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1 - Teoria Geral dos Recursos

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TEORIA GERAL DOS RECURSOS 
Eduardo Madruga
Professor Universitário. Mestre em direito processual 
pela universidade de Coimbra.
JUSTIFICATIVAS PARA UM SISTEMA RECURSAL 
a) as falhas e as imperfeições humanas, particularmente 
da pessoa do juiz, que personifica o Estado na 
prestação jurisdicional; 
b) a irresignação que é ínsita ao ser humano, no caso, 
daqueles que têm suas esferas jurídicas alcançadas (ou 
por serem representantes delas) e dos que fiscalizam a 
ordem jurídica; 
c) a uniformização da aplicação do direito; 
d) a utilidade preventiva.
e) Existe duplo grau de jurisdição? 
CONCEITO 
“Meio voluntário idôneo a ensejar dentro do 
mesmo processo a reforma, a invalidação, 
o esclarecimento ou a integração de 
decisão judicial que se impugna”
▪ VÍCIOS (ERROS) ATRIBUÍVEIS AOS ATOS 
DECISÓRIOS
a) vício de atividade (error in procedendo): consistente 
no defeito formal (equívoco de forma), que contamina 
a decisão jurisdicional enquanto ato jurídico, 
tornando-a inválida, a justificar, por isso, sua cassação.
b) vício de julgamento (error in iudicando): consistente 
no erro na resolução do mérito (equívoco de 
conteúdo), ocorrido na solução de questões de fato e 
de direito (mesmo que, eventualmente, de natureza 
processual), a justificar, por isso, sua reforma
▪ PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE 
CABIMENTO
LEGITIMIDADE RECURSAL 
INTERESSE RECURSAL
INEXISTÊNCIA DE FATO EXTINTIVO OU IMPEDITIVO
TEMPESTIVIDADE
REGULARIDADE FORMAL 
PREPARO
CABIMENTO
Princípio da Taxatividade
Princípio da Unicidade
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos:
I - apelação;
II - agravo de instrumento;
III - agravo interno;
IV - embargos de declaração;
V - recurso ordinário;
VI - recurso especial;
VII - recurso extraordinário;
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX - embargos de divergência.
IMPORTANTE 
 SUPRESSÃO DOS SEGUINTES RECURSOS:
AGRAVO RETIDO 
EMBARGOS INFRINGENTES
LEGITIMIDADE RECURSAL 
A legitimidade recursal se consubstancia na exigência de 
que o recurso seja interposto por quem possui, por 
previsão legal, o poder de recorrer. 
No caso, as partes, o terceiro prejudicado e o Ministério 
Público têm legitimidade recursal (art. 996 do Código de 
Processo Civil). 
▪ Art. 996. O recurso pode ser interposto pela 
parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo 
Ministério Público, como parte ou como fiscal da 
ordem jurídica.
▪ Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar 
a possibilidade de a decisão sobre a relação 
jurídica submetida à apreciação judicial atingir 
direito de que se afirme titular ou que possa 
discutir em juízo como substituto processual.
 
INTERESSE RECURSAL 
O interesse recursal se consubstancia na exigência de que 
o recurso interposto seja útil (possa trazer alguma 
vantagem prática) e necessário (constituir na única via 
hábil à obtenção da vantagem aspirada) ao recorrente. 
TEMPESTIVIDADE
A tempestividade constitui exigência de que a 
faculdade recursal seja exercida dentro do prazo 
legal (a considerar o fuso-horário adotado pelo 
órgão jurisdicional em que será praticado o ato de 
interposição), caso contrário, dar-se-á ensejo à 
preclusão temporal e à formação de coisa julgada.
PRAZO 
 Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se 
da data em que os advogados, a sociedade de advogados, 
a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério 
Público são intimados da decisão.
§ 1o Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão 
intimados em audiência quando nesta for proferida a 
decisão.
§ 2o Aplica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, ao prazo 
de interposição de recurso pelo réu contra decisão 
proferida anteriormente à citação.
PRAZO 
§ 3o No prazo para interposição de recurso, a 
petição será protocolada em cartório ou 
conforme as normas de organização 
judiciária, ressalvado o disposto em regra 
especial.
HARMONIZAÇÃO DOS PRAZOS 
§ 5o Excetuados os embargos de 
declaração, o prazo para interpor os 
recursos e para responder-lhes é de 15 
(quinze) dias.
COMPROVAÇÃO DO FERIADO 
§ 6o O recorrente comprovará a ocorrência 
de feriado local no ato de interposição do 
recurso.
E se não for comprovada a ocorrência de feriado 
local no ato da interposição, o recurso será 
considerado intempestivo?
AFERIÇÃO DE TEMPESTIVIDADE 
§ 4o Para aferição da tempestividade do recurso 
remetido pelo correio, será considerada como data 
de interposição a data de postagem.
- fica superado o enunciado 216 da súmula do STJ 
(“A tempestividade de recurso interposto no 
Superior Tribunal de Justiça é aferida pelo registro 
no protocolo da Secretaria e não pela data da 
entrega na agência do correio”).
Art. 1.004. Se, durante o prazo para a interposição 
do recurso, sobrevier o falecimento da parte ou de 
seu advogado ou ocorrer motivo de força maior 
que suspenda o curso do processo, será tal prazo 
restituído em proveito da parte, do herdeiro ou 
do sucessor, contra quem começará a correr 
novamente depois da intimação.
TEORIA DO RECURSO PREMATURO
▪ O enunciado 22 do Fórum Permanente de 
Processualistas Civis orienta que “o Tribunal não poderá 
julgar extemporâneo ou intempestivo recurso, na 
instância ordinária ou na extraordinária, interposto 
antes da abertura do prazo”. 
▪ Tal ilação decorre da disposição do § 4º do art. 218, 
segundo o qual “será considerado tempestivo o ato 
praticado antes do termo inicial do prazo”.
PRAZO EM DOBRO PARA RECORRER E 
APRESENTAR CONTRARRAZÕES 
DEFENSORIA PÚBLICA
MINISTÉRIO PÚBLICO
FAZENDA PÚBLICA, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES 
PÚBLICAS
LITISCONSORTES COM PROCURADORES DIFERENTES, 
DE ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA DISTINTOS
REGULARIDADE FORMAL 
A regularidade formal se consubstancia na 
exigência de que o recurso seja interposto na 
forma estabelecida em lei. 
a) a formação do instrumento do recurso de agravo 
com as peças obrigatórias;
 b) a demonstração de dissonância entre o acórdão 
originário e o acórdão paradigma no recurso de 
embargos de divergência.
PREPARO RECURSAL 
Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o 
recorrente comprovará, quando exigido pela legislação 
pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de 
remessa e de retorno, sob pena de deserção.
§ 1o São dispensados de preparo, inclusive porte de 
remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo 
Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos 
Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e 
pelos que gozam de isenção legal.
INSUFICIÊNCIA DO PREPARO RECURSAL 
▪ § 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive 
porte de remessa e de retorno, implicará 
deserção se o recorrente, intimado na pessoa de 
seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 
(cinco) dias.
▪ § 3o É dispensado o recolhimento do porte de 
remessa e de retorno no processo em autos 
eletrônicos.
PRIMAZIA DA DECISÃO DE MÉRITO 
§ 4o O recorrente que não comprovar, no ato de 
interposição do recurso, o recolhimento do 
preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, 
será intimado, na pessoa de seu advogado, para 
realizar o recolhimento em dobro, sob pena de 
deserção.
§ 5o É vedada a complementação se houver 
insuficiência parcial do preparo, inclusive porte de 
remessa e de retorno, no recolhimento realizado 
na forma do § 4o.
PREPARO RECURSAL 
▪ § 6o Provando o recorrente justo impedimento, o 
relator relevará a pena de deserção, por decisão 
irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias 
para efetuar o preparo.
▪ § 7o O equívoco no preenchimento da guia de 
custas não implicará a aplicação da pena de 
deserção, cabendo ao relator, na hipótese de 
dúvida quanto ao recolhimento, intimar o 
recorrente para sanar o vício no prazo de 5 
(cinco) dias.
INEXISTÊNCIA DE FATO EXTINTIVO OU 
IMPEDITIVO
▪ consubstancia na exigência de que não tenha ocorrido 
fato que conduza à extinção do direito de recorrer, ou 
que impeça a admissibilidade do recurso. 
▪ É exemplo de fato extintivo: a renúncia ao direito de 
recorrer. 
▪ São exemplosde fatos impeditivos a desistência do 
recurso ou da ação, o reconhecimento do pedido, a 
renúncia ao direito que se funda a ação, prática de ato 
que conduz à preclusão lógica.
DESISTÊNCIA DO RECURSO 
Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, 
sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, 
desistir do recurso.
Parágrafo único. A desistência do recurso não 
impede a análise de questão cuja repercussão 
geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto 
de julgamento de recursos extraordinários ou 
especiais repetitivos.
 
RENÚNCIA DO DIREITO DE RECORRER
Art. 999. A renúncia ao direito de recorrer 
independe da aceitação da outra parte.
Diferença: (na desistência), há a interposição de 
recurso, enquanto que na renúncia, não, pois 
precede ao ato de interposição.
Semelhanças: além de impedirem a análise do 
mérito recursal, podem ser exercidas sem anuência 
da parte recorrida.
 
⇒ A desistência do recurso não impede a análise de 
questão, cuja repercussão geral já tenha sido 
reconhecida e daquela seja objeto de 
julgamento de recursos extraordinários ou 
especiais repetitivos.
⇒ Haverá desistência, entretanto, a questão será 
julgada, para afirmar a função prospectiva dos 
precedentes. Ressalve-se, conforme orientação 
do enunciado 213 do FPPC, que o resultado do 
julgamento não se aplica ao recurso de que se 
desistiu.
 
⇒ Não é demais ressaltar que, a questão, cuja 
repercussão geral tenha sido reconhecida, não 
será analisada, se depender do caso em que se 
renunciou à faculdade de recorrer. 
⇒ A razão é óbvia. Se houve renúncia e ela 
antecede à interposição, não haveria como, no 
processo específico, submeter-se a questão aos 
tribunais superiores
 
PRECLUSÃO LÓGICA - ACEITAÇÃO TÁCITA 
Art. 1.000. A parte que aceitar expressa ou 
tacitamente a decisão não poderá recorrer.
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a 
prática, sem nenhuma reserva, de ato 
incompatível com a vontade de recorrer.

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