- tada após a refeição para direcionar o transporte passivo. Junção do tipo fenda As junções do tipo fenda estão pre- sentes na maioria dos tecidos ani- mais, incluindo o tecido conjuntivo e o epitelial, e permitem que as células se comuniquem com as células vizinhas. Cada junção do tipo é constituída por proteínas formadoras de canais de duas famílias distintas denomi- nadas conexinas e inexinas. Essas 11MATRIZ EXTRACELULAR proteínas são similares na forma e na função. Os canais formados pelas proteínas das junções tipo fenda permitem que íons inorgânicos e outras pequenas moléculas solúveis em água passem diretamente do citoplasma de uma célula para o citoplasma de outra, co- nectando as células de forma elétrica e metabólica. As conexinas são proteínas com qua- tro porções transmembrana, seus das quais se unem para formar um hemicanal ou conéxon. Quando os conéxons na membrana plasmática são alinhados, eles formam um ca- nal aquoso contínuo que conecta dois interiores celulares. As junções tipo fenda consistem em muitos pares de conéxons em paralelo que formam um tipo de peneira molecular. Os co- néxons mantêm as membranas plas- máticas de células vizinhas a uma distância fixa, por isso, o uso da ter- minologia fenda. As junções tipo fenda de diferentes tecidos podem ter propriedades dis- tintas porque são formadas de dife- rentes combinações de conexinas, criando canais que diferem em per- meabilidade. A maioria dos tipos ce- lulares expressa mais de um tipo de conexina, e duas proteínas conexinas diferentes podem se unir em uma co- nexão heteromérica com suas pró- prias propriedades distintas. Além disso, células adjacentes que expres- sam diferentes conexinas podem for- mar canais intercelulares nos quais dois hemicanais são diferentes ou heterotípicos. Cada placa de junção tipo fenda é uma estrutura dinâmica que pode reunir-se facilmente e dissociar-se ou ser remodelada, podendo ser forma- da por agrupamentos de poucos ou de até centenas de conéxons. Membranas plasmáticas em interação Canal de 1,5nm de diâmetro Conéxons compostos por seis unidades Dois conéxons alinhados formando um canal aberto entre as células adjacentes Espaço de 2 a 4nm Homomérico Heteromérico Homotípico Heterotípico Canais intercelularesConéxonsConexinas Figura 9. Fonte: Adaptado de Alberts, 6Ed, 2017 12MATRIZ EXTRACELULAR Nos tecidos contendo células eletri- camente excitáveis, a ligação atra- vés das junções tipo fenda tem uma funçãoimportante. Algumas células nervosas, por exemplo, são ligadas eletricamente, permitindo que ações potenciais se espalhem rapidamente de uma célula à outra, sem a demo- ra que ocorre nas sinapses químicas. Isso é vantajoso quando a velocidade e a precisão são cruciais. Igualmente, a ligação elétrica através das junções tipo fenda sincroniza as contrações das células do músculo cardíaco e do músculo liso, responsáveis pelos mo- vimentos peristálticos do intestino As junções tipo fenda também ocor- rem em muitos tecidos que não con- têm células eletricamente excitáveis. Em princípio, compartilhar pequenos metabólitos e íons confere mecanis- mos para coordenar as atividades das células individuais em determinados tecidos e homogeneizar flutuações ao acaso na concentração de pequenas moléculas em diferentes células. As junções tipo fenda são necessárias no fígado, por exemplo, para coordenar a resposta dos hepatócitos aos sinais nos terminais nervosos que contatam somente uma parte da população ce- lular. O desenvolvimento normal dos folículos ovarianos também depende das comunicações mediadas pelas junções tipo fenda, nesse caso, entre os oócitos e as células circundantes da granulosa. 13MATRIZ EXTRACELULAR PROTEÍNAS FITAS SELANTES JUNÇÕES CELULARES DE ANCORAGEM HEMIDESMOSSOMOS (CÉLULA-MATRIZ) C/SÍTIOS DE ANCORAMENTO PARA FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS COMUNICAÇÃO INTERCELULAR TIPO FENDA COMPACTAS C/SÍTIOS DE ANCORAMENTO PARA ACTINADESMOSSOMOS (CÉLULA-CÉLULA) JUNÇÕES CÉLULA- MATRIZ POR FILAMENTOS DE ACTINA (CÉLULA-MATRIZ) JUNÇÕES ADERENTES (CÉLULA-CÉLULA) INTEGRINAS CADERINAS CONEXINAS INEXINAS METABÓLICA ELÉTRICA CONÉXONS (OU CANAIS) PASSAGEM DE ÍONS INORGÂNICOS E OUTRAS PEQUENAS MOLÉCULAS CLAUDINA OCLUDINA TRICELULINA MAPA MENTAL – TIPOS DE JUNÇÕES CELULARES 14MATRIZ EXTRACELULAR 3. A MATRIZ EXTRACELULAR (MEC) Os tecidos não são feitos somente de células. Uma parte de seu volume, al- gumas vezes uma grande parte, é o espaço extracelular, que é ocupado por uma intrincada rede de macromo- léculas constituindo a matriz extra- celular. Essa matriz é composta por várias proteínas e polissacarídeos que são secretados localmente e reunidos em uma rede organizada e em estrei- ta associação com a superfície das células que os produzem. As macro- moléculas da MEC podem se agrupar em duas organizações gerais: Mem- brana basal e Matriz intersticial. MEMBRANA BASAL • Colágeno tipo IV • Laminina • Proteoglicano Proteoglicano Colágeno tipo IV Laminina MEMBRANA INTERSTICIAL • Colágenos fibrilares • Elastina • Proteoglicano e hialuran Tripla hélice de colágeno em ligação cruzada Proteoglicano Glicoproteína adesiva Integrinas Fibroblasto Integrinas Células endoteliais Capilar Epitélio Figura 10 Membrana basal Nos tecidos epiteliais, a matriz extra- celular é representada pela membrana basal (ou lâmina basal). Essa camada é extremamente fina e flexível, possuin- do 40 a 120 nm de espessura. Uma camada de lâmina basal não somente sustenta todo o epitélio, mas também circunda as células musculares indivi- duais, as células adiposas e as células de Schwann, que rodeiam o axônio das células nervosas periféricas para formar a mielina. A lâmina basal separa essas células e o epitélio das camadas de te- cido conjuntivo subjacente. Em outras localizações, como o glomérulo renal, a lâmina basal situa-se entre duas cama- das celulares e atua como um filtro alta- mente seletivo. Na pele, a camada ex- terna do epitélio, a epiderme, depende da força da lâmina basal para mantê-lo ligado ao tecido conjuntivo, a derme. 15MATRIZ EXTRACELULAR A lâmina basal possui outras ativi- dades além das funções estruturais e filtrantes. Ela é capaz de determi- nar a polaridade celular, influenciar o metabolismo celular, organizar as proteínas na membrana plasmática das células adjacentes, promover a sobrevivência, a proliferação ou a di- ferenciação celular atuando também, como vias para a migração celular. A lâmina basal é sintetizada, princi- palmente, pelas células em todos os seus lados. As células epiteliais con- tribuem com uma série de compo- nentes da lâmina basal, enquanto as células da camada de tecido conjun- tivo subjacente contribuem com ou- tra série. Duas principais classes de moléculas extracelulares constituem a lâmina basal, sendo elas as prote- ínas fibrosas e os glicosaminogli- canos (GAGs). As proteínas fibrosas, normalmente, são glicoproteínas, que possuem cadeias laterais de oligos- sacarídeos. Já os GAG são cadeias de polissacarídeos, que, geralmente, são encontradas covalentemente ligadas a proteínas centrais específicas para formar os proteoglicanos. Embora a composição da lâmina ba- sal madura varie de tecido para teci- do, e mesmo de região para região na mesma lâmina, a maior parte da lâmi- na basal madura contém as glicopro- teínas laminina, colágeno tipo IV e nidogênio, juntamente com o prote- oglicanos perlecana. SANGUE Célula epitelial Lâmina basal Célula endotelial URINA Lâmina basalTecido conectivo LÚMEN OU SUPERFÍCIE EXTERNA Membrana plasmática da célula muscular Tecido conectivo Lâmina basal MÚSCULO EPITÉLIO GLOMÉRULO RENAL Figura 11. Fonte: Adaptado de Alberts, 6Ed, 2017 16MATRIZ EXTRACELULAR Acredita-se que a laminina seja o or- ganizador primário da estrutura de camadas, e logo no início de desen- volvimento a lâmina basal consiste principalmente em moléculas de la- minina. A laminina-1 (laminina clás- sica) é uma proteína flexível grande composta de três cadeias polipep- tídicas, α, α e α, muitas muito longas unidas por ligações dissulfeto e ar- ranjadas na forma de um buquê assi- métrico, como um arranjo de três flo- res cujas hastes são torcidas, mas as flores mantidas separadas. MODELO MOLECULAR DA ESTRUTURA DA LÂMINA BASAL Figura 12. Fonte: Adaptado de Alberts, 6Ed, 2017 Nidogênio Perlecana Laminina Colágeno tipo IV Integrina Membrana plasmática Nidogênio Laminina Perlecana Colágeno tipo IV 17MATRIZ EXTRACELULAR O colágeno tipo IV é o segundo compo- nente essencial da lâmina basal madu- ra, existindo em várias isoformas. Suas moléculas consistem em três longas cadeias proteicas sintetizadas separa- damente que se associam formando uma estrutura em forma de corda su- pertorcida. O colágeno tipo IV possui domínios que se ligam ao nidogênio e à perlecana, assim como a laminina. Por- tanto, acredita-se que o nidogênio e a perlecana conectem as redes de colá- geno e lâmina, formando, assim, a es- trutura básica da membrana basal. Matriz intersticial Nos tecidos conjuntivos, a matriz ex- tracelular, geralmente, é mais abun- dante do que as células que a cir- cundam. Os fibroblastos são as principais células que secretam matriz extracelular nos tecidos conjuntivos. Em certos tipos mais especializados de tecidos, como osso e cartilagem, a matriz é secretada por células da fa- mília dos fibroblastos que possuem nomes mais específicos, os condro- blastos, por exemplo, para a cartila- gem, e os osteoblastos, para o osso. A matriz no tecido conjuntivo é for- mada pelas duas principais classes de macromoléculas da lâmina basal: as cadeias de polissacarídeos de gli- cosaminoglicanos (GAGs), as quais estão, normalmente, ligadas covalen- temente a proteínas na forma de pro- teoglicanos; e as proteínas fibrosas, incluindo o colágeno. As moléculas de proteoglicanos no tecido conjuntivo tipicamente formam uma substância grosseira semelhan- te a um gel, altamente hidratada, na qual estão embebidas as fibras pro- teicas. O gel de polissacarídeos resis- te a forças de compressão na matriz NH2 Cadeia β Domínio de hélice torcida Cadeia α H2N NH2 Cadeia γ Nidogênio União Integrinas União Integrinas Distroglicano Perlecana 20 nm Figura 13. Fonte: Adaptado de Alberts, 6Ed, 2017 18MATRIZ EXTRACELULAR ao mesmo tempo que permite a rá- pida difusão dos nutrientes, metabó- litos e hormônios entre o sanguee as células dos tecidos. As fibras coláge- nas fortalecem e auxiliam a organizar a matriz e as fibras de elastina, for- necendo resistência. Muitas proteínas da matriz auxiliam as células a aderi- rem nos locais apropriados. Glicosaminoglicanos (GAGs) Os glicosaminoglicanos (GAGs) são cadeias polissacarídicas não-rami- ficadas compostas de unidades dis- sacarídicas repetidas. Eles são cha- mados de GAGs porque um dos dois açúcares no dissacarídeo repetido é sempre um amino açúcar (N-acetilgli- cosamina ou N-acetilgalactosamina), o qual, frequentemente, é sulfatado. O segundo açúcar normalmente é um ácido urônico (glicurônio ou idurônio). Grupos sulfatos ou carboxila ocorrem na maioria dos açúcares, e por isso os GAGs são negativamente carre- gados. Eles são as moléculas mais aniônicas produzidas pelas células animais. Quatro principais grupos de GAGs são distinguidos de acordo com seus açúcares, o tipo de ligação entre os açúcares e o número e loca- lização dos grupos sulfato: • Hialuronana ou ácido hialurônico • Sulfato de condroitina e sulfato de dermatana • Sulfato de heparana • Sulfato de queratana Repetição dissacarídica N-acetilglicosamina Ácido glicurônico Figura 14. Fonte: Adaptado de Alberts, 6Ed, 2017 As cadeias polissacarídicas são for- temente hidrofílicas. Dessa forma, os GAGs tendem a adotar uma confor- mação altamente estendida, que ocu- pa um grande volume em relação sua massa, formando géis de concentração muita baixa. As altas densidades de cargas negativas atraem uma nuvem de cátions, principalmente Na+, que são osmoticamente ativos, fazendo 19MATRIZ EXTRACELULAR com que grande quantidade de água seja absorvida pela matriz. Isso cria uma pressão por inchaço, ou tugor, que permite que a matriz suporte for- ças de compressão. A matriz da carti- lagem que forma as articulações dos joelhos, por exemplo, pode suportar pressões de centenas de atmosferas. Proteoglicanos Com exceção do ácido hialurônico, todos os GAGs são covalentemente ligados a uma proteína na forma de proteoglicanos, os quais são produ- zidos pela maioria das células ani- mais. Por definição, pelo menos uma cadeia lateral de um proteoglicanos deve ser um GAG. Além do GAG, os proteoglicanos apresentam em sua estrutura uma cadeia polipeptídica (ou núcleo proteico), que é produzida pelos ribossomos. Os proteoglicanos são diversos tan- to em estrutura quanto na função. Suas cadeias de GAGs, por exemplo, podem formar géis de tamanho de poro e densidade de cargas variados. Portanto, uma possível função seria servir como um filtro seletivo para re- gular o tráfego de moléculas e células de acordo com seu tamanho, carga, ou ambos, como na espessa lâmina basal do glomérulo renal. Agregado de agrecana Núcleo proteico (agrecana) Proteína ligadora Sulfato de condroitina Molécula de hialuronana Sulfato de queratana 1 μm ESTRUTURA DE UM TIPO DE PROTEOGLICANO Figura 15. Fonte: Adaptado de Alberts, 6Ed, 2017 20MATRIZ EXTRACELULAR Os proteoglicanos ainda possuem um papel importante na sinalização química entre as células. Eles ligam várias moléculas sinalizadoras secre- tadas, como certos fatores de cres- cimento, e podem aumentar ou inibir sua atividade sinalizadora. Por exem- plo, as cadeias de sulfato de hepara- na dos proteoglicanos se ligam aos fatores de crescimento de fibroblas- tos (FGFs), os quais estimulam a pro- liferação de uma variedade de tipos celulares. Essa interação oligomeriza as moléculas do fator de crescimen- to, capacitando-as a realizar ligações cruzadas e ativar receptores de super- fície celular, os quais são tirosina-ci- nases transmembrana. Na resposta inflamatória, os proteoglicanos sulfa- to de heparana imobilizam moléculas quimiotáxicas secretadas denomina- das quimiocinas para a superfície da célula endotelial do vaso sanguíneo no local de inflamação. Isso permi- te que as quimiocinas permaneçam ali por um período mais prolongado, estimulando os leucócitos a deixar a corrente sanguínea e a migrar para o tecido inflamado. Colágenos Os colágenos constituem uma família de proteínas fibrosas encontrada em todos os animais multicelulares. Eles são secretados pelas células do teci- do conjuntivo e por uma variedade de outros tipos celulares. Como principal componente da pele e dos ossos, eles são as proteínas mais abundantes nos mamíferos, constituindo 25% da massa proteica total desses animais. A principal característica de uma mo- lécula de colágeno típica é a estrutura longa e rígida de sua fita tripla helicoi- dal, na qual três cadeias polipeptídicas de colágeno, denominadas cadeias α, são enroladas umas nas outras for- mando um tipo de corda supertorci- da. Os colágenos são extremamente ricos em prolina e glicina, importantes na formação da fita tripla helicoidal. Devido à estrutura em anel, a proli- na estabiliza a conformação da héli- ce em cada cadeia α, enquanto que a glicina é espaçada regularmente a cada dois resíduos por toda a região central da cadeia α. A glicina, sendo o menor aminoácido permite que as três hélices de cadeia α se agrupem firmemente para formar a super-héli- ce final de colágeno. 21MATRIZ EXTRACELULAR semelhante a uma corda com pouca ou nenhuma interrupção. Após serem secretadas para o espaço extracelu- lar, essas moléculas de colágeno reú- nem-se em polímeros de ordem maior denominados fibrilas de colágeno, as quais são estruturas finas com cente- nas de micrômetros de comprimento nos tecidos maduros. As fibrilas de colágeno frequentemente se agre- gam em feixes semelhantes a cabos, muito maiores, com vários micrôme- tros de diâmetro, os quais podem ser vistos ao microscópio óptico como fi- bras colágenas. As fibrilas de colágeno formam estru- turas que resistem às forças tensoras. As fibrilas possuem vários diâmetros e estão organizadas de diferentes formas em diferentes tecidos. Na pele dos mamíferos, por exemplo, elas es- tão entrelaçadas, como no vime, para resistir às tensões em múltiplas dire- ções. Nos tendões, elas estão organi- zadas em feixes paralelos alinhados ao longo do eixo principal de tensão. No osso maduro e na córnea, elas es- tão arranjadas em camadas ordena- das como em madeira compensada, com as fibrilas de cada camada para- lelas entre si e quase em ângulo reto com as fibrilas nas camadas dos dois lados. Os colágenos tipo IX e XII são de- nominados colágenos associados a fibrilas porque decoram a superfície das fibrilas de colágeno. Eles ligam es- sas fibrilas umas às outras e a outros Glicina 1,5 nm Embora existam 42 genes que codi- ficam cadeias α de colágeno, apenas um número limitado de moléculas de colágeno é encontrado nos tecidos. O colágeno tipo I é o mais comum, sen- do o principal encontrado na pele e nos ossos. Ele pertence à classe de colágenos fibrilares, ou colágenos formadores de fibrilas, com estrutura Figura 16 22MATRIZ EXTRACELULAR componentes na matriz extracelular. O tipo IV é um colágeno formador de rede, constituindo a maior parte da lâ- mina basal. As moléculas do tipo VII formam dímeros que se reúnem em estruturas especializadas denomina- das fibrilas ancoradouras. As fibrilas ancoradouras auxiliam a conexão da lâmina basal do epitélio de múltiplas camadas ao tecido conectivo subja- cente e, portanto, são especialmente abundantes na pele. Há também inúmeras proteínas se- melhantes ao colágeno, incluindo o tipo XVII, o qual possui um domínio transmembrana e é encontrado nos hemidesmossomos. O tipo XVIII, serve como núcleo proteico de prote- oglicanos na lâmina basal. Elastina Vários tecidos, como pele, vasos san- guíneos e os pulmões, necessitam de força elástica para exercerem sua função. Uma rede de fibras elásticas na matriz extracelular desses tecidos fornece a resistência necessária, de modo que eles possam voltar à forma original após uma distensão momen- tânea. Fibras elásticas são cinco ve- zes mais extensíveis que a borracha de mesmaárea transversal. As lon- gas e inelásticas fibrilas de colágeno são entrelaçadas com as fibras elás- ticas para limitar a distensão e evitar que o tecido rasgue. O principal componente das fibras elásticas é a elastina, uma proteína altamente hidrofóbica, que é rica em prolina e glicina. Ela é composta por dois tipos pequenos de seguimentos. Um deles são os seguimentos hidro- fóbicos responsáveis pelas proprie- dades elásticas da molécula. O outro seguimento de hélice α ricos em lisina e alanina fazem a ligação cruzada en- tres moléculas de elastinas adjacen- tes, contribuindo para forma uma ex- tensa rede de fibras elásticas. 23MATRIZ EXTRACELULAR Fibronectina A fibronectina é uma proteína extra- celular que auxilia a ligação das cé- lulas à matriz. Sua estrutura é com- posta por um dímero que contêm duas subunidades ligadas por liga- ções dissulfeto em uma extremidade. Cada subunidade é dobrada em uma série de domínios distintos funcionais separados por regiões de cadeia poli- peptídica flexível. As integrinas fornecem uma ligação para a fibronectina de fora da célula ao citoesqueleto de actina do inte- rior da célula. Essa ligação transmite tensão às moléculas de fibronectina, desde que elas também tenham se ligado a alguma estrutura, e disten- dem a molécula, expondo os sítios de ligação escondidos da molécula de fi- bronectina. Isso permite que elas se liguem diretamente uma à outra e re- crutem moléculas de fibronectina adi- cionais para formar a fibrila de fibro- nectina. Esta dependência de tensão e interação com a superfície celular assegura que as fibrilas de fibronec- tina reúnam-se onde há necessidade mecânica delas. Fibra elástica RELAXA ESTICA Molécula de elastina Ligação cruzada Figura 17. Fonte: Adaptado de Alberts, 6Ed, 2017 24MATRIZ EXTRACELULAR Microfilamento de actina Citosol Fibronectina Matriz extracelular Integrina Talina Vinculina α - actinina Figura 18. Fonte: Junqueira, L.C. & Carneiro, J. Biologia Celular e Molecular. 9ª Ed. 2012. 25MATRIZ EXTRACELULAR MAPA MENTAL – MATRIZ EXTRACELULAR GÉIS HIDRATADOS MATRIZ INTERSTICIAL MEC SUSTENTA O EPITÉLIO FINA (40-120 nm de espessura) FLEXÍVEL SINTETIZADA POR CÉLULAS CIRCUNJACENTES MEMBRANA BASAL GAGs PROTEÍNAS FIBROSAS LAMININA COLÁGENO IV PERLECANA (PROTEOGLICANO) NIDOGÊNIO FIBROBLASTOS CADEIA POLIPEPTÍDICA (NÚCLEO PROTEICO) PROTEOGLICANOS VARIADAS FUNÇÕES FILTRO SELETIVO SINALIZAÇÃO QUÍMICA PROTEÍNAS FIBROSAS POLISSACARÍDEOS NÃO RAMIFICADOS DISSACARÍDEOS REPETIDOS N-ACETILGLICOSAMINA N-ACETILGALACTOSAMINA VARIADOS TIPOS CELULARES ELASTINA FIBRONECTINA CÓLÁGENOS SEGUIMENTOS HIDROFÓBICOS SEGUIMENTOS DE HÉLICE α LIGAÇÃO CÉLULA-MATRIZ TIPO I TIPO IV TIPO VII TIPO IX TIPO XII TIPO XVII TIPO XVIII TUGOR 26MATRIZ EXTRACELULAR 4. DEGRADAÇÃO DA MATRIZ EXTRACELULAR A capacidade das células de degra- dar e destruir a matriz extracelular é tão importante quanto sua habilidade de produzi-la e ligar-se a ela. Uma rá- pida degradação da matriz é neces- sária em processos como o reparo de tecidos, e mesmo na matriz extrace- lular aparentemente estática dos in- divíduos adultos há uma renovação contínua com a degradação e a sín- tese das macromoléculas da matriz. Isso permite que o osso, por exemplo, seja remodelado para se adaptar ao estresse. Em geral, os componentes da matriz são degradados por enzimas proteo- líticas (proteases) que atuam próximo às células que as produzem. Em sua maioria são metaloproteases de ma- triz, as quais dependem da ligação de Ca+2 ou Zn+2 para sua atividade. As outras são as serina-proteases, que possuem uma serina altamente reati- va no seu sítio ativo. Juntas, as meta- loproteases e serina-proteases coo- peram para degradar as proteínas de matriz, como o colágeno, a laminina e a fibronectina. Algumas metalopro- teases, como a colagenase, são alta- mente específicas, clivando proteínas particulares em poucos locais. Des- sa forma, a integridade estrutural da matriz é preservada, mas a migração celular pode ser facilitada pela pouca quantidade de proteólise. Outras me- taloproteases podem ser menos es- pecíficas, mas por estarem ancoradas à membrana plasmática elas podem atuar somente onde forem necessá- rias. Este é o tipo de metaloprotease crucial para a capacidade da célula de dividir quando embebida em uma matriz. 27MATRIZ EXTRACELULAR PERLECANA/ NIDOGÊNIO DE ANCORAGEM JUNÇÕES CELULARES FIBROBLASTOS FILTRO SELETIVO SINALIZAÇÃO QUÍMICA LAMININA COLÁGENO IV MEMBRANA BASAL COLÁGENOS MEC COMPACTAS TIPO FENDA FITAS SELANTES IMPERMEABILIZAM O ESPAÇO INTERCELULAR COMUNICAÇÃO INTERCELULAR CONÉXONS (OU CANAIS) PASSAGEM DE ÍONS INORGÂNICOS E OUTRAS PEQUENAS MOLÉCULAS FILAMENTOS ACTINA FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS INTEGRINAS JUNÇÕES CÉLULA-MATRIZ POR FILAMENTOS DE ACTINA (CÉLULA-MATRIZ) JUNÇÕES ADERENTES (CÉLULA-CÉLULA) CADERINAS HEMIDES- MOSSOMOS (CÉLULA-MATRIZ) DESMOSSOMOS (CÉLULA-CÉLULA) METABÓLICA ELÉTRICA MATRIZ INTERSTICIAL SUSTENTAÇÃO DO EPITÉLIO PROPORCIONA FLEXIBILIDADE AO TECIDO ELASTINA FIBRONECTINA PROTEÍNAS FIBROSAS GAGs GÉIS HIDRATADOSTURGOR CADEIA POLIPEPTÍDICA (NÚCLEO PROTEICO) PROTEOGLICANOSVARIADAS FUNÇÕES MAPA MENTAL – JUNÇÕES CELULARES E MATRIZ EXTRACELULAR 28MATRIZ EXTRACELULAR REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBERTS, B.; JOHNSON, A. & WALTER, P. Biologia Molecular da Célula. 6ª Ed., Artmed Editora, 2017. JUNQUEIRA, L.C. & CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 9ª Ed., Guanabara Koogan, 2012. 29MATRIZ EXTRACELULAR
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