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Insuficiência venosa cronica

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ARTHUR BITTENCOURT 
 
INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA 
 São as varizes dos MMII. São tortuosidades ou dilatações das veias do sistema 
superficial ou penetrante e principal mecanismo é incompetência valvular, alterações 
da parede ou aumento de pressão 
FR 
 >50a, mulher, hormônios femininos (progesterona gera vasodilatação e 
estrogênio relaxa músculo liso), hereditariedade, postura laboral, TVP, TU pélvico. 
FISIOPATO 
 Primário (por incompetência valvar superficial à fatores constitucionais ou 
aumento fisiológico da pressão em MMII) ou secundário (dça que aumenta pressão em 
MMII como TVP, fístula AV traumática, massa pélvica com compressão vascular) 
 Na insuficiência valvar o fluxo retrógrado de sangue ocorre tanto na contração 
quando no repouso muscular à hipertensão venosa crônica. 
 Leva ao acúmulo de sangue, edema, começa aumentar pressão também em 
capilar e arteríolas, gerando reação inflamatória que danifica parede do vaso. Há 
lipodermatofibrose. Hb sai do vaso e impregna no tecido da pele após ser degrada em 
hemossiderina deixando cor castanho irreversível. Também aumenta síntese de 
melanina que deixa pele escura nas regiões tróficas e começa a surgir úlceras, pela 
estase venosa. 
MC 
 Assintomático. Se sintomático: estética, dor, peso/desconforto em MMII, sendo 
intensidade nem sempre relacionado com gravidade. Queixas em geral melhora ao 
deitar-se. Prurido é comum. 
DX E AVALIAÇÃO 
 EF: alterações cutâneas (telangectasias, veias reticulares, eczema varicoso, 
dermatite ocre, úlcera...), edema em geral fim do dia e em região perimaleolar. Testes: 
Brodie-trendelemburg, teste de perthes. 
 Úlcera: complicação grave devido estase venosa crônica. Só em áreas com 
alterações tróficas (em geral pouco acima do maléolo medial), sendo em geral únicas, 
circunscritas, bordo elevado, fundo plano, cianótico e secretante. Comum halo de 
celulite em volta. Além de úlcera, tem como complicação flebite e erisipela de 
repetição. 
 USG com doppler 
 Flebografia SN. 
CLASSIFICAÇÃO 
 CEAP: Clínica, Etiológica, Anatômica, Patológica 
TTO 
 Clínico: meias de compressão, curativo em úlcera, injeção de substancia 
esclerosante em veias reticulares e telangectasia (CEAP 1) 
 Cx: estética, refratários ao tto clínico, sgto proveniente de uma variz, 
lipodermatofibrose, tromboflebite superficial, úlcera de estase venosa com sinal de 
infecção (desbridamento) 
 Técnicas: 
 1- safenectomia: se intenso/extenso: liga colaterais e tira safena 
magna ou parva. Se TVP não faz. 
 2- valvuloplastia: corrigir válvula. Raro indicar 
ARTHUR BITTENCOURT 
 
4- Retirar microvarizes. 
Indicação: 
 C1: telangectasia e veias reticulares: escleroterapia estética. Laser 
menos eficaz. 
 C2: veias varicosas: se refluxo em junção safeno-femoral ou safeno-
poplíteo ou tiver tributária ou perfurante ineficaz: CX 
 C3: edema: meia >35mmHg. Venoativos complementar (melhora edema 
e sintomas) 
 C4: alterações tróficas: meia >35mmHg. Cx pode ser opção 
 C5: úlcera cicatrizada: cx. Meia >45mmHg para prevenir recorrência 
 C6: úlcera ativa. Meia e bandagem elástica. Refluxo. Cx.

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