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Logística Crossdocking A função da logística é fazer a quantidade certa das mercadorias certas chegar ao ponto certo no tempo certo. Trata-se de um processo conectado em todas as pontas, havendo integração em cada ponto e processo. Estão inseridos nessa dinâmica a movimentação, o transporte, a embalagem, o manuseio, a movimentação, a armazenagem, a recepção, a manipulação e o acondicionamento até a entrega final. Muitas técnicas e ideias estão sendo desenvolvidas para enfrentar o cenário da logística, e uma delas é o crossdocking. Ele é muito aplicado por empresas de vários segmentos devido às grandes vantagens que oferece, especialmente a redução de custos e a agilidade nas operações de distribuição. O crossdocking, de modo geral, é muito simples: trata-se de um sistema de distribuição. Normalmente, quando é recebida em um armazém ou em um centro de distribuição, a mercadoria é armazenada para posterior envio final. No sistema de crossdocking, entretanto, isso não ocorre. A mercadoria é carregada e preparada para a distribuição (expedição), de modo que possa ser entregue ao seu destino. Elimina- se, portanto, a etapa de armazenamento. O ponto de partida no crossdocking é a transposição de cargas de um veículo pesado para veículos leves. Isso é feito em docas, e prima-se pela sincronização entre recebimento e expedição, para tornar o processo ágil e diminuir custos. Vamos exemplificar de forma mais prática. Carretas pesadas transportam mercadorias advindas de produtores ou fornecedores e chegam às docas, onde elas são recebidas e descarregadas. Em um segundo momento, as mercadorias são separadas, etiquetadas e realocadas em veículos leves, que partem para a entrega nos destinos estabelecidos. Ocorre o processo logístico de distribuição, e, assim, sem estoque e com custos mais reduzidos, o processo é finalizado. Figura 1 – Crossdocking Fonte: <http://logisticaemquestao.blogspot.com.br>. A figura esquemática ilustra o processo de crossdocking. Uma carreta chega às docas; posteriormente, as mercadorias são movimentadas para outro transporte para distribuição pulverizada. Depois, a carreta chega às docas para o processo de estocagem. Em seguida, há outro movimento: a mercadoria é retirada da estocagem e transportada para um veículo mais leve para pulverização logística. Houve evoluções fundamentais que melhoraram o desempenho e a criação de técnicas dentro da logística. Podemos citar fundamentalmente a informática e a internet. Elas propiciaram uma aproximação entre os canais de vendas e clientes e empresas. Graças ao fluxo de pedidos de entrega, os prazos são mais curtos, o que torna os clientes mais satisfeitos. No que se refere à redução de tempo, é notória a agilidade com que as operações são apresentadas, dando como resposta vantagem competitiva. Toda área de estoque gera custo. Assim, devido ao efeito cascata, reduzir a área física gerará grande economia ao processo logístico. Outro ponto a se considerar é a falta constante de mercadorias em função da dinâmica de descarregamento, estocagem e carregamento até a distribuição final. A técnica do crossdocking gera maior disponibilidade de produtos. A redução do estoque na cadeia de abastecimento permite a redução do estoque em trânsito, gerando ganhos de tempo e custos. Da mesma maneira, diminui-se a complexidade das entregas ao cliente, pois é feita uma única, que unificou variadas entregas a clientes diversificados em um só veículo. Ainda cabe destacar a importância da troca de informações entre parceiros de negócios. Conhecer as operações e as suas etapas permite antever o tempo de entrega e fazer planejamento de retorno. É nessa esteira que surge o crossdocking. Trata-se de uma abordagem (gestão) que propõe minimizar deficiências e proporcionar às empresas maior eficiência financeira e de mercado. Mercadorias que exigem agilidade na entrega, seja por prazo, seja pela sua categoria (perecíveis, por exemplo), beneficiam-se da técnica. Ela reduz muito o tempo de entrega. Outras vantagens são observadas, como a redução de custos e de prazos, a redução da área física de estoques e do estoque na cadeia de abastecimento, maior disponibilidade de produtos, simplificação nas entregas ao clientes e conhecimento das operações. Qualquer processo tem pontos positivos e negativos. Até agora, apresentamos os pontos positivos do crossdocking. Entre os negativos, que existem e não podemos ignorar, estão o alto custo financeiro de implementação inicial e a necessidade de atualizar a tecnologia e de contar com profissionais qualificados. Outro ponto central da etapa que deve ser observado é a coordenação dos esforços daqueles que participam da cadeia de abastecimento. É fundamental alinhar os objetivos e traçar um planejamento que seja eficaz e produtivo. A partir disso, as informações são o elemento mais peculiar no relacionamento, pois são cíclicos e voláteis. Elas podem ser ajustadas e reajustadas para promover uma melhor relação entre os parceiros de negócios. A implementação do crossdocking não é simples, mas é possível se houver parceria entre os envolvidos, confiança na qualidade dos serviços de cada um dos parceiros, compartilhamento claro e transparente de informações, profissionais treinados e gestão próxima. Isso evita intempéries e gera mobilidade na gestão estratégica de forma que os erros sejam facilmente corrigidos.
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