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Tema 2 - Nutrição em obstetrícia

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DESCRIÇÃO
A gestação desencadeia diversas adaptações no corpo feminino e o acompanhamento
nutricional permite um bom desfecho tanto para a mãe quanto para o feto.
PROPÓSITO
Compreender os diversos processos de ajuste fisiológico na gestação e a dinâmica mãe/feto e
suas consequências, que capacitarão o nutricionista e nortearão suas condutas durante o
acompanhamento do pré-natal.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos uma calculadora, papel e caneta.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar os ajustes fisiológicos na gestação e a descrição da avaliação antropométrica
nutricional
MÓDULO 2
Descrever a avaliação dietética e as recomendações nutricionais na gestação
MÓDULO 3
Descrever as patologias associadas à gestação
INTRODUÇÃO
Neste tema, vamos entender as mudanças fisiológicas ocorridas no corpo feminino durante a
gestação, suas principais consequências e interferências na nutrição materna e no
desenvolvimento fetal.
Aprenderemos também sobre a avaliação antropométrica e as recomendações nutricionais e
sobre as patologias associadas à gestação.
MÓDULO 1
 Identificar os ajustes fisiológicos na gestação e a descrição da avaliação
antropométrica nutricional
AJUSTES FISIOLÓGICOS NA GESTAÇÃO
O período gestacional é composto de 37 a 42 semanas gestacionais. O primeiro trimestre se
inicia na concepção e vai até a 13ª semana. O segundo trimestre vai da 14ª semana até a 27ª; e
o terceiro, da 28ª até a 40ª semana e constitui o período de grande importância para o
crescimento e desenvolvimento do feto.
 
Fonte: john dory/Shutterstock
Após a fecundação, o óvulo percorre a trompa de falópio em direção ao útero para sua
implantação. Neste percurso, ocorre uma série de divisões celulares que darão origem ao
embrião. Essa fase é chamada de blastogênese. Em seguida, ocorrerá a implantação do óvulo
na parede uterina, inicia-se assim, a fase embrionária, onde continua a replicação celular
associada à hipertrofia celular, dando origem aos órgãos. O embrião começa a adquirir o
aspecto fetal humano. A partir do 3º mês de gestação, começa a fase fetal do desenvolvimento,
período caracterizado por crescimento rápido e hipertrofia celular. Por serem fases de intensa
divisão, replicação e hipertrofia celulares, alguns nutrientes são essenciais. São eles:
Ácido fólico
Vitaminas B12 e A
Piridoxina
Riboflavina
Aminoácidos
Manganês
 
Fonte: Wikipedia/Shutterstock
A implantação do óvulo no endométrio dá início aos ajustes fisiológicos que permitirão a evolução
da gestação. Ocorrem modificações no endométrio que darão origem à placenta. Este anexo
fetal é uma estrutura esponjosa, complexa e vascularizada, com funções de:
Proteção
Nutrição
Respiração
Excreção
Produção de hormônios (estrogênio e progesterona)
 
Fonte: Sakurra/Shutterstock
No início da gestação, é responsável pela produção de glicogênio, colesterol e ácidos graxos,
funcionando como um reservatório para o embrião e, também, pela produção de estrogênio e
progesterona responsáveis pelos ajustes iniciais da gestação.
Os fluxos sanguíneos materno e fetal são independentes e separados por uma membrana muito
fina chamada membrana placentária. É por meio dela que ocorrem as trocas entre mãe e
concepto. A transferência dos nutrientes ocorre através dos seguintes mecanismos:

DIFUSÃO SIMPLES
Processo passivo, sem gasto de energia. Os nutrientes passam do meio mais concentrado
(materno) para o menos concentrado (fetal). Nutrientes absorvidos: oxigênio, gás carbônico,
vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), carboidratos com peso molecular < 1000, eletrólitos, ácidos
graxos e água.
DIFUSÃO FACILITADA
Mesmo processo da difusão simples, porém mais rápido devido à presença de transportadores
de membrana. Nutrientes absorvidos: carboidratos.


TRANSPORTE ATIVO
Realizado por um transportador de membrana contra um gradiente de concentração, com gasto
de energia. Nutrientes absorvidos: aminoácidos, ferro, cálcio, iodo, fosfato e vitaminas
hidrossolúveis.
PINOCITOSE OU ENDOCITOSE
Processo de invaginação da membrana englobando os nutrientes. Usado para absorção de
grandes moléculas proteicas, lipoproteínas, fosfolipídios e imunoglobulina (IgG é a única que
atravessa a placenta).


ULTRAFILTRAÇÃO
Transporte rápido de nutrientes por pressão hidrostática ou osmótica. Nutrientes absorvidos:
água e solutos. O transporte de lipídeos é mais complexo. A placenta é capaz de regular a
captação, a estocagem e a liberação dos lipídeos plasmáticos fetais. Altos níveis de colesterol
interferem no metabolismo lipídico da placenta, podendo aumentar a síntese de esteroides (o
colesterol é precursor da progesterona).
PAPEL DOS HORMÔNIOS DURANTE A
GESTAÇÃO
Os hormônios produzidos neste período da vida (esteroides e proteínas) são responsáveis pelas
modificações corporais que permitirão:
 
Fonte: Shutterstock
O DESENVOLVIMENTO DA GESTAÇÃO
 
Fonte: Shutterstock
O AMADURECIMENTO FETAL
 
Fonte: Shutterstock
O PARTO
 
Fonte: Shutterstock
A LACTAÇÃO
Sua produção é influenciada pela saúde geral e pelo estado nutricional da gestante. Sua
produção pode ser dividida em 2 etapas:
FASE OVARIANA
Até a 8ª e 9ª semanas de gestação. Produção de gonadotrofina coriônica humana (hCG),
estimulando a produção de progesterona e estrogênio.
FASE PLACENTÁRIA
A partir da 8ª e 9ª semanas. A placenta passa a produzir esteroides em quantidades crescentes.
A tabela abaixo mostra os principais hormônios da gestação e suas funções.
Hormônios Fonte
primária
Efeitos principais
javascript:void(0)
javascript:void(0)
de
secreção
Gonadotrofina
coriônica humana
(hCG)
Células
do
trofoblasto
da
placenta
Efeitos principais
Permite o diagnóstico hormonal da
gestação e a manutenção inicial da
gravidez.
Impede a rejeição imunológica do
embrião e inibe a contratilidade
espontânea do útero.
Estimula a produção de relaxina e
progesterona pelo ovário, estrogênio
pela placenta e testosterona pelo
testículo fetal.
Importante no início quando a placenta
ainda não produz progesterona e
estrogênio em quantidades suficientes.
Progesterona Placenta Efeitos principais
Relaxa a musculatura lisa, diminuindo a
contração uterina e evitando a expulsão
do feto.
Reduz motilidade do trato
gastrointestinal (TGI).
Favorece a deposição de gordura
materna, náuseas, pirose, refluxo
gastroesofágico e constipação
intestinal.
Aumenta a excreção renal de sódio
(efeito natriurético).
Interfere no metabolismo do ácido
fólico.
Estimula o apetite materno na 1ª
metade da gestação.
Promove o desenvolvimento mamário.
Estrogênio Placenta Efeitos principais
Aumenta as propriedades
hidroscópicas do tecido conjuntivo
(favorece crescimento uterino).
Reduz as proteínas séricas favorecendo
a formação de edemas.
Afeta a função da tireoide.
Hiperpigmentação cutânea.
Modificações no metabolismo de
glicídios.
Alterações nos tecidos conjuntivo e
vascular.
Reduz o apetite na 2ª metade da
gestação.
Promove desenvolvimento do tecido
glandular mamário e, junto com a
progesterona, inibe a prolactina e,
consequentemente, a produção de leite
durante a gestação.
Interfere no metabolismo de ácido
fólico.
Lactogênio placentário
humano (hPL) ou
Somatomamotrofina
coriônica humana
(hCS)
Placenta
Efeitos principais
Ação mamotrófica, mas não está
envolvido na produção láctea.
Ação contrainsulínica (aumenta
resistência periférica à insulina).
Promove a glicogenólise (aumentando
a glicemia materna).
Promove a lipólise.
Reduz o consumo de glicose e a
gliconeogênese, favorecendo a
captação de glicose e aminoácidos
pelo feto.
Tem ação semelhante ao hormônio do
crescimento fazendo deposição de
proteínas nos tecidos.
Inicia o processo de lactogênese.
Hormônio do
crescimento
Pituitária
anterior
Efeitos principais
Eleva a glicemia.
Estimula o crescimento dos ossos
longos.
Promove a retenção de nitrogênio.
Tireoxina Tireoide
Regula a velocidade da taxa metabólicabasal (TMB).
Insulina
Pâncreas
(células β)
Reduz a glicemia e promove a
produção energética e síntese de
gordura.
Glucagon
Pâncreas
(células α)
Eleva a glicemia pela glicogenólise.
Cortisona
Córtex
adrenal
Eleva a glicemia pela proteólise
tecidual.
Aldosterona
Córtex
adrenal
Promove retenção de sódio e excreção
de potássio.
Renina - angiotensina Rins Estimula a secreção de aldosterona,
causando a retenção de sódio e água.
Aumenta a sede.
Calcitonina Tireoide Inibe reabsorção óssea de cálcio.
Fontes: Guyton e Hall, 2017; Accioly et al., 2009; Vasconcellos et al., 2011 .
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
ADAPTAÇÕES METABÓLICAS

TAXA METABÓLICA BASAL (TMB)
A partir do 3º mês, ocorre um aumento de 15 a 20% para suprir as necessidades fetais e
maternas.
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS
Mesmo em situações de jejum materno, o feto requer glicose e aminoácidos em quantidades
constantes. No 1º trimestre, há uma tendência à hipoglicemia e redução das necessidades de
insulina devido à utilização de glicose materna pelo feto. A partir do 2º trimestre, ocorre uma
resistência insulínica decorrente da ação hormonal. No 3º trimestre, a sensibilidade insulínica
reduz em torno de 50% devido à ação do hPL.
Essa resistência à insulina é essencial para fornecer nutrientes, preferencialmente, ao feto e para
que haja o acúmulo de gordura em tecido adiposo materno.
Os hormônios controladores da glicose da mãe, inclusive, a insulina, não passam para o feto, que
produz sua própria insulina a partir da 9ª semana gestacional.
A elevação da glicose materna estimula a produção de insulina fetal, podendo levar à
macrossomia.


METABOLISMO PROTEICO
Os aminoácidos são necessários para o equilíbrio celular, síntese tecidual fetal e materna. A
hemodiluição (aumento do volume de plasma sanguíneo, diminuindo a concentração de glóbulos)
provoca redução das proteínas plasmáticas, principalmente, a albumina, facilitando a formação
de edema. A deficiência de proteínas no período gestacional poderá acarretar alterações nos
tecidos e estruturas dos órgãos, levando à redução do peso do concepto e modificações
enzimáticas e bioquímicas.
METABOLISMO LIPÍDICO
Sofre influência dos hormônios da gestação (estrogênio, progesterona e lactogênio placentário
humano). Ocorre maior mobilização de gordura corporal para a produção de energia materna,
elevando os níveis plasmáticos de ácidos graxos, triglicerídeos, colesterol, lipoproteínas,
apolipoproteínas, lipídeos totais e fosfolipídios, principalmente no 3º trimestre.

ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS
SISTEMA DIGESTIVO
Náuseas e vômitos no 1º trimestre que podem gerar anorexia e perda ponderal.
Gengivas edemaciadas e hiperêmicas que sangram com facilidade.
Ptialismo ou sialorreia e redução do pH salivar, que, associados ao aumento da frequência
alimentar e à higiene bucal inadequada, podem levar à formação de cárie dentária.
Redução da função da cárdia e do aumento da secreção de suco gástrico, favorecendo o
refluxo gastroesofágico e ocasionando pirose. É comum também, além do refluxo
gastroesofágico, a hérnia de hiato.
O aumento do volume uterino junto à ação da progesterona lentifica o esvaziamento
gástrico, retarda o trânsito intestinal e eleva a incidência de náuseas, pirose, refluxo
gastroesofágico, constipação intestinal e hemorroidas.
Hipotonia do intestino delgado aumenta o tempo de contato entre nutrientes e a mucosa
absortiva, favorecendo a absorção de nutrientes e água.
Hipotonia da vesícula biliar, com menor liberação de bile e, consequentemente, intolerância
a alimentos gordurosos.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Aumento de 20% na necessidade de O2 causa hiperventilação.
Hiperventilação pulmonar que reduz a pCO2 e facilita as trocas gasosas através da
placenta.
O crescimento do útero empurra o diafragma, tornando a respiração mais difícil.
Há substituição da respiração torácica pela abdominal e a gestante fica ofegante.
SISTEMA CIRCULATÓRIO E EQUILÍBRIO
HIDROELETROLÍTICO
Elevação do volume sanguíneo, do débito cardíaco e da frequência cardíaca.
O volume sanguíneo aumenta até 50%, enquanto o volume globular sobe apenas 25%
levando a uma hemodiluição e anemia fisiológica.
Para manter o equilíbrio hidroeletrolítico, o sistema renina-angiotensina-aldosterona é
ativado para reabsorção tubular de água.
Diminuição da resposta vascular endotelial aos constritores angiotensina II e norepinefrina,
e uma maior disponibilidade e susceptibilidade para o fator de relaxamento derivado do
endotélio e óxido nítrico (NO), provocando vasodilatação.
SISTEMA URINÁRIO
O fluxo da urina é mais lento devido à compressão das veias ovarianas sobre os ureteres,
aumentado a incidência de infecção urinária.
Aumento do fluxo renal e de 50% da taxa de filtração glomerular para facilitar a depuração
de resíduos metabólicos (ureia, creatinina e ácido úrico). A capacidade de filtração da
glicose aumenta em 50%, mas sua taxa de reabsorção continua a mesma, levando a uma
glicosúria fisiológica.
Ocorre aumento na frequência de micção pelas alterações hormonais e pela pressão do
útero na bexiga, podendo levar à incontinência urinária.
Veja a seguir, de forma resumida, como ocorrem as alterações fisiológicas, nutricionais e
metabólicas (↑ aumento ↓ redução e → manutenção):
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
↑ volume plasmático
↑ volume de células vermelhas no sangue
↑ rendimento cardíaco
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↑ água corporal
↑ taxa renal de filtração glomerular
↓ motilidade gastrointestinal
ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS
↓ do status hematológico
↑ células brancas no sangue
↓↓ albumina sérica
↓ vitamina C, Ácido Fólico e B12
↑ caroteno sérico
→ ou ↓ retinol sérico
↑ tocoferol sérico
↑ excreção urinária de metabólitos, folato, niacina e piridoxina
ALTERAÇÕES METABÓLICAS
↑ T3 e T4
↑ insulina plasmática
↓ eficácia
↑ teste de tolerância à glicose anormal
↑ absorção de cálcio e ferro
↑ retenção de nitrogênio (anabolismo no 1º trimestre)
↑ ácidos graxos, triglicerídeos, colesterol, fatores de coagulação
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL PRÉ–NATAL
O objetivo do acompanhamento pré-natal é assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo
o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna.
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javascript:void(0)
O acompanhamento nutricional deve ocorrer em todas as consultas do pré-natal. A Organização
Mundial da Saúde (OMS) recomenda, para gestantes de baixo risco, um número mínimo de 6
consultas: uma no 1º trimestre, duas no 2º e três no 3º trimestre. Para gestantes com riscos, as
consultas deverão ser mensais até a 28ª semana, quinzenais entre 28 e 36 semanas e semanais
no termo.
 
Fonte: Blue Planet Studio/Shutterstock
Durante o acompanhamento, são avaliados o estado nutricional da gestante e o ganho de peso
durante a gestação para:
IDENTIFICAR AS GESTANTES EM RISCO
NUTRICIONAL.
DETECTAR AS GESTANTES COM GANHO DE PESO
INADEQUADO.
DETECTAR PRECOCEMENTE AS CARÊNCIAS
NUTRICIONAIS.
REALIZAR ORIENTAÇÃO ADEQUADA A CADA CASO.
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Permite identificar as inadequações prévias à gestação e o ganho de peso inadequado. Deve
ser realizada em todas as consultas.
Cálculo da idade gestacional
Considera-se o período gestacional de 40 semanas e o arredondamento das semanas deve ser
feito da seguinte maneira:
1, 2 E 3 DIAS
Considerar o número de semanas completas.
4, 5 E 6 DIAS
Considerar a semana seguinte.
 EXEMPLO
16 semanas e 4 dias = 17 semanas.
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Pode-se utilizar também o calendário, o disco ou a régua obstétrica.
Passo a passo da avaliação antropométrica:
Cálculo do IMC:
PESO PRÉ-GESTACIONAL CONHECIDO
Deve-se avaliar a gestante por meio dos pontos de corte do Instituto Americano de Medicina
(IOM, 2009). Para o cálculo, deve ser utilizado o peso aferido no período de 2 meses antes da
gestação até a 13ª semana gestacional.
 Atenção! Para visualização completada equação utilize a rolagem horizontal
Quadro 1: Ganho de peso recomendado (kg) na gestação segundo o estado nutricional inicial de
gestantes de feto único.
IMC pré-
gestacional
(kg/m2)
Ganho de
peso (kg) 
total até o
1º
trimestre 
(até a 14ª
semana)
Ganho de
peso (kg)
semanal no 2º
e 3º
trimestres 
(a partir da
14ª semana)
Ganho
de peso
(kg) 
total na
gestação
Ganho de peso
mínimo
(kg/sem)
Baixo peso
(BP)
< 18,5
2,0
0,51
(0,44 – 0,58)
12,5 –
18,0
0,44
Adequado (A) 1,5 0,42 11,5 – 0,35
IMC ( )=kg
m2
Peso pré−gestacional (kg)
Estatura2(m)
18,5 – 24,9 (0,35 – 0,50) 16,0
Sobrepeso
(S)
25 – 29,9
1,0
0,28
(0,23 – 0,33)
7,0 – 11,5 0,23
Obesidade
(O)
≥ 30
0,5
0,22
(0,17 – 0,27)
5,0 – 9,0 0,17
Fonte: Adaptado de IOM, 2009 por Accioly et al., 2009.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 ATENÇÃO
Para gestantes de baixa estatura (< 1,47m), usar o ganho de peso mínimo para cada faixa
de IMC.
Avaliar atenciosamente quando o ganho ponderal for > 0,5 kg/ mês ou > 3 kg/mês,
especialmente após a 20ª semana gestacional. Pode ser sugestivo de edema e Síndrome
Hipertensiva da Gestação (SHG).
Se a gestante já atingiu o ganho de peso total recomendado, mas ainda se encontra no 2º
trimestre, usar o ganho de peso mínimo para a sua faixa de IMC até o termo.
A retenção hídrica é comum na gestação e mais frequente no último trimestre. Deve- se obter o
peso seco, utilizando a tabela abaixo:
Tabela 1: Estimativa de peso seco a partir de edema retido.
Edema Retenção de peso hídrico
+ Tornozelo 1 kg
++ Joelho 3 – 4 kg
+++ Raiz da coxa 5 – 6 kg
++++ Anasarca 10 – 12 kg
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Fonte: Adaptado de Vasconcelos et al., 2011.
PESO PRÉ-GESTACIONAL DESCONHECIDO
Utiliza-se o peso atual e se calcula o IMC, também atual. A classificação será de acordo com
Atalah (1997).
 
Fonte: Atalah et. al., 1997.
Fonte: Atalah et. al., 1997.
CONSULTAS SUBSEQUENTES:
Existem duas possibilidades para o acompanhamento da gestante:
Acompanhamento pelo ganho de peso semanal estimado: verificar o ganho ponderal
proposto e comparar com o ganho de peso real da mulher.
Acompanhamento pelo gráfico de Atalah (IMC por semana gestacional): o gráfico apresenta
o desenho de três curvas, que delimitam as quatro faixas para classificação do EN, como
mostrado abaixo:
 
Fonte: Adaptado de Accioly et al., 2009.
Fonte: Adaptado de Accioly et al., 2009.
Como vimos, a gravidez é acompanhada por alterações anatômicas e fisiológicas que afetam
quase todas as funções orgânicas maternas, a fim de criar um ambiente favorável para o
desenvolvimento normal do concepto. O entendimento desses ajustes é indispensável para
subsidiar a conduta nutricional no pré-natal.
A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA
NUTRICIONAL NO PRÉ-NATAL: UMA VISÃO
PRÁTICA
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O TRANSPORTE DE NUTRIENTES DA MÃE PARA O FETO ATRAVÉS DA
PLACENTA É REALIZADO POR DIFERENTES MECANISMOS.
CORRELACIONE OS NUTRIENTES COM SEUS RESPECTIVOS
MECANISMOS DE TRANSPORTE NAS COLUNAS ABAIXO E ASSINALE A
ALTERNATIVA QUE CONTÉM A SEQUÊNCIA CORRETA. 
 
A. DIFUSÃO SIMPLES ( ) VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS 
B. DIFUSÃO FACILITADA ( ) IMUNOGLOBULINAS 
C. TRANSPORTE ATIVO ( ) ÁGUA 
D. PINOCITOS ( ) GÁS CARBÔNICO 
E. ULTRAFILTRAÇÃO ( ) CARBOIDRATOS 
A) B, C, A, D, E
B) C, D, E, B, A
C) E, D, B, A, C
D) C, D, E, A, B
2. QUAL HORMÔNIO PRODUZIDO NA GESTAÇÃO É RESPONSÁVEL PELA
REDUÇÃO DA MOTILIDADE DO TRATO GASTROINTESTINAL?
A) Lactogenio placentário humano
B) Estrogênio
C) Progesterona
D) Gonadotrofina coriônica humana
GABARITO
1. O transporte de nutrientes da mãe para o feto através da placenta é realizado por
diferentes mecanismos. Correlacione os nutrientes com seus respectivos mecanismos
de transporte nas colunas abaixo e assinale a alternativa que contém a sequência
correta. 
 
A. Difusão simples ( ) Vitaminas hidrossolúveis 
B. Difusão facilitada ( ) Imunoglobulinas 
C. Transporte ativo ( ) Água 
D. Pinocitos ( ) Gás Carbônico 
E. Ultrafiltração ( ) Carboidratos 
A alternativa "D " está correta.
 
A sequência acima demonstra o tipo de mecanismo de transporte relativo a cada tipo de nutriente
citado.
2. Qual hormônio produzido na gestação é responsável pela redução da motilidade do
trato gastrointestinal?
A alternativa "C " está correta.
 
A progesterona é responsável pelo relaxamento da musculatura lisa, causando hipotonia e,
consequente, redução da motilidade do trato gastrointestinal.
MÓDULO 2
 Descrever a avaliação dietética e as recomendações nutricionais na gestação
AVALIAÇÃO DIETÉTICA
A avaliação dietética deve ser bem detalhada. Pode-se utilizar o registro alimentar, o recordatório
de 24 horas ou o questionário de frequência alimentar (QFA) que rastreia melhor a ingestão de
micronutrientes. Deve ser utilizado um questionário validado preferencialmente com uma
população de gestantes. Veja esse modelo a seguir.
 
Fonte: USP
É necessário investigar:
Tabus alimentares. Ex: grávidas evitam mamão e abóbora porque consideram "quentes"
para o bebê.
Padrão das refeições.
Alergia e/ou Intolerância alimentar.
Inclusão/exclusão de alimentos.
Picamalácia (perversão do apetite. Ex: sabonete, carvão vegetal, melancia com margarina,
tomate com chocolate, frutas verdes).
Uso de produtos diet, light e edulcorantes.
Uso de álcool e refrigerantes.
Consumo de alimentos crus (toxoplasmose).
Suplementos nutricionais.
 
Fonte: Saunders C et al.
O consumo dos alimentos gera consequências. Alguns devem ser eliminados da dieta e outros
consumidos com moderação.
CONSUMO DE BEBIDA ALCOÓLICA
O consumo de álcool pode gerar alterações físicas, cognitivas e comportamentais permanentes e
irreversíveis no feto. O álcool tem alta capacidade de absorção, atravessando a barreira
placentária e encharcando o líquido amniótico e os tecidos fetais. Doses elevadas de álcool
podem prejudicar o transporte de O2 pelo cordão umbilical. Por isso, não é recomendado o
consumo de bebida alcoólica durante a gestação.
TOXOPLASMOSE
Causada pelo protozoário Toxoplasma Gondii (T. Gondii), transmitida através de felinos e
associada ao consumo de alimentos crus, principalmente, carnes. Pode causar: alterações na
retina, microcefalia, calcificações cerebrais e retardo mental, comprometimento auditivo, restrição
de crescimento intrauterino e prematuridade.
LISTERIOSE
Agente causador é a Listeria monocytogenes, que transmite a doença através de leites e
derivados não pasteurizados. As consequências da contaminação são: aborto espontâneo, parto
prematuro, natimortalidade e infecções neonatais.
SOJA E LINHAÇA
Devem ser usados com cautela, pois contêm fitoestrógenos (ação similar ao estrogênio).
CAFEÍNA
É capaz de atravessar a placenta. O consumo excessivo (10 a 14 xícaras/dia) está relacionado
ao baixo peso ao nascer e à má formação congênita. A recomendação, em geral, é de 2 xícaras
pequenas de café/dia (100 mL). Não esquecer as bebidas, como chás, refrigerante e chocolate.
CONTAMINANTES
Mercúrio, chumbo, cádmio, níquel e selênio são embriotóxicos, o que pode causar danos ao
sistema nervoso central do embrião. O metil mercúrio é um contaminante encontrado em peixes.
Desse modo, é recomendado o consumo de peixes com baixo teor de mercúrio (anchova,
sardinha, bagre, salmão, badejo, tilápia, bacalhau e truta).
CHÁ
A Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (SSERJ) contraindica o uso de chás durante
a gestação através da Resolução nº 1757, de 18 de fevereiro de 2002. Entre os chás citados,
estão os de erva-doce, espinheira santa, erva-cidreira, camomila e boldo – chás muito utilizados
nesse período.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL PARA DEFICIÊNCIA DE
VITAMINA A
A vitamina A é um micronutriente essencial para diversos processos metabólicos.Sua
deficiência pode ser detectada por meio da entrevista para Cegueira Noturna (XN).
PROCESSOS METABÓLICOS
Diferenciação celular, ciclo visual, crescimento, reprodução e sistema imunológico.
 
Fonte: Sounders e Leal, 2014
AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA E EXAMES
COMPLEMENTARES
Orientam quanto ao estado nutricional e de saúde geral da gestante. O Ministério da Saúde
recomenda a avaliação de:
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Grupo sanguíneo e fator Rh
Hemograma completo
Glicemia de jejum
VDRL
Sorologia para Toxoplasmose (IgM e IgG), hepatite B (HbsAg) e HIV
EAS e urinocultura com antibiograma
Citologia cervicovaginal
Coleta de cultura para GBS (cultura de Streptococcus agalactiae 35-37 semanas)
Ultrassonografia e Dopplervelocimetria
GESTAÇÃO GEMELAR
Caso a gestação seja gemelar (dois fetos), o ganho ponderal também irá variar de acordo com o
estado nutricional pré-gestacional.
Quadro 2: Ganho semanal e total para gestação gemelar, segundo o IMC pré-gestacional.
IMC pré-
gestacional
(kg/m2)
Ganho de Peso (kg) Semanal
Ganho de
peso (kg) Total0 – 20
semanas
20 – 28
semanas
28
semanas
ao parto
Baixo Peso (BP)
< 19,8
0,560 –
0,790
0,680 –
0,790
0,560 22,5 – 27,9
Adequado (A)
19,8 – 26,0
0,450 –
0,680
0,560 –
0,790
0,450 18 – 24,3
Sobrepeso (S)
> 26,0 – 29,0
0,450 –
0,560
0,450 –
0,680
0,450 17,1 – 21,2
Obesidade (O)
> 29,0
0,340 –
0,450
0,340 –
0,560
0,340 13 – 17,1
Fonte: Luke, 2005; WHO, 1995.
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GESTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA
A gravidez na adolescência representa risco nutricional e requer intervenção precoce e contínua.
Gestantes jovens apresentam maior risco nutricional por se encontrarem em um estágio rápido de
crescimento e desenvolvimento (ainda estão em fase de crescimento), além de haver maior
necessidade de nutrientes para suportar o crescimento e desenvolvimento fetal (ACCIOLY, 2009).
 
Fonte: Marcos Mesa Sam Wordley/Shutterstock
Repercussões da gravidez na adolescência:
 
Fonte: Arcady/Shutterstock
PARA A MÃE
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Síndromes hipertensivas da gravidez
Anemia
Risco de parto prematuro
Ganho de peso gestacional inadequado
Placenta prévia
Aumento da incidência de cesarianas
Disfunção uterina
Desproporção cefalopélvica
Anomalias congênitas
HIV
Fístulas
Retenção de peso pós-parto
Mortalidade materna e perinatal
 
Fonte: In-Finity/Shutterstock
PARA O CONCEPTO
Morbidade perinatal
Mortalidade infantil
Baixo peso ao nascer (BPN) e recém-nascidos de muito baixo peso no nascimento (< 1,5
kg)
Recém-nascido pré-termo (RNPT)
Restrição de crescimento intrauterino (RCIU)
Recém-nascidos pequenos para a idade gestacional (PIG)
Apgar abaixo no 5º minuto (teste feito no 1º minuto de nascimento e repetido no 5º minuto
após o parto para avaliar o estado geral e vitalidade no recém-nascido)
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Sofrimento fetal agudo
Para a avaliação do estado nutricional pré-gestacional, faz-se o cálculo do IMC e se usa a
classificação do estado nutricional através das curvas de IMC para a faixa etária de 5 a 19 anos
com base nas curvas da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2007).
Quadro 3: Classificação do estado nutricional de adolescentes do sexo feminino segundo IMC
pré-gestacional.
Valores críticos
Diagnóstico nutricional
Percentil Escore Z
< P3 < -2 Baixo peso
≥ P3 e < P85 ≥ -2 e < +1 Adequado
≥ P85 e < P97 ≥ +1 e < +2 Sobrepeso
≥ P97 ≥ +2 Obesidade
Fonte: Adaptado de Brasil, 2008.
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Peso: deve ser aferido em todas as consultas de pré-natal.
Estatura: adolescentes que engravidam menos de 2 anos após a menarca devem ter a estatura
aferida em todas as consultas, pois ainda estão em fase de crescimento.
Cálculo do ganho de peso
Quadro 4: Recomendação do ganho de peso segundo o estado nutricional.
Estado
Nutricional
Inicial
(IMC)
Ganho de
Peso (kg)
total no 1º
trimestre
Ganho de Peso
(kg) semanal
médio no 2º e 3º
trimestres
Ganho de
Peso (kg)
total na
gestação
Ganho de
Peso
mínimo
(kg/mês)b
Baixo Peso 2,3 0,5 12,5 – 18,0
Não
determinado
Adequado 1,6 0,4 11,5 – 16,0 1,0
Sobrepeso 0,9 0,3 7,0 – 11,5
Não
determinado
Obesidade - 0,3a 7,0- 9,1 0,5
a Ganho de peso mínimo para evitar parto prematuro em obesas. 
b Ganho de peso mínimo quando a gestante já alcançou o ganho de peso total recomendado,
mas ainda está no 2º trimestre. 
Fonte: Adaptado de Accioly et al., 2009.
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RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Objetivos:
Garantir suporte às modificações estruturais e metabólicas decorrentes do período
gestacional.
Assegurar o ótimo crescimento e desenvolvimento fetal.
Atender às reservas nutricionais do feto necessárias durante a primeira infância.
Garantir adequada produção láctea, sem comprometimento do estado nutricional materno.
Assegurar a saúde da nutriz .
Cálculo das necessidades energéticas
PASSO 1
Avaliar o EN pré-gestacional ou inicial e determinar o ganho de peso recomendado até a 40ª
semana gestacional.
PASSO 2
Calcular o VET (Valor Energético Total), iniciando pelo cálculo do Gasto Energético (GE), a partir
da estimativa da TMB (Taxa Metabólica Basal), segundo a idade materna.
Etapas para cálculo do VET
VALOR ENERGÉTICO TOTAL (VET):
Onde:
TMB – Taxa metabólica basal
NAF – Nível de atividade física
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ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
GE  =  TMB  ×  NAF
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javascript:void(0)
ETAPA 1
10 a 18 anos:
ETAPA 2
18 a 30 anos:
ETAPA 3
30 a 60 anos:
Cálculo do peso aceitável:
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IMC PRÉ-GESTACIONAL BAIXO PESO
Utiliza-se o peso aceitável.
IMC PRÉ-GESTACIONAL ADEQUADO
Utiliza-se o peso aceitável ou pré-gestacional.
TMB (kcal/dia)  =  13, 384 x peso (kg)  +  692, 6
TMB (kcal/dia)  =  14, 81 x peso (kg)  +  486, 6
TMB (kcal/dia)  =  8, 126 x peso (kg)  +  845, 6
IMC médio (21kg/m2) x E2
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javascript:void(0)
IMC PRÉ-GESTACIONAL SOBREPESO OU
OBESIDADE
Utiliza-se o peso pré-gestacional.
Cálculo do peso aceitável em adolescentes:
IMC – valor mediano correspondente à idade
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Cálculo do nível de atividade física:
ESTILO DE VIDA 
SEDENTÁRIO OU LEVE
1,4 – 1,69 (média -1,53)
ESTILO DE VIDA 
ATIVO OU MODERADAMENTE ATIVO
1,7– 1,99 (média 1,76)
ESTILO DE VIDA 
VIGOROSO OU MODERADAMENTE VIGOROSO
2,00 – 2,40 (média 2,25)
Nível de atividade física para gestantes adolescentes:
Idade (anos) Atividade leve Atividade moderada Atividade pesada
10 - 11 1,45 1,70 1,95
P(kg)  =  IMC x E2(m)
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javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
11 - 17 1,50 1,75 2,0
17 - 18 1,45 1,70 1,95
Fonte: Adaptado de Acccioly et al., 2009.
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Fonte: AXL/Shutterstock
Leve
Muito tempo na escola ou em atividades sedentárias; prática de esportes irregular; uso de
transporte motorizados. Principais atividades de lazer são: assistir TV, ler, jogar no computador
ou brincadeiras com pouca mobilidade.
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Fonte: Rabbitmindphoto/Shutterstock
Pesada
Caminhadas de longas distâncias; uso de bicicleta; envolvimento em ocupações que demandam
muita energia; prática de esporte que demandam muita energia; esforço físico por várias horas e
dias da semana.
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DISTRIBUIÇÃO ENERGÉTICA DIÁRIA
1º trimestre (IG < 14 semanas): 85 kcal/dia
2º trimestre (IG ≥ 14 a < 28 semanas): 285 kcal/dia
3º trimestre (IG ≥ 28 semanas): 475 kcal/dia
VET   =  GE  +  Adicional Energético (AE)
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 ATENÇÃO
Como muitas mulheres não iniciam o pré-natal no 1º trimestre, soma-se o AE de 85 kcal/dia (1º
trimestre)ao AE de 285 kcal/dia (2º trimestre), o que dá um AE de 360 kcal/dia.
CÁLCULO INDIVIDUALIZADO
1.
Para um ganho de 12 kg são necessárias 77.000 kcal, logo: 1 kg → 6417 kcal

2.
Obtida a energia total, divide-se pelo número de dias que faltam até o termo (40ª semana) e
adiciona-se ao GE, obtendo-se o VET TOTAL.
 EXEMPLO
Gestante de 26 anos, empregada doméstica, idade gestacional de 15 semanas. Peso pré-
gestacional: 57 kg. Peso atual: 59,1 kg. Altura: 1,65 m.
1º passo:
Avaliação do estado nutricional pré-gestacional segundo o IMC:
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Avaliação do ganho de peso gestacional (ver quadro 1):
Ganho de peso até a 15ª semana: 2,1 kg
Ganho estimado até o final da gestação: 0,4 kg/semana × 25 semanas=10 Kg
Ganho de peso total = 2,1 +10 =12,1 Kg (está dentro da faixa de 11,5 a 16 kg correspondente a
gestantes com IMC pré-gestacional adequado).
 
2º passo:
Cálculo do VET: 
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Cálculo do adicional energético: VET =2342,97 Kcal + 285 Kcal (adicional energético para o 2º
trimestre)
Cálculo do adicional energético individualizado:
Considerando que: 
IMC  =     =  20, 94  →  Adequado57
(1,65)2
V ET   =  GE  +  Adicional Energético
GE  =  TMB  ×  NAF
TMB  =  14, 818  ×  57  +  486, 6  =  1331, 23 kcal
GE  =  1331, 23 kcal   ×  1, 76  (estilo de vida ativo)  =  2342, 97 kcal
1kg  →  6417 kcal
10kg  →  X
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Dividir o adicional energético pelo número de dias que faltam para completar 40 semanas de
gestação:
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Ou seja, são necessárias 2.709,67 Kcal diárias para que a gestante tenha um ganho de peso
semanal de 0,4 kg e um adicional de 10 kg até a 40ª semana gestacional e um ganho total de
12,1 kg.
Recomendações de proteínas
FAO/WHO/UNU: relação g de proteína/kg de peso (1 g/kg/dia), calculado sobre o peso pré-
gestacional ou peso aceitável e acrescentar adicional:
1º TRIMESTRE
1 g/dia
X  =  6. 417  ×  10  =  64. 170 kcal
40  −  15  =  25 semanas
25  ×  7  =  175 dias
Adicional energético  =   =  366, 7 kcal/dia64.170
175
VET   =  2342, 97 kcal  +  366, 7 kcal  =  2. 709, 67 kcal
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2º TRIMESTRE
9 g/dia
3º TRIMESTRE
31 g/dia
Anvisa: o adicional deve ser de 71 g/dia (Institute of Medicine – IOM, EUA).
Gestação gemelar de dois fetos: adicional de 50g/dia a partir da 20ª semana.
Gestação na adolescência: ANVISA: 71g/dia.
FAO: de 15 a 19 anos – 1,5 g/kg de peso gestacional
ADA: ≤ 15 anos: 1,7 g/kg/dia de peso ideal
> 15 anos: 1,5 g/kg/dia de peso ideal
Recomendações de macronutrientes
CARBOIDRATOS
55 a 75% do VET
Fibras: > 25 g/dia
Açúcar de adição: < 10% do VET
PROTEÍNAS
10 a 15% do VET
LIPÍDIOS
15 a 30% do VET
Evitar ácidos graxos saturados, trans e colesterol
ÁGUA
3l/dia
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javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
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Recomendações de vitaminas e minerais
Vitamina A
Participa da proliferação e diferenciação celular, do ciclo visual, do
crescimento, da reprodução, do sistema imunológico, da manutenção do
tecido esquelético, da formação do esperma e da manutenção da
placenta. A deficiência ou consumo excessivos estão relacionados à
ocorrência de abortos espontâneos, parto prematuro, defeitos
congênitos cerebrais, oculares, auditivos e dos aparelhos geniturinário e
cardiovascular. A cegueira noturna é a manifestação ocular mais
precoce da deficiência de vitamina A e, por isso, deve ser investigada
na avaliação nutricional da gestante.
As reservas de vitamina A do feto são baixas, por isso o Brasil adotou o
PNSVA - Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A. Já no
pós-parto imediato, administra-se uma mega dose de 200.000 UI.
DRI (2001) na gestação:
14 a 18 anos: 750 µg/dia
19 a 51 anos: 770 µg/dia
Alimentos fonte: fígado de boi, azeite de dendê, leite e derivados
integrais, queijos amarelos, vegetais folhosos verde-escuro, hortaliças e
frutas amarelo-alaranjadas.
Vitamina E
Maior antioxidante lipossolúvel e protetor da oxidação das lipoproteínas,
exerce papel importante na patogênese da pré-eclâmpsia. A deficiência
é rara, mas pode causar anemia hemolítica em prematuros,
anormalidades neuromusculares e falhas na reprodução.
DRI (2000) na gestação:
14 a 50 anos: 15 mg/dia (α-tocoferol)
Alimentos fonte: óleos vegetais, gérmen de trigo, fígado, oleaginosas,
leite de vaca e derivados integrais, abacate, ovos e salmão.
Vitamina D É fundamental na homeostase de cálcio e fósforo e essencial ao
crescimento ósseo, ao sistema imunológico e à reprodução humana. As
concentrações de 25(OH)D do bebê possuem íntima correlação com a
materna. A insuficiência de vitamina D durante a gestação reflete no
ganho de peso insuficiente e mostra distúrbio da homeostase óssea da
criança. Estudos correlacionam a deficiência de vitamina D materna
com o aumento do risco de pré-eclâmpsia; em crianças, está ligada a
doenças autoimunes, como: diabetes tipo 1, esclerose múltipla, alergias
e doenças atópicas.
As necessidades diárias são supridas pela conversão da sua forma
ativa através da exposição à luz solar.
DRI (2011) na gestação: 600 UI/dia
Alimentos fonte: óleo de fígado de bacalhau, peixes gordurosos, fígado
de frango, gema de ovo e laticínios enriquecidos.
Vitamina K
Necessária para a síntese de protrombina e vários fatores de
coagulação. Sua absorção acontece no intestino delgado e requer a
preservação das funções hepática e biliar. A limitada transferência
placentária, a reduzida flora intestinal, a baixa concentração no leite
materno e a imaturidade do fígado em produzir protrombina tornam
necessária a administração de dose parenteral profilática de vitamina K
a fim de evitar a doença hemorrágica do recém-nascido.
DRI (2001) na gestação:
14 a 18 anos: 75 µg/ dia
19 a 50 anos: 90 µg/dia
Alimentos fonte: vegetais folhosos, fígado bovino e manteiga.
Tiamina
(Vitamina
B1)
Fundamental no metabolismo de carboidratos, na utilização de glicose
no sistema nervoso central e no ciclo de Krebs para a geração de
energia. Sua deficiência pode prejudicar o desenvolvimento cerebral.
DRI (1998) na gestação:
14 a 50 anos: 1,4 mg/dia
Alimentos fonte: levedura, carnes e vísceras, cereais (aveia), sementes e
oleaginosas, leguminosas.
Riboflavina
(Vitamina
B2)
Participa da formação de flavina adenina mononucleotídeo (FMN) e
flavina adenina dinucleotídeo (FAD), essenciais para geração de
energia. Responsáveis pela formação de células vermelhas do sangue,
regulação das enzimas tireoidianas e da gliconeogênese. Necessária
também na conversão de triptofano em niacina.
DRI (1998) na gestação:
14 a 50 anos: 1,4 mg/dia
Alimentos fonte: leveduras, leites e derivados, ovos, carnes e vísceras,
folhosos, cereais, oleaginosas, leguminosas.
Niacina
(Vitamina
B3)
É componente essencial de duas enzimas ativas, a nicotinamida-
adeninda-dinucleotídeo (NAD) e a nicotinamida-adenina-dinucleotídeo-
fosfato (NADP). Fornece energia para células por meio de reações de
oxirredução e metabolização de carboidratos. Pode ser sintetizada
pelas bactérias intestinais e a partir do triptofano.
DRI (1998) na gestação:
14 a 50 anos: 18 mg/dia
Alimentos fonte: leveduras, carnes em geral e vísceras, cereais integrais,
leites e derivados e oleaginosas.
Piridoxina
(Vitamina
B6)
Importante coenzima do metabolismo proteico, envolvida no
metabolismo de triptofano e sua conversão em niacina e na conversão
do ácido linoleico em araquidônico. É fundamental no desenvolvimento
do sistema nervoso central e na síntese de neurotransmissores. Utilizada
no tratamento da hiperêmese gravídica (náuseas e vómitos persistentes
e graves que impedem a alimentação e provocam perda de peso e
desidratação).
DRI (1998) na gestação:
14 a 50 anos: 1,9 mg/dia
Alimentosfonte: grão-de-bico, soja, feijão branco, batata, abacate,
banana, peito de frango, atum, carne de porco, leite de vaca, ovos e
gérmen de trigo.
Vitamina
B12
É necessária sua ligação ao fator intrínseco presente no suco gástrico
para ser absorvida. Indispensável para a conversão da homocisteína em
metionina e para a regeneração da forma ativa do ácido fólico. As
principais manifestações de carência são anemia megaloblástica e
distúrbios neurológicos com desmielinização difusa e progressiva.
Sua deficiência em gestantes aumenta o risco de malformação fetal e
defeitos do tubo neural. Altas doses de folato podem mascarar a
deficiência de B12.
A homocisteína é um dos mais sensíveis indicadores de deficiência de
B12, precedendo os sintomas clínicos.
DRI (1998) na gestação:
14 a 50 anos: 2,6 µg/dia
Alimentos fonte: produtos de origem animal como leites e derivados,
carnes em geral, vísceras, frutos do mar e ovos.
Cálcio Exerce diversas funções: contração muscular, ação nos
neurotransmissores, regulação da insulina, transmissão de impulsos
nervosos, coagulação sanguínea e regulação dos batimentos cardíacos.
Sua deficiência pode prejudicar o crescimento e desenvolvimento fetal,
alterar a permeabilidade da membrana, afetar a pressão sanguínea e
favorecer contrações uterinas que podem levar ao parto prematuro.
Gestantes com ingestão insuficiente de cálcio, vitamina D e fósforo
podem desenvolver osteoporose no futuro e gerar recém-nascidos com
menor densidade óssea. Estudos mostram que a ingestão de cálcio
reduziu o risco de hipertensão e pré-eclâmpsia e a suplementação
melhora sensibilidade à insulina em mulheres com diabetes tipo 2 e
hipertensão arterial.
DRI (2011) na gestação:
14 a 18 anos: 1300 mg/dia
19 a 30 anos: 1000 mg/dia
31 a 50 anos: 1000 mg/dia
Alimentos fonte: leite e derivados, sardinha, ostras, salmão, feijão – soja.
Fósforo
É essencial junto ao cálcio e se encontra em grande proporção em
ossos e dentes. Necessário para a formação do ácido
desoxirribonucleico (DNA), ácido ribonucleico (RNA) e adenosina
trifosfato (ATP), constituição de membranas celulares e reações de
fosforilação para ativação/desativação de enzimas. A ocorrência de
câimbras na gestação pode estar relacionada ao desequilíbrio da
relação cálcio/fósforo.
DRI (1997) na gestação:
≤ 18 anos: 1.250 mg/dia
19 a 50 anos: 700 mg/dia
Alimentos fonte: carne bovina, peixe, ovos, leite e derivados, nozes e
leguminosas, cereais e grãos.
Ferro Essencial para o crescimento, a saúde e o desenvolvimento do
organismo humano e para a síntese de hemoglobina e transporte de
oxigênio. A anemia durante este período aumenta o risco de morbidade
e mortalidade materna, prematuridade, baixo peso ao nascer,
mortalidade perinatal e menor concentração de hematócrito e
hemoglobina no recém-nascido. Durante a gestação, apesar de a
capacidade de absorção de ferro estar triplicada, é difícil atingir as
recomendações deste mineral apenas com a alimentação. Por esse
motivo, o Ministério da Saúde (MS), por meio do Programa Nacional de
Suplementação de Ferro (PNSF), recomenda para todas as gestantes,
a partir da 20ª semana até o 3º mês pós parto, doses de 40 mg de ferro
elementar e 400 µg de ácido fólico/dia. Em casos de anemia, deve-se
usar duas doses diárias de 60 a 120 mg de ferro elementar/dia durante
3 meses. No caso de prescrição maior que 60 mg, é aconselhável a
suplementação de cobre (2 mg) e zinco (15mg), já que a absorção
desses micronutrientes pode ficar prejudicada. O ferro está presente em
vários alimentos de origem animal e vegetal. Nos vegetais, está
presente o ferro não heme, com menor biodisponibilidade. Ou seja, sua
absorção pode sofrer influência de fatores facilitadores (ácido
ascórbico, carotenoides, frutose, citrato e os aminoácidos presentes nas
carnes: cisteína, histidina e lisina) e inibidores (fitatos, fibras, cafeína,
oxalatos, compostos fenólicos, cálcio, fósforo e zinco). Já o ferro
presente nos alimentos de origem animal, o ferro heme, deriva da
hemoglobina e sua absorção não sofre interferência de fatores
inibidores da absorção. No Brasil, segundo a resolução RDC 344 da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é obrigatória a
adição de ferro e ácido fólico nas farinhas de trigo e milho como uma
das formas de prevenção de anemia ferropriva.
DRI (2001):
14 a 50 anos: 27 mg/dia
Alimentos fonte: fígado bovino, carnes, ovos, vegetais de cor verde-
escuro e leguminosas.
Ácido
Fólico
Atua como coenzima em várias reações celulares. Devido à
participação na biossíntese de purinas e pirimidinas e na síntese de
DNA e RNA, é vital para a divisão celular e síntese proteica. Sua
deficiência está associada a uma série de complicações obstétricas
como: anemia megaloblástica, aborto espontâneo, descolamento de
placenta, parto prematuro, retardo do crescimento intrauterino, doença
hipertensiva específica da gravidez, hemorragia e defeitos do tubo
neural (DTN). Por esse motivo, o Ministério da Saúde orienta a
suplementação de 400 µg de ácido fólico/dia durante a gestação.
DRI (1998):
14 a 50 anos: 600 µg/dia
Alimentos fonte: levedo de cerveja, fígado bovino, folhosos, leguminosas
e gérmen de trigo.
Iodo
Participa da composição dos hormônios tireoidianos, tiroxina (T4) e
triiodotironina (T3), importantes no crescimento e desenvolvimento
humano. Sua deficiência está associada à maior incidência de
natimortos, abortos espontâneos e anormalidades congênitas
(deficiência mental, surdo-mudez, diplegia espástica, hipotireoidismo e
nanismo).
DRI (2001):
14 a 50 anos: 220 µg/dia
Alimentos fonte: frutos do mar, peixes, ovo e sal iodado.
Zinco
Componente ou cofator de um grande número de enzimas e inúmeros
processos metabólicos, como: síntese proteica, divisão celular,
modulação da prolactina, ação da insulina e de hormônios tireoidianos,
cicatrização e sistema imunológico. Sua deficiência está associada à
infertilidade, abortos e malformações congênitas.
DRI (2001):
14 a 18 anos: 12 mg/dia
19 a 50 anos: 11 mg/dia
Alimentos fonte: carnes, leite e derivados, ostras, mariscos, fígado,
queijos, cereais integrais, leguminosas e nozes.
Ácidos
Graxos
Essenciais
LC-PUFA
Os ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa (LC-PUFA) são
conhecidos pelo seu papel no desenvolvimento cerebral e da retina. Os
principais LC-PUFA são o araquidônico (ω-6), o docosaexaenoico
(DHA – ω3) e o eicosapentaenoico (EPA – ω3).
A dieta materna, antes e durante a gestação, determinará o tipo de
ácido graxo que se acumulará no tecido fetal. Os ácidos graxos
essenciais são transportados por meio da placenta e depositados no
cérebro e retina do feto. É importante garantir uma ingestão adequada
de ômega-3 para a saúde da mãe (reduz o risco de parto prematuro e
depressão pós-parto), do feto e para a composição do leite materno.
Sua suplementação é recomendada na dose de 200 a 400 mg/dia de
DHA.
Alimentos fonte: peixe de água salgada e gelada (salmão, sardinha e
arenque), óleos vegetais (soja, milho, girassol e canola) azeite extra
virgem, oleaginosas e abacate.
Probióticos O intestino, além de ser órgão de digestão e absorção, possui
importante papel imunológico. A função imune do intestino depende de
três componentes: barreira intestinal, sistema imune associado ao GALT
(tecido linfoide associado ao trato gastrointestinal plasmócitos,
linfócitos, imunoglobulina A) e MALT (tecido linfoide associado a
mucosas) e microbiota intestinal.
A dieta materna pode desempenhar um papel significativo na formação
da microbiota fetal. A microbiota intestinal alterada no início da vida
associada à dieta gestacional materna pode ter consequências
adicionais à programação do sistema imunológico da prole no início da
vida.
Estudos revelam que a transmissão da microbiota da mãe para o feto
pode ocorrer antes do parto, e que o ganho excessivo de peso
gestacional e a inflamação estão associados a alterações no
microbioma placentário. Ao produzir neurotransmissoresno intestino,
como serotonina ou GABA, a microbiota intestinal pode contribuir para
uma série de distúrbios neurológicos e comportamentais, incluindo
ansiedade, depressão e autismo, ativando ou deprimindo vias neurais
no sistema nervoso entérico e central (CHU et al, 2017).
O papel dos probióticos é auxiliar a recomposição da microbiota
intestinal, através da adesão e colonização da mucosa, impedindo a
adesão por bactérias patogênicas.
Função dos probióticos:
Nutricional: síntese de Vitamina do complexo B e Vitamina K.
Digestória: síntese de enzimas digestivas, principalmente lactase,
proteases e peptidases; regula o trânsito intestinal e a absorção
dos nutrientes.
Cardiovascular: redução dos níveis de colesterol plasmáticos.
Metabólica: produzem ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) que
são substrato metabólico para os colonócitos; produzem enzimas
Citocromo P450-like favorecendo a destoxificação hepática.
Imunomoduladora: essenciais para o desenvolvimento e a
maturação dos sistemas imune entérico e sistêmico (GALT e
MALT); contribuem para a promoção da tolerância oral, atuam na
manutenção da barreira mucosa intestinal e reduzem a produção
de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, interferon-γ, IL-8) e
aumentam a produção intestinal de citocinas anti-inflamatórias
(IL10 e TGF-β).
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ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS EM SITUAÇÕES
ESPECÍFICAS MAIS COMUNS NA GESTAÇÃO
Anemia Desestimular o consumo de café, chá, mate, refrigerante, leite e
derivados e alimentos ricos em fibras (farelos) junto às grandes
refeições.
Estimular o consumo de frutas ricas em vitamina C junto às
grandes refeições.
Estimular o consumo de alimentos fontes de ferro como: carnes,
vegetais verde-escuros (bertalha, espinafre, brócolis, couve,
entre outros), leguminosas e bife de fígado (100g) uma vez por
semana.
Cegueira
Noturna (XN)
Consumir de 1 bife pequeno de fígado (100g), uma vez por
semana.
Estimular o consumo de alimentos fonte de vitamina A como:
derivados de leite integral, ovo, folhosos verde-escuros e
vegetais alaranjados.
Náuseas e
vômitos
São comuns no início da gestação e responsáveis pela perda de peso
das gestantes no 1º trimestre.
Dieta fracionada com menor volume.
Evitar frituras, alimentos gordurosos e alimentos com odor forte
ou desagradável ou os que causem desconforto/intolerância.
Evitar o uso de condimentos picantes, preferir temperos suaves.
Preferir alimentos sólidos pela manhã e ricos em carboidratos
(biscoitos, torradas, iogurte, geleia de frutas).
Ingerir bastante líquido para evitar a desidratação e acidose
metabólica nos intervalos das refeições.
Preferir preparações à temperatura fria ou gelada e frutas com
caldo.
Evitar a monotonia alimentar.
Evite deitar-se após as grandes refeições (almoço e jantar).
Hiperêmese
Alterar a consistência da dieta para líquida gelada ou pastosa de
acordo com a tolerância (além das orientações dietéticas para
náuseas e vômitos).
Monitorar cuidadosamente a evolução ponderal e avaliar a
indicação de suplemento nutricional.
Avaliar a necessidade de encaminhar para acompanhamento
psicológico.
Pirose
Fracionar a dieta e reduzir o volume.
Elevar a cabeceira da cama e evitar deitar-se após as grandes
refeições.
Evitar café, chá, mate, álcool, fumo, doces, frituras, pastelarias,
alimentos gordurosos, embutidos e pimenta.
Excluir/substituir alimentos que causem desconforto/intolerância.
Sialorreia ou
Ptialismo
Fracionar a dieta e reduzir o volume.
Aumentar a ingestão de líquidos.
Estimular o consumo de frutas com caldo.
Orientar a deglutir a saliva.
Orientação semelhante à indicada para náuseas e vômitos.
Fraquezas e
Desmaios
Fracionar a dieta e reduzir o volume.
Evitar o jejum prolongado e intervalo grande entre as refeições,
visando prevenir a hipoglicemia e a hipotensão.
Utilizar o sal usado na dieta em quantidade normal, com exceção
em casos de hipertensão crônica que devem ser avaliados
individualmente.
Picamalácia
Conversar com a gestante, investigando problemas emocionais
ou familiares que possam estar associados e tentar convencê-la
a substituir essa prática pela ingestão de alimentos de sua
preferência.
Esclarecer que as substâncias não alimentares podem contribuir
para o agravo da anemia e interferir na absorção de nutrientes ou
mesmo acarretar doenças (parasitoses por exemplo).
Câimbras
Consumir alimentos fontes de potássio (água de coco, banana,
laranja entre outros), cálcio e vitamina B1.
Evitar a prática de exercícios em excesso.
Constipação
Intestinal e
flatulência
Aumentar a ingestão de fibras: frutas laxativas (mamão, ameixa,
laranja entre outras) e as demais com bagaço; vegetais de
preferência crus.
Consumir produtos integrais (cereais, pães, biscoitos, farinhas).
Consumir farelo de trigo ou aveia. Iniciar com 1 colher de chá e
aumentar conforme a tolerância, chegando até a 2 colheres de
sopa/dia, para evitar distensão abdominal.
Observar a tolerância a alimentos flatulentos (alho, batata-doce,
brócolis, cebola, couve, couve-flor, ervilha, feijão, milho, ovo,
rabanete, repolho, entre outros).
Aumentar atividade física, caso não haja contra indicação
médica.
Orientar o atendimento do reflexo retal.
Aumentar a ingestão de água por dia.
Mastigar bem os alimentos.
Evitar falar durante as refeições e comer devagar.
Fazer as refeições em ambiente calmo.
Hemorroidas Indicar dieta rica em fibras.
Sensação de
plenitude
É comum em casos de gestação gemelar ou no último trimestre de
gestação devido à compressão gástrica pelo útero aumentado.
Aumentar o fracionamento da dieta.
Modificar a consistência das preparações, principalmente no
jantar e na ceia, caso os sintomas sejam intensos.
Indicar complemento nutricional caso o valor energético da dieta
não seja alcançado.
Evitar alimentos gordurosos e que causem irritação gástrica.
Evitar deitar-se após a refeição.
Preferir roupas amplas e confortáveis.
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Neste módulo, observamos a atuação do nutricionista de modo a garantir uma boa ingestão de
nutrientes e favorecer a saúde da mãe e do concepto.
ELABORANDO UM PLANO ALIMENTAR
PARA UMA GESTANTE: UMA VISÃO
PRÁTICA
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. MARQUE A ALTERNATIVA EM QUE SÃO CITADOS OS PRINCIPAIS
COMPONENTES DO REQUERIMENTO DE FERRO NA GESTAÇÃO.
A) Aumento de massa de eritrócitos e crescimento fetal
B) Alto gasto energético materno e crescimento uterino
C) Crescimento fetal e formação da placenta
D) Crescimento placentário e baixa ingestão materna
2. MARQUE A ALTERNATIVA QUE REPRESENTA UMA CONDIÇÃO COMUM
EM CASOS DE GESTAÇÃO GEMELAR OU NO ÚLTIMO TRIMESTRE DE
GESTAÇÃO DEVIDO À COMPRESSÃO GÁSTRICA PELO ÚTERO
AUMENTADO.
A) Sensação de plenitude
B) Picamalácia
C) Eructação
D) Náuseas e refluxo
GABARITO
1. Marque a alternativa em que são citados os principais componentes do requerimento
de ferro na gestação.
A alternativa "A " está correta.
 
É necessária uma maior quantidade eritrócitos para suprir a necessidade de oxigênio materno e
fetal e para permitir o crescimento do feto.
2. Marque a alternativa que representa uma condição comum em casos de gestação
gemelar ou no último trimestre de gestação devido à compressão gástrica pelo útero
aumentado.
A alternativa "A " está correta.
 
À medida que o útero aumenta de volume, o estômago é comprimido, causando sensação de
plenitude.
MÓDULO 3
 Descrever as patologias associadas à gestação
DIABETES GESTACIONAL
O Diabetes melito representa um conjunto de distúrbios endócrinos caracterizados por
hiperglicemia, consequência da deficiência insulínica. Essa deficiência pode ser decorrente da
produção pancreática reduzida, de inadequada liberação e/ou da resistência periférica ao
hormônio.
As recentes diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e dos principais protocolos de
manejo de DM recomendam que a hiperglicemiainicialmente detectada em qualquer momento
da gravidez seja categorizada e diferenciada em DM diagnosticado na gestação ou em DMG.
 
Fonte: Adaptado de Femina, 2019.
 Fonte: Adaptado de Femina, 2019.
As modificações na gestação incluem progressiva resistência à insulina, catabolismo dos lipídios
com formações de corpos cetônicos e hipoglicemia de jejum comandadas pelos hormônios
contrainsulínicos placentários (cortisol, lactogênio placentário humano, prolactina e hormônio do
crescimento placentário).
O diabetes gestacional é caracterizado pela hiperglicemia em consequência da resistência
aumentada à insulina que ocorre no 2º trimestre e vai até o final da gestação. Se não houver
tratamento adequado, aumenta o risco de morbimortalidade perinatal, macrossomia fetal e
malformações. Mulheres com diabetes descompensado apresentam maior risco de anomalias
congênitas, retardo do crescimento intrauterino pelo aumento das comorbidades (hipertensão
crônica e nefropatias), parto prematuro e pré-eclâmpsia.
 
Fonte: Cristina.A/Shutterstock
Fatores de risco:
Idade igual ou superior a 35 anos.
Índice de massa corporal (IMC) >25 kg/m2 (sobrepeso e obesidade).
Antecedente pessoal e familiar de diabetes gestacional.
Macrossomia ou polidrâmnio em gestação anterior.
Óbito e malformação fetal sem causa aparente em gestação anterior.
Uso de drogas hiperglicemiantes (corticoides, diuréticos tiazídicos).
Síndrome dos ovários policísticos.
Hipertensão arterial crônica.
Ganho excessivo de peso.
Suspeita clínica ou ultrassonográfi¬ca de crescimento fetal excessivo ou polidrâmnio.
FISIOPATOLOGIA
 
Fonte: Med Photo Studio/Shutterstock
A primeira metade da gestação é caracterizada por intenso anabolismo, aumento da
sensibilidade à insulina, aumento da deposição de proteínas e lipídios e diminuição da glicemia
materna. Ocorre aumento dos níveis plasmáticos de insulina favorecendo a gliconeogênese e a
lipidogênese. Ao final do 2º trimestre, prevalece o catabolismo para atender às necessidades
crescentes do feto.
 
Fonte: Chompoo Suriyo/Shutterstock
O hiperinsulinismo e a resistência à insulina caracterizam o estado diabetogênico da gestação.
Quando a gestante tem uma reserva pancreática limitada e não consegue compensar as
alterações da gestação, desenvolve a intolerância aos carboidratos. No diabetes descontrolado,
ocorre transferência exagerada de glicose ao feto e consequente hiperinsulinismo e aumento de
deposição de gordura nos tecidos fetais, favorecendo a macrossomia.
 
Fonte: ANN PATCHANAN/Shutterstock
Os recém-nascidos macrossômicos têm órgãos aumentados, porém imaturos. Esse
hiperinsulinismo fetal também tem relação com a imaturidade pulmonar pela produção deficiente
de surfactante, causando a Síndrome da Angústia Respiratória. Ao mesmo tempo, a
hiperglicemia estimula o aumento das taxas de hemoglobina glicosilada fetal (ávida por oxigênio),
favorecendo a hipóxia tecidual e alterações morfológicas da placenta indicam oxigenação fetal
insuficiente.
Repercussões do diabetes:
 
Fonte: Arcady/Shutterstock
PARA A MÃE
Aumento de complicações como síndromes hipertensivas da gestação
Polidramnia
Infecções urinárias e pielonefrites
Candidíase
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Hipoglicemia
Cetoacidose
Trabalho de parto prematuro
Necessidade de parto cirúrgico
Diabetes tipo 2 pós-gestacional
Lesões vasculares nos rins e retina
Maior risco de aborto
 
Fonte: In-Finity/Shutterstock
PARA O CONCEPTO
Macrossomia
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Restrição do crescimento intrauterino retardado
Asfixia e sofrimento fetal durante o parto
Prematuridade
Óbito
Síndrome da angústia respiratória
Distúrbios metabólicos
Malformações congênitas
Maior risco de desenvolvimento de obesidade e diabetes tardiamente
RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO
Segundo o Ministério da Saúde, na primeira consulta do pré-natal, deve ser solicitada a glicemia
de jejum para todas as gestantes. O rastreamento e o diagnóstico estão resumidos na figura
abaixo:
 
Fonte: Adaptado de Femina, 2019
 Diagnóstico de DMG em situação de viabilidade financeira e disponibilidade técnica total. 
Fonte: Adaptado de Femina, 2019.
TRATAMENTO
As glicemias normais são tratadas com esquema terapêutico de monitoramento glicêmico,
atividade física, terapia nutricional e/ou insulinoterapia.
O controle glicêmico pode ser feito através do monitoramento da glicemia pela própria paciente.
Se, após duas semanas de dieta, os níveis glicêmicos permanecerem elevados, ou seja, glicemia
de jejum maior ou igual a 95mg/dL e 1 hora pós-prandial maior ou igual a 140mg/dL, a
insulinoterapia deve ser iniciada.
 
Fonte: Shutterstock
 
Fonte: Shutterstock
 
Fonte: Shutterstock
TERAPIA NUTRICIONAL
Os objetivos da terapia nutricional são:
MANTER A NORMOGLICEMIA
FORNECER ENERGIA E NUTRIENTES ADEQUADOS PARA O GANHO DE
PESO DESEJÁVEL
CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL
PREVENÇÃO DA MANUTENÇÃO DO DIABETES PÓS-PARTO
OTIMIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE MATERNA E DE
DESENVOLVIMENTO FETAL
As necessidades dessa gestante devem ser calculadas por meio do IMC prévio, utilizando as
recomendações do IOM (2019) para ganho ponderal e o mesmo procedimento usado para
gestantes sem diabetes.
O cálculo do valor energético total da dieta também pode ser feito de acordo com o estado
nutricional da gestante e por meio das calorias por quilo.
Cálculo do valor energético total da dieta, a partir da adequação de peso
Estado nutricional/gravidez Kcal/kg/dia
Eutrófica 30
Obesidade 24
Obesidade mórbida 12 a 18
Baixo Peso 36 a 40
Fonte: Adaptada de Vitolo et al., 2015.
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As recomendações de macronutrientes são:
Carboidratos: 45 a 65% do VET – mínimo de 175g de carboidratos
Fibras solúveis e insolúveis devem ser de 20 a 35g/dia ou 14g/1000 Kcal
Proteínas: 15 a 20% do VET
Lipídios: 20 a 35% do VET - <7% do VET de gordura saturada; colesterol < 200 mg/dia
As refeições devem ser fracionadas para prevenir episódios de hiper/hipoglicemia. A ceia
merece atenção especial para prevenção da cetose acelerada durante a noite.
Nos casos em que os objetivos da terapia nutricional não forem alcançados, pode ser útil a
avaliação dietética com base no índice glicêmico dos alimentos. Outra ferramenta nutricional
recomendada é a contagem de carboidratos, indicada pela Sociedade Brasileira de Diabetes.
EDULCORANTES
Podem ser utilizados dentro da quantidade máxima recomendada: Acesulfame-k (15 mg/kg/d),
aspartame (40 mg/kg/d (Brasil) / 50 mg/kg/d (FDA)), neotame (2 mg/kg/d), sacarina (5 mg/kg/d) e
sucralose (5 mg/kg/d).
MICRONUTRIENTES
A dieta deve ser adequada em potássio, magnésio, zinco e cromo. A deficiência desses
nutrientes pode agravar a hiperglicemia.
A adesão ao plano alimentar saudável é fundamental para o bom controle glicêmico.
SÍNDROMES HIPERTENSIVAS
São mais comuns em mulheres nulíparas, em gestação múltipla, com hipertensão há mais de 4
anos, história de hipertensão em gravidez prévia e de doença renal, ou mulheres com história
familiar de pré-eclâmpsia.
Classificação da hipertensão arterial em mulheres gestantes (BRASIL, 2012):
Hipertensão arterial
crônica
Hipertensão de qualquer etiologia (pressão arterial ≥ 140/90
mmHg) presente antes da gravidez ou diagnosticada até a 20ª
semana da gestação.
Pré-
eclâmpsia/eclâmpsia
Ocorre após a 20ª semana de gestação, pressão arterial ≥
140/90 mmHg, com proteinúria (> 300 mg/24h). Pode evoluir
para eclâmpsia.
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Eclâmpsia Presença de convulsões não causadas por epilepsia ou
qualquer outra doença convulsiva. Pode ocorrer na gravidez,
no parto e no puerpério imediato.
Hipertensão crônica
com pré-eclâmpsia
associada
É o surgimento de pré-eclâmpsia em mulheres com
hipertensão crônica ou doença renal. Agravamento após a 20ª
semana gestacional.
Hipertensão
gestacional
Hipertensão sem proteinúria que ocorre após 20 semanas de
gestação.
Hipertensão
transitóriaA pressão arterial volta ao normal cerca de 12 semanas após
o parto.
Síndrome HELLP
Agravamento da pré-eclâmpsia, caracterizado por hemólise
(H=hemolysis), elevação das enzimas hepáticas (EL=
elevated liver functions tests, transaminases –ALT ou TGP,
AST ou TGO) e plaquetopenia (LP= low platelets count,
contagem de plaquetas <100.000mm3).
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Fatores de risco: obesidade, baixa estatura, história prévia de hipertensão, diabéticas com
proteinúria, hipertensas pregressa por mais de 4 anos, e com nefropatia hipertensiva, idade
materna (primigestas, > 40 anos e <16 anos), raça/etnia (negras, hindus, árabes, iraquianas),
gestação múltipla, polidramnia.
FISIOPATOLOGIA
Ajustes fisiológicos da gestação:
Fecundação do óvulo → Tolerância imunológica

Alterações bioquímicas e morfológicas

Desenvolvimento placentário, aumento do volume plasmático materno (50%)

Prostaglandinas

↑ Prostaciclina e ↓ Tromboxano

Vasodilatação generalizada
Por razões desconhecidas, em algumas gestantes a invasão trofoblástica nos vasos uterinos
ocorre de maneira incompleta ou não ocorre, havendo preservação da camada muscular desses
vasos com resistência aumentada ao fluxo sanguíneo uteroplacentário.
FISIOPATOLOGIA DA PRÉ-ECLÂMPSIA E
ECLAMPSIA
Pré-eclâmpsia e eclâmpsia

Síndrome de má adaptação

↓ produção de prostaciclina e ↑ produção de tromboxano

Vasoespasmo, dano endotelial, agregação 
plaquetária, aumento da pressão arterial

Hipóxia tecidual e alterações multissístêmicas 
(hematológica, renal, hepática, cerebral, pulmonar, 
oftalmológica, uteroplacentária)
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS E
ORIENTAÇÕES DIETÉTICAS
 
Fonte: AtlasStudio/Shutterstock
As gestantes que apresentam um ou mais fatores de risco devem reduzir a velocidade de ganho
de peso e melhorar a qualidade da dieta para prevenir essa patologia. A determinação de
energia diária é feita seguindo o mesmo procedimento para gestantes saudáveis.
 
Fonte: Syda Productions/Shutterstock
Em relação às proteínas, a dieta deve ser hiperproteica com elevado teor de proteína de alto valor
biológico para facilitar a síntese de albumina.
 
Fonte: Syda Productions/Shutterstock
Acredita-se que o efeito dos níveis normais de albumina no distúrbio hipertensivo da gestação é
mais eficaz na redução do edema e da pressão arterial do que a restrição de sódio. Portanto, de
modo geral, não é recomendada a restrição de sódio, apenas a restrição de alimentos ricos em
sódio. A restrição de sódio só é recomendada se a gestante apresentar hipertensão crônica.
 
Fonte: nevodka/Shutterstock
No que diz respeito à suplementação de cálcio, acredita-se que a baixa ingestão resulta no
aumento do hormônio paratireoidiano, produzindo vasoconstrição e aumento da pressão arterial.
Por essa razão, a Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia recomenda
a suplementação de 2 g/dia de cálcio em mulheres em risco e com baixa ingestão de nutriente,
como medida de prevenção da pré-eclâmpsia. A suplementação de cálcio junto com ácido
linoleico aumenta os níveis de prostaciclinas e da vasodilatação. As vitaminas A, C e E têm ação
antioxidante e controlam a peroxidação lipídica, evitando a lesão endotelial e a ação
vasoconstrictora do tromboxano.
ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL
PRÉ-ECLÂMPSIA, HIPERTENSÃO GESTACIONAL OU
CRÔNICA – ESTÁGIO 1
Tratamento ambulatorial.
Dieta normossódica (até 6 g/dia), hiperproteica, adequada em vitaminas e minerais (A, C,
E e Cálcio – 2000 mg).
Preferir frutas, legumes e verduras, cereais integrais, leguminosas, leites e derivados
desnatados, quantidades reduzidas de gorduras saturadas, trans e colesterol.
Preferir óleos vegetais: soja, milho, girassol e canola.
Peixe: 2 a 3 porções/semana.
PRÉ-ECLÂMPSIA, HIPERTENSÃO GESTACIONAL OU
CRÔNICA – ESTÁGIO 2
Internação obrigatória.
Dieta normossódica (até 6 g/dia). Em hipertensão grave persistente ou crônica, máximo de
2 a 3 g/dia de sal de adição.
Dieta hiperproteica, adequada em vitaminas e minerais (A, C, E e Cálcio).
Preferir frutas, legumes e verduras, cereais integrais, leguminosas, leites e derivados
desnatados, quantidades reduzidas de gorduras saturadas, trans e colesterol.
Preferir óleos vegetais: soja, milho, girassol e canola
Peixe: 2 a 3 porções/semana.
ECLÂMPSIA
Seguir as recomendações do estágio 2.
SÍNDROME HELLP
Conduta similar a indicada na PE grave e Eclâmpsia.
Tratamento definitivo é a interrupção da gravidez.
MEDIDAS GERAIS
Controle do peso, estresse, infecções, fumo, repouso noturno (8h) e diurno (2h).
Monitoramento da vitalidade e crescimento fetal.
Atividade física regular monitorada 2 a 3x/semana.
Uso de álcool e cigarro deve ser desencorajado.
Ingestão de líquidos não deve ser limitada ou forçada.
NUTRIÇÃO NA GESTANTE COM HIV
O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um retrovírus causador da AIDS (Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida) e atua nos linfócitos T CD4+, alterando seu DNA com o objetivo de
replicação. Após a produção das cópias virais, o linfócito T CD4+ se rompe, liberando-as para
que novos ataques ocorram (AIDS, 2017).
Após a infecção pelo HIV, ocorre diminuição progressiva do número e atividade dos linfócitos T
CD4+ e comprometimento da imunidade celular de maneira tardia e avançada (Accioly et al.,
2009).
 
Fonte: forma82/Shutterstock
TRANSMISSÃO VERTICAL
É a transmissão do vírus de gestantes infectadas pelo HIV (HIV+) para seus filhos durante a
gestação, parto ou aleitamento materno.
Os fatores que colaboram para a transmissão vertical (Brasil, 2012):
FATORES 
VIRAIS
FATORES 
MATERNOS
FATORES 
COMPORTAMENTAIS
FATORES 
OBSTÉTRICOS
FATORES 
INERENTES AO RECÉM-NASCIDO
FATORES VIRAIS
A carga viral, o genótipo e o fenótipo viral.
FATORES MATERNOS
Estado clínico e imunológico, presença de DST e outras coinfecções, estado nutricional e tempo
de uso de antirretrovirais na gestação.
FATORES COMPORTAMENTAIS
Uso de drogas e prática sexual desprotegida.
FATORES OBSTÉTRICOS
Duração da rotura das membranas amnióticas, a via de parto e a presença de hemorragia
intraparto.
FATORES INERENTES AO RECÉM-NASCIDO
Prematuridade e baixo peso ao nascer e aleitamento materno.
Dentre os fatores de maior relevância para a Transmissão Vertical, pode-se destacar a carga viral
elevada e o tempo prolongado de ruptura das membranas amnióticas.
Diversos estudos apontam redução de transmissão vertical do HIV por meio de intervenções
preventivas como: uso de antirretrovirais combinados, parto cesáreo, quimioprofilaxia com o AZT
na parturiente e no recém-nascido e a não amamentação.
HIV E ALEITAMENTO MATERNO
O leite materno é uma importante via de transmissão do HIV para o bebê. A baixa contagem de
CD4+, a alta carga viral no leite e plasma materno, a soroconversão materna e a duração do
aleitamento materno são fatores de risco pós-natais importantes para a transmissão do HIV e
mortalidade da criança.
Por esse motivo, o Ministério da Saúde contraindica o aleitamento materno em situações de
infecção materna pelo HIV, inclusive o aleitamento materno cruzado (aleitamento da criança por
outra mulher ou ama-de-leite) devido ao risco de transmissão do HIV.
 
Fonte: Odua Images/Shutterstock
DIAGNÓSTICO
É recomendada a realização de teste anti-HIV para todas as gestantes na primeira consulta pré-
natal e no início do 3º trimestre.
Exames bioquímicos deverão ser realizados para avaliação do curso da doença e para
monitoramento da saúde da gestante/lactante. Os exames solicitados rotineiramente são:
Contagem de linfócitos T-CD4
Medida da carga viral
Hemograma
Plaquetas
Enzimas hepáticas
 ATENÇÃO
A profilaxia com antirretrovirais deverá ser iniciada a partir da 14ª semana gestacional.
MANEJO ANTIRRETROVIRAL NA GESTAÇÃO
A indicação de TARV (terapia antirretroviral) na gestação pode ter dois objetivos: profilaxia da
transmissão vertical ou tratamento da infecção pelo HIV:
PROFILAXIADA TRANSMISSÃO VERTICAL
Gestantes assintomáticas, com contagem de T-CD4 + ≥ 350 céls./mm3 → a profilaxia deve ser
suspensa após o parto.
TRATAMENTO DA INFECÇÃO PELO HIV
Mulheres que apresentam repercussão clínica ou imunológica grave, gestantes sintomáticas ou
assintomáticas com contagem de T-CD4 + ≤ 350 céls./mm3.
A TARV deve também ser considerada para pacientes com contagem de 350 ≤ CD4 ≤ 500
células/mm3 na presença das seguintes condições:
Coinfecção pelo vírus da hepatite B e C
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Doença cardiovascular estabelecida ou com risco elevado (acima de 20% segundo escore
de Framingham)
Nefropatia do HIV
Carga viral elevada, superior a 100.000 cópias
Neoplasias
 ATENÇÃO
As mulheres que não receberam AZT oral durante a gestação devem receber durante o trabalho
de parto e parto até o clampeamento do cordão umbilical.
VIA DE PARTO
Será baseada no resultado da carga viral materna realizada a partir da 34ª semana:
CARGA VIRAL < 1000 CÓPIAS/ML
Via de parto é determinada por indicação obstétrica (vaginal ou cesárea)
CARGA VIRAL ≥ 1000 CÓPIAS/ML
Via de parto indicada é a cesariana eletiva
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL
O estado nutricional da mulher HIV+ antes e durante a gestação influencia sua saúde e
sobrevivência e a do recém-nascido. O estado nutricional adequado pode reduzir a transmissão
vertical por meio do aumento da resposta imune da mãe e da criança.
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As mudanças fisiológicas da gestação e a infecção pelo HIV aumentam a taxa metabólica basal
e os requerimentos de energia.
 ATENÇÃO
A avaliação antropométrica é realizada seguindo os mesmos parâmetros de gestantes não
infectadas.
As gestantes infectadas pelo vírus HIV ganham menos peso e apresentam maior prevalência de
deficiências de micronutrientes. Assim, a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2003)
recomenda um acréscimo energético diário com objetivo de manutenção do estado nutricional.
Acréscimo:
- 10% para gestante assintomática
- 20% para gestante sintomática inicial
- 30% para gestante sintomática
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Para considerar o crescimento fetal e ganho de peso materno, é necessário incluir o adicional
energético que pode ser calculado individualmente (6417 Kcal – 1 kg de peso/semanas/dias).
Gestantes com baixo peso pré-gestacional ou com gasto energético aumentado devido à
infecção pelo HIV devem adicionar 300 kcal/dia no primeiro ou no segundo trimestre (MS, 2010).
 ATENÇÃO
As recomendações de macronutrientes e micronutrientes são idênticas às de gestantes de baixo
risco.
Neste módulo, pudemos observar o papel da alimentação adequada e saudável no tratamento
dos agravos associados ao período gestacional.
GET   =  (TMB  ×  NAF)  +  Acréscimo (%)
DIABETES GESTACIONAL: A IMPORTÂNCIA
DA NUTRIÇÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. QUAL DOS FATORES ABAIXO SÃO OS PRINCIPAIS COLABORADORES
PARA A TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV?
A) Carga viral e tempo prolongado da ruptura das membranas amnióticas
B) Fenótipo vital e via de parto
C) Estado nutricional e estado imunológico
D) Baixo peso ao nascer e genótipo viral
2. NA PRÉ-ECLÂMPSIA E ECLÂMPSIA, OCORREM DANOS ENDOTELIAIS
CAUSADOS POR:
A) Aumento de prostaciclinas e aumento de tromboxanos
B) Redução de prostaciclinas e aumento de tromboxanos
C) Redução de prostaciclinas e redução de tromboxanos
D) Aumento de prostaciclinas e redução de tromboxanos
GABARITO
1. Qual dos fatores abaixo são os principais colaboradores para a transmissão vertical do
HIV?
A alternativa "A " está correta.
 
Esses dois fatores são os maiores colaboradores para a transmissão vertical porque quanto
maior a quantidade de vírus e o tempo entre a ruptura da membrana amniótica e o parto, maior é
a chance de infecção intra-amniótica.
2. Na pré-eclâmpsia e eclâmpsia, ocorrem danos endoteliais causados por:
A alternativa "B " está correta.
 
Em casos de eclâmpsia e pré-eclâmpsia, ocorre uma má adaptação do organismo que reduz a
produção de prostaciclinas (vasodilatador) e aumenta a de tromboxanos (atua na coagulação),
contraindo o vaso sanguíneo.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O período gestacional é uma fase em que há aumento elevado das exigências nutricionais para
permitir o ajuste fisiológico materno e o desenvolvimento fetal. Os recém-nascidos com boas
condições de nutrição na vida intrauterina têm maiores chances de alcançar o melhor
desenvolvimento físico e mental. Já o estado materno anterior e a duração da gestação se
associam ao maior risco de intercorrências e, consequentemente, ao resultado obstétrico
negativo. Neste cenário, vimos que a assistência nutricional é fundamental no acompanhamento
do pré-natal para garantir um bom resultado obstétrico.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
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FEBRASGO.

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